Gestão do cuidado na microrregião de saúde de Vitória da Conquista (Bahia): desafios para constituição de rede regionalizada com cuidados coordenados pela Atenção Primária à Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Adriano Maia dos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13798
Resumo: Temas comuns como envelhecimento populacional, crescente necessidade de enfrentamento das condições crônicas, comorbidades, novas modalidades de diagnóstico e terapia, excessiva especialização e subespecialização dos profissionais, demanda por cuidados continuados e elevados custos na área da saúde têm exposto a ineficiência dos sistemas fragmentados e descoordenados. Em contraposição, a gestão do cuidado potencializa a conformação de redes regionalizadas com serviços integrados e cuidados coordenados por equipes de APS. Entende-se que a gestão do cuidado se processa nos níveis político-institucional, organizacional e das práticas, que articulados superam a fragmentação e garantem a integralidade e continuidade da atenção à saúde. Com foco na gestão do cuidado na rede regionalizada, a pesquisa teve por objetivos: analisar as estratégias político-institucionais para a conformação de uma rede regional; analisar a posição da Estratégia Saúde da Família (ESF) no processo de conformação da rede regionalizada; descrever os fluxos e contrafluxos (formais e reais) de usuários, conformados nos serviços de saúde; e identificar os dispositivos facilitadores e limitantes para integração da rede de serviços de saúde e coordenação dos cuidados por equipes de saúde da família. Foi realizado estudo de caso na Microrregião de Saúde de Vitória da Conquista (BA). Como instrumento de análise, foi construída uma Matriz de análise para gestão do cuidado em rede regionalizada de saúde, composta pelos três níveis da gestão do cuidado político-institucional, organizacional e das práticas de saúde , e por dimensões constitutivas de uma rede regionalizada: Território e população; Componentes da governança regional; Centralidade da APS; Rede de estabelecimento extensa e diversificada; Dispositivos de regulação assistencial regional; Sistema de apoio à atenção; Sistema logístico; Gestão do trabalho e processos educacionais em saúde para ESF. Cada dimensão foi decomposta em subdimensões e detalhada em critérios para cada nível de análise sintetizando uma imagem-objetivo. As fontes de informação foram entrevistas semiestruturadas com gestores/gerentes, grupos focais com trabalhadores da saúde e usuários, documentos institucionais, dados secundários dos sistemas de informação em saúde e observações. A investigação da microrregião foi realizada a partir de quatro cenários municipais. Os resultados indicam que o principal instrumento de governança regional é o Colegiado de Gestão Microrregional (CGMR), mas que a baixa autonomia dos secretários de saúde em relação ao executivo municipal, representa uma barreira às decisões colegiadas. Além disso, a permeabilidade aos interesses privados e as interferências político-partidárias nas práticas profissionais, no comportamento de algumas instituições e nos fluxos assistenciais contrariam a possibilidade de construção de redes solidárias, com integração dos serviços e coordenação do cuidado, pois desconsideram os fluxos pactuados formalmente, criam circuitos paralelos, transformando o direito à saúde em mercadoria e troca de favores. A APS não ocupa centralidade na rede, evidenciando-se desafios à prestação de serviço de primeiro contato e limites ao acesso regular dos usuários, decorrentes de processos de trabalho centrado no médico e serviços sem médico . Ao lado disso, a gestão do cuidado na rede é prejudicada pela insuficiência na oferta de serviços especializados e pela integração comunicacional incipiente entre os níveis assistenciais. A Programação Pactuada e Integrada (PPI) mostra-se com limites decorrentes da defasagem do financiamento e não logra reverter os vazios assistenciais, expondo as equipes de APS a dificuldades na retaguarda assistencial, limitando a continuidade do cuidado e a resolubilidade dos casos. A ausência de prontuários eletrônicos nas unidades de APS e de especialidades, a falta de conectividade entre os diversos pontos da rede e o uso limitado de protocolos clínicos restringem o contato entre profissionais, sendo o usuário o principal portador das informações entre os diferentes serviços. Esse mosaico de problemas parece partilhar, entre outras gêneses, da indefinição de um modelo de atenção coerente com a Gestão do Cuidado nos níveis político-institucional, organizacional e das práticas de saúde.
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Entende-se que a gestão do cuidado se processa nos níveis político-institucional, organizacional e das práticas, que articulados superam a fragmentação e garantem a integralidade e continuidade da atenção à saúde. Com foco na gestão do cuidado na rede regionalizada, a pesquisa teve por objetivos: analisar as estratégias político-institucionais para a conformação de uma rede regional; analisar a posição da Estratégia Saúde da Família (ESF) no processo de conformação da rede regionalizada; descrever os fluxos e contrafluxos (formais e reais) de usuários, conformados nos serviços de saúde; e identificar os dispositivos facilitadores e limitantes para integração da rede de serviços de saúde e coordenação dos cuidados por equipes de saúde da família. Foi realizado estudo de caso na Microrregião de Saúde de Vitória da Conquista (BA). 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A APS não ocupa centralidade na rede, evidenciando-se desafios à prestação de serviço de primeiro contato e limites ao acesso regular dos usuários, decorrentes de processos de trabalho centrado no médico e serviços sem médico . Ao lado disso, a gestão do cuidado na rede é prejudicada pela insuficiência na oferta de serviços especializados e pela integração comunicacional incipiente entre os níveis assistenciais. A Programação Pactuada e Integrada (PPI) mostra-se com limites decorrentes da defasagem do financiamento e não logra reverter os vazios assistenciais, expondo as equipes de APS a dificuldades na retaguarda assistencial, limitando a continuidade do cuidado e a resolubilidade dos casos. A ausência de prontuários eletrônicos nas unidades de APS e de especialidades, a falta de conectividade entre os diversos pontos da rede e o uso limitado de protocolos clínicos restringem o contato entre profissionais, sendo o usuário o principal portador das informações entre os diferentes serviços. Esse mosaico de problemas parece partilhar, entre outras gêneses, da indefinição de um modelo de atenção coerente com a Gestão do Cuidado nos níveis político-institucional, organizacional e das práticas de saúde.Common issues such as population aging, the growing need to address chronic conditions, comorbidities, new modalities of diagnosis and therapy, medical over- and under-specialization, demand for continued care and high healthcare costs, have all exposed the inefficiency of fragmented, uncoordinated systems. Care management, on the contrary, leverages the formation of regionalized networks with integrated services and care coordinated by PHC teams. Care management is taken here to mean the process at the levels of institutional policy, organization and practice, working together, that surmounts fragmentation and ensures the comprehensiveness and continuity of health care. Focusing on care management in the regionalized network, this study aimed to: examine institutional policy strategies for forming a regional network; examine the position of Brazil’s Family Health Strategy in the process of forming the regionalized network; describe the user flows and counter-flows (both formal and real) in the health services; and identify devices facilitating and limiting integration of the health service network and coordination of care by family health teams. A case study was conducted in the Health Micro-region of Vitória da Conquista, Bahia, Brazil. The analytical tool constructed for that purpose, an Analytical matrix for care management in a regionalized health care network, comprised three levels of care management (institutional, organizational and health care practice) and by constitutive dimensions of a regionalized network: territory and population; components of regional governance; centrality of Primary Health Care (PHC); an extensive and diversified network of health services; regional care regulation devices; health care support system; logistic system; work management; and health education processes for the Family Health Strategy. Each dimension was disaggregated into sub-dimensions and detailed in criteria for each level of analysis, summarizing an ideal image-goal framework. Information was sourced from semi-structured interviews of policy makers and managers, health worker and user focal groups, institutional documents, secondary data from health information systems, and observations. The micro-region study was performed in four municipal settings. The results indicate that the key instrument of regional governance is the micro-region collegiate management body (Colegiado de Gestão Microrregional, CGMR), but that local health departments’ low level of autonomy from the municipal executive represents a barrier to collegiate decisions. In addition, permeability to private interests and party political interferences in professional conduct, in the behavior of some institutions and in care flows undermines the possibility of constructing networks in cooperation, with integrated services and coordinated care, because it disregards the formally agreed flows, creates parallel circuits, and transforms the right to health into merchandise and a token of exchange. The position of PHC is not central in the network, and there is evidence that provision of first-contact services faces challenges and regular user access is limited as a result of physician-centered work processes and 'physicianless' services. Together with this, care management in the network is impaired by inadequate supply of specialized services and only incipient communicational integration among levels of care. Agreed and Integrated Planning (Programação Pactuada e Integrada, PPI) is proving to be limited by funding lags and is unable to fill gaps in care, exposing PHC teams to difficulties at the care rearguard, limiting continuity of care and resolution rates. The lack of e-records at PHC facilities, the lack of connectivity among the various network nodes and the limited use of clinical protocols all restrict contact among health personnel, with users being the key conveyers of information among the various services. This mosaic of problems appears to stem from – among other sources – a lack of definition of a model of care consistent with care management at the levels of institutional policy, organization and health care practice.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAtenção Primária à SaúdeIntegração de SistemasRegionalizaçãoRedes de Atenção à SaúdeAcesso a Serviços de SaúdeMédicos de Atenção PrimáriaPrimary Health CareSystem IntegrationRegionalizationHealth Care NetworksHealth Service AccessPrimary Health Care PhysiciansAtenção Primária à SaúdeIntegração de SistemasRegionalizaçãoAcesso aos Serviços de SaúdeGestão do cuidado na microrregião de saúde de Vitória da Conquista (Bahia): desafios para constituição de rede regionalizada com cuidados coordenados pela Atenção Primária à SaúdeCare management in micro health Vitoria da Conquista (Bahia): challenges for the creation of regionalized network with coordinated care by the Primary Health Careinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINAL642.pdfapplication/pdf3226773https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13798/1/642.pdf6d6d4c12bfeb6b475588c5fd7f0f035dMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13798/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT642.pdf.txt642.pdf.txtExtracted texttext/plain997697https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13798/3/642.pdf.txt6fe701160e95e914ab1471d68ddbb203MD53icict/137982023-01-19 14:33:50.423oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13798Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:33:50Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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