Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, Wallace Góes
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48877
Resumo: Referencial teórico: A população de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) há tempos mostra-se excluída da sociedade, uma realidade oriunda da marginalização, largamente observados em nosso cotidiano. Nas últimas décadas os homicídios no Brasil passaram a representar um grave problema social e de saúde pública, sendo o país o que mais registra crimes letais contra LGBT no mundo. Objetivo: Descrever as características dos homicídios de LGBT no mundo e no Brasil, por meio de uma análise espacial e modelagem estatística. Método: Iniciou-se por uma revisão sistemática, incluindo todos os tipos de estudos quantitativos sobre homicídios de LGBT no mundo; logo após foi feita uma análise espacial e modelagem estatística dos homicídios de LGBT ocorridos no Brasil. Resultados: As vias públicas e as residências das vítimas são os lugares mais comuns das ocorrências dos crimes. As armas brancas são as mais usadas no acometimento contra homossexuais masculinos e as armas de fogo para transgêneros, mas ainda é comum os espancamentos, asfixia e outras crueldades com as vítimas. Estas estão na faixa etária entre 20 a 49 anos e tendem a ser brancas ou pardas. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram as taxas de homicídios de LGBT acima da nacional, justamente as regiões com IDH mais baixos, comparadas às regiões Sul e Sudeste. O modelo estatístico ajustado incluiu duas variáveis explicativas, que foram: IDHM e número de estupros. O IDHM resultou num coeficiente negativo, indicando que quando esse índice aumenta a taxa de homicídios de LGBT diminui. O número de estupros apresentou um coeficiente positivo, indicando que quando esses delitos aumentam a taxa de homicídios de LGBT também aumenta. Conclusão: Os homicídios contra LGBT são, em geral, \201Ccrimes de ódio\201D e um grave problema de saúde pública por vitimizar jovens, principalmente os transgêneros. Esses crimes precisam ser enfrentados pelo poder público, iniciando pela criminalização da homofobia e de elaboração de políticas públicas que diminuam a cultura do ódio e disseminem o respeito à diversidade.
id CRUZ_933525f791b91d97544a208061c5ba09
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48877
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Mendes, Wallace GóesSilva, Cosme Marcelo Furtado Passos da2021-08-31T23:14:22Z2021-08-31T23:14:22Z2019MENDES, Wallace Góes. Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016. 2019. 151 f. mapas. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48877Referencial teórico: A população de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) há tempos mostra-se excluída da sociedade, uma realidade oriunda da marginalização, largamente observados em nosso cotidiano. Nas últimas décadas os homicídios no Brasil passaram a representar um grave problema social e de saúde pública, sendo o país o que mais registra crimes letais contra LGBT no mundo. Objetivo: Descrever as características dos homicídios de LGBT no mundo e no Brasil, por meio de uma análise espacial e modelagem estatística. Método: Iniciou-se por uma revisão sistemática, incluindo todos os tipos de estudos quantitativos sobre homicídios de LGBT no mundo; logo após foi feita uma análise espacial e modelagem estatística dos homicídios de LGBT ocorridos no Brasil. Resultados: As vias públicas e as residências das vítimas são os lugares mais comuns das ocorrências dos crimes. As armas brancas são as mais usadas no acometimento contra homossexuais masculinos e as armas de fogo para transgêneros, mas ainda é comum os espancamentos, asfixia e outras crueldades com as vítimas. Estas estão na faixa etária entre 20 a 49 anos e tendem a ser brancas ou pardas. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram as taxas de homicídios de LGBT acima da nacional, justamente as regiões com IDH mais baixos, comparadas às regiões Sul e Sudeste. O modelo estatístico ajustado incluiu duas variáveis explicativas, que foram: IDHM e número de estupros. O IDHM resultou num coeficiente negativo, indicando que quando esse índice aumenta a taxa de homicídios de LGBT diminui. O número de estupros apresentou um coeficiente positivo, indicando que quando esses delitos aumentam a taxa de homicídios de LGBT também aumenta. Conclusão: Os homicídios contra LGBT são, em geral, \201Ccrimes de ódio\201D e um grave problema de saúde pública por vitimizar jovens, principalmente os transgêneros. Esses crimes precisam ser enfrentados pelo poder público, iniciando pela criminalização da homofobia e de elaboração de políticas públicas que diminuam a cultura do ódio e disseminem o respeito à diversidade.Theoretical framing: The Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender (LGBT) people has long been excluded from society, a reality that comes from marginalization, widely observed in our daily lives. In the last decades homicides in Brazil have come to represent a serious social and public health problem, being the country "the one that registers most lethal crimes against LGBT in the world". Objective: To describe the characteristics of LGBT homicides in the world and in Brazil, through a spatial analysis and statistical modeling. Method: Begins by a systematic review, including all types of quantitative studies on LGBT homicides in the world; soon afterwards there is a spatial analysis and statistical modeling of the homicides of LGBT occurred in Brazil. Results: The public streets and the homes of the victims are the most common places of crime occurrences. White guns are most commonly used in dealing with homosexual men and firearms for transgenders, but beatings, suffocation and other cruelties to victims are still common. The victims are between the ages of 20 and 49 and tend to be white or brown. The North, Northeast and Central-West regions presented LGBT homicide rates above the national level, precisely the lowest HDI regions, compared to the South and Southeast regions. The adjusted statistical model included two explanatory variables, which were: HDI and Number of rapes. The HDI resulted in a negative coefficient, indicating that when this index increases the LGBT homicide rate decreases. The number of rapes showed a positive coefficient, indicating that when these crimes increase the rate of LGBT homicides also increases. Conclusion: Homicides against LGBT are generally "hate crimes" and a serious public health problem for victimizing young people, especially transgenders. These crimes need to be addressed by the public authorities, starting with the criminalization of homophobia and policy making reduce the culture of hatred and disseminate respect for diversity.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porHomicídioPopulação LGBTHomofobiaMortalidadeSexualidadeHomicideLGBT PeopleHomophobiaMortalitySexualityHomicídioMinorias Sexuais e de GêneroHomofobiaViolênciaRevisão SistemáticaSexualidadeAnálise EspacialAnálise de RegressãoPanorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016Overview of LGBT homicides in Brazil: spatial analysis and statistical modeling, 2002 to 2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2019-08-26Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48877/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALwallace_góes_mendes_ensp_dout_2019.pdfapplication/pdf5735324https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48877/2/wallace_g%c3%b3es_mendes_ensp_dout_2019.pdfa450e91bdfe9f6be8c27b1fcc419e385MD52TEXTwallace_góes_mendes_ensp_dout_2019.pdf.txtwallace_góes_mendes_ensp_dout_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain343337https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48877/3/wallace_g%c3%b3es_mendes_ensp_dout_2019.pdf.txt05f824bda8e6e2b75c051d350eb890bbMD53icict/488772021-09-01 02:01:29.377oai:www.arca.fiocruz.br:icict/48877Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-09-01T05:01:29Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016
dc.title.alternative.none.fl_str_mv Overview of LGBT homicides in Brazil: spatial analysis and statistical modeling, 2002 to 2016
title Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016
spellingShingle Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016
Mendes, Wallace Góes
Homicídio
População LGBT
Homofobia
Mortalidade
Sexualidade
Homicide
LGBT People
Homophobia
Mortality
Sexuality
Homicídio
Minorias Sexuais e de Gênero
Homofobia
Violência
Revisão Sistemática
Sexualidade
Análise Espacial
Análise de Regressão
title_short Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016
title_full Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016
title_fullStr Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016
title_full_unstemmed Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016
title_sort Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016
author Mendes, Wallace Góes
author_facet Mendes, Wallace Góes
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Mendes, Wallace Góes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Silva, Cosme Marcelo Furtado Passos da
contributor_str_mv Silva, Cosme Marcelo Furtado Passos da
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Homicídio
População LGBT
Homofobia
Mortalidade
Sexualidade
topic Homicídio
População LGBT
Homofobia
Mortalidade
Sexualidade
Homicide
LGBT People
Homophobia
Mortality
Sexuality
Homicídio
Minorias Sexuais e de Gênero
Homofobia
Violência
Revisão Sistemática
Sexualidade
Análise Espacial
Análise de Regressão
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Homicide
LGBT People
Homophobia
Mortality
Sexuality
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Homicídio
Minorias Sexuais e de Gênero
Homofobia
Violência
Revisão Sistemática
Sexualidade
Análise Espacial
Análise de Regressão
description Referencial teórico: A população de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) há tempos mostra-se excluída da sociedade, uma realidade oriunda da marginalização, largamente observados em nosso cotidiano. Nas últimas décadas os homicídios no Brasil passaram a representar um grave problema social e de saúde pública, sendo o país o que mais registra crimes letais contra LGBT no mundo. Objetivo: Descrever as características dos homicídios de LGBT no mundo e no Brasil, por meio de uma análise espacial e modelagem estatística. Método: Iniciou-se por uma revisão sistemática, incluindo todos os tipos de estudos quantitativos sobre homicídios de LGBT no mundo; logo após foi feita uma análise espacial e modelagem estatística dos homicídios de LGBT ocorridos no Brasil. Resultados: As vias públicas e as residências das vítimas são os lugares mais comuns das ocorrências dos crimes. As armas brancas são as mais usadas no acometimento contra homossexuais masculinos e as armas de fogo para transgêneros, mas ainda é comum os espancamentos, asfixia e outras crueldades com as vítimas. Estas estão na faixa etária entre 20 a 49 anos e tendem a ser brancas ou pardas. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram as taxas de homicídios de LGBT acima da nacional, justamente as regiões com IDH mais baixos, comparadas às regiões Sul e Sudeste. O modelo estatístico ajustado incluiu duas variáveis explicativas, que foram: IDHM e número de estupros. O IDHM resultou num coeficiente negativo, indicando que quando esse índice aumenta a taxa de homicídios de LGBT diminui. O número de estupros apresentou um coeficiente positivo, indicando que quando esses delitos aumentam a taxa de homicídios de LGBT também aumenta. Conclusão: Os homicídios contra LGBT são, em geral, \201Ccrimes de ódio\201D e um grave problema de saúde pública por vitimizar jovens, principalmente os transgêneros. Esses crimes precisam ser enfrentados pelo poder público, iniciando pela criminalização da homofobia e de elaboração de políticas públicas que diminuam a cultura do ódio e disseminem o respeito à diversidade.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-08-31T23:14:22Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-08-31T23:14:22Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MENDES, Wallace Góes. Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016. 2019. 151 f. mapas. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48877
identifier_str_mv MENDES, Wallace Góes. Panorama dos homicídios de LGBT no Brasil: análise espacial e modelagem estatística, 2002 a 2016. 2019. 151 f. mapas. Tese (Doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48877
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48877/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48877/2/wallace_g%c3%b3es_mendes_ensp_dout_2019.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/48877/3/wallace_g%c3%b3es_mendes_ensp_dout_2019.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
a450e91bdfe9f6be8c27b1fcc419e385
05f824bda8e6e2b75c051d350eb890bb
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324706886025216