Resposta Imunopatológica de Hamsters (Mesocricetus auratus) Submetidos à Infecção Mista por Leishmania (V.) braziliensis e Leishmania (V.) naiffi
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28355 |
Resumo: | As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania envolvidos com o desenvolvimento de diversas manifestações clínicas. Nas Américas, as formas clínicas cutâneas podem ser causadas por diversas espécies desse parasito e já foram identificadas ocorrendo em simpatria em algumas regiões do Brasil. As espécies L. braziliensis e L. naiffi, ocorrem em simpatria na Amazônia e foram demonstradas ocorrendo também simultaneamente em um mesmo indivíduo. Infecções mistas por espécies de Leishmania podem parecer eventos raros, contudo a falta de métodos de diagnóstico disponíveis, capazes de detectar eventos desse tipo, pode subestimar a ocorrência desses casos. Apesar disso, há registros na natureza de infecções mistas por espécies de Leishmania em vetores, em reservatórios e em humanos. Dessa forma, este estudo teve como objetivo comparar o perfil imunopatológico de infecções mistas por L. braziliensis e L. naiffi com infecções únicas causadas pelas mesmas espécies. O hamster dourado (Mesocricetus auratus) foi o modelo utilizado, por ser mais suscetível a infecções experimentais por parasitos do subgênero Viannia, apresentando características clínicas e histopatológicas similares às observadas em humanos. O curso clínico das infecções mistas foi semelhante ao curso clínico de infecções únicas com o dobro da quantidade de parasitos de L. braziliensis Infecções mistas não foram identificadas por PCR-RFLP, mas foram demonstradas em ensaios de isolamento e caracterização por isoenzimas. No entanto, quando estes isolados foram mantidos em cultura por períodos prolongados, L. naiffi não pode ser identificada. Características inflamatórias como a intensidade do infiltrado inflamatório, da presença de corpúsculos de Schaumann, fibrose e necrose não foram diferentes entre infecções únicas e mistas. Contudo, houve intensa presença de células vacuoladas nas infecções mistas. A carga parasitária nas lesões, ao final do curso clínico de 10 semanas, foi semelhante entre os grupos. Entretanto, no linfonodo poplíteo foi observada carga parasitária significantemente maior no grupo L. braziliensis (5x106 parasitas) comparada aos grupos infectados com L. naiffi e L. braziliensis (2,5x106 parasitas). O grupo de infecção mista apresentou expressão de RNAm de IL-4, IL-10 e IFN-\03B3 semelhante aos demais grupos e a maior expressão de RNAm de TNF-\03B1, o que pode explicar o grande dano tecidual observado. As infecções mistas por L. naiffi e L. braziliensis no modelo hamster levaram ao desenvolvimento de uma doença mais grave do que infecções únicas por L. braziliensis e por L. naiffi. A investigação experimental de infecções mistas pode auxiliar no entendimento de aspectos clínicos e imunológicos importantes que levam ao agravamento ou melhora das infecções. |
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Chagas, Bruna Dias dasAlmeida, Renato Porrozzi deCupolillo, Elisa2018-08-24T16:38:03Z2018-08-24T16:38:03Z2018CHAGAS, Bruna Dias das. Resposta Imunopatológica de Hamsters (Mesocricetus auratus) Submetidos à Infecção Mista por Leishmania (V.) braziliensis e Leishmania (V.) naiffi. 2018. 83 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Celular e Molecular)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28355As leishmanioses são doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania envolvidos com o desenvolvimento de diversas manifestações clínicas. Nas Américas, as formas clínicas cutâneas podem ser causadas por diversas espécies desse parasito e já foram identificadas ocorrendo em simpatria em algumas regiões do Brasil. As espécies L. braziliensis e L. naiffi, ocorrem em simpatria na Amazônia e foram demonstradas ocorrendo também simultaneamente em um mesmo indivíduo. Infecções mistas por espécies de Leishmania podem parecer eventos raros, contudo a falta de métodos de diagnóstico disponíveis, capazes de detectar eventos desse tipo, pode subestimar a ocorrência desses casos. Apesar disso, há registros na natureza de infecções mistas por espécies de Leishmania em vetores, em reservatórios e em humanos. Dessa forma, este estudo teve como objetivo comparar o perfil imunopatológico de infecções mistas por L. braziliensis e L. naiffi com infecções únicas causadas pelas mesmas espécies. O hamster dourado (Mesocricetus auratus) foi o modelo utilizado, por ser mais suscetível a infecções experimentais por parasitos do subgênero Viannia, apresentando características clínicas e histopatológicas similares às observadas em humanos. O curso clínico das infecções mistas foi semelhante ao curso clínico de infecções únicas com o dobro da quantidade de parasitos de L. braziliensis Infecções mistas não foram identificadas por PCR-RFLP, mas foram demonstradas em ensaios de isolamento e caracterização por isoenzimas. No entanto, quando estes isolados foram mantidos em cultura por períodos prolongados, L. naiffi não pode ser identificada. Características inflamatórias como a intensidade do infiltrado inflamatório, da presença de corpúsculos de Schaumann, fibrose e necrose não foram diferentes entre infecções únicas e mistas. Contudo, houve intensa presença de células vacuoladas nas infecções mistas. A carga parasitária nas lesões, ao final do curso clínico de 10 semanas, foi semelhante entre os grupos. Entretanto, no linfonodo poplíteo foi observada carga parasitária significantemente maior no grupo L. braziliensis (5x106 parasitas) comparada aos grupos infectados com L. naiffi e L. braziliensis (2,5x106 parasitas). O grupo de infecção mista apresentou expressão de RNAm de IL-4, IL-10 e IFN-\03B3 semelhante aos demais grupos e a maior expressão de RNAm de TNF-\03B1, o que pode explicar o grande dano tecidual observado. As infecções mistas por L. naiffi e L. braziliensis no modelo hamster levaram ao desenvolvimento de uma doença mais grave do que infecções únicas por L. braziliensis e por L. naiffi. A investigação experimental de infecções mistas pode auxiliar no entendimento de aspectos clínicos e imunológicos importantes que levam ao agravamento ou melhora das infecções.Leishmaniasis are diseases caused by protozoa of the genus Leishmania involved in the development of various clinical manifestations. In the Americas, cutaneous clinical forms may be caused by several species of this parasite and have already been identified as occurring in sympatry in some regions of Brazil. The species L. braziliensis and L. naiffi occur in sympatry in Amazonia and have been shown to occur simultaneously in the same individual. Mixed infections by Leishmania species may appear to be rare events, but the lack of available diagnostic methods to detect events of this type may underestimate the occurrence of these cases. Despite this, there are records in the nature of mixed infections by Leishmania species on vectors, reservoirs and humans. Thus, this study aimed to compare the immunopathological profile of mixed infections by L. braziliensis and L. naiffi with unique infections caused by the same species. The golden hamster (Mesocricetus auratus) was the model used, because it is more susceptible to experimental infections by parasites of the subgenus Viannia, presenting clinical and histopathological characteristics similar to those observed in humans The clinical course of mixed infections was similar to the clinical course of single infections with twice the amount of L. braziliensis parasites. Mixed infections were not identified by PCR-RFLP, but were demonstrated in isolation and isoenzyme characterization assays. However, when these isolates were kept in culture for prolonged periods, L. naiffi could no longer be identified. Inflammatory features such as intensity of inflammatory infiltrate, of presence Schaumann corpuscles, fibrosis and necrosis were not different between single and mixed infections. However, there was an intense presence of vacuolated cells in mixed infections. The parasitic load on lesions at the end of the 10-week clinical course was similar between groups. However, in the popliteal lymph node a significantly higher parasitic load was observed in the L. braziliensis (5x106 parasites) group compared to the groups infected with L. naiffi and L. braziliensis (2,5x106 parasites). The mixed infection group showed expression RNAm of IL-4, IL-10, IFN-\03B3 similar to the other groups and a higher expression RNAm of TNF-\03B1, which may explain the great tissue damage observed. Mixed infections by L. naiffi and L. braziliensis in the hamster model led to the development of a more severe disease than single infections by L. braziliensis and by L. naiffi. Experimental investigation of mixed infections may help in the understanding of important clinical and immunological aspects that lead to the worsening or improvement of infections.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porLeishmanioseCoinfecçãoReação em Cadeia da Polimerase em Tempo RealResposta Imunopatológica de Hamsters (Mesocricetus auratus) Submetidos à Infecção Mista por Leishmania (V.) braziliensis e Leishmania (V.) naiffiinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecularinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28355/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALbruna_chagas_ioc_mest_2018.pdfapplication/pdf2817094https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28355/2/bruna_chagas_ioc_mest_2018.pdff3c9297150df5a39e600fac4b2420295MD52TEXTbruna_chagas_ioc_mest_2018.pdf.txtbruna_chagas_ioc_mest_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain179623https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28355/3/bruna_chagas_ioc_mest_2018.pdf.txta3f1ebc16878671883caa740402415edMD53icict/283552022-06-24 13:02:47.49oai:www.arca.fiocruz.br:icict/28355Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T16:02:47Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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