Aspectos relevantes para a aprovação de biosimilares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peres, Beatriz Serrapio
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52634
Resumo: Medicamentos genéricos podem ser introduzidos no mercado quando a patente do medicamento inovador expira. No caso de drogas convencionais, produzidas por síntese química, os testes clínicos necessários para demonstração de segurança e eficácia gerados para o produto inovador podem ser extrapolados para o genérico, simplificando o processo de aprovação deste. Entretanto, este paradigma não pode ser aplicado aos biofármacos, grandes moléculas difíceis de serem completamente caracterizadas. Estes produtos geralmente são proteínas complexas que também apresentam heterogeneidade devido a fatores como modificações póstraducionais, modificações introduzidas durante os processos de extração e purificação, ou durante as etapas de formulação e armazenamento. Pequenas alterações no processo de manufatura influenciam as propriedades biológicas e clínicas do produto e podem resultar em diferenças nos perfis de eficácia e segurança, particularmente na imunogenicidade. A visão geral é que não é possível demonstrar a identidade entre biofármacos produzidos por diferentes processos de manufatura. Assim, eles não podem ser aprovados como simples genéricos e necessitam de dados clínicos e não clínicos adicionais para demonstrar que possuem um perfil de segurança e eficácia comparáveis ao do produto original. Por esta razão são chamados de “produtos medicinais biológicos similares” ou “biosimilares”. Este nome é geralmente utilizado na União Européia enquanto nos Estados Unidos são denominados “follow-on proteins”. O objetivo deste trabalho foi revisar as questões relacionadas à aprovação e uso clínico de biosimilares e fornecer um panorama da situação regulatória em dois grandes mercados, os Estados Unidos e a Europa. O acúmulo de conhecimentos sobre o tema é de relevância para uma futura regulamentação no Brasil.
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Estes produtos geralmente são proteínas complexas que também apresentam heterogeneidade devido a fatores como modificações póstraducionais, modificações introduzidas durante os processos de extração e purificação, ou durante as etapas de formulação e armazenamento. Pequenas alterações no processo de manufatura influenciam as propriedades biológicas e clínicas do produto e podem resultar em diferenças nos perfis de eficácia e segurança, particularmente na imunogenicidade. A visão geral é que não é possível demonstrar a identidade entre biofármacos produzidos por diferentes processos de manufatura. Assim, eles não podem ser aprovados como simples genéricos e necessitam de dados clínicos e não clínicos adicionais para demonstrar que possuem um perfil de segurança e eficácia comparáveis ao do produto original. Por esta razão são chamados de “produtos medicinais biológicos similares” ou “biosimilares”. Este nome é geralmente utilizado na União Européia enquanto nos Estados Unidos são denominados “follow-on proteins”. O objetivo deste trabalho foi revisar as questões relacionadas à aprovação e uso clínico de biosimilares e fornecer um panorama da situação regulatória em dois grandes mercados, os Estados Unidos e a Europa. O acúmulo de conhecimentos sobre o tema é de relevância para uma futura regulamentação no Brasil.When the patent of a drug expires, generics may be introduced in market. With classic drugs, normally produced by chemical synthesis, the clinical trials required to demonstrate safety and efficacy for the approval of the reference product can be extrapolated to the generic. However, this generic paradigm cannot be applied to biopharmaceuticals products, large molecules that are difficult to be fully characterized. They generally are complex protein molecules that also show heterogeneity, due to post-translational modifications. Modifications are also introduced during the extraction and purification processes, or during the formulation and storage steps. Minor changes in the production process can influence the biological and clinical properties of the product and result in differences in efficacy and safety profiles, particularly immunogenicity. The prevailing view is that it is not possible to demonstrate the identical nature of biopharmaceuticals arising from different manufacturing sources. So they cannot be approved as simple generics, and need additional clinical and non-clinical data to demonstrate that they have an equivalent safety and efficacy profile to the originator product. That is the reason why they are called “similar biological medicinal products” or “biosimilars”. This name is generally used in the European Union while in the United States they are called “follow-onproteins”. The purpose of this work was to review issues associated with the approval and clinical use of biosimilars and to provide an overview of the regulatory situation in two of the largest markets, the United States and Europe. While the European regulatory framework for biosimilars is more defined, with general and product-specific guidelines established by the European Medicines Agency, in the United States legislation is still needed and the Food and Drug Administration has not yet established guidelines. The accumulation of knowledge on the subject is of relevance for future regulation in Brazil.Fundação Oswaldo Cruz. Diretoria Regional de Brasília. Brasília, DF, Brasil.porBiofármacosBiosimilaresMedicamentos biológicos similaresBiopharmaceuticalsBiosimilarsFollow-on protein productsSimilar medicinal biological productsProdutos BiológicosMedicamentos BiossimilaresAprovação de DrogasAspectos relevantes para a aprovação de biosimilaresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisFundação Oswaldo Cruz. Diretoria Regional de BrasíliaBrasília/DFPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletivainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALbeatriz_peres_fiodf_espec_2009.pdfbeatriz_peres_fiodf_espec_2009.pdfTCCapplication/pdf419026https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52634/2/beatriz_peres_fiodf_espec_2009.pdf52607189e06c61f60daf1b739d3d69c4MD52Termo_Beatriz Serrapio Peres.pdfTermo_Beatriz Serrapio Peres.pdfTermo de autorizaçãoapplication/pdf171120https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52634/4/Termo_Beatriz%20Serrapio%20Peres.pdfdbd0e9b4b1cd63443670d603641029f5MD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52634/3/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD53icict/526342022-05-12 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