Agassiz e Gobineau: as ciências contra o Brasil mestiço
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24001 |
Resumo: | O presente trabalho trata da visita de dois personagens ao Império brasileiro na segunda metade do século XIX. Ambos chegaram ao Brasil convencidos de que a mistura entre as raças propiciava a degenerescência do ser humano. Dessa forma, os dois produziram um mau prognóstico acerca da nação, baseados em crenças raciais que permeavam as ciências da época. O primeiro visitante, Louis Agassiz veio ao Brasil em 1865. Era suíço e adotou os Estados Unidos da América como segunda pátria. Agassiz era um naturalista com sólida formação. Teve contato estreito com figuras emblemáticas como von Martius, Georges Cuvier e Alexander von Humboldt. Na América, tornou-se um arauto do poligenismo. O segundo visitante foi Joseph Arthur de Gobineau - o Conde Gobineau, que chegou ao Brasil em 1869 em missão diplomática. Gobineau era um literato com vasta produção, mas a obra pela qual atualmente é mais conhecido é o Essai sur l’Inégalité des Races Humaines, em que procurava compreender a causa da ascensão e queda de todas as grandes civilizações e chegava à conclusão que a questão étnica era a mola propulsora da história da humanidade. Nosso trabalho procura investigar as vinculações científicas destes dois personagens que, investidos da autoridade de suas convicções científicas, produziram um prognóstico negativo para o Brasil mestiço. |
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Sousa, Ricardo Alexandre Santos deKury, Lorelai Brilhante2018-01-23T18:47:30Z2018-01-23T18:47:30Z2008SOUSA, Ricardo Alexandre Santos de. Agassiz e Gobineau: as ciências contra o Brasil mestiço. 2008. 163 f. Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde) - Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2008.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24001O presente trabalho trata da visita de dois personagens ao Império brasileiro na segunda metade do século XIX. Ambos chegaram ao Brasil convencidos de que a mistura entre as raças propiciava a degenerescência do ser humano. Dessa forma, os dois produziram um mau prognóstico acerca da nação, baseados em crenças raciais que permeavam as ciências da época. O primeiro visitante, Louis Agassiz veio ao Brasil em 1865. Era suíço e adotou os Estados Unidos da América como segunda pátria. Agassiz era um naturalista com sólida formação. Teve contato estreito com figuras emblemáticas como von Martius, Georges Cuvier e Alexander von Humboldt. Na América, tornou-se um arauto do poligenismo. O segundo visitante foi Joseph Arthur de Gobineau - o Conde Gobineau, que chegou ao Brasil em 1869 em missão diplomática. Gobineau era um literato com vasta produção, mas a obra pela qual atualmente é mais conhecido é o Essai sur l’Inégalité des Races Humaines, em que procurava compreender a causa da ascensão e queda de todas as grandes civilizações e chegava à conclusão que a questão étnica era a mola propulsora da história da humanidade. Nosso trabalho procura investigar as vinculações científicas destes dois personagens que, investidos da autoridade de suas convicções científicas, produziram um prognóstico negativo para o Brasil mestiço.This paper deals with the visit of two scientists to the Brazilian Empire in the second half of the nineteenth century. Both came to Brazil convinced that the racial mixture resulted in the degeneration of the human being. Based on the racial beliefs commonly held at the time, their prognosis for the new nation was rather gloomy. The first visitor was Louis Agassiz, who came to Brazil in 1865. He was a Swiss who adopted the United States as a second homeland. Agassiz was a naturalist with a solid education. He had close contact with such notables as von Martius, Georges Cuvier and Alexander von Humboldt. In America, he became a advocate of polygenism3 . The second visitor was Joseph Arthur de Gobineau - the Count Gobineau - who came to Brazil in 1869 on a diplomatic mission. Gobineau was a man of letters with a vast budy of works, but he is currently best known for his Essai sur l'Inégalité des Races Humaines4 , in which he sought to understand the cause of rise and fall of all great civilizations. He concluded that the fate of civilizations was determined by race quality. This work seeks to investigate the scientific links between these two theorists, who on the strength of their scientific beliefs, produced a bad prognosis to the mixed-race nation.Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porRaçasMestiçagemGrupos de Populações ContinentaisBrasilAgassiz e Gobineau: as ciências contra o Brasil mestiçoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2008Casa de Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24001/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdissertacaoricardoalexandre.pdfapplication/pdf836235https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24001/2/dissertacaoricardoalexandre.pdf45566235b7dd2d7f6c26baf1604c277cMD52TEXTdissertacaoricardoalexandre.pdf.txtdissertacaoricardoalexandre.pdf.txtExtracted texttext/plain326378https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24001/3/dissertacaoricardoalexandre.pdf.txtcee80f37fcc11f5a2d78e8c0308e37b7MD53icict/240012023-01-05 14:25:16.686oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24001Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-05T17:25:16Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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