O processo de reforma psiquiátrica em Juiz de Fora: uma construção
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36293 |
Resumo: | O presente trabalho aborda o processo de Reforma Psiquiátrica no município mineiro de Juiz de Fora. Este esteve inserido no que era popularmente chamado de “corredor da loucura”, em que a expressiva maioria dos leitos psiquiátricos de Minas Gerais se encontrava nos municípios de Belo Horizonte, Barbacena e Juiz de Fora. Outro importante fator histórico é que este teve sua história também marcada pela “indústria da loucura”, chegando ao significativo número de 1792 leitos psiquiátricos, distribuídos em sete hospitais psiquiátricos privados no município na década de 1980. A criação do primeiro estabelecimento psiquiátrico na cidade é ainda em 1939. No entanto, o processo de descredenciamento destes se deu de maneira bastante distinta, sendo que os dois primeiros foram descredenciados ainda na década de 90, e o último no ano de 2015. Para se aproximar desta realidade primeiramente se fez necessária a aproximação com as quatro dimensões da Reforma Psiquiátrica: teóricoconceitual, técnico-assistencial, jurídico-política e sociocultural. Estes conceitos auxiliam na compreensão desta realidade enquanto um processo social e complexo. Outra construção teórica relevante a este estudo foi a análise arqueológica, proposta por Michel Foucault. Isto porque a construção histórica deste estudo não visa um postulado, uma verdade universal, mas as condições de possibilidade dos acontecimentos. Assim, foi feita pesquisa documental em produções acadêmicas, normativas, ou mesmo jornalísticas. Com estes dados coletados fez-se uma construção histórico-documental. Foram realizadas ainda entrevistas semiestruturadas, com pessoas que de alguma forma participaram deste processo: profissionais, gestores e usuários. A escolha dos entrevistados se deu de maneira não probabilística, a partir do método “bola de neve”. Através da transcrição destas entrevistas, produziu-se então uma construção histórica a partir dos olhares, das percepções subjetivas dos entrevistados. Por fim, conclui-se que muitos são os fatores que se comunicam e que fazem parte desta dinâmica construção: a forte tradição manicomial e seus efeitos na cultura do município; a importância da participação social; as particularidades da construção da rede municipal de saúde mental, a constituição dos dispositivos, a territorialidade; a questão política e dos jogos de poder; os efeitos do imaginário social da loucura; e da importância de dar visibilidade a todo este processo. |
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Acácio, Thaís SilvaGuljor, Ana Paula FreitasAmarante, Paulo Duarte de Carvalho2019-10-09T14:45:12Z2019-10-09T14:45:12Z2019ACÁCIO, Thaís Silva. O processo de reforma psiquiátrica em Juiz de Fora: uma construção. 2019. 111 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36293O presente trabalho aborda o processo de Reforma Psiquiátrica no município mineiro de Juiz de Fora. Este esteve inserido no que era popularmente chamado de “corredor da loucura”, em que a expressiva maioria dos leitos psiquiátricos de Minas Gerais se encontrava nos municípios de Belo Horizonte, Barbacena e Juiz de Fora. Outro importante fator histórico é que este teve sua história também marcada pela “indústria da loucura”, chegando ao significativo número de 1792 leitos psiquiátricos, distribuídos em sete hospitais psiquiátricos privados no município na década de 1980. A criação do primeiro estabelecimento psiquiátrico na cidade é ainda em 1939. No entanto, o processo de descredenciamento destes se deu de maneira bastante distinta, sendo que os dois primeiros foram descredenciados ainda na década de 90, e o último no ano de 2015. Para se aproximar desta realidade primeiramente se fez necessária a aproximação com as quatro dimensões da Reforma Psiquiátrica: teóricoconceitual, técnico-assistencial, jurídico-política e sociocultural. Estes conceitos auxiliam na compreensão desta realidade enquanto um processo social e complexo. Outra construção teórica relevante a este estudo foi a análise arqueológica, proposta por Michel Foucault. Isto porque a construção histórica deste estudo não visa um postulado, uma verdade universal, mas as condições de possibilidade dos acontecimentos. Assim, foi feita pesquisa documental em produções acadêmicas, normativas, ou mesmo jornalísticas. Com estes dados coletados fez-se uma construção histórico-documental. Foram realizadas ainda entrevistas semiestruturadas, com pessoas que de alguma forma participaram deste processo: profissionais, gestores e usuários. A escolha dos entrevistados se deu de maneira não probabilística, a partir do método “bola de neve”. Através da transcrição destas entrevistas, produziu-se então uma construção histórica a partir dos olhares, das percepções subjetivas dos entrevistados. Por fim, conclui-se que muitos são os fatores que se comunicam e que fazem parte desta dinâmica construção: a forte tradição manicomial e seus efeitos na cultura do município; a importância da participação social; as particularidades da construção da rede municipal de saúde mental, a constituição dos dispositivos, a territorialidade; a questão política e dos jogos de poder; os efeitos do imaginário social da loucura; e da importância de dar visibilidade a todo este processo.This study approaches the process of Psychiatric Reform in the city of Juiz de Fora. This city was inserted in what was popularly called corredor da loucura (corridor of madness), in which the expressive majority of the psychiatric beds from Minas Gerais state were in the cities Belo Horizonte, Barbacena and Juiz de Fora. Another important historical factor is that this same city has its history also marked by the indústria da loucura (industry of madness), reaching the significant number of 1792 psychiatric beds, distributed in seven private psychiatric hospitals, during the 1980s. The creation of the first psychiatric establishment in Juiz de Fora was in 1939. However, the closure of these occurred in quite different ways, with the first two closings in the 1990s, and the latest in the year of 2015. In order to approach this reality, first was made important and necessary the four dimensions of the Psychiatric Reform: theoretical-conceptual, technical-assistance, legal-political and sociocultural. These concepts helped understanding this reality as a complex and social process. Another theoretical construction relevant to this study was the archaeological analysis proposed by Michel Foucault. Therefore, the historical construction of this study does not aim to achieve a postulate, a universal truth, but the conditions of possibility of the events. Thus, documentary research was done on academic, normative, or even journalistic productions. With these data collected, a historical-documentary construction was made. There were also semi-structured interviews with people who somehow participated in this process: professionals, managers and those in treatment. The sample was given in a non-probabilistic way, using the snowball method. Through the transcription of these interviews, a historical construction was produced from the looks, the subjective perceptions from the interviewees. Finally, it is concluded that many are the communicating factors that are part of this dynamic: the strong asylum tradition and its effects in the culture of the city; the importance of social participation; the particularities of the local mental health network, the constitution of the devices, territoriality; the political question and the games of power; the effects of the social imagery of madness; and ultimately the importance of giving visibility to the this whole process.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porReforma PsiquiátricaSaúde MentalAnálise ArqueológicaPsychiatric reformMental HealthArchaeological analysisReforma dos Serviços de SaúdePsiquiatria - tendênciasSaúde MentalHospitais Psiquiátricos - históriaParticipação SocialSaúde PúblicaO processo de reforma psiquiátrica em Juiz de Fora: uma construçãoThe process of psychiatric reform in the city of Juiz de Forainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Fundação Oswaldo CruzFundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36293/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Thais_Silva_ENSP_2019application/pdf1223329https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36293/2/ve_Thais_Silva_ENSP_20192e6484c98f05d5c77df91535ac8b526bMD52TEXTve_Thais_Silva_ENSP_2019.txtve_Thais_Silva_ENSP_2019.txtExtracted texttext/plain299840https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36293/3/ve_Thais_Silva_ENSP_2019.txtf0f11fb68bdd85be2ed9a8c04f3e833eMD53icict/362932021-04-15 14:22:25.081oai:www.arca.fiocruz.br:icict/36293Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-04-15T17:22:25Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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