Desenvolvimento e caracterização de anticorpos monoclonais contra um novo arbovírus e sua aplicabilidade no diagnóstico e estudo de interações em mosquitos vetores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, Gabriela Mattoso
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59750
Resumo: Referência para o Ministério da Saúde na região Sul do país, o Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Carlos Chagas/Fiocruz PR tem entre suas atribuições a vigilância epidemiológica de vírus emergentes e reemergentes. Neste contexto, recentemente identificou e caracterizou um novo alphavirus, denominado Caaingua (CAAV). A maior parte dos vírus desse gênero possuem insetos como vetores, majoritariamente mosquitos, e infectam uma grande variedade de hospedeiros vertebrados. Os alphavirus que incluem humanos como hospedeiros em seus ciclos de transmissão podem causar doenças, tipicamente caracterizadas por artralgia ou encefalite. O CAAV foi isolado a partir de pools de mosquitos Culex na região de Marilena (PR) durante um surto de doença artritogênica, a qual não teve diagnóstico laboratorial confirmado para nenhuma arbovirose circulante e foi, portanto, descrita como desconhecida. Apesar de até o momento não ter sido estabelecido um vínculo entre o vírus e o surto em Marilena, maiores estudos são necessários para investigar o papel epidemiológico do novo vírus e seu ciclo de transmissão. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi desenvolver insumos para ampliar a caracterização de CAAV in vitro e em mosquitos. Os objetivos específicos do estudo foram o desenvolvimento e caracterização de anticorpos monoclonais (mAbs) reativos contra o vírus e a avaliação da infecção de CAAV em mosquitos Aedes albopictus por RT-qPCR. Para atingir esses objetivos, camundongos Balb/C foram imunizados com o vírus purificado e seus esplenócitos foram fusionados com células de mieloma da linhagem P3X63Ag8.653. Os hibridomas secretores de anticorpos anti-CAAV foram selecionados por imunofluorescência indireta e os positivos foram submetidos a diluição limitante para obtenção de mAbs. O protocolo de fusão resultou em três hibridomas (8A11, 7D11 e 5F4) estáveis produtores de anticorpos anti-CAAV, dos quais foram obtidos 15 mAbs. Dois mAbs (5F4/F6/A10 e 5F4/H6/D6) foram purificados e caracterizados, sendo ambos do isotipo IgG2a com cadeia leve kappa. Os mAbs não apresentaram reatividade cruzada com os alphavirus Aura virus, Chikungunya, vírus da Encefalite Equina Venezuelana e Mayaro e continuaram reativos contra o CAAV após a purificação. Ademais, o mAb 5F4/F6/A10 teve sua aplicabilidade em ensaio de citometria de fluxo demonstrada e apresentou desempenho semelhante ao anticorpo comercial usado como controle. Para avaliar a infecção por CAAV em A. albopictus, mosquitos dessa espécie foram infectados por via oral em dois experimentos: no primeiro, os mosquitos foram coletados e analisados individualmente após 0, 4, 7, 14 e 21 dias e, no segundo, os mosquitos foram coletados após 0, 7, 14 e 21 dias, foram dissecados em intestino, tórax e cabeça e analisados em pools. As análises por RT-qPCR sugerem que mosquitos A. albopictus são suscetíveis à infecção por CAAV e que a replicação não se limita ao intestino, mas também se dissemina para cabeça e tórax em até 7 dias após a ingestão do vírus. Em ambos os experimentos, houve detecção viral nos mosquitos até 21 dias após a alimentação, sugerindo uma infecção persistente. Esse foi o primeiro estudo a avaliar a infecção por CAAV em espécies de mosquitos vetores e a produzir mAbs específicos para CAAV.
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Os alphavirus que incluem humanos como hospedeiros em seus ciclos de transmissão podem causar doenças, tipicamente caracterizadas por artralgia ou encefalite. O CAAV foi isolado a partir de pools de mosquitos Culex na região de Marilena (PR) durante um surto de doença artritogênica, a qual não teve diagnóstico laboratorial confirmado para nenhuma arbovirose circulante e foi, portanto, descrita como desconhecida. Apesar de até o momento não ter sido estabelecido um vínculo entre o vírus e o surto em Marilena, maiores estudos são necessários para investigar o papel epidemiológico do novo vírus e seu ciclo de transmissão. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi desenvolver insumos para ampliar a caracterização de CAAV in vitro e em mosquitos. Os objetivos específicos do estudo foram o desenvolvimento e caracterização de anticorpos monoclonais (mAbs) reativos contra o vírus e a avaliação da infecção de CAAV em mosquitos Aedes albopictus por RT-qPCR. 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Para avaliar a infecção por CAAV em A. albopictus, mosquitos dessa espécie foram infectados por via oral em dois experimentos: no primeiro, os mosquitos foram coletados e analisados individualmente após 0, 4, 7, 14 e 21 dias e, no segundo, os mosquitos foram coletados após 0, 7, 14 e 21 dias, foram dissecados em intestino, tórax e cabeça e analisados em pools. As análises por RT-qPCR sugerem que mosquitos A. albopictus são suscetíveis à infecção por CAAV e que a replicação não se limita ao intestino, mas também se dissemina para cabeça e tórax em até 7 dias após a ingestão do vírus. Em ambos os experimentos, houve detecção viral nos mosquitos até 21 dias após a alimentação, sugerindo uma infecção persistente. Esse foi o primeiro estudo a avaliar a infecção por CAAV em espécies de mosquitos vetores e a produzir mAbs específicos para CAAV.The Reference Laboratory of Emerging Viruses at Carlos Chagas Institute/ Fiocruz-PR provides surveillance services for emerging and re-emerging arboviruses for the Brazilian Ministry of Health. In this context, recently a novel alphavirus, named Caaingua virus (CAAV), was identified and characterized. Most viruses of this genus have insects as vectors (mainly mosquitoes) and can infect a large variety of vertebrate hosts. Alphaviruses that have humans as hosts in their transmission cycle can cause disease, typically characterized by arthralgia or encephalitis. CAAV was isolated from pools of Culex mosquitoes collected at Marilena municipality, South Brazil, during an outbreak of an arthritogenic disease. Since patients had no laboratory diagnosis for the commonly circulating arboviruses, the etiological agent was considered unknown. Although a link between the outbreak at Marilena city and CAAV has not been established, additional studies are needed to investigate the virus transmission cycle and epidemiological role. Therefore, the aim of this study was to develop reagents that can be applied to broaden the characterization of CAAV in vitro and in mosquitoes. Specific goals include the production and characterization of anti-CAAV monoclonal antibodies and the evaluation of CAAV infection in Aedes albopictus mosquitoes using RT-qPCR. For this purpose, Balb/C mice were immunized with purified CAAV and their splenocytes were fused with myeloma cell line P3X63Ag8.653. Hybridomas producing anti-CAAV antibodies were selected by indirect immunofluorescence assay and were cloned to obtain mAbs. Fusion protocol resulted in three stable hybridomas (8A11, 7D11, 5F4), from which 15 mAbs were obtained. Two mAbs (5F4/F6/A10 and 5F4/H6/D6) were chosen for characterization, both with IgG2a isotypes and kappa light chains. Both mAbs did not cross-react with the alphaviruses Aura virus, Chikungunya virus, Mayaro virus and Eastern Equine Encephalitis virus and antibody reactivity against CAAV was retained after affinity purification procedures. In addition, mAb suitability for flow cytometry assay was demonstrated with 5F4/F6/A10 and showed a similar performance to the commercial antibody used as a control. In order to evaluate CAAV infection in A. albopictus, mosquitoes were orally infected in two experiments: in the first, mosquitoes were individually collected and processed at 0, 4, 7, 14 and 21 days post infection (d.p.i.) and in the second, mosquitoes were collected at 0, 7, 14 and 21 d.p.i., dissected in midgut, thorax and head and processed in pools. RT-qPCR analysis suggests that A. albopictus mosquitoes are susceptible to CAAV and that infection is not limited to the midgut, but disseminates to the head and thorax up to 7 days after an infectious blood meal. In both experiments, the virus was detected up to 21 d.p.i., suggesting the establishment of a persistent infection. This was the first study to evaluate CAAV infection in vector mosquitoes and to produce anti-CAAV specific mAbs.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Carlos Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDesenvolvimento e caracterização de anticorpos monoclonais contra um novo arbovírus e sua aplicabilidade no diagnóstico e estudo de interações em mosquitos vetoresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2020Instituto Carlos ChagasFundação Oswaldo CruzCuritibaPrograma de Pós-Graduação em Biociências e BiotecnologiaCaaingua VirusAlphavirusAnticorpos MonoclonaisAntibodies MonoclonalAnticuerpos MonoclonalesAnticorps monoclonauxRT-PCRReação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase ReversaReverse Transcriptase Polymerase Chain ReactionReacción en Cadena de la Polimerasa de Transcriptasa InversaAedes albopictusinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/59750/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALgabriela_mattoso_fiopr_mest_2020.pdfapplication/pdf2453738https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/59750/2/gabriela_mattoso_fiopr_mest_2020.pdf0b5591565adfb5972d05cfb3ea3eb382MD52icict/597502023-07-25 12:32:24.135oai:www.arca.fiocruz.br:icict/59750Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-07-25T15:32:24Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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