Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas no Estado da Bahia, 2011 a 2019

• Autor(a) principal: Valderrama, Irene Smidt
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53793
• topic: Intoxicação; Saúde ambiental; Vigilância em saúde pública; Substâncias tóxicas; Tentativa de suicídio; Intoxication; Environmental health; Public health surveillance; Toxic substances; Occupation health surveillance; Suicide attempt; Intoxicação; Perfil de Saúde; Exposição Ambiental; Notificação de Doenças; Vigilância em Saúde Pública

Introdução: A Organização Mundial da Saúde estima que entre 1,5% e 3,0% da população mundial são acometidos por intoxicação exógena, anualmente. No Brasil, essa proporção equivale a até 4,8 milhões de casos/ano e cerca de 0,1 a 0,4% tem o óbito como desfecho. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das intoxicações exógenas notificadas no estado da Bahia, no período de 2011 a 2019. Métodos: Realizou-se uma análise descritiva com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação das notificações por intoxicação exógena no estado da Bahia, no período de 2011 a 2019. As variáveis analisadas contemplaram local, perfil sociodemográfico, exposição, critérios de confirmação e evolução. Resultados: Foram realizadas 35.326 notificações e o ano de 2018 apresentou o maior número (5.328) no período avaliado. Salvador foi o que mais notificou (30,66%), seguido de Jequié (4%). O sexo feminino foi predominante (55%), a faixa etária de 20 a 59 anos representou 52% e a raça/cor parda, 44% das notificações. Em 53% dos casos notificados a exposição ocorreu na residência e os medicamentos foram os agentes tóxicos mais frequentes (33%). Quanto à circunstância da exposição/contaminação, 27% foram tentativa de suicídio. A intoxicação exógena foi confirmada em 51,38% e foi a óbito 1,24% dos casos. Conclusão: Suicídio e a circunstância acidental de exposição foram preponderantes no período analisado e o padrão epidemiológico encontrado se assemelha aos encontrados em outras localidades brasileiras. No entanto, os óbitos estão mais elevados do que a estimativa da Organização Mundial da Saúde.