Descrição da sorologia IgM para Zika Vírus em pacientes com exposição vertical

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thompson, Nathalia Raposo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/44518
Resumo: Objetivos: descrever os resultados da dosagem de IgM em pacientes com confirmação diagnóstica de infecção congênita pelo zika vírus, avaliando a relação com período no qual a infecção materna ocorreu, a janela diagnóstica e as alterações clínicas nos casos estudados. Metodologia: foram avaliados, de acordo com o momento de coleta e com a presença de alterações clínicas, os resultados das sorologias IgM realizadas pelo método MAC-ELISA licenciado pelo CDC, em 52 pacientes infectados pelo Zika vírus, acompanhados no Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente. Todos os casos estudados tiveram infecção congênita confirmada por RT-qPCR ao nascimento. Os resultados foram avaliados de acordo com a presença de alterações clínicas, utilizando o programa estatístico SPSS. Resultados: dos 52 pacientes avaliados 29 (55,8%) apresentaram IgM positiva e 23 (44,2%) negativa. Amostras colhidas nos primeiros 29 dias de vida apresentaram maior positividade em relação aos demais grupos, sendo 15 (71,4%) amostras positivas no grupo IgM<30 dias, 6 (42,9%) no grupo IgM 30-120 dias e 8 (47,1%) no grupo IgM >120 dias. Verificamos que as crianças infectadas no primeiro trimestre gestacional foram as que mais apresentaram IgM positivo na primeira coleta, correspondendo a 75,9% dos resultados positivos, seguidos de 10,3% no segundo trimestre e 13,8% no terceiro trimestre gestacional (p= 0,002). Observamos correlação entre a presença de alterações neurológicas e manifestações clínicas de síndrome zika congênita com resultados positivos de sorologia IgM no grupo que teve a amostra colhida nos primeiros 29 dias de vida. Conclusões: Mesmo sendo encontrada correlação com questões clínicas, o teste de IgM se demonstrou de baixa sensibilidade para o diagnóstico de infecção congênita pelo Zika vírus Os melhores resultados de sensibilidade foram encontrados em pacientes que foram analisados nos primeiros 29 dias de vida e quando a infecção materna ocorreu no primeiro trimestre gestacional. Observamos mais resultados positivos em pacientes com SZC do que nos pacientes NSZC. O ensaio sorológico, embora não possa ser usado como método de exclusão diagnóstica, deve ser realizado diante dos casos suspeitos, principalmente em pacientes sintomáticos, na menor janela de tempo possível para aumentar a chance do diagnóstico de infecção congênita pelo vírus Zika. Mais estudos, com amostras pareadas, são necessários para comprovação de reinfecção, reativação e de persistência de IgM prolongada.
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Metodologia: foram avaliados, de acordo com o momento de coleta e com a presença de alterações clínicas, os resultados das sorologias IgM realizadas pelo método MAC-ELISA licenciado pelo CDC, em 52 pacientes infectados pelo Zika vírus, acompanhados no Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente. Todos os casos estudados tiveram infecção congênita confirmada por RT-qPCR ao nascimento. Os resultados foram avaliados de acordo com a presença de alterações clínicas, utilizando o programa estatístico SPSS. Resultados: dos 52 pacientes avaliados 29 (55,8%) apresentaram IgM positiva e 23 (44,2%) negativa. Amostras colhidas nos primeiros 29 dias de vida apresentaram maior positividade em relação aos demais grupos, sendo 15 (71,4%) amostras positivas no grupo IgM<30 dias, 6 (42,9%) no grupo IgM 30-120 dias e 8 (47,1%) no grupo IgM >120 dias. Verificamos que as crianças infectadas no primeiro trimestre gestacional foram as que mais apresentaram IgM positivo na primeira coleta, correspondendo a 75,9% dos resultados positivos, seguidos de 10,3% no segundo trimestre e 13,8% no terceiro trimestre gestacional (p= 0,002). Observamos correlação entre a presença de alterações neurológicas e manifestações clínicas de síndrome zika congênita com resultados positivos de sorologia IgM no grupo que teve a amostra colhida nos primeiros 29 dias de vida. Conclusões: Mesmo sendo encontrada correlação com questões clínicas, o teste de IgM se demonstrou de baixa sensibilidade para o diagnóstico de infecção congênita pelo Zika vírus Os melhores resultados de sensibilidade foram encontrados em pacientes que foram analisados nos primeiros 29 dias de vida e quando a infecção materna ocorreu no primeiro trimestre gestacional. Observamos mais resultados positivos em pacientes com SZC do que nos pacientes NSZC. O ensaio sorológico, embora não possa ser usado como método de exclusão diagnóstica, deve ser realizado diante dos casos suspeitos, principalmente em pacientes sintomáticos, na menor janela de tempo possível para aumentar a chance do diagnóstico de infecção congênita pelo vírus Zika. Mais estudos, com amostras pareadas, são necessários para comprovação de reinfecção, reativação e de persistência de IgM prolongada.Research goals: to describe the results of the serological tests of patients diagnosed with congenital infection by Zika virus (ZIKV), evaluating the period in which the maternal infection occurred, the time at which the sample was collected and eventual clinical changes. Methodology: The results of the Zika MAC-ELISA test (licensed by the Centers for Disease Control and Prevention \2013 CDC) of 52 childrens followed at the Fernandes Figueira Institute were used in this study. All patients had congenital infection confirmed by positive RT-qPCR at birth. The data were linked to the the clinical data, the time of maternal infection, the diagnostic window and the child\2019s age at the time of sample collection. Results: Out of 52 patients carrying the Zika virus, 29 (55.8%) presented positive IgM and 23 (43.3%) negative, showing little sensitivity of the method for the diagnosis of congenital infection by Zika virus. The positive result ratio was also subject to the patient's life time. Samples collected in patient's first 29 days of life showed greater ratio of positive results than the samples of the other groups; 15 (71.4%) positive samples in the IgM group <30 days, 6 (42.9%) in the IgM group 31-120 days and 8 (47.1%) in the IgM group> 120 days. It was verified that the infected children in the first trimester were the ones that presented the most positive IgM in the first collection, corresponding to 75.9% of the positive results, followed by 10.3% in the second trimester and 13.8% in the third trimester (p = 0.002). We found correlation between serological IgM positive results and the presence of neurologic findings and CZS. Conclusions: we obtained better results in patients whose samples samples had ben collected during the first 30 days of life, especially when maternal infection occurred in the first trimester of pregnancy. We found more positive results in patients with SZC than in NSZC patients The serological test, although it can not be used as a method of diagnostic exclusion, should be performed in the presence of suspected cases, especially in symptomatic patients. More studies, with paired samples, are needed in order to prove reinfection, reactivation, and prolonged IgM persistence.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porZika VírusSorologia MAC-ELISASíndrome Zika congênitaZika VírusSorologiaInfecção por Zika VírusAnormalidades congênitasDescrição da sorologia IgM para Zika Vírus em pacientes com exposição verticalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes FigueiraFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44518/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALnathalia_thompson_iff_mest_2019.pdfapplication/pdf1219617https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44518/2/nathalia_thompson_iff_mest_2019.pdff7b553f1ac2c1447da4ce813dd5bd84aMD52TEXTnathalia_thompson_iff_mest_2019.pdf.txtnathalia_thompson_iff_mest_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain203031https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/44518/3/nathalia_thompson_iff_mest_2019.pdf.txt6a48fd3f4c989eb377dfeb9eae2e91acMD53icict/445182020-11-19 02:05:02.115oai:www.arca.fiocruz.br:icict/44518Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352020-11-19T05:05:02Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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