Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Clarice Brito e Souza
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48732
Resumo: A partir da expansão do Programa Saúde da Família, consolidado como Estratégia de Saúde da Família, e com base nos princípios e diretrizes propostos nos Pactos pela Saúde entre os entes federativos, o governo federal institucionalizou a condução da Atenção Primária à Saúde no país por meio da Portaria MS nº 2.488/2006 - Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Esta concretizou a regulamentação existente à época e disciplinou sua operacionalização. Porém, ante a necessidade de adequação das normas aos contextos regionais e às conjunturas políticas e econômicas do país, a PNAB passou por revisões em 2011 e em 2017. A presente pesquisa investigou os dispositivos concretos da PNAB de 2017 tanto na composição das equipes (equipes de Saúde da Família - eSF, equipes de Atenção Básica - eAB e equipes de Agentes Comunitários de Saúde - EACS) quanto no quadro de profissionais que as compõem (médicos, enfermeiros e ACS), bem como na cobertura de Saúde da Família em nível nacional, posto que o teor das propostas dessa norma gerou questionamentos e expectativas. Logo, procurou-se entender como se comporta a APS a partir das principais mudanças na normativa, como o reconhecimento (financiamento) de outros modelos de assistência, além da Saúde da Família, e a participação dos Agentes Comunitários de Saúde nas equipes. Os resultados expostos foram elaborados com base na análise documental da PNAB de 2017, levando em conta as edições anteriores, além de investigar o posicionamento de instituições representativas do Sistema Único de Saúde (SUS), da sociedade civil e dos conselhos e confederações de diversas categorias profissionais a respeito dessa reformulação da PNAB. Recorreu-se ao levantamento dos dados secundários do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Após dois anos da publicação da PNAB, os resultados obtidos não indicaram mudanças significativas na composição das equipes nem da cobertura. Isso pode se justificar por ser recente a edição da norma, posto que uma eventual mudança estrutural demanda tempo; outro fator talvez se deva à pouca receptividade dos gestores municipais às recomendações normativas. Isso porque, na descentralização dos SUS, os municípios, em seu papel de executores das medidas, devem assumir o protagonismo na efetivação das políticas públicas federais. Por fim, o resgate de amplo debate entres os principais atores envolvidos na militância do SUS é pré-requisito essencial à efetivação de um projeto político comprometido com o direcionamento e a condução da Atenção Primária resolutiva e adequada às demandas de saúde da população.
id CRUZ_7d255e7c38e9b44a4c7fe12e559e0e10
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48732
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Gomes, Clarice Brito e SouzaGutiérrez, Adriana Coser$$ecoorient.Soranz, Daniel Ricardo2021-08-25T12:53:48Z2021-08-25T12:53:48Z2019GOMES, Clarice Brito e Souza. Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família. 2019. 101 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48732A partir da expansão do Programa Saúde da Família, consolidado como Estratégia de Saúde da Família, e com base nos princípios e diretrizes propostos nos Pactos pela Saúde entre os entes federativos, o governo federal institucionalizou a condução da Atenção Primária à Saúde no país por meio da Portaria MS nº 2.488/2006 - Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Esta concretizou a regulamentação existente à época e disciplinou sua operacionalização. Porém, ante a necessidade de adequação das normas aos contextos regionais e às conjunturas políticas e econômicas do país, a PNAB passou por revisões em 2011 e em 2017. A presente pesquisa investigou os dispositivos concretos da PNAB de 2017 tanto na composição das equipes (equipes de Saúde da Família - eSF, equipes de Atenção Básica - eAB e equipes de Agentes Comunitários de Saúde - EACS) quanto no quadro de profissionais que as compõem (médicos, enfermeiros e ACS), bem como na cobertura de Saúde da Família em nível nacional, posto que o teor das propostas dessa norma gerou questionamentos e expectativas. Logo, procurou-se entender como se comporta a APS a partir das principais mudanças na normativa, como o reconhecimento (financiamento) de outros modelos de assistência, além da Saúde da Família, e a participação dos Agentes Comunitários de Saúde nas equipes. Os resultados expostos foram elaborados com base na análise documental da PNAB de 2017, levando em conta as edições anteriores, além de investigar o posicionamento de instituições representativas do Sistema Único de Saúde (SUS), da sociedade civil e dos conselhos e confederações de diversas categorias profissionais a respeito dessa reformulação da PNAB. Recorreu-se ao levantamento dos dados secundários do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Após dois anos da publicação da PNAB, os resultados obtidos não indicaram mudanças significativas na composição das equipes nem da cobertura. Isso pode se justificar por ser recente a edição da norma, posto que uma eventual mudança estrutural demanda tempo; outro fator talvez se deva à pouca receptividade dos gestores municipais às recomendações normativas. Isso porque, na descentralização dos SUS, os municípios, em seu papel de executores das medidas, devem assumir o protagonismo na efetivação das políticas públicas federais. Por fim, o resgate de amplo debate entres os principais atores envolvidos na militância do SUS é pré-requisito essencial à efetivação de um projeto político comprometido com o direcionamento e a condução da Atenção Primária resolutiva e adequada às demandas de saúde da população.Since the expansion of the Family Health Program, consolidated as Family Health Strategy, and based on the principles and guidelines proposed by the Health Pacts among the federative entities, the federal government institutionalized the conduction of Primary Health Care in the country through of Ordinance MS No. 2,488 / 2006 - National Primary Care Policy (NPCP). This materialized the existing regulation at the time and disciplined its operationalization. However, in view of the need to adapt the norms to the regional contexts and the political and economic conjunctures of the country, the NPCP underwent through revisions in 2011 and 2017. This research investigated the concrete provisions of the 2017 NPCP both in the composition of teams. Family Health Care - eSF, Primary Care Teams - eAB and Community Health Agent Teams - EACS) as well as their staff (doctors, nurses and CHA), as well as Family Health coverage nationwide , since the content of the proposals of this norm generated questions and expectations. Therefore, we sought to understand how PHC behaves from the main changes in the rules, such as the recognition (financing) of other models of care, in addition to Family Health, and the participation of Community Health Agents in teams. The results exposed were elaborated based on the documentary analysis of the 2017 NPCP, taking into account the previous editions, as well as investigating the positioning of institutions representing the Unified Health System (SUS), civil society, councils and confederations of various professional categories about this NPCP reformulation. The survey of secondary data from the National Register of Health Facilities (CNES) was used as resort. Two years after the publication of the NPCP, the results obtained did not indicate significant changes in team composition or coverage. This may be justified by the recent edition of the standard, since any structural change takes time; Another factor may be due to the poor receptivity of municipal managers to normative recommendations. This is because, in the SUS decentralization, the municipalities, in their role as executors of the procedures, must take the lead in the implementation of federal public policies. Finally, the rescue of large debate among the main actors involved in the SUS activism is an essential prerequisite for the political project implementation committed to directing and conducting resolutive primary care that is appropriate to the population's health demands.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porPolítica Nacional de Atenção BásicaAtenção Primária à SaúdeEstratégia Saúde da FamíliaNational Primary Care PolicyPrimary Health CareFamily Health StrategyAtenção Primária à SaúdePolítica de SaúdeEstratégia Saúde da FamíliaSistema Único de SaúdeSaúde PúblicaDistribuição de MédicosBibliografia DescritivaEstudo ComparativoPolítica Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família2017 National Primary Care Policy: an analysis of the composition of teams and national coverage of family healthinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019-12-16Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Mestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48732/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALclarice_brito_souza_gomes_ensp_mest_2019.pdfapplication/pdf1248312https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48732/2/clarice_brito_souza_gomes_ensp_mest_2019.pdf36588d62692178437458a02aa3af2f70MD52TEXTclarice_brito_souza_gomes_ensp_mest_2019.pdf.txtclarice_brito_souza_gomes_ensp_mest_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain224423https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48732/3/clarice_brito_souza_gomes_ensp_mest_2019.pdf.txtff22f59e3cc31e31738c2fcd957b8f72MD53icict/487322021-08-26 02:00:47.643oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48732Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-08-26T05:00:47Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família
dc.title.alternative.none.fl_str_mv 2017 National Primary Care Policy: an analysis of the composition of teams and national coverage of family health
title Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família
spellingShingle Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família
Gomes, Clarice Brito e Souza
Política Nacional de Atenção Básica
Atenção Primária à Saúde
Estratégia Saúde da Família
National Primary Care Policy
Primary Health Care
Family Health Strategy
Atenção Primária à Saúde
Política de Saúde
Estratégia Saúde da Família
Sistema Único de Saúde
Saúde Pública
Distribuição de Médicos
Bibliografia Descritiva
Estudo Comparativo
title_short Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família
title_full Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família
title_fullStr Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família
title_full_unstemmed Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família
title_sort Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família
author Gomes, Clarice Brito e Souza
author_facet Gomes, Clarice Brito e Souza
author_role author
dc.contributor.advisorco.none.fl_str_mv Gutiérrez, Adriana Coser$$ecoorient.
dc.contributor.author.fl_str_mv Gomes, Clarice Brito e Souza
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Soranz, Daniel Ricardo
contributor_str_mv Soranz, Daniel Ricardo
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Política Nacional de Atenção Básica
Atenção Primária à Saúde
Estratégia Saúde da Família
topic Política Nacional de Atenção Básica
Atenção Primária à Saúde
Estratégia Saúde da Família
National Primary Care Policy
Primary Health Care
Family Health Strategy
Atenção Primária à Saúde
Política de Saúde
Estratégia Saúde da Família
Sistema Único de Saúde
Saúde Pública
Distribuição de Médicos
Bibliografia Descritiva
Estudo Comparativo
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv National Primary Care Policy
Primary Health Care
Family Health Strategy
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Atenção Primária à Saúde
Política de Saúde
Estratégia Saúde da Família
Sistema Único de Saúde
Saúde Pública
Distribuição de Médicos
Bibliografia Descritiva
Estudo Comparativo
description A partir da expansão do Programa Saúde da Família, consolidado como Estratégia de Saúde da Família, e com base nos princípios e diretrizes propostos nos Pactos pela Saúde entre os entes federativos, o governo federal institucionalizou a condução da Atenção Primária à Saúde no país por meio da Portaria MS nº 2.488/2006 - Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Esta concretizou a regulamentação existente à época e disciplinou sua operacionalização. Porém, ante a necessidade de adequação das normas aos contextos regionais e às conjunturas políticas e econômicas do país, a PNAB passou por revisões em 2011 e em 2017. A presente pesquisa investigou os dispositivos concretos da PNAB de 2017 tanto na composição das equipes (equipes de Saúde da Família - eSF, equipes de Atenção Básica - eAB e equipes de Agentes Comunitários de Saúde - EACS) quanto no quadro de profissionais que as compõem (médicos, enfermeiros e ACS), bem como na cobertura de Saúde da Família em nível nacional, posto que o teor das propostas dessa norma gerou questionamentos e expectativas. Logo, procurou-se entender como se comporta a APS a partir das principais mudanças na normativa, como o reconhecimento (financiamento) de outros modelos de assistência, além da Saúde da Família, e a participação dos Agentes Comunitários de Saúde nas equipes. Os resultados expostos foram elaborados com base na análise documental da PNAB de 2017, levando em conta as edições anteriores, além de investigar o posicionamento de instituições representativas do Sistema Único de Saúde (SUS), da sociedade civil e dos conselhos e confederações de diversas categorias profissionais a respeito dessa reformulação da PNAB. Recorreu-se ao levantamento dos dados secundários do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Após dois anos da publicação da PNAB, os resultados obtidos não indicaram mudanças significativas na composição das equipes nem da cobertura. Isso pode se justificar por ser recente a edição da norma, posto que uma eventual mudança estrutural demanda tempo; outro fator talvez se deva à pouca receptividade dos gestores municipais às recomendações normativas. Isso porque, na descentralização dos SUS, os municípios, em seu papel de executores das medidas, devem assumir o protagonismo na efetivação das políticas públicas federais. Por fim, o resgate de amplo debate entres os principais atores envolvidos na militância do SUS é pré-requisito essencial à efetivação de um projeto político comprometido com o direcionamento e a condução da Atenção Primária resolutiva e adequada às demandas de saúde da população.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-08-25T12:53:48Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-08-25T12:53:48Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv GOMES, Clarice Brito e Souza. Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família. 2019. 101 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48732
identifier_str_mv GOMES, Clarice Brito e Souza. Política Nacional de Atenção Básica de 2017: uma análise na composição das equipes e cobertura nacional da saúde da família. 2019. 101 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48732
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48732/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48732/2/clarice_brito_souza_gomes_ensp_mest_2019.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48732/3/clarice_brito_souza_gomes_ensp_mest_2019.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
36588d62692178437458a02aa3af2f70
ff22f59e3cc31e31738c2fcd957b8f72
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324828407595008