Desfechos obstétricos fetais e sua correlação com uso de agrotóxicos no estado de São Paulo: um estudo ecológico
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52653 |
Resumo: | A presente tese quantificou o uso de agrotóxicos no estado de São Paulo de 2009 a 2018 com dados do Ibama, através de suas variações percentuais ao longo de anos, evidenciando um predomínio do glifosato. Objetivando correlacionar o uso de agrotóxicos e o abortamento precoce no estado de São Paulo, foi realizada uma pesquisa no site Datasus para quantificar abortamentos com menos de 22 semanas e no Ibama para o quantitativo de agrotóxicos anual utilizado para cada substância registrada. Como variável independente na Regressão de Poisson foram utilizados os agrotóxicos constantes no relatório do Ibama que correspondiam a mais de 1% do uso no estado. A variável dependente foi a taxa de abortamento com menos de 22 semanas. A seguir, foi feita análise de Poisson multivariada apenas com as substâncias que apresentavam resultados estatísticamente significantes na equação anterior. As substâncias mais correlacionadas ao aborto no modelo foram: glifosato, enxofre, ametrina, oxicloreto de cobre e ácido dicloroacético. Para avaliar se as áreas de São Paulo com maior produção agrícola possuíam maiores taxas de abortamento e malformações fetais, as áreas de Caraguatatuba, Santos, Itapetininga e Ribeirão Preto foram comparadas quanto à sua produção agrícola de acordo com dados do IBGE e suas taxas de mortes fetais em menores de 500g, menos de 22 semanas e malformações fetais foram, então, comparadas. Também foram feitas séries temporais comparativas para essas taxas, com análise em ponto de inflexão, que evidenciou que as áreas de Itapetininga mostrava Variação Percentual Anual (AAPC) para malformação fetal de 3,6/ano (p valor <0,1) e taxa de óbito em menores de 500g com AAPC 6,9 (p valor <0,1). A área de Ribeirão Preto destacou-se como a de maior produção agrícola dentre as analisadas, seguida por Itapetininga e, com maior distanciamento, das áreas de Santos e Caraguatatuba. Ocorreu aumento nas taxas de abortamento e, ainda que com menor intensidade, de malformação. As áreas de Itapetininga e Ribeirão Preto possuem taxa de óbito, desde 1996, em menores de 500g, respectivamente, 2,9 e 11,13 vezes maior que a de Santos. O estudo aponta para a necessidade de acompanhamento das taxas de abortamento e malformações fetais especialmente nas áreas agrícolas ou com maior exposição aos agrotóxicos. |
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Braga, Isabel de Fátima AlvimSilva, Eliana Napoleão Cozendey daWaissmann, William2022-05-12T22:29:27Z2022-05-12T22:29:27Z2022BRAGA, Isabel de Fátima Alvim. Desfechos obstétricos fetais e sua correlação com uso de agrotóxicos no estado de São Paulo: um estudo ecológico. 2022. 160 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2022.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52653A presente tese quantificou o uso de agrotóxicos no estado de São Paulo de 2009 a 2018 com dados do Ibama, através de suas variações percentuais ao longo de anos, evidenciando um predomínio do glifosato. Objetivando correlacionar o uso de agrotóxicos e o abortamento precoce no estado de São Paulo, foi realizada uma pesquisa no site Datasus para quantificar abortamentos com menos de 22 semanas e no Ibama para o quantitativo de agrotóxicos anual utilizado para cada substância registrada. Como variável independente na Regressão de Poisson foram utilizados os agrotóxicos constantes no relatório do Ibama que correspondiam a mais de 1% do uso no estado. A variável dependente foi a taxa de abortamento com menos de 22 semanas. A seguir, foi feita análise de Poisson multivariada apenas com as substâncias que apresentavam resultados estatísticamente significantes na equação anterior. As substâncias mais correlacionadas ao aborto no modelo foram: glifosato, enxofre, ametrina, oxicloreto de cobre e ácido dicloroacético. Para avaliar se as áreas de São Paulo com maior produção agrícola possuíam maiores taxas de abortamento e malformações fetais, as áreas de Caraguatatuba, Santos, Itapetininga e Ribeirão Preto foram comparadas quanto à sua produção agrícola de acordo com dados do IBGE e suas taxas de mortes fetais em menores de 500g, menos de 22 semanas e malformações fetais foram, então, comparadas. 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O estudo aponta para a necessidade de acompanhamento das taxas de abortamento e malformações fetais especialmente nas áreas agrícolas ou com maior exposição aos agrotóxicos.The present thesis quantified the use of pesticides in the state of São Paulo from 2009 to 2018 with data from Ibama, through their percentage variations over the years, showing a predominance of glyphosate. Aiming to correlate the use of pesticides and early abortion in the state of São Paulo, a survey was carried out on the Datasus website to quantify abortions with less than 22 weeks and Ibama for the annual amount of pesticides used for each registered substance. As an independent variable in the Poisson Regression, the pesticides contained in the Ibama. The dependent variable was the rate of miscarriage at less than 22 weeks. Reports were used, which corresponded to more than 1% of use in the state. Next, a multivariate Poisson analysis was performed only with substances that presented statistically significant results in the previous equation. The substances most correlated with abortion in the model were: glyphosate, sulfur, ametrine, copper oxychloride and dichloroacetic acid. To assess whether the areas of São Paulo with the highest agricultural production had higher rates of abortion and fetal malformations, the areas of Caraguatatuba, Santos and Itapetininga and Ribeirão Preto were compared in terms of their agricultural production according to IBGE data and their death rates of fetuses in children under 500g, less than 22 weeks and fetal malformations were then compared. Comparative time series were also performed for these rates, with joinpoint analysis, which showed that the areas of Itapetininga showed Average Annual Percent Change (AAPC) for fetal malformation of 3.6/year (p value <0.1) and death rate in children weighing less than 500g with AAPC of 6.9 (p value <0.1). The area of Ribeirão Preto stood out as the one with the highest agricultural production among those analyzed, followed by Itapetininga and, with greater distance, the areas of Santos and Caraguatatuba. An increase was observed in the rates of abortion and, albeit to a lesser extent, malformation. The areas of Itapetininga and Ribeirão Preto have had a death rate, since 1996, of less than 500g, respectively, 2.9 and 11.13 times greater than that of Santos. The study points to the need to monitor the rates of abortion and fetal malformations, especially in agricultural areas or areas with greater exposure to pesticides, but it has limitations, such as the use of secondary data, analysis at an inferential population level and not at an individual level.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAbortoAnomalia CongênitaEmbriãoAgrotóxicoGlifosatoAbortionCongenital AnormalitiesEmbryoPesticidesGlyphosateAbortoAnormalidades CongênitasEstruturas EmbrionáriasAgroquímicosefeitos adversosEnxofreefeitos adversosÁcido 2,4-DiclorofenoxiacéticoEfeitos adversosEstudos de Séries TemporaisEstudos EcológicosEstudo ComparativoDesfechos obstétricos fetais e sua correlação com uso de agrotóxicos no estado de São Paulo: um estudo ecológicoFetal obstetric outcomes and their correlation with pesticide use in the state of São Paulo: an ecological studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2022-03-17Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52653/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALisabel_fátima_alvim_braga_ensp_mest_dout_2022.pdfapplication/pdf2669530https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52653/2/isabel_f%c3%a1tima_alvim_braga_ensp_mest_dout_2022.pdf9daa6fb83af5525d716a027a68084bb1MD52icict/526532022-05-12 19:31:47.335oai:www.arca.fiocruz.br:icict/52653Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-05-12T22:31:47Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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