Polimorfismos nos genes UGT1A1 e BCL11A: Relação com fatores laboratoriais e com a resposta à hidroxiureia em pacientes pediátricos com anemia falciforme
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22956 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Os níveis séricos de bilirrubina encontram-se frequentemente aumentados em pacientes com anemia falciforme, já acometidos por hemólise exacerbada, favorecendo a agravação do quadro clinico e a ocorrência de litíases biliares. OBJETIVO: O objetivo foi analisar a influência do polimorfismo A(TA)nTAA no promotor do gene UGT1A1 (rs8175347) e de dois polimorfismos no gene BCL11A (rs1427407 e rs7606173), sobre alguns parâmetros laboratoriais e sobre a resposta à hidroxiureia em pacientes pediátricos com anemia falciforme. MATERIAL E MÉTODOS: Amostras de sangue total e soro foram utilizadas para a realização das análises hematológicas e bioquímicas. O DNA foi extraído a partir de amostras de sangue periférico, e os fragmentos contendo os polimorfismos foram amplificados por PCR seguida de sequenciamento com primers específicos. RESULTADOS: Foram estudados 97 pacientes, com idade variando entre dois e 17 anos (7,433±4,075). Para o polimorfismo em UGT1A1, foram encontrados de cinco até oito repetições (TA) e as frequências do alelo selvagem (TA)6 e do alelo mutante (TA)7 foram respectivamente de 0,60 e 0,34. Quarenta pacientes (41,24%) eram homozigotos para o alelo (TA)6, 33 heterozigotos (TA)6/7, e 13 homozigotos (TA)7/7. Os níveis de bilirrubina total e indireta foram significativamente maiores nos pacientes com sete ou mais repetições (TA), p=0,0038 e p=0,0022, respectivamente, em comparação aos homozigotos (TA)6/6 ou heterozigotos (TA)5/6 ou (TA)5/7. Foi encontrada uma correlação negativa significativa entre os níveis de hemoglobina fetal e os níveis de bilirrubina total (r=-0,3782, p=0,0001) e de bilirrubina indireta (r=-0,3761, p=0,0015), sendo que para os indivíduos (TA)7/7 e (TA)7/8, essa correlação deixou de ser válida (p>0,05), tanto para a bilirrubina total quanto para a bilirrubina indireta. Ademais, os níveis maiores de bilirrubina nos indivíduos (TA)7/7 e (TA)7/8 não estavam associados com o aumento dos níveis de marcadores de hemólise. A frequência do alelo mutante T do rs1427407 foi de 0,22 e a do alelo selvagem G do rs7606173 foi 0,57. Nenhum indivíduo com o genótipo mutante TT para o rs1427407 estava sob tratamento com hidroxiureia. Em indivíduos sem uso de hidroxiureia, o maior nível de hemoglobina fetal foi associado com o genótipo mutante TT. Já para o genótipo selvagem GG do rs7606173 ocorreu aumento de hemoglobina fetal, mas não foi significativo. Quanto aos níveis de bilirrubina, os homozigotos TT para o rs1427407 e GG para o rs7606173 apresentaram níveis menores. Além disso, o efeito dos polimorfismos em BCL11A sobre a bilirrubina pareceu superar o efeito do rs8175347 no grupo (TA)7/7 e (TA)7/8. Não foi encontrada associação TT/CC, e também não foi encontrado nenhum mutante TT entre os portadores do haplótipo CAR/CAR. Conclusões: Este estudo confirmou a associação do alelo (TA)7 a níveis elevados de bilirrubina, independentemente do grau de hemólise. O alelo mutante T do rs1427407 e o alelo ancestral G do rs7606173 são associados à níveis maiores de hemoglobina fetal e menores níveis de bilirrubina, sendo o efeito maior associado ao alelo T. |
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Rahimy, Rifkath Marie LaurenceLyra, Isa MenezesOliveira, Ricardo RiccioZanette, Dalila LucíolaZanette, Dalila Lucíola2017-10-25T13:44:05Z2017-10-25T13:44:05Z2017RAHIMY, R. M. L. Polimorfismos nos genes UGT1A1 e BCL11A: Relação com fatores laboratoriais e com a resposta à hidroxiureia em pacientes pediátricos com anemia falciforme. 2017. 118 f. il. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia. Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Gonçalo Moniz, Salvador, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22956INTRODUÇÃO: Os níveis séricos de bilirrubina encontram-se frequentemente aumentados em pacientes com anemia falciforme, já acometidos por hemólise exacerbada, favorecendo a agravação do quadro clinico e a ocorrência de litíases biliares. OBJETIVO: O objetivo foi analisar a influência do polimorfismo A(TA)nTAA no promotor do gene UGT1A1 (rs8175347) e de dois polimorfismos no gene BCL11A (rs1427407 e rs7606173), sobre alguns parâmetros laboratoriais e sobre a resposta à hidroxiureia em pacientes pediátricos com anemia falciforme. MATERIAL E MÉTODOS: Amostras de sangue total e soro foram utilizadas para a realização das análises hematológicas e bioquímicas. O DNA foi extraído a partir de amostras de sangue periférico, e os fragmentos contendo os polimorfismos foram amplificados por PCR seguida de sequenciamento com primers específicos. RESULTADOS: Foram estudados 97 pacientes, com idade variando entre dois e 17 anos (7,433±4,075). Para o polimorfismo em UGT1A1, foram encontrados de cinco até oito repetições (TA) e as frequências do alelo selvagem (TA)6 e do alelo mutante (TA)7 foram respectivamente de 0,60 e 0,34. Quarenta pacientes (41,24%) eram homozigotos para o alelo (TA)6, 33 heterozigotos (TA)6/7, e 13 homozigotos (TA)7/7. Os níveis de bilirrubina total e indireta foram significativamente maiores nos pacientes com sete ou mais repetições (TA), p=0,0038 e p=0,0022, respectivamente, em comparação aos homozigotos (TA)6/6 ou heterozigotos (TA)5/6 ou (TA)5/7. Foi encontrada uma correlação negativa significativa entre os níveis de hemoglobina fetal e os níveis de bilirrubina total (r=-0,3782, p=0,0001) e de bilirrubina indireta (r=-0,3761, p=0,0015), sendo que para os indivíduos (TA)7/7 e (TA)7/8, essa correlação deixou de ser válida (p>0,05), tanto para a bilirrubina total quanto para a bilirrubina indireta. Ademais, os níveis maiores de bilirrubina nos indivíduos (TA)7/7 e (TA)7/8 não estavam associados com o aumento dos níveis de marcadores de hemólise. A frequência do alelo mutante T do rs1427407 foi de 0,22 e a do alelo selvagem G do rs7606173 foi 0,57. Nenhum indivíduo com o genótipo mutante TT para o rs1427407 estava sob tratamento com hidroxiureia. Em indivíduos sem uso de hidroxiureia, o maior nível de hemoglobina fetal foi associado com o genótipo mutante TT. Já para o genótipo selvagem GG do rs7606173 ocorreu aumento de hemoglobina fetal, mas não foi significativo. Quanto aos níveis de bilirrubina, os homozigotos TT para o rs1427407 e GG para o rs7606173 apresentaram níveis menores. Além disso, o efeito dos polimorfismos em BCL11A sobre a bilirrubina pareceu superar o efeito do rs8175347 no grupo (TA)7/7 e (TA)7/8. Não foi encontrada associação TT/CC, e também não foi encontrado nenhum mutante TT entre os portadores do haplótipo CAR/CAR. Conclusões: Este estudo confirmou a associação do alelo (TA)7 a níveis elevados de bilirrubina, independentemente do grau de hemólise. O alelo mutante T do rs1427407 e o alelo ancestral G do rs7606173 são associados à níveis maiores de hemoglobina fetal e menores níveis de bilirrubina, sendo o efeito maior associado ao alelo T.INTRODUCTION: Serum bilirubin levels are frequently increased in patients with sickle cell anemia, who already are affected by exacerbated hemolysis, which worsens symptoms and especially favors the occurrence of pigment gallstones. AIM: The aim of the present study was to analyze the influence of the polymorphism A(TA)nTAA in the UGT1A1 gene promoter (rs8175347) and two polymorphisms in the BCL11A gene (rs1427407 and rs7606173), on some laboratory parameters and on the response to hydroxyurea in pediatric patients with sickle cell anemia. MATERIAL AND METHODS: Whole blood and serum samples were used to perform hematological and biochemical analysis. DNA was extracted from peripheral blood samples, and fragments containing the polymorphisms were amplified by Polymerase Chain Reaction followed by sequencing with specific primers. RESULTS: We studied 97 patients, ranging in age from 2 to 17 years (7.433±4.075). For the UGT1A1 polymorphism, five to eight (TA) repeats were found and the wild-type (TA)6 and mutant allele (TA)7 frequencies were respectively 0.60 and 0.34. Forty patients (41.24%) were homozygous (TA)6/6, 33 heterozygotes (TA)6/7, and 13 homozygous (TA)7/7. Total and unconjugated bilirubin levels were significantly higher in patients with seven or more (TA) repeats, p=0.0038 and p=0.0022, respectively, compared to homozygotes (TA)6/6 or heterozygotes (TA)5/6 or (TA)5/7. A significant negative correlation was found between fetal hemoglobin levels and total bilirubin levels (r =-0.3782, p=0.0001) and unconjugated bilirubin levels (r =-0.3761, p=0.0015). This correlation was no longer valid (p> 0.05) for individuals (TA)7/7 and (TA)7/8. In addition, the higher levels of bilirubin in (TA)7/7 and (TA)7/8 individuals were not associated with increased markers of markers of hemolysis. The frequency of the mutant allele G of rs1427407 was 0.22, and for the wild-type allele G of rs7606173, the frequency was 0.57. In individuals that were not using hydroxyurea, a significant higher fetal hemoglobin level was associated with the TT mutant genotype, while a non-significant increase occurred for the wild-type genotype GG of rs7606173. Subsequently, patients homozygous for the TT genotype of rs1427407 had significant lower levels of total and unconjugated bilirubin (p=0.0102 and p=0.0108, respectively). Furthermore, the effect of the BCL11A polymorphisms on bilirubin levels appeared to outweigh the effect of rs8175347 in the group (TA)7/7 and (TA)7/8. No patient simultaneously carrying the homozygous mutant genotypes TT/CC was found; and no mutant homozygotes TT was found in patients with the CAR/CAR haplotype. CONCLUSION: This study confirmed that allele (TA)7 is associated with elevated levels of bilirubin, regardless of the rate of hemolysis. The mutant allele T of rs1427407 and the ancestral allele G of rs7606173 are associated with higher levels of fetal hemoglobin and lower levels of bilirubin, the strongest effect being associated with the T allele.CAPESFundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, BrasilporInstituto Gonçalo MonizAnemia falciformeUGT1A1BCL11AHidroxiureiaSickle Cell AnemiaUGT1A1BCL11AHydroxyureaPolimorfismos nos genes UGT1A1 e BCL11A: Relação com fatores laboratoriais e com a resposta à hidroxiureia em pacientes pediátricos com anemia falciformeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017-08-18Coordenação de EnsinoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo MonizMestrado AcadêmicoSalvador/BaPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22956/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALRifkath Marie Laurence Rahimy Polimorfismos...2017.pdfRifkath Marie Laurence Rahimy Polimorfismos...2017.pdfapplication/pdf1374663https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22956/2/Rifkath%20Marie%20Laurence%20Rahimy%20Polimorfismos...2017.pdf079d4ba77067c450004e2bee58a649f0MD52TEXTRifkath Marie Laurence Rahimy Polimorfismos...2017.pdf.txtRifkath Marie Laurence Rahimy Polimorfismos...2017.pdf.txtExtracted texttext/plain217781https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/22956/3/Rifkath%20Marie%20Laurence%20Rahimy%20Polimorfismos...2017.pdf.txt924d57fde288b9af2f6f44cbfeb87c94MD53icict/229562018-10-02 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Sickle Cell Anemia UGT1A1 BCL11A Hydroxyurea |
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INTRODUÇÃO: Os níveis séricos de bilirrubina encontram-se frequentemente aumentados em pacientes com anemia falciforme, já acometidos por hemólise exacerbada, favorecendo a agravação do quadro clinico e a ocorrência de litíases biliares. OBJETIVO: O objetivo foi analisar a influência do polimorfismo A(TA)nTAA no promotor do gene UGT1A1 (rs8175347) e de dois polimorfismos no gene BCL11A (rs1427407 e rs7606173), sobre alguns parâmetros laboratoriais e sobre a resposta à hidroxiureia em pacientes pediátricos com anemia falciforme. MATERIAL E MÉTODOS: Amostras de sangue total e soro foram utilizadas para a realização das análises hematológicas e bioquímicas. O DNA foi extraído a partir de amostras de sangue periférico, e os fragmentos contendo os polimorfismos foram amplificados por PCR seguida de sequenciamento com primers específicos. RESULTADOS: Foram estudados 97 pacientes, com idade variando entre dois e 17 anos (7,433±4,075). Para o polimorfismo em UGT1A1, foram encontrados de cinco até oito repetições (TA) e as frequências do alelo selvagem (TA)6 e do alelo mutante (TA)7 foram respectivamente de 0,60 e 0,34. Quarenta pacientes (41,24%) eram homozigotos para o alelo (TA)6, 33 heterozigotos (TA)6/7, e 13 homozigotos (TA)7/7. Os níveis de bilirrubina total e indireta foram significativamente maiores nos pacientes com sete ou mais repetições (TA), p=0,0038 e p=0,0022, respectivamente, em comparação aos homozigotos (TA)6/6 ou heterozigotos (TA)5/6 ou (TA)5/7. Foi encontrada uma correlação negativa significativa entre os níveis de hemoglobina fetal e os níveis de bilirrubina total (r=-0,3782, p=0,0001) e de bilirrubina indireta (r=-0,3761, p=0,0015), sendo que para os indivíduos (TA)7/7 e (TA)7/8, essa correlação deixou de ser válida (p>0,05), tanto para a bilirrubina total quanto para a bilirrubina indireta. Ademais, os níveis maiores de bilirrubina nos indivíduos (TA)7/7 e (TA)7/8 não estavam associados com o aumento dos níveis de marcadores de hemólise. A frequência do alelo mutante T do rs1427407 foi de 0,22 e a do alelo selvagem G do rs7606173 foi 0,57. Nenhum indivíduo com o genótipo mutante TT para o rs1427407 estava sob tratamento com hidroxiureia. Em indivíduos sem uso de hidroxiureia, o maior nível de hemoglobina fetal foi associado com o genótipo mutante TT. Já para o genótipo selvagem GG do rs7606173 ocorreu aumento de hemoglobina fetal, mas não foi significativo. Quanto aos níveis de bilirrubina, os homozigotos TT para o rs1427407 e GG para o rs7606173 apresentaram níveis menores. Além disso, o efeito dos polimorfismos em BCL11A sobre a bilirrubina pareceu superar o efeito do rs8175347 no grupo (TA)7/7 e (TA)7/8. Não foi encontrada associação TT/CC, e também não foi encontrado nenhum mutante TT entre os portadores do haplótipo CAR/CAR. Conclusões: Este estudo confirmou a associação do alelo (TA)7 a níveis elevados de bilirrubina, independentemente do grau de hemólise. O alelo mutante T do rs1427407 e o alelo ancestral G do rs7606173 são associados à níveis maiores de hemoglobina fetal e menores níveis de bilirrubina, sendo o efeito maior associado ao alelo T. |
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2017 |
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RAHIMY, R. M. L. Polimorfismos nos genes UGT1A1 e BCL11A: Relação com fatores laboratoriais e com a resposta à hidroxiureia em pacientes pediátricos com anemia falciforme. 2017. 118 f. il. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia. Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Gonçalo Moniz, Salvador, 2017. |
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