Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa e Silva, Matheus Fernandes
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34513
Resumo: Nesse estudo foi realizada avaliação epidemiológica e acompanhamento clínico-laboratorial e imunológico de pacientes portadores da forma clínica aguda da esquistossomose mansoni. Nosso objetivo foi investigar as principais alterações clínicas, ultrassonográficas e imunofenotípicas provocadas pela infecção pelo Schistosoma mansoni e o impacto que a quimioterapia específica com praziquantel teria nesse contexto. Os pacientes avaliados nesse estudo (grupo AGD-AT) adquiriram a forma clínica aguda da infecção pelo S. mansoni na zona rural de Igarapé, município da região metropolitana de Belo Horizonte, MG. Amostras de fezes e sangue periférico dos pacientes foram coletadas para realização do exame parasitológico e hemograma, respectivamente. Os pacientes foram submetidos à anamnese detalhada a fim de avaliar as principais manifestações clínicas observadas durante a fase aguda da infecção. Posteriormente, os pacientes foram submetidos ao exame de ultrassom para avaliar comprometimento hepático e/ou esplênico. O perfil imunofenotípico dos leucócitos do sangue periférico dos pacientes também foi realizado por citometria de fluxo Os resultados mostraram que dos 38 pacientes previamente avaliados (idade: 01-65 anos; sexo: 16 homens, 22 mulheres), 34 (89,5%) apresentaram exame parasitológico de fezes positivo para ovos do S. mansoni. No entanto devido aos critérios de exclusão adotados para esse estudo, dezesseis pacientes foram acompanhados. Os resultados da anamnese demonstraram que os sintomas/sinais clínicos mais frequentes foram dor de cabeça (62,5%), febre e cólica abdominal (ambos com 56,3% de frequência), diarreia, tosse, emagrecimento e astenia (todos com 43,8% de frequência).Com relação ao perfil hematológico, observou-se redução significativa do número de hemácias (mm3), da concentração de hemoglobina (g/dL), do percentual do hematócrito, aumento do número de plaquetas (mm3) e aumento da global de leucócitos (mm3) dos pacientes do grupo AGD-AT, refletido nas populações de eosinófilos, neutrófilos e linfócitos, quando comparados aos indivíduos saudáveis (grupo CT). As alterações ultrassonográficas mais comumente observadas foram linfonodomegalia periportal (88%), hepatomegalia (88%) e espessamento ecogênico incipiente da parede da veia porta-Fibrose grau I (75%). Na avaliação do perfil imunofenotípico, os dados mostraram aumento do número absoluto de linfócitos T CD3+ dos pacientes do grupo AGD-AT, refletido nas subpopulações CD4+ e CD8+, quando comparados aos indivíduos do grupo CT. Além disso, leucócitos circulantes dos pacientes do grupo AGD-AT apresentaram ativação celular determinada pela expressão de moléculas co-estimuladoras CD28, CD80 e CD86 e moléculas de ativação como, CD25, HLA-DR e CD69. Foi observado também aumento das moléculas de adesão celular CD18, CD44 e CD54 do grupo AGD-AT quando comparado ao grupo CT Com relação aos receptores de quimiocinas foi observado aumento da expressão de CCR5 e CXCR3 do grupo AGD-AT quando comparado ao grupo CT. Contudo, embora, a maioria dos aspectos clínico-laboratoriais e imunofenotípicos avaliados dos pacientes do grupo AGD-AT retornaram à normalidade após quimioterapia específica com praziquantel, as principais alterações ultrassonográficas e algumas alterações imunológicas ainda permanecem (hepatomegalia, esplenomegalia, fibrose periportal incipiente, bem como aumento do número absoluto de CD28, CD80, CD86, CD18, CCR2, CXCR3 em eosinófilos, diminuição de CD62L em neutrófilos, aumento de linfócitos T CD8+ e de CD18 em linfócitos T CD4+). A permanência dessas alterações, mesmo um ano após o tratamento, sugere um impacto a longo prazo da terapêutica específica pós-fase aguda da infecção esquistossomótica sobre o estado geral dos pacientes.
id CRUZ_767ccebc1cfdf64568dc2549b693b97b
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34513
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Costa e Silva, Matheus FernandesOliveira, Rodrigo Corrêa deLemos, Denise SilveiraFonseca, Cristina ToscanoCarvalho, Andréa Teixeira deSantos, Silvana Maria ElóiCarvalho, Andréa Teixeira de2019-07-30T18:10:25Z2019-07-30T18:10:25Z2009COSTA E SILVA, Matheus Fernandes. Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel. 2009. 215 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2009.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34513Nesse estudo foi realizada avaliação epidemiológica e acompanhamento clínico-laboratorial e imunológico de pacientes portadores da forma clínica aguda da esquistossomose mansoni. Nosso objetivo foi investigar as principais alterações clínicas, ultrassonográficas e imunofenotípicas provocadas pela infecção pelo Schistosoma mansoni e o impacto que a quimioterapia específica com praziquantel teria nesse contexto. Os pacientes avaliados nesse estudo (grupo AGD-AT) adquiriram a forma clínica aguda da infecção pelo S. mansoni na zona rural de Igarapé, município da região metropolitana de Belo Horizonte, MG. Amostras de fezes e sangue periférico dos pacientes foram coletadas para realização do exame parasitológico e hemograma, respectivamente. Os pacientes foram submetidos à anamnese detalhada a fim de avaliar as principais manifestações clínicas observadas durante a fase aguda da infecção. Posteriormente, os pacientes foram submetidos ao exame de ultrassom para avaliar comprometimento hepático e/ou esplênico. O perfil imunofenotípico dos leucócitos do sangue periférico dos pacientes também foi realizado por citometria de fluxo Os resultados mostraram que dos 38 pacientes previamente avaliados (idade: 01-65 anos; sexo: 16 homens, 22 mulheres), 34 (89,5%) apresentaram exame parasitológico de fezes positivo para ovos do S. mansoni. No entanto devido aos critérios de exclusão adotados para esse estudo, dezesseis pacientes foram acompanhados. Os resultados da anamnese demonstraram que os sintomas/sinais clínicos mais frequentes foram dor de cabeça (62,5%), febre e cólica abdominal (ambos com 56,3% de frequência), diarreia, tosse, emagrecimento e astenia (todos com 43,8% de frequência).Com relação ao perfil hematológico, observou-se redução significativa do número de hemácias (mm3), da concentração de hemoglobina (g/dL), do percentual do hematócrito, aumento do número de plaquetas (mm3) e aumento da global de leucócitos (mm3) dos pacientes do grupo AGD-AT, refletido nas populações de eosinófilos, neutrófilos e linfócitos, quando comparados aos indivíduos saudáveis (grupo CT). As alterações ultrassonográficas mais comumente observadas foram linfonodomegalia periportal (88%), hepatomegalia (88%) e espessamento ecogênico incipiente da parede da veia porta-Fibrose grau I (75%). Na avaliação do perfil imunofenotípico, os dados mostraram aumento do número absoluto de linfócitos T CD3+ dos pacientes do grupo AGD-AT, refletido nas subpopulações CD4+ e CD8+, quando comparados aos indivíduos do grupo CT. Além disso, leucócitos circulantes dos pacientes do grupo AGD-AT apresentaram ativação celular determinada pela expressão de moléculas co-estimuladoras CD28, CD80 e CD86 e moléculas de ativação como, CD25, HLA-DR e CD69. Foi observado também aumento das moléculas de adesão celular CD18, CD44 e CD54 do grupo AGD-AT quando comparado ao grupo CT Com relação aos receptores de quimiocinas foi observado aumento da expressão de CCR5 e CXCR3 do grupo AGD-AT quando comparado ao grupo CT. Contudo, embora, a maioria dos aspectos clínico-laboratoriais e imunofenotípicos avaliados dos pacientes do grupo AGD-AT retornaram à normalidade após quimioterapia específica com praziquantel, as principais alterações ultrassonográficas e algumas alterações imunológicas ainda permanecem (hepatomegalia, esplenomegalia, fibrose periportal incipiente, bem como aumento do número absoluto de CD28, CD80, CD86, CD18, CCR2, CXCR3 em eosinófilos, diminuição de CD62L em neutrófilos, aumento de linfócitos T CD8+ e de CD18 em linfócitos T CD4+). A permanência dessas alterações, mesmo um ano após o tratamento, sugere um impacto a longo prazo da terapêutica específica pós-fase aguda da infecção esquistossomótica sobre o estado geral dos pacientes.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porAcompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com PraziquantelMonitoring clinical, epidemiological and immunological characteristics in patients with the acute phase of schistosomiasis, undergoing specific treatment with Praziquantelinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2009Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, BrasilMestrado AcadêmicoBelo Horizonte/MGPrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeEsquistossomose mansoniImunofenotipageminfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34513/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALmatheus_fernandes.pdfapplication/pdf3402597https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34513/2/matheus_fernandes.pdf4d9b66881208db8812b8ff4081581320MD52TEXTmatheus_fernandes.pdf.txtmatheus_fernandes.pdf.txtExtracted texttext/plain387396https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34513/3/matheus_fernandes.pdf.txt40b37487cc7cd9bdd2c2639e5c5127a4MD53icict/345132019-09-09 12:17:47.45oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34513Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-09T15:17:47Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Monitoring clinical, epidemiological and immunological characteristics in patients with the acute phase of schistosomiasis, undergoing specific treatment with Praziquantel
title Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel
spellingShingle Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel
Costa e Silva, Matheus Fernandes
Esquistossomose mansoni
Imunofenotipagem
title_short Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel
title_full Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel
title_fullStr Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel
title_full_unstemmed Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel
title_sort Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel
author Costa e Silva, Matheus Fernandes
author_facet Costa e Silva, Matheus Fernandes
author_role author
dc.contributor.advisorco.none.fl_str_mv Oliveira, Rodrigo Corrêa de
Lemos, Denise Silveira
Fonseca, Cristina Toscano
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Carvalho, Andréa Teixeira de
Santos, Silvana Maria Elói
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa e Silva, Matheus Fernandes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Carvalho, Andréa Teixeira de
contributor_str_mv Carvalho, Andréa Teixeira de
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Esquistossomose mansoni
Imunofenotipagem
topic Esquistossomose mansoni
Imunofenotipagem
description Nesse estudo foi realizada avaliação epidemiológica e acompanhamento clínico-laboratorial e imunológico de pacientes portadores da forma clínica aguda da esquistossomose mansoni. Nosso objetivo foi investigar as principais alterações clínicas, ultrassonográficas e imunofenotípicas provocadas pela infecção pelo Schistosoma mansoni e o impacto que a quimioterapia específica com praziquantel teria nesse contexto. Os pacientes avaliados nesse estudo (grupo AGD-AT) adquiriram a forma clínica aguda da infecção pelo S. mansoni na zona rural de Igarapé, município da região metropolitana de Belo Horizonte, MG. Amostras de fezes e sangue periférico dos pacientes foram coletadas para realização do exame parasitológico e hemograma, respectivamente. Os pacientes foram submetidos à anamnese detalhada a fim de avaliar as principais manifestações clínicas observadas durante a fase aguda da infecção. Posteriormente, os pacientes foram submetidos ao exame de ultrassom para avaliar comprometimento hepático e/ou esplênico. O perfil imunofenotípico dos leucócitos do sangue periférico dos pacientes também foi realizado por citometria de fluxo Os resultados mostraram que dos 38 pacientes previamente avaliados (idade: 01-65 anos; sexo: 16 homens, 22 mulheres), 34 (89,5%) apresentaram exame parasitológico de fezes positivo para ovos do S. mansoni. No entanto devido aos critérios de exclusão adotados para esse estudo, dezesseis pacientes foram acompanhados. Os resultados da anamnese demonstraram que os sintomas/sinais clínicos mais frequentes foram dor de cabeça (62,5%), febre e cólica abdominal (ambos com 56,3% de frequência), diarreia, tosse, emagrecimento e astenia (todos com 43,8% de frequência).Com relação ao perfil hematológico, observou-se redução significativa do número de hemácias (mm3), da concentração de hemoglobina (g/dL), do percentual do hematócrito, aumento do número de plaquetas (mm3) e aumento da global de leucócitos (mm3) dos pacientes do grupo AGD-AT, refletido nas populações de eosinófilos, neutrófilos e linfócitos, quando comparados aos indivíduos saudáveis (grupo CT). As alterações ultrassonográficas mais comumente observadas foram linfonodomegalia periportal (88%), hepatomegalia (88%) e espessamento ecogênico incipiente da parede da veia porta-Fibrose grau I (75%). Na avaliação do perfil imunofenotípico, os dados mostraram aumento do número absoluto de linfócitos T CD3+ dos pacientes do grupo AGD-AT, refletido nas subpopulações CD4+ e CD8+, quando comparados aos indivíduos do grupo CT. Além disso, leucócitos circulantes dos pacientes do grupo AGD-AT apresentaram ativação celular determinada pela expressão de moléculas co-estimuladoras CD28, CD80 e CD86 e moléculas de ativação como, CD25, HLA-DR e CD69. Foi observado também aumento das moléculas de adesão celular CD18, CD44 e CD54 do grupo AGD-AT quando comparado ao grupo CT Com relação aos receptores de quimiocinas foi observado aumento da expressão de CCR5 e CXCR3 do grupo AGD-AT quando comparado ao grupo CT. Contudo, embora, a maioria dos aspectos clínico-laboratoriais e imunofenotípicos avaliados dos pacientes do grupo AGD-AT retornaram à normalidade após quimioterapia específica com praziquantel, as principais alterações ultrassonográficas e algumas alterações imunológicas ainda permanecem (hepatomegalia, esplenomegalia, fibrose periportal incipiente, bem como aumento do número absoluto de CD28, CD80, CD86, CD18, CCR2, CXCR3 em eosinófilos, diminuição de CD62L em neutrófilos, aumento de linfócitos T CD8+ e de CD18 em linfócitos T CD4+). A permanência dessas alterações, mesmo um ano após o tratamento, sugere um impacto a longo prazo da terapêutica específica pós-fase aguda da infecção esquistossomótica sobre o estado geral dos pacientes.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-07-30T18:10:25Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-07-30T18:10:25Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv COSTA E SILVA, Matheus Fernandes. Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel. 2009. 215 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2009.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34513
identifier_str_mv COSTA E SILVA, Matheus Fernandes. Acompanhamento clínico, epidemiológico e imunológico de pacientes portadores da fase aguda da esquistossomose mansoni, submetidos à terapêutica específica com Praziquantel. 2009. 215 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2009.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34513
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34513/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34513/2/matheus_fernandes.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34513/3/matheus_fernandes.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
4d9b66881208db8812b8ff4081581320
40b37487cc7cd9bdd2c2639e5c5127a4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798325044964753408