Saúde, gênero e reconhecimento no trabalho das professoras: convergências e diferenças no Brasil e na França

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brito, Jussara
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Bercot, Régine, Horellou-Lafarge, Chantal, Neves, Mary Yale, Oliveira, Simone, Rotenberg, Lúcia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10313
Resumo: O presente artigo trata do reconhecimento do trabalho das professoras e suas implicações sobre a saúde em dois diferentes contextos econômicos e sociais: de um país da América Latina (Brasil) e de um país europeu (França). Baseia-se, principalmente, nas contribuições teóricas da psicodinâmica do trabalho e das ciências sociais, apresentando exemplos oriundos de diversas pesquisas. Observa-se que, apesar das diferenças em relação às condições laborais das professoras nos dois países, o não reconhecimento de seu trabalho está presente em ambos os contextos. Os baixos salários (mesmo considerando-se as especificidades de cada um desses contextos) e a falta de valorização dos esforços feitos no cotidiano profissional são a prova disso. No entanto, na França, o mal-estar das professoras advém, sobretudo, de dúvidas sobre a utilidade social do trabalho docente, frente às inúmeras reformas e às defasagens no nível de escolaridade dos alunos. No caso do Brasil, o malestar decorre especialmente da precariedade das condições de trabalho, que sinalizam a desvalorização da profissional, destacando-se o número excessivo de alunos por turma e a necessidade de complementação salarial. Nos dois casos registra-se a importância do reconhecimento pelos alunos e do trabalho em equipe na preservação da saúde.
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Os baixos salários (mesmo considerando-se as especificidades de cada um desses contextos) e a falta de valorização dos esforços feitos no cotidiano profissional são a prova disso. No entanto, na França, o mal-estar das professoras advém, sobretudo, de dúvidas sobre a utilidade social do trabalho docente, frente às inúmeras reformas e às defasagens no nível de escolaridade dos alunos. No caso do Brasil, o malestar decorre especialmente da precariedade das condições de trabalho, que sinalizam a desvalorização da profissional, destacando-se o número excessivo de alunos por turma e a necessidade de complementação salarial. Nos dois casos registra-se a importância do reconhecimento pelos alunos e do trabalho em equipe na preservação da saúde.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Centre de Recherches Sociologiques et Politiques de Paris - Genre, Travail, Mobilités (CRESPPA-GTM). Paris, France.Centre de Recherches Sociologiques et Politiques de Paris - Genre, Travail, Mobilités (CRESPPA-GTM). Paris, France.Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. 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