“Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simões, Gabriel Lima
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55595
Resumo: O presente trabalho parte de inquietações sobre o modo de olhar para a favela como lugar do perigo e da incapacidade. As referências que fundamentam a pesquisa levam ao encontro entre a favela e o meu corpo desalinhado/definido como deficiente. Dentre as análises construídas, destaco os processos de racismo e preconceito que são produzidos subjetivamente e que segregam, excluem e matam pessoas e suas potências. Problematizo o modo como essa subjetivação do diferente, associada às técnicas de controle biopolítico, constrói os estereótipos do incapaz, do perigoso, do inimigo, do matável. Assim, parto de um tripé de anormalidades que me compõe: uma pessoa com deficiência, nordestina e que estuda a / trabalha na favela. Esses três platôs, atravessados de forma rizomática por processos de racismo, indiferença e preconceito, conduzem a discussão das formas de produção do sujeito favelado enquanto ameaça à segurança da população. Trazendo conceitos propostos por Michel Foucault e Achille Mbembe, ponho em análise o modo como têm sido historicamente construídos os inimigos sociais, que passam a ser pessoas temidas e criminalizadas. Apresento alguns acontecimentos que podem ser tomados como analisadores das mecânicas de governamentalidade, do uso da violência como política de Estado, da normalização e da implementação de políticas racistas e de segregação social. Com cenas da vida diária da cidade do Rio de Janeiro problematizo as operações militarizadas por parte do Estado em territórios de favela e seus efeitos como parte de um discurso de proteção. Por fim, discuto os efeitos de insurgência a partir da análise de algumas experiências de mobilização comunitária de moradores de favela que representam a luta daquelas pessoas para sobreviver às violências e manter vivas as suas potências.
id CRUZ_6f7e24bef5f342a823f4c752c2a05ad5
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/55595
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Simões, Gabriel LimaRodrigues, Heliana de Barros CondeAguiar, Kátia Faria deDaros, Raphaella FagundesCosta, Rafael Maul de CarvalhoLima, André Luiz da SilvaScheinvar, Estela2022-11-11T14:25:50Z2022-11-11T14:25:50Z2021SIMÕES, Gabriel Lima. “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho. 2021. 168f. Tese (Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55595O presente trabalho parte de inquietações sobre o modo de olhar para a favela como lugar do perigo e da incapacidade. As referências que fundamentam a pesquisa levam ao encontro entre a favela e o meu corpo desalinhado/definido como deficiente. Dentre as análises construídas, destaco os processos de racismo e preconceito que são produzidos subjetivamente e que segregam, excluem e matam pessoas e suas potências. Problematizo o modo como essa subjetivação do diferente, associada às técnicas de controle biopolítico, constrói os estereótipos do incapaz, do perigoso, do inimigo, do matável. Assim, parto de um tripé de anormalidades que me compõe: uma pessoa com deficiência, nordestina e que estuda a / trabalha na favela. Esses três platôs, atravessados de forma rizomática por processos de racismo, indiferença e preconceito, conduzem a discussão das formas de produção do sujeito favelado enquanto ameaça à segurança da população. Trazendo conceitos propostos por Michel Foucault e Achille Mbembe, ponho em análise o modo como têm sido historicamente construídos os inimigos sociais, que passam a ser pessoas temidas e criminalizadas. Apresento alguns acontecimentos que podem ser tomados como analisadores das mecânicas de governamentalidade, do uso da violência como política de Estado, da normalização e da implementação de políticas racistas e de segregação social. Com cenas da vida diária da cidade do Rio de Janeiro problematizo as operações militarizadas por parte do Estado em territórios de favela e seus efeitos como parte de um discurso de proteção. Por fim, discuto os efeitos de insurgência a partir da análise de algumas experiências de mobilização comunitária de moradores de favela que representam a luta daquelas pessoas para sobreviver às violências e manter vivas as suas potências.This current work stems from the concern about the way to look at the slum as a danger and an unable place. The references that support this research take me to meet between the slum and my misaligned body defined as a disabled body. In the analysis that was built, I highlight the prejudices and racism processes, subjectively produced, that are segregating, excluding, and killing people and their potentials. After, I problematize how this subjectivation of the different, associated with the biopolitical control techniques, built the stereotype of unable, of the dangerous, the enemy and of the killable. Thus, I begin the discussion by looking at the abnormality tripod that forms me: a disabled, northeastern, and a person who work and study in the slum. These three plateaus pass through like the rhizome by the racism, apathy and prejudices process, conducting the discussion about the construction of the subject who lives in the slum as a person who represents a danger to the security of society. It bringing the proposed concept by Michel Foucault and Achille Mbembe, I put in analysis the form how it has been built the society's enemies on the history and how this people will be criminalized and considered dreaded people. Then, I show how some events could be used to analyze the governmentality's act, the violence of the political state, the normalization and implementation of racist and segregationist politics. After, I support on the everyday scenes of Rio de Janeiro city, I ask about the militar's operations by the State on the slum's territory and its effects as part of a protection speech. Finally, I also debate the effects of insurgencies situations stem from the analysis of some community mobilization experience by the people who live in slum's territory and represent the fight for this people survive the violence and keep alive their potentials.El presente trabajo sale de inquietudes sobre la forma de mirar la favela como un lugar de peligro y discapacidad. Las referencias que subyacen a la investigación conducen al encuentro entre la favela y mi cuerpo desalineado/definido como deficiente. Entre los análisis construidos, destaco los procesos de racismo y prejuicio que se producen subjetivamente y que segregan, excluyen y matan personas y sus potencias. Problematizo la forma en que esta subjetivación de lo diferente, asociada a las técnicas de control biopolítico, construye los estereotipos del incapaz, el peligroso, el enemigo, el mortal. Así, salgo desde un trípode de anormalidades que me componen: una persona con discapacidad, del Nordeste y que estudia la / trabaja en la favela. Estas tres mesetas, atravesadas de manera rizomática por procesos de racismo, indiferencia y prejuicio, conducen la discusión de las formas de producción del sujeto habitante de la favela como una amenaza a la seguridad de la población. Aportando conceptos propuestos por Michel Foucault y Achille Mbembe, analizo la forma en que se han construido históricamente los enemigos sociales, que se convierten en personas temidas y criminalizadas. Presento algunos acontecimientos que se pueden tomar como analizadores de las mecánicas de la gubernamentalidad, del uso de la violencia como política de Estado, la normalización y la implementación de políticas racistas y de segregación social. Con escenas de la vida cotidiana de la ciudad de Río de Janeiro problematizo las operaciones militarizadas por el Estado en los territorios de favela y sus efectos como parte de un discurso de protección. Por último, hablo de los efectos de la insurgencia a partir del análisis de algunas experiencias de movilización comunitaria de los habitantes de los barrios de favela que representan la lucha de esas personas para sobrevivir a la violencia y mantener vivos sus poderes.Fundação Oswaldo Cruz. Presidência. Coordenação de Cooperação Social. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porUERJFavelaRacismo de EstadoBiopolíticaCorpoImplicaçãoSlumState racismBiopoliticsBodyImplicationFavelaRacismo de EstadoBiopolíticaCuerpoImplicaciónÁreas de PobrezaRacismo SistêmicoPolíticaCorpo Humano“Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho“This cannot be normal” - life in a slum under the eyes of a misaligned body“Esto no puede ser normal”: la vida en favela bajo la mirada de un cuerpo desaliñadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2021-08-13Centro de Educação e HumanidadesUniversidade do Estado do Rio de JaneiroRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humanainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83065https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55595/1/license.txt7a3fe403cad91bac6067863970379c87MD51ORIGINALTese _Gabriel Simões.pdfTese _Gabriel Simões.pdfapplication/pdf1654505https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55595/2/Tese%20_Gabriel%20Sim%c3%b5es.pdfbdd8b0e558a10e87f8d3dce3d19362f1MD52icict/555952022-11-11 11:25:51.681oai:www.arca.fiocruz.br:icict/55595Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUw0KDQpHYWJyaWVsIFNpbcO1ZXMsIENQRjogMDAzLjI3Mi4yNjUtNjAsIHZpbmN1bGFkbyBhIFByZXNpZMOqbmNpYSBGaW9jcnV6CgpBbyBhY2VpdGFyIG9zIFRFUk1PUyBlIENPTkRJw4fDlUVTIGRlc3RhIENFU1PDg08sIG8gQVVUT1IgZS9vdSBUSVRVTEFSIGRlIGRpcmVpdG9zCmF1dG9yYWlzIHNvYnJlIGEgT0JSQSBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG86CgooMSkgQ0VERSBlIFRSQU5TRkVSRSwgdG90YWwgZSBncmF0dWl0YW1lbnRlLCDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVosIGVtCmNhcsOhdGVyIHBlcm1hbmVudGUsIGlycmV2b2fDoXZlbCBlIE7Dg08gRVhDTFVTSVZPLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgTsODTwpDT01FUkNJQUlTIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkYSBPQlJBIGFydMOtc3RpY2EgZS9vdSBjaWVudMOtZmljYSBpbmRpY2FkYSBhY2ltYSwgaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zCmRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIGR1cmFudGUgdG9kbyBvIHByYXpvIGRlIGR1cmHDp8OjbyBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIGVtCnF1YWxxdWVyIGlkaW9tYSBlIGVtIHRvZG9zIG9zIHBhw61zZXM7CgooMikgQUNFSVRBIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gdG90YWwgbsOjbyBleGNsdXNpdmEsIHBlcm1hbmVudGUgZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzCnBhdHJpbW9uaWFpcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIGRlIHF1ZSB0cmF0YSBlc3RlIGRvY3VtZW50byBpbmNsdWksIGV4ZW1wbGlmaWNhdGl2YW1lbnRlLApvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXNwb25pYmlsaXphw6fDo28gZSBjb211bmljYcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGRhIE9CUkEsIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgdmXDrWN1bG8sCmluY2x1c2l2ZSBlbSBSZXBvc2l0w7NyaW9zIERpZ2l0YWlzLCBiZW0gY29tbyBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSByZXByb2R1w6fDo28sIGV4aWJpw6fDo28sIGV4ZWN1w6fDo28sCmRlY2xhbWHDp8OjbywgcmVjaXRhw6fDo28sIGV4cG9zacOnw6NvLCBhcnF1aXZhbWVudG8sIGluY2x1c8OjbyBlbSBiYW5jbyBkZSBkYWRvcywgcHJlc2VydmHDp8OjbywgZGlmdXPDo28sCmRpc3RyaWJ1acOnw6NvLCBkaXZ1bGdhw6fDo28sIGVtcHLDqXN0aW1vLCB0cmFkdcOnw6NvLCBkdWJsYWdlbSwgbGVnZW5kYWdlbSwgaW5jbHVzw6NvIGVtIG5vdmFzIG9icmFzIG91CmNvbGV0w6JuZWFzLCByZXV0aWxpemHDp8OjbywgZWRpw6fDo28sIHByb2R1w6fDo28gZGUgbWF0ZXJpYWwgZGlkw6F0aWNvIGUgY3Vyc29zIG91IHF1YWxxdWVyIGZvcm1hIGRlCnV0aWxpemHDp8OjbyBuw6NvIGNvbWVyY2lhbDsKCigzKSBSRUNPTkhFQ0UgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyBhcXVpIGVzcGVjaWZpY2FkYSBjb25jZWRlIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8KQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3JpemFyIHF1YWxxdWVyIHBlc3NvYSDigJMgZsOtc2ljYSBvdSBqdXLDrWRpY2EsIHDDumJsaWNhIG91IHByaXZhZGEsIG5hY2lvbmFsIG91CmVzdHJhbmdlaXJhIOKAkyBhIGFjZXNzYXIgZSB1dGlsaXphciBhbXBsYW1lbnRlIGEgT0JSQSwgc2VtIGV4Y2x1c2l2aWRhZGUsIHBhcmEgcXVhaXNxdWVyCmZpbmFsaWRhZGVzIG7Do28gY29tZXJjaWFpczsKCig0KSBERUNMQVJBIHF1ZSBhIG9icmEgw6kgY3JpYcOnw6NvIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIMOpIG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXF1aSBjZWRpZG9zIGUgYXV0b3JpemFkb3MsCnJlc3BvbnNhYmlsaXphbmRvLXNlIGludGVncmFsbWVudGUgcGVsbyBjb250ZcO6ZG8gZSBvdXRyb3MgZWxlbWVudG9zIHF1ZSBmYXplbSBwYXJ0ZSBkYSBPQlJBLAppbmNsdXNpdmUgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgb2JyaWdhbmRvLXNlIGEgaW5kZW5pemFyIHRlcmNlaXJvcyBwb3IKZGFub3MsIGJlbSBjb21vIGluZGVuaXphciBlIHJlc3NhcmNpciBhIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiBkZQpldmVudHVhaXMgZGVzcGVzYXMgcXVlIHZpZXJlbSBhIHN1cG9ydGFyLCBlbSByYXrDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgb2ZlbnNhIGEgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgb3UKZGlyZWl0b3MgZGUgdm96IG91IGltYWdlbSwgcHJpbmNpcGFsbWVudGUgbm8gcXVlIGRpeiByZXNwZWl0byBhIHBsw6FnaW8gZSB2aW9sYcOnw7VlcyBkZSBkaXJlaXRvczsKCig1KSBBRklSTUEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBQb2zDrXRpY2EgSW5zdGl0dWNpb25hbCBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIGRhIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPCk9TV0FMRE8gQ1JVWiBlIGFzIGRpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIGZ1bmNpb25hbWVudG8gZG8gcmVwb3NpdMOzcmlvIGluc3RpdHVjaW9uYWwgQVJDQS4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogcmVzZXJ2YQpleGNsdXNpdmFtZW50ZSBhbyBBVVRPUiBvcyBkaXJlaXRvcyBtb3JhaXMgZSBvcyB1c29zIGNvbWVyY2lhaXMgc29icmUgYXMgb2JyYXMgZGUgc3VhIGF1dG9yaWEKZS9vdSB0aXR1bGFyaWRhZGUsIHNlbmRvIG9zIHRlcmNlaXJvcyB1c3XDoXJpb3MgcmVzcG9uc8OhdmVpcyBwZWxhIGF0cmlidWnDp8OjbyBkZSBhdXRvcmlhIGUgbWFudXRlbsOnw6NvCmRhIGludGVncmlkYWRlIGRhIE9CUkEgZW0gcXVhbHF1ZXIgdXRpbGl6YcOnw6NvLgoKQSBQb2zDrXRpY2EgSW5zdGl0dWNpb25hbCBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIGRhIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWgpyZXNwZWl0YSBvcyBjb250cmF0b3MgZSBhY29yZG9zIHByZWV4aXN0ZW50ZXMgZG9zIEF1dG9yZXMgY29tIHRlcmNlaXJvcywgY2FiZW5kbyBhb3MgQXV0b3JlcwppbmZvcm1hciDDoCBJbnN0aXR1acOnw6NvIGFzIGNvbmRpw6fDtWVzIGUgb3V0cmFzIHJlc3RyacOnw7VlcyBpbXBvc3RhcyBwb3IgZXN0ZXMgaW5zdHJ1bWVudG9zLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-11-11T14:25:51Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.en_US.fl_str_mv “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho
dc.title.alternative.en_US.fl_str_mv “This cannot be normal” - life in a slum under the eyes of a misaligned body
“Esto no puede ser normal”: la vida en favela bajo la mirada de un cuerpo desaliñado
title “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho
spellingShingle “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho
Simões, Gabriel Lima
Favela
Racismo de Estado
Biopolítica
Corpo
Implicação
Slum
State racism
Biopolitics
Body
Implication
Favela
Racismo de Estado
Biopolítica
Cuerpo
Implicación
Áreas de Pobreza
Racismo Sistêmico
Política
Corpo Humano
title_short “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho
title_full “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho
title_fullStr “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho
title_full_unstemmed “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho
title_sort “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho
author Simões, Gabriel Lima
author_facet Simões, Gabriel Lima
author_role author
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Rodrigues, Heliana de Barros Conde
Aguiar, Kátia Faria de
Daros, Raphaella Fagundes
Costa, Rafael Maul de Carvalho
Lima, André Luiz da Silva
dc.contributor.author.fl_str_mv Simões, Gabriel Lima
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Scheinvar, Estela
contributor_str_mv Scheinvar, Estela
dc.subject.other.en_US.fl_str_mv Favela
Racismo de Estado
Biopolítica
Corpo
Implicação
topic Favela
Racismo de Estado
Biopolítica
Corpo
Implicação
Slum
State racism
Biopolitics
Body
Implication
Favela
Racismo de Estado
Biopolítica
Cuerpo
Implicación
Áreas de Pobreza
Racismo Sistêmico
Política
Corpo Humano
dc.subject.en.en_US.fl_str_mv Slum
State racism
Biopolitics
Body
Implication
dc.subject.es.en_US.fl_str_mv Favela
Racismo de Estado
Biopolítica
Cuerpo
Implicación
dc.subject.decs.en_US.fl_str_mv Áreas de Pobreza
Racismo Sistêmico
Política
Corpo Humano
description O presente trabalho parte de inquietações sobre o modo de olhar para a favela como lugar do perigo e da incapacidade. As referências que fundamentam a pesquisa levam ao encontro entre a favela e o meu corpo desalinhado/definido como deficiente. Dentre as análises construídas, destaco os processos de racismo e preconceito que são produzidos subjetivamente e que segregam, excluem e matam pessoas e suas potências. Problematizo o modo como essa subjetivação do diferente, associada às técnicas de controle biopolítico, constrói os estereótipos do incapaz, do perigoso, do inimigo, do matável. Assim, parto de um tripé de anormalidades que me compõe: uma pessoa com deficiência, nordestina e que estuda a / trabalha na favela. Esses três platôs, atravessados de forma rizomática por processos de racismo, indiferença e preconceito, conduzem a discussão das formas de produção do sujeito favelado enquanto ameaça à segurança da população. Trazendo conceitos propostos por Michel Foucault e Achille Mbembe, ponho em análise o modo como têm sido historicamente construídos os inimigos sociais, que passam a ser pessoas temidas e criminalizadas. Apresento alguns acontecimentos que podem ser tomados como analisadores das mecânicas de governamentalidade, do uso da violência como política de Estado, da normalização e da implementação de políticas racistas e de segregação social. Com cenas da vida diária da cidade do Rio de Janeiro problematizo as operações militarizadas por parte do Estado em territórios de favela e seus efeitos como parte de um discurso de proteção. Por fim, discuto os efeitos de insurgência a partir da análise de algumas experiências de mobilização comunitária de moradores de favela que representam a luta daquelas pessoas para sobreviver às violências e manter vivas as suas potências.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-11-11T14:25:50Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-11-11T14:25:50Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SIMÕES, Gabriel Lima. “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho. 2021. 168f. Tese (Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55595
identifier_str_mv SIMÕES, Gabriel Lima. “Isso não pode ser normal”: a vida em favela sob o olhar de um corpo em desalinho. 2021. 168f. Tese (Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55595
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv UERJ
publisher.none.fl_str_mv UERJ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55595/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55595/2/Tese%20_Gabriel%20Sim%c3%b5es.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 7a3fe403cad91bac6067863970379c87
bdd8b0e558a10e87f8d3dce3d19362f1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798325068523110400