Wildmeat consumption and child health in Amazonia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torres, Patricia Carignano
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Morsello, Carla, Orellana, Jesem D. Y., Almeida, Oriana, Moraes, André de, Chacón-Montalván, Erick A., Pinto, Moisés A. T., Fink, Maria G. S., Freire, Maíra P., Parry, Luke
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52451
https://doi.org/10.1038/s41598-022-09260-3
Resumo: O consumo de carne selvagem pode proteger contra a anemia por deficiência de ferro, um grave problema de saúde pública global. Contribuindo para os debates sobre as ligações entre a carne selvagem e a saúde das pessoas próximas à floresta, investigamos se o consumo de carne selvagem está associado à concentração de hemoglobina em crianças rurais e urbanas (<5 anos) na Amazônia central brasileira. Como as práticas alimentares mediam os potenciais benefícios nutricionais da carne selvagem, também examinamos se sua introdução na dieta das crianças é influenciada pela localização rural/urbana ou pelas características socioeconômicas do domicílio. Amostrando 610 crianças, descobrimos que o consumo de carnes selvagens está associado a maior concentração de hemoglobina entre as crianças rurais mais vulneráveis ​​à pobreza, mas não nas crianças rurais ou urbanas menos vulneráveis. Os cuidadores rurais compartilham carne selvagem com crianças mais cedo do que os cuidadores urbanos, potencialmente devido a diferenças culturais, menor acesso à carne domesticada e maior consumo de carne selvagem pelas famílias rurais (quatro vezes a média urbana). Se a carne selvagem se tornar indisponível por meio de regulamentações mais rígidas ou colheita excessiva, prevemos um aumento de aproximadamente 10% na prevalência de anemia entre crianças rurais extremamente pobres. Este efeito protetor modesto indica que garantir o acesso à carne selvagem é, por si só, insuficiente para controlar a anemia. O manejo sustentável da vida selvagem pode aumentar os benefícios nutricionais da vida selvagem para os vulneráveis ​​da Amazônia, mas reduzir a pobreza multidimensional e melhorar o acesso a cuidados de saúde de qualidade são fundamentais.
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Como as práticas alimentares mediam os potenciais benefícios nutricionais da carne selvagem, também examinamos se sua introdução na dieta das crianças é influenciada pela localização rural/urbana ou pelas características socioeconômicas do domicílio. Amostrando 610 crianças, descobrimos que o consumo de carnes selvagens está associado a maior concentração de hemoglobina entre as crianças rurais mais vulneráveis ​​à pobreza, mas não nas crianças rurais ou urbanas menos vulneráveis. Os cuidadores rurais compartilham carne selvagem com crianças mais cedo do que os cuidadores urbanos, potencialmente devido a diferenças culturais, menor acesso à carne domesticada e maior consumo de carne selvagem pelas famílias rurais (quatro vezes a média urbana). Se a carne selvagem se tornar indisponível por meio de regulamentações mais rígidas ou colheita excessiva, prevemos um aumento de aproximadamente 10% na prevalência de anemia entre crianças rurais extremamente pobres. Este efeito protetor modesto indica que garantir o acesso à carne selvagem é, por si só, insuficiente para controlar a anemia. O manejo sustentável da vida selvagem pode aumentar os benefícios nutricionais da vida selvagem para os vulneráveis ​​da Amazônia, mas reduzir a pobreza multidimensional e melhorar o acesso a cuidados de saúde de qualidade são fundamentais.Consuming wildmeat may protect against iron-defciency anemia, a serious public health problem globally. Contributing to debates on the linkages between wildmeat and the health of forestproximate people, we investigate whether wildmeat consumption is associated with hemoglobin concentration in rural and urban children (<5 years old) in central Brazilian Amazonia. Because dietary practices mediate the potential nutritional benefts of wildmeat, we also examined whether its introduction into children’s diets is infuenced by rural/urban location or household socio-economic characteristics. Sampling 610 children, we found that wildmeat consumption is associated with higher hemoglobin concentration among the rural children most vulnerable to poverty, but not in the least vulnerable rural, or urban children. Rural caregivers share wildmeat with children earlier-inlife than urban caregivers, potentially because of cultural diferences, lower access to domesticated meat, and higher wildmeat consumption by rural households (four times the urban average). If wildmeat becomes unavailable through stricter regulations or over-harvesting, we predict a~ 10% increased prevalence of anemia among extremely poor rural children. This modest protective efect indicates that ensuring wildmeat access is, alone, insufcient to control anemia. Sustainable wildlife management could enhance the nutritional benefts of wildlife for vulnerable Amazonians, but reducing multidimensional poverty and improving access to quality healthcare are paramount.Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades, EACH. Programa de Pós-Graduação em Modelagem de Sistemas Complexos. São Paulo, SP, Brasil.Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades, EACH. Programa de Pós-Graduação em Modelagem de Sistemas Complexos. São Paulo, SP, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Leônidas e Maria Deane. Manaus, AM, Brasil.Universidade Federal do Pará. Núcleo de Altos Estudos Amazônicos. Belém, PA, Brasil.Manaus, AM, Brasil.Lancaster University. Department of Mathematics and Statistics. Lancaster, UK.Manaus, AM, Brasil.Manaus, AM, Brasil.Manaus, AM, Brasil.Universidade Federal do Pará. Núcleo de Altos Estudos Amazônicos. Belém, PA, Brasil.engAnemia;Consumo de carne;Saúde da Criança.Anemia;meat consumption;Children's Health.Hemoglobina.Anemia.Saúde da Criança.Wildmeat consumption and child health in Amazoniainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52451/1/license.txt43cf57123dace9a28c9f6b2c996fa81bMD51ORIGINALArticle TORRES etal 2022.pdfArticle TORRES etal 2022.pdfapplication/pdf1559533https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52451/2/Article%20TORRES%20etal%202022.pdfa80a8cba5f5810691ccdb558da7cf33aMD52icict/524512022-04-28 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