Evolução clínica de pacientes pediátricos com anemia falciforme em uso de hidroxiuréia em um ambulatório de referência em Salvador-Bahia
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39653 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: a doença falciforme (DF) possui herança autossômica recessiva e prevalência mundial elevada, sendo considerada um problema de saúde pública e social. A hidroxiuréia (HU) tem sido utilizada como terapia farmacológica para a anemia falciforme (AF), forma mais grave da DF, sendo que nos últimos trinta anos tornou-se a modalidade primária de tratamento modificador da doença, com redução na incidência de episódios dolorosos agudos, hospitalizações, síndrome torácica aguda, transfusões e potencial redução da mortalidade. A HU tem sido descrita como bem tolerada e por ter toxicidade baixa. O uso da HU no Brasil foi normatizado em 2010, e existe um protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para o seu uso. Entretanto, a realização de investigações referentes à evolução clínica do paciente com DF em uso de HU são necessárias para que se tenha dados referentes ao acompanhamento clínico desse grupo de indivíduos de forma prolongada. OBJETIVO: o objetivo desse estudo foi avaliar a evolução clínica e laboratorial de pacientes com AF em uso de HU em um ambulatório de referência, antes e após o uso da terapia. MÉTODOS: a população foi composta por pacientes com AF acompanhados no ambulatório de hematologia pediátrica do ambulatório do Complexo do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (HUPES-UFBA), em uso de HU há pelo menos seis meses. Foram avaliados dados demográficos, clínicos e laboratoriais relativos ao uso da HU. RESULTADOS: a casuística foi constituída por 58 pacientes com AF de 5 a 19 anos, com média de idade de 12,81 anos (DP 3,82), 55,2% do sexo feminino, com início de uso da HU em média aos 8,8 anos de idade e média de tempo de uso da HU em torno de 50,5 meses. Com o tratamento houve melhora das variáveis clínicas avaliadas (número de internações, transfusões, episódios dolorosos agudos, síndrome torácica aguda e infecções), diminuição geral da velocidade do doppler transcraniano e melhora laboratorial com aumento significativo dos parâmetros hematológicos de hemoglobina fetal, hemoglobina e volume corpuscular médio e diminuição significativa nas contagens de plaquetas, leucócitos, neutrófilos, monócitos e linfócitos. CONCLUSÃO: o estudo mostrou melhora clínica e laboratorial em pacientes com AF após o uso da HU, sem efeitos adversos graves, com diminuição de hospitalizações e transfusões; porém, o uso requer acompanhamento regular com especialista e monitorização frequente, devido a possíveis causas de toxidade a droga. O uso da HU reduziu a velocidade do doppler transcraniano tanto em crianças com velocidade condicional quanto em crianças com velocidade normal. De acordo com os resultados obtidos, acredita-se que a HU poderia ser prescrita de forma mais precoce e frequente na AF, tendo como base os benefícios alcançados. |
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Leite, Ivana Paula RibeiroLyra, Isa MenezesAraújo, Marco Aurélio Salvino deOliveira, Ricardo RiccioGonçalves, Marilda de SouzaGonçalves, Marilda de Souza2020-01-30T18:49:52Z2020-01-30T18:49:52Z2019LEITE Ivana Paula Ribeiro. Evolução clínica de pacientes pediátricos com anemia falciforme em uso de hidroxiuréia em um ambulatório de referência em Salvador-Bahia. 2019. 70 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Instituto Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39653INTRODUÇÃO: a doença falciforme (DF) possui herança autossômica recessiva e prevalência mundial elevada, sendo considerada um problema de saúde pública e social. A hidroxiuréia (HU) tem sido utilizada como terapia farmacológica para a anemia falciforme (AF), forma mais grave da DF, sendo que nos últimos trinta anos tornou-se a modalidade primária de tratamento modificador da doença, com redução na incidência de episódios dolorosos agudos, hospitalizações, síndrome torácica aguda, transfusões e potencial redução da mortalidade. A HU tem sido descrita como bem tolerada e por ter toxicidade baixa. O uso da HU no Brasil foi normatizado em 2010, e existe um protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para o seu uso. Entretanto, a realização de investigações referentes à evolução clínica do paciente com DF em uso de HU são necessárias para que se tenha dados referentes ao acompanhamento clínico desse grupo de indivíduos de forma prolongada. OBJETIVO: o objetivo desse estudo foi avaliar a evolução clínica e laboratorial de pacientes com AF em uso de HU em um ambulatório de referência, antes e após o uso da terapia. MÉTODOS: a população foi composta por pacientes com AF acompanhados no ambulatório de hematologia pediátrica do ambulatório do Complexo do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (HUPES-UFBA), em uso de HU há pelo menos seis meses. Foram avaliados dados demográficos, clínicos e laboratoriais relativos ao uso da HU. RESULTADOS: a casuística foi constituída por 58 pacientes com AF de 5 a 19 anos, com média de idade de 12,81 anos (DP 3,82), 55,2% do sexo feminino, com início de uso da HU em média aos 8,8 anos de idade e média de tempo de uso da HU em torno de 50,5 meses. Com o tratamento houve melhora das variáveis clínicas avaliadas (número de internações, transfusões, episódios dolorosos agudos, síndrome torácica aguda e infecções), diminuição geral da velocidade do doppler transcraniano e melhora laboratorial com aumento significativo dos parâmetros hematológicos de hemoglobina fetal, hemoglobina e volume corpuscular médio e diminuição significativa nas contagens de plaquetas, leucócitos, neutrófilos, monócitos e linfócitos. CONCLUSÃO: o estudo mostrou melhora clínica e laboratorial em pacientes com AF após o uso da HU, sem efeitos adversos graves, com diminuição de hospitalizações e transfusões; porém, o uso requer acompanhamento regular com especialista e monitorização frequente, devido a possíveis causas de toxidade a droga. O uso da HU reduziu a velocidade do doppler transcraniano tanto em crianças com velocidade condicional quanto em crianças com velocidade normal. De acordo com os resultados obtidos, acredita-se que a HU poderia ser prescrita de forma mais precoce e frequente na AF, tendo como base os benefícios alcançados.INTRODUCTION: sickle cell disease (SCD) has an autosomal recessive inheritance and high global prevalence, being considered a public and social health problem. Hydroxyurea (HU) has been used as a pharmacological therapy for sickle cell anemia (SCA), most severe form of SCD, and in the last thirty years it has become the primary modality of treatment modifying the disease, with a reduction in the incidence of acute pain episodes, hospitalizations, chest syndrome transfusion and potential reduction in mortality. HU has been described as well tolerated and with low toxicity. The use of HU in Brazil was standardized in 2010, and there is a clinical protocol and therapeutic guidelines for its use. However, the investigation of the clinical evolution of patients with SCD using HU is necessary to have data regarding the clinical follow-up of this group of individuals on a prolonged basis. OBJECTIVE: the objective of this study was to evaluate the clinical and laboratory evolution of patients with SCA using HU in a reference outpatient clinic, before and after the use of the therapy. METHODS: the population was composed of SCA patients followed at the pediatric hematology outpatient clinic of the University Hospital Complex Professor Edgard Santos of the Federal University of Bahia (HUPES-UFBA), using HU for at least six months. Demographic, clinical, and laboratory data on the use of HU were evaluated. RESULTS: the sample consisted of 58 patients with SCA ranging from 5 to 19 years of age, with a mean age of 12.81 years (SD ± 3.82), 55.2% female, with 8.8 years of age and mean time of use of HU around 50.5 months. The treatment improved the clinical variables (number of hospitalizations, transfusions, acute pain episodes, acute chest syndrome and infections), general reduction of transcranial Doppler velocity and laboratory improvement with a significant increase in the hematological parameters of fetal hemoglobin, hemoglobin and mean corpuscular volume and significant reduction in platelets, leukocytes, neutrophils, monocytes and lymphocytes counts. CONCLUSION: the study showed clinical and laboratory improvement in patients with SCA after the use of HU, without serious adverse effects, with a decrease in hospitalizations and transfusions; however, use requires regular follow-up with specialist and frequent monitoring, due to possible causes of drug toxicity. The use of HU reduced the speed of the transcranial Doppler in both children with conditional and normal speed. According to the results obtained, it is believed that HU could be prescribed more precociously and frequently in SCA, based on the benefits achieved.O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001” FAPESB IGM-FIOCRUZ-BA.Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porInstituto Gonçalo MonizDoença FalciformeAnemia falciformeHidroxiuréiaCriançasSickle cell diseaseSickle cell anemiaHydroxyureaChildrenEvolução clínica de pacientes pediátricos com anemia falciforme em uso de hidroxiuréia em um ambulatório de referência em Salvador-Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019-07-17Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina.Mestrado AcadêmicoSalvador/BAPós-Graduação em Patologia Humanainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39653/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALIvana Paula Ribeiro Leite. Evolução Clinica...2019.pdfIvana Paula Ribeiro Leite. Evolução Clinica...2019.pdfapplication/pdf3834149https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/39653/2/Ivana%20Paula%20Ribeiro%20Leite.%20Evolu%c3%a7%c3%a3o%20Clinica...2019.pdfe5f4d7a915d263afe95daabf48a0ccbeMD52TEXTIvana Paula Ribeiro Leite. Evolução Clinica...2019.pdf.txtIvana Paula Ribeiro Leite. 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