História evolutiva, caracterização e vigilância molecular das diferentes linhagens do vírus dengue tipo 1 no Brasil
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30264 |
Resumo: | Este trabalho apresenta a análise filogenética, filogeográfica e caracterização molecular de amostras do vírus dengue tipo 1 (DENV-1) no Brasil no período de 30 anos (1986 - 2016). O estudo foi conduzido, inicialmente, com a análise filogenética, caracterização molecular e análise de recombinação do gene E de 48 amostras e da região codificante completa de 6 amostras do período de 1986 a 2011. Foi demonstrado que todos os vírus analisados pertenciam ao genótipo V, porém agrupando-se em diferentes linhagens no Brasil. Posteriormente, foi realizada a reconstrução da história evolutiva do genótipo V nas Américas com mais de 3 mil sequências disponíveis no Genbank, incluindo as brasileiras e observou-se que a diversidade do genótipo V do DENV-1 no continente resultou da evolução local a partir de duas cepas introduzidas da Índia por volta do início dos anos 70 e 80, independentemente. A primeira cepa sendo responsável pela maioria das infecções pelo genótipo V nas Américas, enquanto a segunda parecendo estar restrita principalmente ao Brasil As Pequenas Antilhas foram a principal origem das linhagens de DENV-1 disseminadas nas Américas até meados da década de 1980; e Venezuela e Nicarágua se tornaram posteriormente os países mais importantes de manutenção e disseminação viral no continente. Embora várias linhagens de DENV-1 tenham estabelecido surtos de sucesso em diferentes países da América durante os anos 1980, elas foram posteriormente disseminadas e extintas com dinâmicas distintas. Com o intuito de demonstrar a circulação continuada do DENV-1 no Brasil até 2016, conduzimos o estudo sobre a caracterização molecular e o padrão de dispersão dos DENV-1 brasileiros entre os anos de 2012 a 2016, período após a reemergência deste sorotipo no país. Nossos achados demonstraram que as diferentes linhagens do genótipo V continuaram cocirculando no Brasil até o ano de 2016. No entanto, duas novas substituições de aminoácidos localizadas nos domínios II e III do gene E foram identificadas nas amostras do Brasil e Argentina. Foram também demonstrado um evento de dispersão do Brasil para China, provavelmente relacionado a um caso pontual de viagem e um caso de coinfecção por DENV-1/DENV-4 em um paciente do estado do Rio de Janeiro no ano de 2012, nunca identificado até então. Os dados desta tese ressaltam a importância da vigilância molecular constante dos sorotipos, genótipos e linhagens no território brasileiro. |
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Nogueira, Fernanda de BruyckerMiagostovich, Marize PereiraAraújo, Josélio Maria Galvão deVieira, Carmen BaurMendonça, Marcos César Lima deMotta, Fernando CoutoSantos, Flavia Barreto dos2018-11-27T17:29:38Z2018-11-27T17:29:38Z2018NOGUEIRA, Fernanda de Bruycker. História evolutiva, caracterização e vigilância molecular das diferentes linhagens do vírus dengue tipo 1 no Brasil. 2018. 194 f. Tese (Doutorado em Biologia Parasitária)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30264Este trabalho apresenta a análise filogenética, filogeográfica e caracterização molecular de amostras do vírus dengue tipo 1 (DENV-1) no Brasil no período de 30 anos (1986 - 2016). O estudo foi conduzido, inicialmente, com a análise filogenética, caracterização molecular e análise de recombinação do gene E de 48 amostras e da região codificante completa de 6 amostras do período de 1986 a 2011. Foi demonstrado que todos os vírus analisados pertenciam ao genótipo V, porém agrupando-se em diferentes linhagens no Brasil. Posteriormente, foi realizada a reconstrução da história evolutiva do genótipo V nas Américas com mais de 3 mil sequências disponíveis no Genbank, incluindo as brasileiras e observou-se que a diversidade do genótipo V do DENV-1 no continente resultou da evolução local a partir de duas cepas introduzidas da Índia por volta do início dos anos 70 e 80, independentemente. A primeira cepa sendo responsável pela maioria das infecções pelo genótipo V nas Américas, enquanto a segunda parecendo estar restrita principalmente ao Brasil As Pequenas Antilhas foram a principal origem das linhagens de DENV-1 disseminadas nas Américas até meados da década de 1980; e Venezuela e Nicarágua se tornaram posteriormente os países mais importantes de manutenção e disseminação viral no continente. Embora várias linhagens de DENV-1 tenham estabelecido surtos de sucesso em diferentes países da América durante os anos 1980, elas foram posteriormente disseminadas e extintas com dinâmicas distintas. Com o intuito de demonstrar a circulação continuada do DENV-1 no Brasil até 2016, conduzimos o estudo sobre a caracterização molecular e o padrão de dispersão dos DENV-1 brasileiros entre os anos de 2012 a 2016, período após a reemergência deste sorotipo no país. Nossos achados demonstraram que as diferentes linhagens do genótipo V continuaram cocirculando no Brasil até o ano de 2016. No entanto, duas novas substituições de aminoácidos localizadas nos domínios II e III do gene E foram identificadas nas amostras do Brasil e Argentina. Foram também demonstrado um evento de dispersão do Brasil para China, provavelmente relacionado a um caso pontual de viagem e um caso de coinfecção por DENV-1/DENV-4 em um paciente do estado do Rio de Janeiro no ano de 2012, nunca identificado até então. Os dados desta tese ressaltam a importância da vigilância molecular constante dos sorotipos, genótipos e linhagens no território brasileiro.This thesis presents the phylogenetic, phylogeographic and molecular characterization of dengue virus type 1 (DENV-1) in Brazil in the period of 30 years (1986 - 2016). The study was conducted initially with phylogenetic analysis, molecular characterization and recombination analysis of the E gene of 48 samples and the complete coding region of 6 samples from the period 1986 to 2011. It was demonstrated that all viruses analyzed belonged to genotype V , but grouping in different strains in Brazil. Subsequently, the reconstruction of the evolutionary history of genotype V in the Americas was performed with more than 3,000 sequences available at Genbank, including Brazilian ones, and it was observed that the diversity of DENV-1 genotype V on the continent resulted from local evolution from two strains introduced from India around the early 70's and 80's, regardless. The first strain was responsible for most genotype V infections in the Americas, while the second strain appeared to be restricted mainly to Brazil The Lesser Antilles were the main origin of the DENV-1 lineages disseminated in the Americas up to the mid-1980s; and Venezuela and Nicaragua later became the most important countries for viral maintenance and dissemination on the continent. Although several DENV-1 strains have established successful outbreaks in different American countries during the 1980s, they were later disseminated and extinguished with distinct dynamics. In order to demonstrate the continued circulation of DENV-1 in Brazil until 2016, we conducted the study on the molecular characterization and dispersion pattern of Brazilian DENV-1 between the years 2012 to 2016, after the re-emergence of this serotype in the country . Our findings demonstrated that the different strains of genotype V continued to co-circulate in Brazil until the year 2016. However, two new amino acid substitutions located in domains II and III of the E gene were identified in the samples from Brazil and Argentina. We also demonstrated a Brazilian dispersion event for China, probably related to a one-time travel case and a case of co-infection by DENV-1/DENV-4 in a patient from the state of Rio de Janeiro in the year 2012, never identified until so. The data of this thesis emphasize the importance of the constant molecular surveillance of the serotypes, genotypes and lineages in the Brazilian territory.2019-04-05Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porVírus da DengueMonitoramento EpidemiológicoEvolução MolecularGenéticaVírus da DengueEvolução MolecularHistória evolutiva, caracterização e vigilância molecular das diferentes linhagens do vírus dengue tipo 1 no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2018Pós-Graduação em Biologia ParasitáriaFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Biologia Parasitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30264/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALfernanda_nogueira_ioc_dout_2018.pdffernanda_nogueira_ioc_dout_2018.pdfapplication/pdf44123346https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30264/2/fernanda_nogueira_ioc_dout_2018.pdf6faed5ffe881d769ce7eb78009ac7766MD52TEXTfernanda_nogueira_ioc_dout_2018.pdf.txtfernanda_nogueira_ioc_dout_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain208794https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30264/3/fernanda_nogueira_ioc_dout_2018.pdf.txtbbe5a00ad2ec226e06a0e84c29a8b72bMD53icict/302642021-03-24 16:32:23.508oai:www.arca.fiocruz.br:icict/30264Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-03-24T19:32:23Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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