Diferenciais de gênero no trabalho docente e repercussões sobre a saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo,Tânia Maria de
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Godinho,Tiana Mascarenhas, Reis,Eduardo J F B dos, Almeida,Maura Maria G de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência & Saúde Coletiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232006000400032
Resumo: Em diferentes áreas disciplinares, os homens têm sido considerados o padrão-ouro, com o qual as mulheres vêm sendo comparadas. A generalização de achados obtidos em estudos conduzidos em homens para a realidade vivenciada pelas mulheres pode não ser adequada. Este estudo avaliou a hipótese de que, no interior da escola, reproduzem-se as relações de gênero observadas na sociedade, persistindo diferenças de atribuições e de valorização social do trabalho segundo o gênero. Realizou-se estudo epidemiológico censitário, do tipo corte transversal com 794 professores (47 homens e 747 mulheres) da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista (BA). As mulheres tinham menor nível de escolaridade do que os homens (p=0,001); estavam há mais tempo na docência (10,6 contra 5,8 anos; p=0,001), apresentaram maior carga horária semanal de trabalho (p=0,027); tinham maior proporção de alta sobrecarga doméstica (33% contra 2,3%; p=0,0001) e referiram menor nível de participação no processo decisório do que os homens; porém tinham menor número de turmas (2,3 contra 4,3; p=0,001). Os problemas de saúde estudados foram mais freqüentes entre as mulheres, com exceção do consumo abusivo de álcool. A escola possui claras diferenciações no que se refere ao gênero, mantendo relações que destinam às mulheres atividades de menor qualificação.
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