A Síndrome Congênita do Zika vírus e suas representações sociais: o discurso de gestores, pesquisadores, profissionais de saúde e cuidadores de crianças com a síndrome em Recife, Pernambuco
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55552 |
Resumo: | Nosso país tem vivido uma situação de calamidade pública desde 2015, após a epidemia de casos decorrentes da Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ), que é um conjunto de alterações que pode prejudicar a visão, a audição, a linguagem e os movimentos de membros superiores e inferiores de crianças recém-nascidas. Pernambuco tem sido destaque no país desde então, com altos índices de crianças apresentando microcefalia, sinal mais característico da SCZ, e outras deficiências desde o início da epidemia. Diante do exposto, objetivou-se analisar as representações sociais de familiares, profissionais de saúde, gestores e pesquisadores relacionados à SCZ. O presente estudo tem caráter exploratório, descritivo e abordagem qualitativa. Optou-se pela estratégia de triangulação de dados, uma vez que foi utilizada a análise documental de jornais de grande circulação, análise de documentos oficiais da Secretaria Estadual de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de Recife, e entrevistas. Foram entrevistados 15 informantes-chave, a partir de entrevista aberta em profundidade, com o uso de roteiro-guia, as quais foram gravadas e posteriormente transcritas para análise. Os dados foram examinados por meio de análise de conteúdo, segundo a Condensação de Significados, a fim de contrastar os resultados colhidos. Em suma, verifica-se que há muitos desafios para a garantia da saúde das crianças e das famílias vitimadas. Os cuidadores têm enfrentado grandes batalhas para garantir mínimas condições de desenvolvimento aos seus pequenos, sem garantias de direitos. Os pesquisadores e profissionais precisam buscar capacitação profissional e estar atentos a condições e vulnerabilidades muito mais profundas do que o componente genético/biológico do vírus. As instâncias gestoras precisam assumir o seu papel, fazendo valer as políticas públicas existentes e reorganizar a rede de serviços o quanto antes para oferecer o atendimento necessário a essa população. |
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Souza, Natália Lira deCoêlho, Bernadete PerezAraújo Júnior, José Luiz do Amaral Corrêa deMendes, Antônio da Cruz GouveiaScott, Russell ParryAraújo Júnior, José Luiz do Amaral Corrêa de2022-11-09T15:12:01Z2022-11-09T15:12:01Z2018SOUZA, Natália Lira de. A Síndrome Congênita do Zika vírus e suas representações sociais: o discurso de gestores, pesquisadores, profissionais de saúde e cuidadores de crianças com a síndrome em Recife, Pernambuco. 2018. 115 p. Dissertação, (mestrado)-Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife[sn], 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55552Nosso país tem vivido uma situação de calamidade pública desde 2015, após a epidemia de casos decorrentes da Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ), que é um conjunto de alterações que pode prejudicar a visão, a audição, a linguagem e os movimentos de membros superiores e inferiores de crianças recém-nascidas. Pernambuco tem sido destaque no país desde então, com altos índices de crianças apresentando microcefalia, sinal mais característico da SCZ, e outras deficiências desde o início da epidemia. Diante do exposto, objetivou-se analisar as representações sociais de familiares, profissionais de saúde, gestores e pesquisadores relacionados à SCZ. O presente estudo tem caráter exploratório, descritivo e abordagem qualitativa. Optou-se pela estratégia de triangulação de dados, uma vez que foi utilizada a análise documental de jornais de grande circulação, análise de documentos oficiais da Secretaria Estadual de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de Recife, e entrevistas. Foram entrevistados 15 informantes-chave, a partir de entrevista aberta em profundidade, com o uso de roteiro-guia, as quais foram gravadas e posteriormente transcritas para análise. Os dados foram examinados por meio de análise de conteúdo, segundo a Condensação de Significados, a fim de contrastar os resultados colhidos. Em suma, verifica-se que há muitos desafios para a garantia da saúde das crianças e das famílias vitimadas. Os cuidadores têm enfrentado grandes batalhas para garantir mínimas condições de desenvolvimento aos seus pequenos, sem garantias de direitos. Os pesquisadores e profissionais precisam buscar capacitação profissional e estar atentos a condições e vulnerabilidades muito mais profundas do que o componente genético/biológico do vírus. As instâncias gestoras precisam assumir o seu papel, fazendo valer as políticas públicas existentes e reorganizar a rede de serviços o quanto antes para oferecer o atendimento necessário a essa população.Our country has been living a state of public calamity since 2015, following the outbreak of cases of Congenital Syndrome of the Zika Virus (SCZ), which is a set of changes that can impair vision, hearing, language and limb movements upper and lower levels of newborn infants. Pernambuco has been prominent in the country since then, with high rates of children presenting microcephaly, a more characteristic sign of SCZ, and other deficiencies since the beginning of the epidemic. In In light of the foregoing, the objective was to analyze the social representations of family members, healthcare professionals, managers and researchers related to SCZ. The present study has an exploratory, descriptive and qualitative approach. We opted for the data triangulation strategy since it was used documentary analysis of large circulation newspapers, analysis of official documents of the State Department of Health and the Municipal Health Department of Recife, and interviews. Fifteen key informants were interviewed from an open-ended interview with the use of a guide-book, which were recorded and later transcribed for analysis. The data were analyzed through content analysis, following the Condensation of Meanings, in order to contrast the results obtained. In sum, there are many challenges to ensure the health of children and families who are victims. Caregivers have faced great battles to ensure minimal development conditions for their children, with no guarantees of rights. Researchers and professionals need to seek professional training and be alert to much deeper conditions and vulnerabilities than the genetic/biological component of the virus. Managing bodies need to assume their role, making use of existing public policies and reorganizing the service network as soon as possible to provide the necessary care to this population.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porInfecção pelo Zika VírusMicrocefaliaAnormalidades CongênitasCrianças com DeficiênciaPolíticas Públicas de SaúdeZika virus infectionMicrocephalyCongenital AbnormalitiesChildren with DisabilitiesPublic Health PoliciesInfección por el virus ZikamicrocefaliaAnomalías congénitasNiños con DiscapacidadesPolíticas de Salud PúblicaInfection par le virus ZikaMicrocéphalieAnomalies congénitalesEnfants handicapésPolitiques de santé publiqueInfecção pelo Zika VírusMicrocefaliaAnormalidades CongênitasCrianças com DeficiênciaPolíticas Públicas de SaúdeConhecimentos, Atitudes e Prática em SaúdeTerapia Cognitivo-ComportamentalPessoal de SaúdepsicolRelações Profissional-PacienteComportamento SocialA Síndrome Congênita do Zika vírus e suas representações sociais: o discurso de gestores, pesquisadores, profissionais de saúde e cuidadores de crianças com a síndrome em Recife, Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2018-06-07Instituto Aggeu MagalhãesFundação Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRecife/PEPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALnatalia_souza_iam_mest_2018.pdfnatalia_souza_iam_mest_2018.pdfapplication/pdf1067653https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55552/2/natalia_souza_iam_mest_2018.pdfbbcdf0c7341f8c239c42925cb968605eMD52LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55552/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51icict/555522023-10-03 11:24:30.991oai:www.arca.fiocruz.br:icict/55552Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-10-03T14:24:30Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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