Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12854 |
Resumo: | A dor crônica consiste num importante problema de saúde pública, trazendo impactos não apenas para o indivíduo acometido, mas também às famílias, aos sistemas de saúde e para a economia, em especial devido ao absentismo, aposentadoria precoce e perda de emprego. Sua prevalência varia de 10,1 a 80% na população em geral. A divergência destes valores se deve mais a diferença entre as metodologias de estudo. Um dos impactos da dor crônica que tem merecido atenção nos estudos é o ajustamento ou bem-estar psicológico dos indivíduos. Nesse sentido duas variáveis tem merecido destaque: a resiliência e o pensamento catastrófico sobre a dor. A resiliência é atualmente considerada como um novo paradigma na compreensão da dor crônica. Resiliência e pensamento catastrófico destacam-se no manejo e na regulação da dor crônica, e como um fator psicológico que promove respostas adaptativas à dor. Na presente tese buscou-se a construção de perfis de resiliência que permitiram compreender os aspectos biopsicossociais subjacentes ao quadro de dor crônica. Para levar este feito a cabo três etapas foram necessárias. Na primeira etapa realizou-se uma revisão sistemática no intuito de encontrar instrumentos específicos para a dor crônica que fosse utilizado para mensurar a resiliência. Isso se faz necessário uma vez que a resiliência depende do contexto no qual se trabalha, ou seja, um indivíduo pode ser resiliente numa situação e não ser em outra. Como resultado desta primeira etapa foi encontrado apenas um instrumento, o Profile Chronic Pain: Screen (PCP:S). Os estudos que investigavam as qualidades psicométricas deste instrumento foram avaliados, em especial com a utilização da metodologia COSMIN. Nesse sentido os estudos apresentaram bons índices, indicam a validade do instrumento. Na segunda etapa utilizou a análise de classes latentes (ACL) em uma amostra de 414 pacientes com dor crônica musculoesquelética, utilizando variáveis sociodemográficas sexo, idade, escolaridade, trabalho a despeito da dor, tratamento médico, e os grupos de resiliência obtidos a partir da escala PCP:S. Foram identificadas três classes latentes de resiliência usando ACL. A classe dos “resilientes” (30%) era composta predominantemente por mulheres com mais de 54 anos, baixo nível de escolaridade, que buscam cuidados médicos e não trabalham. A classe dos “não resilientes” (29%) era composta por mulheres com médio nível de escolaridade, idade entre 40 e 54 anos, que trabalham e não buscam cuidados médicos. A classe “outros” (40%) era composta por homens, com idade até 40 anos, alta escolaridade, que buscam os cuidados médicos e não trabalham. Na terceira etapa amplia-se o escopo da segunda etapa, Utilizando os mesmos dados e a mesma amostra aplica-se a regressão de classe latente (RCL) onde as dimensões do pensamento catastrófico sobre a dor, mensurado pelo Pain Catastrophizing Scale (PCS), foram utilizadas como covariáveis no modelo de RCL para prever a associação dos indivíduos às classes latentes. Os coeficientes (betas) das covariáveis foram estimados simultaneamente, como parte do modelo de classe latente, e exponenciação revela a razão de chances (odds ratio). Nesta etapa foram identificadas três classes latentes, com as mesmas características sociodemográficas das classes identificadas na segunda etapa. A classe “outros” apresentou baixa pontuação nas dimensões do pensamento catastrófico sobre dor. A classe “não-resiliente” apresentou pontuação elevada nas dimensões do pensamento catastrófico sobre dor. Finalmente, a classe “resiliente” apresentou uma pontuação intermediária nas dimensões do pensamento catastrófico sobre dor. Estas três classes revelam três caminhos distintos de resiliência que apresentam relevância para prática clínica. Destaca-se que, em comparações com outros estudos, diferenças culturais foram identificadas o que requer atenção e novos estudos. |
id |
CRUZ_488d4aedce1f432d38f3d4ad98fc73d7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12854 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Souza, IsraelVasconcelos, Ana Glória GodoiBaptista, Abrahão Fontes2016-02-26T13:26:15Z2016-02-26T13:26:15Z2015SOUZA, Israel. Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência. 2015. 178 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12854A dor crônica consiste num importante problema de saúde pública, trazendo impactos não apenas para o indivíduo acometido, mas também às famílias, aos sistemas de saúde e para a economia, em especial devido ao absentismo, aposentadoria precoce e perda de emprego. Sua prevalência varia de 10,1 a 80% na população em geral. A divergência destes valores se deve mais a diferença entre as metodologias de estudo. Um dos impactos da dor crônica que tem merecido atenção nos estudos é o ajustamento ou bem-estar psicológico dos indivíduos. Nesse sentido duas variáveis tem merecido destaque: a resiliência e o pensamento catastrófico sobre a dor. A resiliência é atualmente considerada como um novo paradigma na compreensão da dor crônica. Resiliência e pensamento catastrófico destacam-se no manejo e na regulação da dor crônica, e como um fator psicológico que promove respostas adaptativas à dor. Na presente tese buscou-se a construção de perfis de resiliência que permitiram compreender os aspectos biopsicossociais subjacentes ao quadro de dor crônica. Para levar este feito a cabo três etapas foram necessárias. Na primeira etapa realizou-se uma revisão sistemática no intuito de encontrar instrumentos específicos para a dor crônica que fosse utilizado para mensurar a resiliência. Isso se faz necessário uma vez que a resiliência depende do contexto no qual se trabalha, ou seja, um indivíduo pode ser resiliente numa situação e não ser em outra. Como resultado desta primeira etapa foi encontrado apenas um instrumento, o Profile Chronic Pain: Screen (PCP:S). Os estudos que investigavam as qualidades psicométricas deste instrumento foram avaliados, em especial com a utilização da metodologia COSMIN. Nesse sentido os estudos apresentaram bons índices, indicam a validade do instrumento. Na segunda etapa utilizou a análise de classes latentes (ACL) em uma amostra de 414 pacientes com dor crônica musculoesquelética, utilizando variáveis sociodemográficas sexo, idade, escolaridade, trabalho a despeito da dor, tratamento médico, e os grupos de resiliência obtidos a partir da escala PCP:S. Foram identificadas três classes latentes de resiliência usando ACL. A classe dos “resilientes” (30%) era composta predominantemente por mulheres com mais de 54 anos, baixo nível de escolaridade, que buscam cuidados médicos e não trabalham. A classe dos “não resilientes” (29%) era composta por mulheres com médio nível de escolaridade, idade entre 40 e 54 anos, que trabalham e não buscam cuidados médicos. A classe “outros” (40%) era composta por homens, com idade até 40 anos, alta escolaridade, que buscam os cuidados médicos e não trabalham. Na terceira etapa amplia-se o escopo da segunda etapa, Utilizando os mesmos dados e a mesma amostra aplica-se a regressão de classe latente (RCL) onde as dimensões do pensamento catastrófico sobre a dor, mensurado pelo Pain Catastrophizing Scale (PCS), foram utilizadas como covariáveis no modelo de RCL para prever a associação dos indivíduos às classes latentes. Os coeficientes (betas) das covariáveis foram estimados simultaneamente, como parte do modelo de classe latente, e exponenciação revela a razão de chances (odds ratio). Nesta etapa foram identificadas três classes latentes, com as mesmas características sociodemográficas das classes identificadas na segunda etapa. A classe “outros” apresentou baixa pontuação nas dimensões do pensamento catastrófico sobre dor. A classe “não-resiliente” apresentou pontuação elevada nas dimensões do pensamento catastrófico sobre dor. Finalmente, a classe “resiliente” apresentou uma pontuação intermediária nas dimensões do pensamento catastrófico sobre dor. Estas três classes revelam três caminhos distintos de resiliência que apresentam relevância para prática clínica. Destaca-se que, em comparações com outros estudos, diferenças culturais foram identificadas o que requer atenção e novos estudos.Chronic pain is a major public health problem, with impacts on families, health systems and the economy, especially absenteeism, early retirement and job loss. The prevalence is between 10.1 and 80% in the general population. The divergence of these values refer to differences in study methodologies. Many studies on chronic pain emphasize the adjustment and psychological well-being. In this sense two variables are prominent: resilience and pain catastrophizing. Resilience is currently considered as a new paradigm for adaptation to chronic pain. Resilience and pain catastrophizing has featured in the management and regulation of chronic pain, and as a psychological factor that promotes adaptive responses to pain. This thesis seeks to build resilience profiles for understanding the biopsychosocial aspects underlying the chronic pain condition. For this three stages were necessary. The first stage is the systematic review in order to find specific instruments for chronic pain that is used to measure resilience. This is necessary since the resilience depends on the context, that is, an individual may be resilient in a context but not another. As a result of this first stage we found only one instrument, the Profile Chronic Pain: Screen (PCP: S). Studies investigating the psychometric properties of this instrument were evaluated, especially with the use of COSMIN methodology. In this sense the studies showed good levels, indicate the validity of the instrument. In the second stage used the latent class analysis (LCA) in a sample of 414 patients with musculoskeletal chronic pain, using sociodemographic variables gender, age, education, employed or not working, or in treatment or not in treatment, and PCP:S resilience groups. Identified three latent class resilience using LCA. The class of "resilient" (30%) consisted of women over 54 years old, low level of education, under a doctor's care and do not working due to pain. The class of "non-resilient" (29%), consisting of women with a middle level of education, aged 40 and 54, working despite pain and do not receiving treatment for pain. The class "other" (40%) consisted of men aged up to 40 years , high level of education, under a doctor's care and do not working due to pain. In the third stage widens the scope of the second stage, using the same data and the same sample, applies to the latent class regression (LCR) where the dimensions of the pain catastrophizing, measured by Pain Catastrophizing Scale (PCS), using to predict individuals’ latent class membership. The coefficients (betas) on the covariates are estimated simultaneously as part of the latent class model, and exponentiation shows the odds ratio. This stage identified three latent classes with the same sociodemographic characteristics of the classes identified in the second stage. The class "other" showed low scores in the dimensions of pain catastrophizing. The class "nonresilient" showed high scores in the dimensions of pain catastrophizing. Finally, the "resilient" class showed an intermediate score in the dimensions of pain catastrophizing. These three classes reveal three distinct paths of resilience, and relevant to clinical practice. It is notable that, in comparison with other studies, cultural differences have been identified, and require attention and further studies.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDor crônicaResiliênciaPerfil de saúdePensamento catastrófico sobre a dorAnálise de classes latentesChronic painResilienceHealth profilePain catastrophizingLatent class analysisDor CrônicaPerfil de SaúdePrevalênciaModelos EstatísticosResiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliênciaResilience and chronic pain: building a resilience profileinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Israel_Souza_ENSP_2015application/pdf2310909https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12854/1/ve_Israel_Souza_ENSP_2015ae4fdc44e0b76e2311b4c4b3c43597c2MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12854/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT106.pdf.txt106.pdf.txtExtracted texttext/plain380356https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12854/3/106.pdf.txt3c0a0ca6335191bddcce1911ef77e6d4MD53ve_Israel_Souza_ENSP_2015.txtve_Israel_Souza_ENSP_2015.txtExtracted texttext/plain370174https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12854/4/ve_Israel_Souza_ENSP_2015.txt349559c6b108bb8e4d3cd830f175f5ecMD54icict/128542023-01-19 11:26:06.924oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12854Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T14:26:06Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Resilience and chronic pain: building a resilience profile |
title |
Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência |
spellingShingle |
Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência Souza, Israel Dor crônica Resiliência Perfil de saúde Pensamento catastrófico sobre a dor Análise de classes latentes Chronic pain Resilience Health profile Pain catastrophizing Latent class analysis Dor Crônica Perfil de Saúde Prevalência Modelos Estatísticos |
title_short |
Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência |
title_full |
Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência |
title_fullStr |
Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência |
title_full_unstemmed |
Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência |
title_sort |
Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência |
author |
Souza, Israel |
author_facet |
Souza, Israel |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Souza, Israel |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Vasconcelos, Ana Glória Godoi Baptista, Abrahão Fontes |
contributor_str_mv |
Vasconcelos, Ana Glória Godoi Baptista, Abrahão Fontes |
dc.subject.other.none.fl_str_mv |
Dor crônica Resiliência Perfil de saúde Pensamento catastrófico sobre a dor Análise de classes latentes |
topic |
Dor crônica Resiliência Perfil de saúde Pensamento catastrófico sobre a dor Análise de classes latentes Chronic pain Resilience Health profile Pain catastrophizing Latent class analysis Dor Crônica Perfil de Saúde Prevalência Modelos Estatísticos |
dc.subject.en.none.fl_str_mv |
Chronic pain Resilience Health profile Pain catastrophizing Latent class analysis |
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv |
Dor Crônica Perfil de Saúde |
dc.subject.decs.none.fl_str_mv |
Prevalência Modelos Estatísticos |
description |
A dor crônica consiste num importante problema de saúde pública, trazendo impactos não apenas para o indivíduo acometido, mas também às famílias, aos sistemas de saúde e para a economia, em especial devido ao absentismo, aposentadoria precoce e perda de emprego. Sua prevalência varia de 10,1 a 80% na população em geral. A divergência destes valores se deve mais a diferença entre as metodologias de estudo. Um dos impactos da dor crônica que tem merecido atenção nos estudos é o ajustamento ou bem-estar psicológico dos indivíduos. Nesse sentido duas variáveis tem merecido destaque: a resiliência e o pensamento catastrófico sobre a dor. A resiliência é atualmente considerada como um novo paradigma na compreensão da dor crônica. Resiliência e pensamento catastrófico destacam-se no manejo e na regulação da dor crônica, e como um fator psicológico que promove respostas adaptativas à dor. Na presente tese buscou-se a construção de perfis de resiliência que permitiram compreender os aspectos biopsicossociais subjacentes ao quadro de dor crônica. Para levar este feito a cabo três etapas foram necessárias. Na primeira etapa realizou-se uma revisão sistemática no intuito de encontrar instrumentos específicos para a dor crônica que fosse utilizado para mensurar a resiliência. Isso se faz necessário uma vez que a resiliência depende do contexto no qual se trabalha, ou seja, um indivíduo pode ser resiliente numa situação e não ser em outra. Como resultado desta primeira etapa foi encontrado apenas um instrumento, o Profile Chronic Pain: Screen (PCP:S). Os estudos que investigavam as qualidades psicométricas deste instrumento foram avaliados, em especial com a utilização da metodologia COSMIN. Nesse sentido os estudos apresentaram bons índices, indicam a validade do instrumento. Na segunda etapa utilizou a análise de classes latentes (ACL) em uma amostra de 414 pacientes com dor crônica musculoesquelética, utilizando variáveis sociodemográficas sexo, idade, escolaridade, trabalho a despeito da dor, tratamento médico, e os grupos de resiliência obtidos a partir da escala PCP:S. Foram identificadas três classes latentes de resiliência usando ACL. A classe dos “resilientes” (30%) era composta predominantemente por mulheres com mais de 54 anos, baixo nível de escolaridade, que buscam cuidados médicos e não trabalham. A classe dos “não resilientes” (29%) era composta por mulheres com médio nível de escolaridade, idade entre 40 e 54 anos, que trabalham e não buscam cuidados médicos. A classe “outros” (40%) era composta por homens, com idade até 40 anos, alta escolaridade, que buscam os cuidados médicos e não trabalham. Na terceira etapa amplia-se o escopo da segunda etapa, Utilizando os mesmos dados e a mesma amostra aplica-se a regressão de classe latente (RCL) onde as dimensões do pensamento catastrófico sobre a dor, mensurado pelo Pain Catastrophizing Scale (PCS), foram utilizadas como covariáveis no modelo de RCL para prever a associação dos indivíduos às classes latentes. Os coeficientes (betas) das covariáveis foram estimados simultaneamente, como parte do modelo de classe latente, e exponenciação revela a razão de chances (odds ratio). Nesta etapa foram identificadas três classes latentes, com as mesmas características sociodemográficas das classes identificadas na segunda etapa. A classe “outros” apresentou baixa pontuação nas dimensões do pensamento catastrófico sobre dor. A classe “não-resiliente” apresentou pontuação elevada nas dimensões do pensamento catastrófico sobre dor. Finalmente, a classe “resiliente” apresentou uma pontuação intermediária nas dimensões do pensamento catastrófico sobre dor. Estas três classes revelam três caminhos distintos de resiliência que apresentam relevância para prática clínica. Destaca-se que, em comparações com outros estudos, diferenças culturais foram identificadas o que requer atenção e novos estudos. |
publishDate |
2015 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2015 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-02-26T13:26:15Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-02-26T13:26:15Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SOUZA, Israel. Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência. 2015. 178 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12854 |
identifier_str_mv |
SOUZA, Israel. Resiliência e dor crônica: construção de um perfil de resiliência. 2015. 178 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12854 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12854/1/ve_Israel_Souza_ENSP_2015 https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12854/2/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12854/3/106.pdf.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12854/4/ve_Israel_Souza_ENSP_2015.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
ae4fdc44e0b76e2311b4c4b3c43597c2 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 3c0a0ca6335191bddcce1911ef77e6d4 349559c6b108bb8e4d3cd830f175f5ec |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1798324621188005888 |