Mortalidade fetal e infantil por sífilis congênita no estado do Ceará
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/109395 |
Resumo: | A Sífilis Congênita (SC), doença totalmente prevenível, além de provocar graves sequelas nas crianças, representa uma importante causa de prematuridade e morte fetal. Esse estudo objetivou analisar a Mortalidade Fetal e Infantil por SC no Estado do Ceará, no período de 2010 a 2014. Trata-se de um estudo transversal, que por meio do método de linkage analisou os óbitos por SC no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) de gestantes e crianças. Utilizou a técnica determinística para realizar o pareamento dos três bancos. Para análise dos dados, utilizou-se o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Realizada regressão linear simples com o teste exato de Fisher ou qui-quadrado de Pearson para a comparação das proporções e o t Student para comparação das médias, o valor-p predeterminado foi de 0,05. A Taxa de Mortalidade Infantil por SC no Ceará, no período analisado, foi de 16,3/100.000 nascidos vivos, representando 1,2% dos óbitos infantis ocorridos no Estado. Ao longo dos anos, essa taxa aumentou 34,8%. A subnotificação do óbito foi de 89,4%. Dos 414 casos notificados no SIM como provável óbito por SC, somente 44 (10,6%) tinham como causa básica essa doença. Dos 359 óbitos fetais declarados no Sinan SC, 49 (13,6%) não foram registrados no SIM. Óbito perinatal, natimortalidade e neonatal precoce representaram 87,7%, 73,9% e 13,7% respectivamente do total de óbitos, com prematuridade e baixo peso associados. Os resultados deste estudo mostram o aumento da Taxa de Mortalidade Infantil por SC no Estado do Ceará, principalmente, no período perinatal. A subnotificação de óbitos foi significativa, o que pode contribuir para a invisibilidade do problema e consequentemente para a falta de elaboração de propostas de enfrentamento. |
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Mortalidade fetal e infantil por sífilis congênita no estado do CearáSífilis congênitaMortalidade infantilA Sífilis Congênita (SC), doença totalmente prevenível, além de provocar graves sequelas nas crianças, representa uma importante causa de prematuridade e morte fetal. Esse estudo objetivou analisar a Mortalidade Fetal e Infantil por SC no Estado do Ceará, no período de 2010 a 2014. Trata-se de um estudo transversal, que por meio do método de linkage analisou os óbitos por SC no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) de gestantes e crianças. Utilizou a técnica determinística para realizar o pareamento dos três bancos. Para análise dos dados, utilizou-se o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Realizada regressão linear simples com o teste exato de Fisher ou qui-quadrado de Pearson para a comparação das proporções e o t Student para comparação das médias, o valor-p predeterminado foi de 0,05. A Taxa de Mortalidade Infantil por SC no Ceará, no período analisado, foi de 16,3/100.000 nascidos vivos, representando 1,2% dos óbitos infantis ocorridos no Estado. Ao longo dos anos, essa taxa aumentou 34,8%. A subnotificação do óbito foi de 89,4%. Dos 414 casos notificados no SIM como provável óbito por SC, somente 44 (10,6%) tinham como causa básica essa doença. Dos 359 óbitos fetais declarados no Sinan SC, 49 (13,6%) não foram registrados no SIM. Óbito perinatal, natimortalidade e neonatal precoce representaram 87,7%, 73,9% e 13,7% respectivamente do total de óbitos, com prematuridade e baixo peso associados. Os resultados deste estudo mostram o aumento da Taxa de Mortalidade Infantil por SC no Estado do Ceará, principalmente, no período perinatal. A subnotificação de óbitos foi significativa, o que pode contribuir para a invisibilidade do problema e consequentemente para a falta de elaboração de propostas de enfrentamento.Congenital Syphilis (CS) is a totally preventable disease, which besides causing serious sequelae in children, represents an important cause of prematurity and fetal death. This study aimed to analyze the Fetal and Infant Mortality by CS in the State of Ceará, Brazil, between 2010 and 2014. It is a cross-sectional study that analyzed the deaths by CS through the linkage method in the Mortality Information System (SIM) and the Notifiable Diseases Information System (Sinan) of pregnant women and children. Deterministic technique was applied to match the three databases. Chi-square test was used to evaluate the association between the categorical variables, and the p-value<0.05 was considered statistically significant. Infant Mortality Rate by CS in the analyzed period was 16.3/100,000 live births, representing 1.2% of infant deaths in the State. This rate has increased by 34.8% over the years. The underreporting of deaths was 89.4%. Of the 414 cases reported in the SIM as probable death by CS, only 44 (10.6%) presented this disease as the underlying cause. Of the 359 fetal deaths reported in Sinan by CS, 49 (13.6%) were not registered in the SIM. Perinatal death, stillbirth, and early neonatal death accounted for 87.7%, 73.9%, and 13.7% of the total number of deaths, respectively, with associated prematurity and low weight. Results of this study reveal an increasing rate of Infant Mortality by CS in the State of Ceará, mainly in the perinatal period. There was a significant underreporting of deaths, which may contribute to the invisibility of the problem and hence the lack of proposals designed for coping.Araújo, Maria Alix LeiteAraújo, Maria Alix LeiteMiranda, Angélica Espinosa BarbosaSilva Júnior, Geraldo Bezerra daLima, Danielle MaltaUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde ColetivaCanto, Surama Valena Elarrat2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/109395https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/16534Disponibilidade forma física: Existe obra impressa de código : 100336porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::109395Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
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A Sífilis Congênita (SC), doença totalmente prevenível, além de provocar graves sequelas nas crianças, representa uma importante causa de prematuridade e morte fetal. Esse estudo objetivou analisar a Mortalidade Fetal e Infantil por SC no Estado do Ceará, no período de 2010 a 2014. Trata-se de um estudo transversal, que por meio do método de linkage analisou os óbitos por SC no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) de gestantes e crianças. Utilizou a técnica determinística para realizar o pareamento dos três bancos. Para análise dos dados, utilizou-se o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Realizada regressão linear simples com o teste exato de Fisher ou qui-quadrado de Pearson para a comparação das proporções e o t Student para comparação das médias, o valor-p predeterminado foi de 0,05. A Taxa de Mortalidade Infantil por SC no Ceará, no período analisado, foi de 16,3/100.000 nascidos vivos, representando 1,2% dos óbitos infantis ocorridos no Estado. Ao longo dos anos, essa taxa aumentou 34,8%. A subnotificação do óbito foi de 89,4%. Dos 414 casos notificados no SIM como provável óbito por SC, somente 44 (10,6%) tinham como causa básica essa doença. Dos 359 óbitos fetais declarados no Sinan SC, 49 (13,6%) não foram registrados no SIM. Óbito perinatal, natimortalidade e neonatal precoce representaram 87,7%, 73,9% e 13,7% respectivamente do total de óbitos, com prematuridade e baixo peso associados. Os resultados deste estudo mostram o aumento da Taxa de Mortalidade Infantil por SC no Estado do Ceará, principalmente, no período perinatal. A subnotificação de óbitos foi significativa, o que pode contribuir para a invisibilidade do problema e consequentemente para a falta de elaboração de propostas de enfrentamento. |
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