Comunicando saúde: a perspectiva dos membros do movimento slow food no Brasil
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38558 |
Resumo: | Concepções sobre alimentação e saúde são marcadas por construções sócio-históricas que se modificam ao longo do tempo. Nas últimas décadas, vêm ganhando força movimentos que questionam o sistema alimentar industrializado, como o Slow Food, favorecendo que novos valores sejam associados à alimentação saudável, contribuindo para a constituição de princípios políticos e práticos no âmbito do SUS. Este trabalho tem como objetivo apresentar os sentidos sobre saúde e alimentação presentes no discurso do Movimento Slow Food no Brasil, em particular do RJ sob a perspectiva dos membros constituintes do mesmo. O presente estudo foi desenvolvido com abordagem metodológica qualitativa utilizando-se de entrevistas com roteiro semiestruturado aplicadas a integrantes do movimento e audiogravadas. Como referencial teórico para análise foi utilizada a semiologia dos discursos sociais apoiada conceitualmente nos postulados de Bakthin. Pela fala de seus membros, os discursos sobre saúde no Slow Food são marcados pela polifonia discursiva. Verifica-se uma prática discursiva com forte presença de pressupostos do campo da Promoção da Saúde, como determinantes sociais, conjuntamente com discursos que inicialmente se apresentariam de forma concorrente como a valorização da composição nutricional dos alimentos e seus efeitos sobre o corpo e do processo educativo em saúde de caráter informacional e prescritivo. Constitui-se dessa forma uma prática discursiva sobre saúde no movimento que apesar de abordar elementos que ainda valorizem o paradigma biologicista, há uma valorização de outros determinantes das práticas alimentares como aspectos culturais, sociais e ambientais indicando uma compreensão mais ampliada desse tema. |
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Este trabalho tem como objetivo apresentar os sentidos sobre saúde e alimentação presentes no discurso do Movimento Slow Food no Brasil, em particular do RJ sob a perspectiva dos membros constituintes do mesmo. O presente estudo foi desenvolvido com abordagem metodológica qualitativa utilizando-se de entrevistas com roteiro semiestruturado aplicadas a integrantes do movimento e audiogravadas. Como referencial teórico para análise foi utilizada a semiologia dos discursos sociais apoiada conceitualmente nos postulados de Bakthin. Pela fala de seus membros, os discursos sobre saúde no Slow Food são marcados pela polifonia discursiva. Verifica-se uma prática discursiva com forte presença de pressupostos do campo da Promoção da Saúde, como determinantes sociais, conjuntamente com discursos que inicialmente se apresentariam de forma concorrente como a valorização da composição nutricional dos alimentos e seus efeitos sobre o corpo e do processo educativo em saúde de caráter informacional e prescritivo. Constitui-se dessa forma uma prática discursiva sobre saúde no movimento que apesar de abordar elementos que ainda valorizem o paradigma biologicista, há uma valorização de outros determinantes das práticas alimentares como aspectos culturais, sociais e ambientais indicando uma compreensão mais ampliada desse tema.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Laboratório de Comunicação e Saúde. 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Concepções sobre alimentação e saúde são marcadas por construções sócio-históricas que se modificam ao longo do tempo. Nas últimas décadas, vêm ganhando força movimentos que questionam o sistema alimentar industrializado, como o Slow Food, favorecendo que novos valores sejam associados à alimentação saudável, contribuindo para a constituição de princípios políticos e práticos no âmbito do SUS. Este trabalho tem como objetivo apresentar os sentidos sobre saúde e alimentação presentes no discurso do Movimento Slow Food no Brasil, em particular do RJ sob a perspectiva dos membros constituintes do mesmo. O presente estudo foi desenvolvido com abordagem metodológica qualitativa utilizando-se de entrevistas com roteiro semiestruturado aplicadas a integrantes do movimento e audiogravadas. Como referencial teórico para análise foi utilizada a semiologia dos discursos sociais apoiada conceitualmente nos postulados de Bakthin. Pela fala de seus membros, os discursos sobre saúde no Slow Food são marcados pela polifonia discursiva. Verifica-se uma prática discursiva com forte presença de pressupostos do campo da Promoção da Saúde, como determinantes sociais, conjuntamente com discursos que inicialmente se apresentariam de forma concorrente como a valorização da composição nutricional dos alimentos e seus efeitos sobre o corpo e do processo educativo em saúde de caráter informacional e prescritivo. Constitui-se dessa forma uma prática discursiva sobre saúde no movimento que apesar de abordar elementos que ainda valorizem o paradigma biologicista, há uma valorização de outros determinantes das práticas alimentares como aspectos culturais, sociais e ambientais indicando uma compreensão mais ampliada desse tema. |
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