Alterações induzidas em biomphalaria glabrata (Say, 1818) após tentativas de estimulação artificial do seu sistema interno de defesa
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33928 |
Resumo: | A Biomphalaria glabrata pode responder de diferentes maneiras à penetração dos miracídios de Schistosoma mansoni. conforme os variados graus de resistência existentes entre as diferentes linhagens. Sabe-se que o caráter resistência/susceptibilidade é determinado geneticamente, sendo a resistência dominante sobre a susceptibilidade. Por outro lado, caramujos muito susceptíveis de início (como os da linhagem FS) podem vir a exibir um padrão de eliminação de cercárias e de reações histopatológicas sugestivo da presença de alta resistência, com o decorrer do tempo de infecção. Esta observação sugere que a B. glabrata pode desenvolver um tipo de imunidade adaptativa. O presente trabalho teve como objetivo estudar o comportamento da infecção pelo S.mansoni em B. glabrata após tentativa de estimulação artificial do Sistema Interno de Defesa destes caramujos. Para isso, caramujos foram previamente inoculados (Grupo I) com miracídios irradiados; tratados com antígenos do S. mansoni (Grupo liA) ou de um outro parasito a ele não relacionado, a Capillaria hepatica (Grupo 118); e um outro grupo (Grupo 111) constituído por caramujos infectados e posteriormente tratados com oxamniquina + praziquantel. Em seguida, os animais de todos os grupos foram desafiados com 20 miracídios normais, exceto o último grupo, pois no mesmo não ocorreu a cura esperada. Os animais de todos os grupos foram analisados quanto à emissão de cercarias e sacrificados em diferentes pontos da infecção para exame histopatológico. Nos tecidos dos animais previamente sensibilizados apareceram nódulos de proliferação hemocitária (granulomas) sem elementos parasitários em seu interior, sendo em menor numero e intensidade no grupo inoculado com antígeno de C. hepatica. O aparecimento destes granulomas não evitou o desenvolvimento normal da infecção de prova, a qual ocorreu em vários órgãos sem aparente reação do hospedeiro, com emissão de cercarias, tal como visto nos controles. Os dados indicam que os hemócitos reagem focalmente e que sua mobilização por estimulação antigênica não se transmite ao resto da população hemocitária. |
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Azevedo, Carine MachadoCoelho, Paulo Marcos ZechAguiar, Marlene C. Peso deAndrade, Zilton de AraújoAndrade, Zilton de Araújo2019-07-09T18:52:23Z2019-07-09T18:52:23Z2006AZEVEDO, Carine Machado. Alterações induzidas em biomphalaria glabrata (Say, 1818) após tentativas de estimulação artificial do seu sistema interno de defesa. 2006. 81 f. Dissertação (Mestrado em Patologia Experimental) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2006.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33928A Biomphalaria glabrata pode responder de diferentes maneiras à penetração dos miracídios de Schistosoma mansoni. conforme os variados graus de resistência existentes entre as diferentes linhagens. Sabe-se que o caráter resistência/susceptibilidade é determinado geneticamente, sendo a resistência dominante sobre a susceptibilidade. Por outro lado, caramujos muito susceptíveis de início (como os da linhagem FS) podem vir a exibir um padrão de eliminação de cercárias e de reações histopatológicas sugestivo da presença de alta resistência, com o decorrer do tempo de infecção. Esta observação sugere que a B. glabrata pode desenvolver um tipo de imunidade adaptativa. O presente trabalho teve como objetivo estudar o comportamento da infecção pelo S.mansoni em B. glabrata após tentativa de estimulação artificial do Sistema Interno de Defesa destes caramujos. Para isso, caramujos foram previamente inoculados (Grupo I) com miracídios irradiados; tratados com antígenos do S. mansoni (Grupo liA) ou de um outro parasito a ele não relacionado, a Capillaria hepatica (Grupo 118); e um outro grupo (Grupo 111) constituído por caramujos infectados e posteriormente tratados com oxamniquina + praziquantel. Em seguida, os animais de todos os grupos foram desafiados com 20 miracídios normais, exceto o último grupo, pois no mesmo não ocorreu a cura esperada. Os animais de todos os grupos foram analisados quanto à emissão de cercarias e sacrificados em diferentes pontos da infecção para exame histopatológico. Nos tecidos dos animais previamente sensibilizados apareceram nódulos de proliferação hemocitária (granulomas) sem elementos parasitários em seu interior, sendo em menor numero e intensidade no grupo inoculado com antígeno de C. hepatica. O aparecimento destes granulomas não evitou o desenvolvimento normal da infecção de prova, a qual ocorreu em vários órgãos sem aparente reação do hospedeiro, com emissão de cercarias, tal como visto nos controles. Os dados indicam que os hemócitos reagem focalmente e que sua mobilização por estimulação antigênica não se transmite ao resto da população hemocitária.Biomphalaria glabrata can react through different pathways to Schistosoma mansoni miracidium penetration, according to the degree of resistance/susceptibility presented by different snail strains, which is a genetically determined character, resistance being dominant..However, it has been observed that previous susceptible snail strain may change its reactive behavior along the course of infection, and later exhibits a pattern of cercarial shedding and histopatopathologicai picture compatible with high resistance. Such observation suggests the possibility of B. glabrata to develop a sort of adaptative immunity face a schistosome infection. To explore on this aspect, the present investigation looked for the behavior of S. mansoni infection in B. glabrata previously subjected to different means of artificial stimulation of its intemal defense system. Snails previously inoculated with irradiated miracidia (Group lA); treated with S. mansoni antigens (Group IIA) or with a non-related parasite antigen (Group IIB) were challenged with 20 viable S. mansoni miracidia, and later looked for cercarial shedding and histopathologic changes at different times from exposition. Nodules of hemocyte accumulations were found at the site of “antigen” injection. These nodules resembled solid granulomas, and were larger and more frequent in snails injected with S. mansoni products as compared to those injected with C. hepatica. However, the presence of such granulomas did not avoid the S. mansoni challenge infection from developing in a similar way as that seen in their controls. The data are indicative that hemocytes are able to proliferate locally when stimulated, such capacity also remaining localized, not being shared by the population of hemocytes located everywhere else within the snail body.CNPqUniversidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizBiomphalaria glabrataSchistosoma mansoniAntígenosHemócitosHemocytesBiomphalaria glabrataSchistosoma mansoniReaction to antigensAlterações induzidas em biomphalaria glabrata (Say, 1818) após tentativas de estimulação artificial do seu sistema interno de defesainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2006Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz.Mestrado AcadêmicoSalvador/BAPós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33928/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALCarine Machado Azevedo 2006.pdfCarine Machado Azevedo 2006.pdfapplication/pdf31683980https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33928/2/Carine%20Machado%20Azevedo%202006.pdfef126d1655e5f61464776fe40ad8a16aMD52TEXTCarine Machado Azevedo 2006.pdf.txtCarine Machado Azevedo 2006.pdf.txtExtracted texttext/plain101969https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33928/3/Carine%20Machado%20Azevedo%202006.pdf.txt68e12819ea374873ba12b765cffcf9c5MD53icict/339282019-09-03 19:59:00.271oai:www.arca.fiocruz.br:icict/33928Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-03T22:59Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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