Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Fabiana de Oliveira Lara e
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12303
Resumo: Este estudo foi realizado em Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), área endêmica para Leishmaniose visceral (LV), onde a doença vem se expandindo rapidamente, com 1.612 casos registrados nos últimos 10 anos. Nossa pesquisa avaliou o perfil epidemiológico em duas Áreas de abrangência (AA) dos Centros de Saúde (CS) Miramar e Salgado Filho do município de Belo Horizonte, com transmissão recente de LV, buscando compreender a tríade envolvida na transmissão: parasito-vetor-reservatório. Cada AA foi dividida em três trechos, controle, borrifação e manejo, a fim de avaliar o impacto das medidas de controle no número mensal de Lutzomyia longipalpis, através da curva flebotomínica. Em todos os trechos a captura de flebotomíneos e o inquérito canino censitário foram realizados. Durante 24 meses (setembro/2010 a agosto/2012) foram capturados 5194 flebotomíneos, distribuídos em 6 espécies, sendo Lu. longipalpis, vetora da LV, a espécie predominante (96,54%). Houve uma correlação entre a precipitação pluviométrica e o número de Lu. longipalpis capturados, mostrando que o número de espécimes de flebotomíneos capturados aumentou após o período chuvoso. Através do uso da Leishmania Nested PCR e sequenciamento, foram analisados 93 “pools” espécie-específicos. Leishmania infantum e Le. braziliensis foram encontradas em 23 e em 2 dos 26 “pools” de Lu. longipalpis, respectivamente. O DNA de Le. infantum foi encontrado em um “pool” de cada uma das espécies Lu. lloydi e complexo cortelezzii. A taxa mínima de infecção natural de flebotomíneos na área foi alta, 18,8% para Lu. Longipalpis, 20% para complexo cortelezzii e 100% para Lu. lloydi. Em relação às medidas de controle, observamos uma redução estatisticamente significativa no número de flebotomíneos no trecho manejo ambiental, enquanto houve apenas uma tendência de queda no número de flebotomíneos no trecho borrifação. Em relação ao reservatório doméstico, um total de 1408 cães foram examinados em 2011 através de testes sorológicos; 3,6% apresentaram-se soropositivos para LV canina (LVC). Biópsias de linfonodo, pele, baço e aspirado de medula óssea destes animais foram obtidos e analisados através do diagnóstico parasitológico e molecular. A positividade tanto para mielocultura como para o técnica de aposição em lâmina foi de 72.5%. Todas as amostras de baço mostraram-se positivas para LnPCR, indicando a presença de Le. infantum nas 51 amostras. O linfonodo foi o tecido menos sensível na PCR (57%) em relação aos demais. Cães sintomáticos demonstraram uma tendência a ter mais testes positivos. Nossos resultados mostram que as interfaces parasito-vetor e parasitoreservatório são ativas em áreas de médio risco para transmissão de LV, e que ações eficazes e rápidas devem ser implementadas para controlar a expansão da doença.
id CRUZ_4c4b237ac74bbfb7ff7f4ff839b0d9d7
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12303
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Silva, Fabiana de Oliveira Lara eMichalsky, Érika MonteiroDias, Edelberto SantosRangel, Elizabeth FerreiraNeves, Vera Lucia Fonseca de CamargOMagalhães, Danielle Ferreira deQuaresma, Patrícia FláviaOliveira, Edward José deDias, Edelberto Santos2015-11-20T18:51:36Z2015-11-20T18:51:36Z2015SILVA, Fabiana de Oliveira Lara e. Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil). 2015. 152 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde com concentração em Doenças Infecciosas e Parasitárias)-Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Belo Horizontehttps://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12303Este estudo foi realizado em Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), área endêmica para Leishmaniose visceral (LV), onde a doença vem se expandindo rapidamente, com 1.612 casos registrados nos últimos 10 anos. Nossa pesquisa avaliou o perfil epidemiológico em duas Áreas de abrangência (AA) dos Centros de Saúde (CS) Miramar e Salgado Filho do município de Belo Horizonte, com transmissão recente de LV, buscando compreender a tríade envolvida na transmissão: parasito-vetor-reservatório. Cada AA foi dividida em três trechos, controle, borrifação e manejo, a fim de avaliar o impacto das medidas de controle no número mensal de Lutzomyia longipalpis, através da curva flebotomínica. Em todos os trechos a captura de flebotomíneos e o inquérito canino censitário foram realizados. Durante 24 meses (setembro/2010 a agosto/2012) foram capturados 5194 flebotomíneos, distribuídos em 6 espécies, sendo Lu. longipalpis, vetora da LV, a espécie predominante (96,54%). Houve uma correlação entre a precipitação pluviométrica e o número de Lu. longipalpis capturados, mostrando que o número de espécimes de flebotomíneos capturados aumentou após o período chuvoso. Através do uso da Leishmania Nested PCR e sequenciamento, foram analisados 93 “pools” espécie-específicos. Leishmania infantum e Le. braziliensis foram encontradas em 23 e em 2 dos 26 “pools” de Lu. longipalpis, respectivamente. O DNA de Le. infantum foi encontrado em um “pool” de cada uma das espécies Lu. lloydi e complexo cortelezzii. A taxa mínima de infecção natural de flebotomíneos na área foi alta, 18,8% para Lu. Longipalpis, 20% para complexo cortelezzii e 100% para Lu. lloydi. Em relação às medidas de controle, observamos uma redução estatisticamente significativa no número de flebotomíneos no trecho manejo ambiental, enquanto houve apenas uma tendência de queda no número de flebotomíneos no trecho borrifação. Em relação ao reservatório doméstico, um total de 1408 cães foram examinados em 2011 através de testes sorológicos; 3,6% apresentaram-se soropositivos para LV canina (LVC). Biópsias de linfonodo, pele, baço e aspirado de medula óssea destes animais foram obtidos e analisados através do diagnóstico parasitológico e molecular. A positividade tanto para mielocultura como para o técnica de aposição em lâmina foi de 72.5%. Todas as amostras de baço mostraram-se positivas para LnPCR, indicando a presença de Le. infantum nas 51 amostras. O linfonodo foi o tecido menos sensível na PCR (57%) em relação aos demais. Cães sintomáticos demonstraram uma tendência a ter mais testes positivos. Nossos resultados mostram que as interfaces parasito-vetor e parasitoreservatório são ativas em áreas de médio risco para transmissão de LV, e que ações eficazes e rápidas devem ser implementadas para controlar a expansão da doença.This study was conducted in Belo Horizonte (Minas Gerais, Brazil), an endemic area for visceral leishmaniasis (VL), where the disease has been expanding rapidly, with 1,612 cases recorded in the last 10 years. Our research assessed the epidemiological profile in two coverage areas (AA) of the Miramar and Salgado Filho Health Centers (HC) in the city of Belo Horizonte, with recent transmission of VL, willing to understand the triad involved in the transmission: parasite-vector-reservoir. Each AA was divided into three sections, control, spraying and management in order to assess the impact of control measures in the monthly number of Lutzomyia longipalpis through the sand fly curve. In all the sections, the capture of sand flies and canine census survey was conducted. For 24 months (from September / 2010 to August / 2012), 5194 sandflies were captured and distributed into 6 species. Lu. longipalpis, vector of LV, was the predominant species (96.54%). There was a correlation between the precipitation and the number of Lu. longipalpis captured, showing that the number of captured sandflies of specimens increased after the rainy season. With the use of Leishmania nested PCR and sequencing, 93 species-specific "pools" were analyzed. Out of the 26 Lu. longipalpis positive “pools”, Leishmania infantum was found in 23 while Le. braziliensis was found in 2. Le. infantum DNA was found in a "pool" of each species Lu. lloydi and cortelezzii complex. The sand flies natural infection minimum rate in the area was high, 18.8% for Lu. Longipalpis, 20% for cortelezzii complex and 100% for Lu. lloydi. Regarding control measures, we observed a statistically significant reduction in the number of sand flies in the environmental management section, while there was only a decreasing trend in the sand flies number in the spraying section. Concerning the domestic reservoir, 1408 dogs were examined in 2011 by serological tests; 3.6% were positive for canine visceral leishmaniasis (CVL). Lymph node biopsies, skin, spleen and bone marrow aspirate were obtained from these animals and analyzed using parasitological and molecular diagnosis. Positivity for both mielocultura as "imprint" was 72.5%. All spleen samples were positive for LnPCR, indicating the presence of Le. infantum in 51 samples. The lymph node was the least sensitive tissue in the PCR (57%), in relation to the others. Symptomatic dogs showed a tendency to have results that are more positive on the tests. Our results show that the vector-parasite and parasite reservoir interfaces are active in areas of medium risk of VL transmission, and rapid and effective actions must be implemented to control the spread of the disease.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porLeishmaniose VisceralLeishmaniaPsychodidaeCãesEcoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2015Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René RachouBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12303/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALfabiana.pdffabiana.pdfapplication/pdf63742461https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12303/2/fabiana.pdf0ba3064ab0df6fc4dbb19dc66da0ff61MD52TEXTfabiana.pdf.txtfabiana.pdf.txtExtracted texttext/plain0https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12303/3/fabiana.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53icict/123032022-01-31 15:44:36.316oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12303Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcwphdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKKDEpIENFREUgZSBUUkFOU0ZFUkUsIHRvdGFsIGUgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaLCBlbQpjYXLDoXRlciBwZXJtYW5lbnRlLCBpcnJldm9nw6F2ZWwgZSBOw4NPIEVYQ0xVU0lWTywgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08KQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcwpkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBkdXJhbnRlIHRvZG8gbyBwcmF6byBkZSBkdXJhw6fDo28gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBlbQpxdWFscXVlciBpZGlvbWEgZSBlbSB0b2RvcyBvcyBwYcOtc2VzOwoKKDIpIEFDRUlUQSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIHRvdGFsIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBwZXJtYW5lbnRlIGUgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcwpwYXRyaW1vbmlhaXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwKb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IHZlw61jdWxvLAppbmNsdXNpdmUgZW0gUmVwb3NpdMOzcmlvcyBEaWdpdGFpcywgYmVtIGNvbW8gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcmVwcm9kdcOnw6NvLCBleGliacOnw6NvLCBleGVjdcOnw6NvLApkZWNsYW1hw6fDo28sIHJlY2l0YcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgYXJxdWl2YW1lbnRvLCBpbmNsdXPDo28gZW0gYmFuY28gZGUgZGFkb3MsIHByZXNlcnZhw6fDo28sIGRpZnVzw6NvLApkaXN0cmlidWnDp8OjbywgZGl2dWxnYcOnw6NvLCBlbXByw6lzdGltbywgdHJhZHXDp8OjbywgZHVibGFnZW0sIGxlZ2VuZGFnZW0sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyBvYnJhcyBvdQpjb2xldMOibmVhcywgcmV1dGlsaXphw6fDo28sIGVkacOnw6NvLCBwcm9kdcOnw6NvIGRlIG1hdGVyaWFsIGRpZMOhdGljbyBlIGN1cnNvcyBvdSBxdWFscXVlciBmb3JtYSBkZQp1dGlsaXphw6fDo28gbsOjbyBjb21lcmNpYWw7CgooMykgUkVDT05IRUNFIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gYXF1aSBlc3BlY2lmaWNhZGEgY29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPCkNSVVogbyBkaXJlaXRvIGRlIGF1dG9yaXphciBxdWFscXVlciBwZXNzb2Eg4oCTIGbDrXNpY2Egb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdQplc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlcgpmaW5hbGlkYWRlcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXM7CgooNCkgREVDTEFSQSBxdWUgYSBvYnJhIMOpIGNyaWHDp8OjbyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSDDqSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGFxdWkgY2VkaWRvcyBlIGF1dG9yaXphZG9zLApyZXNwb25zYWJpbGl6YW5kby1zZSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIHBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwKaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIGluZGVuaXphciB0ZXJjZWlyb3MgcG9yCmRhbm9zLCBiZW0gY29tbyBpbmRlbml6YXIgZSByZXNzYXJjaXIgYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogZGUKZXZlbnR1YWlzIGRlc3Blc2FzIHF1ZSB2aWVyZW0gYSBzdXBvcnRhciwgZW0gcmF6w6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIG9mZW5zYSBhIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91CmRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBvdSBpbWFnZW0sIHByaW5jaXBhbG1lbnRlIG5vIHF1ZSBkaXogcmVzcGVpdG8gYSBwbMOhZ2lvIGUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CgooNSkgQUZJUk1BIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTwpPU1dBTERPIENSVVogZSBhcyBkaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBmdW5jaW9uYW1lbnRvIGRvIHJlcG9zaXTDs3JpbyBpbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EuCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIHJlc2VydmEKZXhjbHVzaXZhbWVudGUgYW8gQVVUT1Igb3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGUgb3MgdXNvcyBjb21lcmNpYWlzIHNvYnJlIGFzIG9icmFzIGRlIHN1YSBhdXRvcmlhCmUvb3UgdGl0dWxhcmlkYWRlLCBzZW5kbyBvcyB0ZXJjZWlyb3MgdXN1w6FyaW9zIHJlc3BvbnPDoXZlaXMgcGVsYSBhdHJpYnVpw6fDo28gZGUgYXV0b3JpYSBlIG1hbnV0ZW7Dp8OjbwpkYSBpbnRlZ3JpZGFkZSBkYSBPQlJBIGVtIHF1YWxxdWVyIHV0aWxpemHDp8Ojby4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVoKcmVzcGVpdGEgb3MgY29udHJhdG9zIGUgYWNvcmRvcyBwcmVleGlzdGVudGVzIGRvcyBBdXRvcmVzIGNvbSB0ZXJjZWlyb3MsIGNhYmVuZG8gYW9zIEF1dG9yZXMKaW5mb3JtYXIgw6AgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBhcyBjb25kacOnw7VlcyBlIG91dHJhcyByZXN0cmnDp8O1ZXMgaW1wb3N0YXMgcG9yIGVzdGVzIGluc3RydW1lbnRvcy4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-01-31T18:44:36Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)
title Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)
spellingShingle Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)
Silva, Fabiana de Oliveira Lara e
Leishmaniose Visceral
Leishmania
Psychodidae
Cães
title_short Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)
title_full Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)
title_fullStr Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)
title_full_unstemmed Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)
title_sort Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil)
author Silva, Fabiana de Oliveira Lara e
author_facet Silva, Fabiana de Oliveira Lara e
author_role author
dc.contributor.advisorco.pt_BR.fl_str_mv Michalsky, Érika Monteiro
dc.contributor.member.pt_BR.fl_str_mv Dias, Edelberto Santos
Rangel, Elizabeth Ferreira
Neves, Vera Lucia Fonseca de CamargO
Magalhães, Danielle Ferreira de
Quaresma, Patrícia Flávia
Oliveira, Edward José de
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Fabiana de Oliveira Lara e
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Dias, Edelberto Santos
contributor_str_mv Dias, Edelberto Santos
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Leishmaniose Visceral
Leishmania
Psychodidae
Cães
topic Leishmaniose Visceral
Leishmania
Psychodidae
Cães
description Este estudo foi realizado em Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), área endêmica para Leishmaniose visceral (LV), onde a doença vem se expandindo rapidamente, com 1.612 casos registrados nos últimos 10 anos. Nossa pesquisa avaliou o perfil epidemiológico em duas Áreas de abrangência (AA) dos Centros de Saúde (CS) Miramar e Salgado Filho do município de Belo Horizonte, com transmissão recente de LV, buscando compreender a tríade envolvida na transmissão: parasito-vetor-reservatório. Cada AA foi dividida em três trechos, controle, borrifação e manejo, a fim de avaliar o impacto das medidas de controle no número mensal de Lutzomyia longipalpis, através da curva flebotomínica. Em todos os trechos a captura de flebotomíneos e o inquérito canino censitário foram realizados. Durante 24 meses (setembro/2010 a agosto/2012) foram capturados 5194 flebotomíneos, distribuídos em 6 espécies, sendo Lu. longipalpis, vetora da LV, a espécie predominante (96,54%). Houve uma correlação entre a precipitação pluviométrica e o número de Lu. longipalpis capturados, mostrando que o número de espécimes de flebotomíneos capturados aumentou após o período chuvoso. Através do uso da Leishmania Nested PCR e sequenciamento, foram analisados 93 “pools” espécie-específicos. Leishmania infantum e Le. braziliensis foram encontradas em 23 e em 2 dos 26 “pools” de Lu. longipalpis, respectivamente. O DNA de Le. infantum foi encontrado em um “pool” de cada uma das espécies Lu. lloydi e complexo cortelezzii. A taxa mínima de infecção natural de flebotomíneos na área foi alta, 18,8% para Lu. Longipalpis, 20% para complexo cortelezzii e 100% para Lu. lloydi. Em relação às medidas de controle, observamos uma redução estatisticamente significativa no número de flebotomíneos no trecho manejo ambiental, enquanto houve apenas uma tendência de queda no número de flebotomíneos no trecho borrifação. Em relação ao reservatório doméstico, um total de 1408 cães foram examinados em 2011 através de testes sorológicos; 3,6% apresentaram-se soropositivos para LV canina (LVC). Biópsias de linfonodo, pele, baço e aspirado de medula óssea destes animais foram obtidos e analisados através do diagnóstico parasitológico e molecular. A positividade tanto para mielocultura como para o técnica de aposição em lâmina foi de 72.5%. Todas as amostras de baço mostraram-se positivas para LnPCR, indicando a presença de Le. infantum nas 51 amostras. O linfonodo foi o tecido menos sensível na PCR (57%) em relação aos demais. Cães sintomáticos demonstraram uma tendência a ter mais testes positivos. Nossos resultados mostram que as interfaces parasito-vetor e parasitoreservatório são ativas em áreas de médio risco para transmissão de LV, e que ações eficazes e rápidas devem ser implementadas para controlar a expansão da doença.
publishDate 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-11-20T18:51:36Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-11-20T18:51:36Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2015
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SILVA, Fabiana de Oliveira Lara e. Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil). 2015. 152 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde com concentração em Doenças Infecciosas e Parasitárias)-Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Belo Horizonte
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12303
identifier_str_mv SILVA, Fabiana de Oliveira Lara e. Ecoepidemiologia e Controle da Leishmaniose Visceral no município de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil). 2015. 152 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde com concentração em Doenças Infecciosas e Parasitárias)-Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Belo Horizonte
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12303
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12303/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12303/2/fabiana.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12303/3/fabiana.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5a560609d32a3863062d77ff32785d58
0ba3064ab0df6fc4dbb19dc66da0ff61
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1813009260342149120