Travestis e mulheres transexuais: aspectos epidemiológicos, sociais e políticos na forma de andar a vida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48878 |
Resumo: | Travestis e Mulheres Transexuais fazem parte das chamadas populações chave no tocante a distribuição de infecção pelo vírus HIV, consideradas como grupo que concentra maiores prevalências à infecção. Também são denominadas de grupo de difícil acesso para realização de pesquisas, parte explicado por questões estruturais e sociais, como estigma e violência presentes na sociedade. O presente trabalho tem como objetivo elucidar aspectos epidemiológicos, sociais e políticos que incidem e condicionam o cotidiano de travesti/mulheres transexuais. Constituído de três artigos, precedido por uma introdução em que são apresentados aspectos históricos referentes a constituição de uma ideia patologizada das populações gay e transexuais. Discorre-se sobre enfrentamentos de movimentos sociais e da academia sobre essa posição, além de situar o leitor a respeito de aspectos e práticas sociais envolvidos na exclusão social dessa população e suas consequências na saúde. Traz um apanhado sobre a epidemiologia de HIV, em populações chave, dentre estas travestis e mulheres transexuais, e ações governamentais de combate à infecção no mundo e no Brasil. O artigo1 trata de revisão sistemática cujo objetivo é estimar a prevalência de HIV em travestis/mulheres transexuais na América Latina, seguido de meta análise para verificar possíveis diferenças quando da realização de recrutamento utilizando RDS e não RDS. As prevalências encontradas nos 18 artigos selecionados pela revisão sistemática variaram de 10.7% a 47%. Quanto ao tipo de recrutamento, os achados demonstraram pouca variação nas medidas sumários apresentadas. O artigo 2 é um estudo qualitativo, classificado como social estratégica, em que se analisou as discussões presentes em três grupos focais, realizados com travestis/mulheres transexuais na cidade do Rio de janeiro. Utilizou-se análise de conteúdo de Bardin, e teve como objetivo discutir suas percepções e experiências nas formas de andar a vida, considerando contínuo trânsito entre gêneros e desafios frente a sociedade cis/heteronormativa, tendo o termo passabilidade como elemento transversal às suas experiências sociais. Os achados de pesquisa apontam desafios e enfrentamentos cotidianos desse grupo social no que tange aspectos relacionados a exclusão social e estigmas. O terceiro artigo faz um apanhado da atual conjuntura política no Brasil, e desafios a serem enfrentados em um contexto de políticas conservadoras e congelamento de investimentos públicos em saúde e educação, que afetam diretamente ações que ajudam a diminuir estigmas sociais em torno da questão envolvendo o grupo social aqui estudado, e que tensionam as garantia de direitos e cidadania. |
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Montenegro, Luiz Albérico AraújoVelasque, LucianeMelo, Enirtes Caetano Prates2021-08-31T23:32:02Z2021-08-31T23:32:02Z2019MONTENEGRO, Luiz Albérico Araújo. Travestis e mulheres transexuais: aspectos epidemiológicos, sociais e políticos na forma de andar a vida. 2019. 123 f. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48878Travestis e Mulheres Transexuais fazem parte das chamadas populações chave no tocante a distribuição de infecção pelo vírus HIV, consideradas como grupo que concentra maiores prevalências à infecção. Também são denominadas de grupo de difícil acesso para realização de pesquisas, parte explicado por questões estruturais e sociais, como estigma e violência presentes na sociedade. O presente trabalho tem como objetivo elucidar aspectos epidemiológicos, sociais e políticos que incidem e condicionam o cotidiano de travesti/mulheres transexuais. Constituído de três artigos, precedido por uma introdução em que são apresentados aspectos históricos referentes a constituição de uma ideia patologizada das populações gay e transexuais. Discorre-se sobre enfrentamentos de movimentos sociais e da academia sobre essa posição, além de situar o leitor a respeito de aspectos e práticas sociais envolvidos na exclusão social dessa população e suas consequências na saúde. Traz um apanhado sobre a epidemiologia de HIV, em populações chave, dentre estas travestis e mulheres transexuais, e ações governamentais de combate à infecção no mundo e no Brasil. O artigo1 trata de revisão sistemática cujo objetivo é estimar a prevalência de HIV em travestis/mulheres transexuais na América Latina, seguido de meta análise para verificar possíveis diferenças quando da realização de recrutamento utilizando RDS e não RDS. As prevalências encontradas nos 18 artigos selecionados pela revisão sistemática variaram de 10.7% a 47%. Quanto ao tipo de recrutamento, os achados demonstraram pouca variação nas medidas sumários apresentadas. O artigo 2 é um estudo qualitativo, classificado como social estratégica, em que se analisou as discussões presentes em três grupos focais, realizados com travestis/mulheres transexuais na cidade do Rio de janeiro. Utilizou-se análise de conteúdo de Bardin, e teve como objetivo discutir suas percepções e experiências nas formas de andar a vida, considerando contínuo trânsito entre gêneros e desafios frente a sociedade cis/heteronormativa, tendo o termo passabilidade como elemento transversal às suas experiências sociais. Os achados de pesquisa apontam desafios e enfrentamentos cotidianos desse grupo social no que tange aspectos relacionados a exclusão social e estigmas. O terceiro artigo faz um apanhado da atual conjuntura política no Brasil, e desafios a serem enfrentados em um contexto de políticas conservadoras e congelamento de investimentos públicos em saúde e educação, que afetam diretamente ações que ajudam a diminuir estigmas sociais em torno da questão envolvendo o grupo social aqui estudado, e que tensionam as garantia de direitos e cidadania.Travesties and transgender women make part of the so-called key populations with concern to distribution of HIV infection, being regarded as a group that concentrates highest prevalence to the infection. They are also considered as a group of hard access to the development of researches, which is partially explained by social and structural issues, such as stigma and violence present in the society. This research aims to elucidate epidemiological, social and political aspects which condition travesties and transgender women daily life. This study is composed of three papers, preceded by an introduction in which historical aspects concerning the shaping of pathologized views of gay and transgender populations are presented. We discuss clashes of social movements and of the academy against such views, as well as aspects and social practices involved in social exclusion of these populations and their consequences to their health. The brings also includes an overview of HIV epidemiology in key populations, including travesties and transgender women, and of governmental actions against the infection in Brazil and around the world. Paper 1 addresses a systematic literature review aiming to estimate the prevalence of HIV in travesties and transgender women in Latin America, followed by a meta-analysis to verify possible differences in RDS-based and non RDS-based recruiting. Prevalence found in the 18 selected papers by the systematic review range from 10.7% to 47%. Findings concerning the type of recruitment show low variation on summary measurements presented. Paper 2 is a qualitative study, labeled as social strategic, in which discussion on three focal groups conducted with travesties and transgender women in Rio de Janeiro city where analyzed. Bardin\2019s content analysis was used to discuss participants\2019 perceptions and experiences regarding ways to carry on life, considering a continuous transit between genders and challenges towards and cis/heteronormative society, having the term passability as a transversal element to their social experiences. Research findings reveal everyday challenges and clashes face by these groups concerning aspects related to social exclusion and stigmas. Paper 3 makes an overview of current political conjuncture in Brazil, and of challenges to be overcome in a context of conservative policies, and budget in health and education cut down, which directly affect actions helping to reduce social stigmas involving to social group addressed in this study, and put into question their warrants of civil rights and citizenship.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porTravestisMulheres TransexuaisHIVCidadaniaDireitos HumanosTransvestitesTranssexual WomenHIVHuman RightsCitizenshipTravestismoPessoas TransgêneroHIVPrevalênciaInfecções por HIVParticipação da ComunidadeDireitos HumanosEpidemiologiaPolítica PúblicaAcesso aos Serviços de SaúdeEstudos de Avaliação como AssuntoPesquisa QualitativaTravestis e mulheres transexuais: aspectos epidemiológicos, sociais e políticos na forma de andar a vidaTransvestites and transsexual women: epidemiological, social and political aspects in the way of lifeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2019-09-13Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48878/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALluiz_albérico_araújo_montenegro_ensp_dout_2019.pdfapplication/pdf6539654https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48878/2/luiz_alb%c3%a9rico_ara%c3%bajo_montenegro_ensp_dout_2019.pdf2a756467912a6118cad238c1a76d394bMD52TEXTluiz_albérico_araújo_montenegro_ensp_dout_2019.pdf.txtluiz_albérico_araújo_montenegro_ensp_dout_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain257006https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48878/3/luiz_alb%c3%a9rico_ara%c3%bajo_montenegro_ensp_dout_2019.pdf.txtdc23a870ba16cff85ac1d26cdb028347MD53icict/488782023-08-03 09:58:06.227oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48878Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-03T12:58:06Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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