Leishmaniose visceral canina: análise parasitológica e histopatológica de segmentos de pele de cães naturalmente infectados no município de Nossa Senhora do Socorro, Sergipe

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Mariana Nabuco
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37815
Resumo: No ambiente urbano, o cão é considerado o principal reservatório do parasito Leishmania infantum e desempenha um papel de dispersor da infecção em áreas endêmicas. Devido a presença de parasitos em sua pele, o cão é fonte de infecção de flebotomíneos. Esse fato é um consenso entre a comunidade científica e as autoridades de saúde pública responsáveis pela vigilância epidemiológica deste agravo, o que torna o cão um dos alvos nas políticas de estratégias de controle da leishmaniose visceral. Desta forma, o presente trabalho propôs estudar a pele de cães com diagnóstico sorológico comprovado pelo Teste Rápido (TR-DPP®-Bio- Manguinhos) e ensaio imunoenzimático (EIE- BioManguinhos) para LV, recolhidos, eutanasiados e necropsiados pela Vigilância Epidemiológica do município de Nossa Senhora do Socorro, Sergipe, associando as alterações histológicas observadas e a carga parasitária detectada em pele, com o estato clínico dos animais. Os animais foram avaliados para observação de sinais clínicos compatíveis com leishmaniose visceral canina (LVC). Após eutanásia, fragmentos de pele proveniente de ponta de orelha, focinho e parte interna da coxa foram coletados e processados para avaliação histológica e para determinação da carga parasitária por qPCR. Além disso, foram obtidas amostras de medula óssea para isolamento parasitário O exame clínico mostrou que 95,5% (21) dos cães eram sintomáticos e a técnica de qPCR detectou DNA de Leishmania em 100% dos animais, em pelo menos um segmento de pele analisado. As alterações clínicas mais frequentes encontradas foram hepatomegalia, esplenomegalia e caquexia. Não foi observada correlação entre a quantidade de sinais clínicos observados e a carga parasitária quantificada. Independente do segmento de pele avaliado, a carga parasitária foi homogênea quando avaliamos os animais individualmente, entretanto o tecido cutâneo de orelha foi o mais frequentemente parasitado. Sendo assim, tecido cutâneo de ponta de orelha deve ser eleito como melhor sítio para detecção parasitária. Foi observado correlação positiva entre a intensidade parasitária avaliada pela histologia e a carga parasitária por qPCR, assim como uma correlação positiva entre a intensidade parasitária e o infiltrado inflamatório. A histopatologia mostrou infiltrado inflamatório misto com distribuição difusa, predominando o tipo linfoplasmocitário e linfohistioplasmocitário, em associação com formas amastigotas. Parasitos isolados de duas amostras de medula óssea foram caracterizados como Leishmania infantum, pela técnica de PCR-RFLP, comprovando a circulação do parasito no município de Nossa Senhora do Socorro, SE.
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Desta forma, o presente trabalho propôs estudar a pele de cães com diagnóstico sorológico comprovado pelo Teste Rápido (TR-DPP®-Bio- Manguinhos) e ensaio imunoenzimático (EIE- BioManguinhos) para LV, recolhidos, eutanasiados e necropsiados pela Vigilância Epidemiológica do município de Nossa Senhora do Socorro, Sergipe, associando as alterações histológicas observadas e a carga parasitária detectada em pele, com o estato clínico dos animais. Os animais foram avaliados para observação de sinais clínicos compatíveis com leishmaniose visceral canina (LVC). Após eutanásia, fragmentos de pele proveniente de ponta de orelha, focinho e parte interna da coxa foram coletados e processados para avaliação histológica e para determinação da carga parasitária por qPCR. Além disso, foram obtidas amostras de medula óssea para isolamento parasitário O exame clínico mostrou que 95,5% (21) dos cães eram sintomáticos e a técnica de qPCR detectou DNA de Leishmania em 100% dos animais, em pelo menos um segmento de pele analisado. As alterações clínicas mais frequentes encontradas foram hepatomegalia, esplenomegalia e caquexia. Não foi observada correlação entre a quantidade de sinais clínicos observados e a carga parasitária quantificada. Independente do segmento de pele avaliado, a carga parasitária foi homogênea quando avaliamos os animais individualmente, entretanto o tecido cutâneo de orelha foi o mais frequentemente parasitado. Sendo assim, tecido cutâneo de ponta de orelha deve ser eleito como melhor sítio para detecção parasitária. Foi observado correlação positiva entre a intensidade parasitária avaliada pela histologia e a carga parasitária por qPCR, assim como uma correlação positiva entre a intensidade parasitária e o infiltrado inflamatório. A histopatologia mostrou infiltrado inflamatório misto com distribuição difusa, predominando o tipo linfoplasmocitário e linfohistioplasmocitário, em associação com formas amastigotas. Parasitos isolados de duas amostras de medula óssea foram caracterizados como Leishmania infantum, pela técnica de PCR-RFLP, comprovando a circulação do parasito no município de Nossa Senhora do Socorro, SE.In urban environments, the dog is considered the main reservoir of Leishmania infantum and plays a role in the spreading of the infection in endemic areas. Due to the presence of parasites in their skin, the dog is source of infection to phlebotominae (sandflies). This fact is a consensus between the scientific community and the public health authorities responsible for the epidemiological surveillance of this disease, which makes the dog one of the targets in the visceral leishmaniasis (VL) control strategy policies. Thus, the aim of this study was evaluate at the skin of dogs which had a serological diagnosis confirmed by the Dual Path Platform (TR-DPP®-Bio-Manguinhos) and immune-enzymatic assay (EIE-BioManguinhos) for VL, and were collected, euthanized and necropsied by the Municipal Epidemiological Surveillance of Nossa Senhora do Socorro, Sergipe, thereby associating the histological changes observed and the detected parasite load in skin, with the clinical status of the animals. The animals were clinically evaluated to observe clinical signs compatible with canine visceral leishmaniasis (CVL). After euthanasia, fragments of skin from the ear tip, nostril and inner thigh were collected and processed for histological evaluation and parasitic load determination by qPCR. In addition, bone marrow samples were obtained for parasitic isolation. Clinical examination showed that 95.5% (21) were symptomatic and the qPCR technique detected Leishmania DNA in 100% of the animals in at least one skin segment analyzed. The most frequent clinical alterations were hepatomegaly, splenomegaly, and cachexia. It was not found correlation between the number of clinical signs observed in dogs with VL and parasite load. Regardless of the evaluated skin segment, the parasite load was homogeneous in the same animal. There was positive correlation between the parasite intensity assessed by histology and the parasitic load by qPCR, as well as a positive correlation between parasite intensity and inflammatory infiltrate. Histopathology showed mixed inflammatory infiltrate with diffuse distribution, predominating in the lymphoplasmocytic and lymphohystoplasmocytic types associated with amastigote forms. Parasites isolated from two bone marrow samples were characterized as Leishmania infantum by PCR-RFLP, confirming the circulation of the parasite in the municipality of Nossa Senhora do Socorro, SE. Our results showed that the ear was the most often parasitized, and may serve as a source of phlebotomus infection, corroborating with data from the literature and can be the tissue choice for diagnosis.2021-07-17Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porLeishmaniose visceral caninaHistopatologiaPeleqPCRSergipeLeishmaniose visceraCãesPatologiaPeleLeishmaniose visceral canina: análise parasitológica e histopatológica de segmentos de pele de cães naturalmente infectados no município de Nossa Senhora do Socorro, Sergipeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37815/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALmariana_santos_ioc_mest_2019.pdfmariana_santos_ioc_mest_2019.pdfapplication/pdf9441578https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37815/2/mariana_santos_ioc_mest_2019.pdfb4bccd120d6b6a3a4549406255921085MD52TEXTmariana_santos_ioc_mest_2019.pdf.txtmariana_santos_ioc_mest_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain138773https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/37815/3/mariana_santos_ioc_mest_2019.pdf.txtb45c3a205487a02228a0dc7e105c8e76MD53icict/378152021-09-10 18:26:08.6oai:www.arca.fiocruz.br:icict/37815Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-09-10T21:26:08Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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