HIV/Drogaso imperativo da adesão à HAART e o papel da educação em saúde nesta modelagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Danielle Vitoriano da
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25119
Resumo: Introdução: Até o final da década de 1980, os pacientes HIV/AIDS tinham uma curta sobrevida e como estratégia de tratamento apenas o controle das infecções oportunistas. Com o surgimento dos primeiros medicamentos e da Terapia Antirretroviral na década de 1990, aumentaram as possibilidades de tratamento e sobrevida dos indivíduos infectados. O advento da terapia antirretroviral (TARV) trouxe uma mudança no perfil de morbi-mortalidade da infecção pelo HIV no Brasil e a AIDS passou a ser considerada como doença crônica e controlável. Atualmente a epidemia está fortemente vinculada à populações vulneráveis, com significativa prevalência para homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas e profissionais do sexo. Apesar do avanço no controle da epidemia, o grande desafio na condução exitosa do processo de tratamento tem sido a adesão dos pacientes aos esquemas preconizados, estando no centro do problema os indivíduos que fazem uso de drogas de forma abusiva ou dependente. Para pacientes e equipes de saúde fica colocada a tensão entre a necessidade de adesão do paciente HIV/AIDS a esquemas de tratamento de grande complexidade e o desafio de lidar com os efeitos do cruzamento de medicamentos/drogas e o comprometimento do status imunológico resultante de um quadro de abusos. Objetivo: Identificar os diferentes modelos de adesão/não-adesão à HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy), implementados por pacientes vivendo com HIV/AIDS e que fazem uso de drogas psicoativas. Métodos: Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas em um período de 4 meses de observação participante no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG/UniRio) e no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/FIOCRUZ). Foi definido como alvo específico do estudo os pacientes com HIV, fazendo uso da TARV, usuários de drogas psicoativas atendidos em ambas as instituições A inclusão de indivíduos HIV, em uso da TARV, não usuários de drogas, permitiu vislumbrar a construção de modelos diferenciados de adesão ao tratamento antirretroviral. A pesquisa, de cunho etnográfico, buscou observar e registrar não somente percepções, mas experiências, práticas e relações entre um conjunto de atores sociais envolvidos com a questão da adesão do paciente HIV/AIDS/UD no HUGG e no INI. Neste sentido, a etnografia dos cenários e cotidianos institucionais proporcionou a moldura e a referência para a compreensão dos discursos sobre processos específicos e subjetivos de relação com o tratamento. Desta forma, a proposta metodológica reafirma a necessidade de lançar o olhar não apenas para os discursos, mas também com as práticas sociais atualizadas pelos atores. Resultados: No HUGG, foi encontrado um maior número de pacientes reportando boa adesão ao tratamento com a TARV o que pode ser atribuído à restrição de pacientes novos. Foram entrevistados 16 pacientes, 9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, 12 deles se identificando como heterossexuais, 1 bissexual e 3 homossexuais. Apenas 4 indivíduos do universo de pacientes entrevistados no HUGG, todos do sexo masculino, declararam má adesão ao tratamento com a TARV. Deles, 3 estavam internados na Enfermaria e 1 em tratamento no Ambulatório. No INI foram entrevistados 7 pacientes, 4 na Enfermaria e 3 nas dependências do Hospital Dia. Os pacientes desse grupo se destacam pela presença generalizada e intensa do uso de drogas em longos períodos, que afetam a adesão ao medicamento. Considerações finais: A busca pela reconstrução do itinerário terapêutico percorrido por pacientes que fazem uso da TARV/UD pode auxiliar aos profissionais de saúde na reavaliação dos serviços oferecidos, e assim obter resultados positivos no que se refere à adesão ao tratamento
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O advento da terapia antirretroviral (TARV) trouxe uma mudança no perfil de morbi-mortalidade da infecção pelo HIV no Brasil e a AIDS passou a ser considerada como doença crônica e controlável. Atualmente a epidemia está fortemente vinculada à populações vulneráveis, com significativa prevalência para homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas e profissionais do sexo. Apesar do avanço no controle da epidemia, o grande desafio na condução exitosa do processo de tratamento tem sido a adesão dos pacientes aos esquemas preconizados, estando no centro do problema os indivíduos que fazem uso de drogas de forma abusiva ou dependente. Para pacientes e equipes de saúde fica colocada a tensão entre a necessidade de adesão do paciente HIV/AIDS a esquemas de tratamento de grande complexidade e o desafio de lidar com os efeitos do cruzamento de medicamentos/drogas e o comprometimento do status imunológico resultante de um quadro de abusos. Objetivo: Identificar os diferentes modelos de adesão/não-adesão à HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy), implementados por pacientes vivendo com HIV/AIDS e que fazem uso de drogas psicoativas. Métodos: Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas em um período de 4 meses de observação participante no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG/UniRio) e no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/FIOCRUZ). Foi definido como alvo específico do estudo os pacientes com HIV, fazendo uso da TARV, usuários de drogas psicoativas atendidos em ambas as instituições A inclusão de indivíduos HIV, em uso da TARV, não usuários de drogas, permitiu vislumbrar a construção de modelos diferenciados de adesão ao tratamento antirretroviral. A pesquisa, de cunho etnográfico, buscou observar e registrar não somente percepções, mas experiências, práticas e relações entre um conjunto de atores sociais envolvidos com a questão da adesão do paciente HIV/AIDS/UD no HUGG e no INI. Neste sentido, a etnografia dos cenários e cotidianos institucionais proporcionou a moldura e a referência para a compreensão dos discursos sobre processos específicos e subjetivos de relação com o tratamento. Desta forma, a proposta metodológica reafirma a necessidade de lançar o olhar não apenas para os discursos, mas também com as práticas sociais atualizadas pelos atores. Resultados: No HUGG, foi encontrado um maior número de pacientes reportando boa adesão ao tratamento com a TARV o que pode ser atribuído à restrição de pacientes novos. Foram entrevistados 16 pacientes, 9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, 12 deles se identificando como heterossexuais, 1 bissexual e 3 homossexuais. Apenas 4 indivíduos do universo de pacientes entrevistados no HUGG, todos do sexo masculino, declararam má adesão ao tratamento com a TARV. Deles, 3 estavam internados na Enfermaria e 1 em tratamento no Ambulatório. 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The advent of antiretroviral therapy brought about a change in the profile of morbidity and mortality of HIV infection and AIDS in Brazil came to be regarded as a chronic, manageable disease. Currently the epidemic is strongly linked to vulnerable populations, with significant prevalence in men who have sex with men, drug users and sex workers. Despite great progress in controlling the epidemic, the major challenge in the successful conduct of the treatment process has been patient compliance to established protocols. At the heart of the problem stands the individuals who make use of drugs in an abusive form and are dependent on it. Tension is established for patients and health teams who are in the need of compliance from HIV / AIDS patients to highly complex treatment regimens and the challenge of dealing with the effects of the intersection of medicines / drugs and the commitment of the resulting immunonological status of a framework of drug abuse. Objective: To identify the different models of adherence/nonadherence to ART (antiretroviral therapy), implemented by patients living with HIV/AIDS and making use of psychoactive drugs. Methods: Semi-structured interviews were conducted during a 4 months period of participative observation was performed at the University Hospital Gaffrée and Guinle (HUGG/UniRio) and the National Institute of Infectious Diseases Evandro Chagas (INI/FIOCRUZ). It was defined as a specific target of the study patients with HIV, making use of ART, psychoactive drug users in both institutions The inclusion of HIV individuals, in use of ART, not drug users, enabled understanding the construction of different models of adherence to antiretroviral treatment. The research, ethnographic, sought to observe and record not only perceptions, but experiences, practices and relationships between a set of social actors involved in the issue of compliance of HIV/AIDS patients/UD in HUGG and INI. In this sense, the ethnography of institutional and daily settings provide the frame and the reference for understanding the discourses on specific and subjective processes of relationship to treatment. In this sense, the methodological proposal reaffirms the need not only to pay attention on the speeches, but also to look at the social practices conducted by players. Results: In HUGG, we found a greater number of patients reporting good adherence to treatment with HAART which can be attributed to restriction of new patients. We interviewed 16 patients, 9 males and 7 females, 12 of them identifying themselves as heterosexual, 1 bisexual and 3 homosexuals. Only 4 individuals of the universe of patients interviewed in HUGG, all male, reported poor adherence to treatment with ART. Of these, 3 were admitted to the Infirmary and 1 in treatment at the Clinic. In INI 7 patients were interviewed, 4 in the ward and 3 in the Day Hospital premises. The patients in this group are characterized by the widespread and intense presence of drug usage over long periods, which affect medication adherence. Final thoughts: The search for the reconstruction of the therapeutic road traveled by patients taking ART/UD can assist health professionals in the revaluation of the services offered, and thus obtain positive results with regard to adherence to treatmentFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porHIVPreparações FarmacêuticasTerapia Antirretroviral de Alta AtividadeEducação em SaúdeHIV/Drogaso imperativo da adesão à HAART e o papel da educação em saúde nesta modelageminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2015Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25119/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdanielle_silva_ini_mest_2015.pdfapplication/pdf861522https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25119/2/danielle_silva_ini_mest_2015.pdf109b30ebad68d8f6d74f4026dc8f2888MD52TEXTdanielle_silva_ini_mest_2015.pdf.txtdanielle_silva_ini_mest_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain278658https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/25119/3/danielle_silva_ini_mest_2015.pdf.txtcc619da6d316c3c3d57298837576a051MD53icict/251192018-08-15 03:00:38.35oai:www.arca.fiocruz.br:icict/25119Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:00:38Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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