Fluxos para internação nas regiões de saúde: variação entre 2008 e 2015

• Autor(a) principal: Oliveira, Ricardo Antunes Dantas de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38249
• topic: Acesso à saúde; Processo de regionalização; Atenção à saúde; Acessibilidade geográfica; Disponibilidade de serviços; Dinâmicas de mercado; Variação de fluxos; Internação; Organização regional da atenção

Uma das premissas do processo de regionalização da atenção à saúde é a ampliação do acesso. Porém, em muitas situações, essa ampliação depende da acessibilidade geográfica e da disponibilidade de serviços que estão relacionados à dinâmicas de mercado. Avaliar a variação dos fluxos para internação permite discutir as possibilidades da organização regional da atenção. Analisar a variação dos fluxos para internações cirúrgicas e clínicas pelo SUS nas regiões de saúde entre 2008 e 2015, evidenciando a diversidade de situações e as diferenças entre os padrões observados para os dois tipos de internação. Foram utilizados dois indicadores disponibilizados pelo PROADESS: Internações cirúrgicas realizadas no interior da regiões de saúde de residência e Internações clínicas realizadas no interior da região de saúde de residência. Os anos de 2008 e 2015 foram considerados por se tratarem do primeiro e último anos para os quais a informação necessária está disponível no SIH. Os indicadores foram classificados em sete grupos: Aumento superior a 25%, entre 10 e 25% e até 10%, Sem variação, Diminuição até 10%, entre 10 e 25% e superior a 25%. Materiais bibliográficos recente sobre as dinâmicas da regionalização e da rede assistencial no país foram utilizados para a discussão dos resultados. Houve uma diminuição geral da participação das internações feitas nas regiões de saúde de residência. Considerando especificamente as internações cirúrgicas realizadas no interior da região de saúde de residência, observou-se que em 114 das 438 regiões a participação destas aumentou ou não variou. Contudo, a absoluta maioria (324) diminuiu no período, sendo 106 entre 10 e 25% e 34 acima de 25%. Já entre as internações clínicas também predominou a diminuição entre 2008 e 2015 (242 regiões), porém de maneira menos expressiva já que as reduções entre 10 e 25% foram 47 e as superiores a 25% foram sete. A maioria das regiões com maior redução é de regiões interioranas das várias partes do país. Embora a regionalização seja a base das políticas relacionadas à organização da atenção à saúde no país nos últimos anos, observou-se grande número de regiões em que ocorreu diminuição do número de internações nas regiões de saúde de residência. A dinâmica recente ressaltada por diversos autores de fechamento de hospitais privados e concentração desses serviços nas cidades maiores possivelmente está na base das mudanças observadas.