Avaliação da eficácia da vacinação intranasal com antígenos totais de Leishmania e dos perfis imunopatogênicos associados às infecções por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (Viannia) braziliensis no modelo hamster dourado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Couto, Luzinei da Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47400
Resumo: Estudos anteriores de vacinação no modelo murino demonstraram a eficácia da mucosa nasal na liberação efetiva de antígenos totais de L. (L.) amazonensis (LaAg) para gerar proteção contra a infecção por L. amazonensis. Como a maioria das cepas de camundongos é resistente à infecção pelas espécies do subgênero Viannia, responsáveis pela maioria dos casos de leishmaniose tegumentar nas Américas (LTA), nosso grupo tem trabalhado na padronização do modelo hamster dourado para estudos de vacinas e patogênese, sobretudo na infecção por L. (V.) braziliensis. Estudos de imunoproteção demonstraram a eficácia do LaAg, administrado por via intranasal (IN) contra infecção por L. braziliensis. Neste trabalho, buscamos investigar, no modelo hamster, a eficácia protetora e a resposta imune associada à vacinação IN e intramuscular (IM) com LaAg frente à infecção por L. amazonensis e L. braziliensis e avaliou-se perfis imunopatogênicos associados à infecção por L. amazonensis ou L. braziliensis. Para isso, hamsters foram imunizados com duas doses de 20 µg de LaAg por via IN (LaAg IN) ou por via IM (LaAg IM), e desafiados na pata com 1 x 105 promastigotas de L. braziliensis ou L. amazonensis. O grupo controle foi infectado, mas não vacinado. Após 5, 30, 50 e 100 dias após infecção foi realizada a quantificação da carga parasitária, a dosagem de IgG total e IgG2 anti-Leishmania e a avaliação da expressão de RNAm de enzimas e citocinas por RTqPCR. Os resultados dos ensaios de eficácia vacinal demonstraram que, ao comparar com o grupo controle (não vacinado), o grupo LaAg IN apresentou uma redução significativa no crescimento da lesão e na carga parasitária dos hamsters infectados por L. amazonensis, enquanto que o grupo LaAg IM apresentou uma exacerbação da lesão. No 100º dia da infecção, o grupo LaAg IM apresentou uma diminuição significativa (p<0,01) da expressão de iNOS (fold change=22) comparado com o grupo LaAg IN (98) e comparado com o grupo controle , um aumento na expressão de Arginase (LaAg IM=131 x controle=80), IL10 (LaAg IM=3,4 x controle=2) e IL-4 (LaAg IM= 3,3 x controle= 0,74) nas patas infectadas. A maior expressão gênica de iNOS aos 50 dias nos animais do grupo LaAg IN comparados aos grupos controle e LaAg IM, pode ser um indicativo indireto de resposta imune associada a proteção na infecção por L. amazonensis. No estudo de imunopatogênese, as lesões dos hamsters infectados por L. amazonensis eram nodulares, não ulceradas e significativamente menores (1,75mm) do que as lesões daqueles infectados por L. braziliensis (2,35mm), que eram ulceradas e com visível dano tecidual. Por outro lado, a carga parasitária na pata (7,4 x 107 parasitos/grama de tecido) e no linfonodo (2,6x106 ) no grupo infectado por L. amazonensis foi maior que no grupo infectado por L. braziliensis (pata=9,0x104 e linfonodo=2,0x104 ). Os níveis de IgG e principalmente IgG2 anti-Leishmania do grupo infectado por L. amazonensis foram maiores que o observado no grupo infectado por L. braziliensis. Além disso, foi observado um aumento significativo da expressão de iNOS, IFN- \0263 e TNF na pata dos hamsters infectados por L. braziliensis enquanto que naqueles infectados por L amazonensis foi observado um aumento de expressão de arginase. Estes resultados demonstraram que a vacinação IN com LaAg induz proteção contra diferentes espécies de Leishmania relacionadas a LTA (L. amazonensis e L. braziliensis) no mesmo modelo experimental, o modelo hamster, indicando que a vacinação IN usando LaAg é altamente promissora no desenvolvimento de uma vacina humana eficaz contra as leishmanioses. Além disso, foi demonstrado que os hamsters infectados por L.amazonensis e L.braziliensis reproduziram importantes aspectos clínicos, parasitológicos e imunológicos observados na doença humana. Este trabalho confirma que o modelo hamster pode ser um modelo de estudo apropriado para estudos de imunoproteção e imunopatogênese da LTA.
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Como a maioria das cepas de camundongos é resistente à infecção pelas espécies do subgênero Viannia, responsáveis pela maioria dos casos de leishmaniose tegumentar nas Américas (LTA), nosso grupo tem trabalhado na padronização do modelo hamster dourado para estudos de vacinas e patogênese, sobretudo na infecção por L. (V.) braziliensis. Estudos de imunoproteção demonstraram a eficácia do LaAg, administrado por via intranasal (IN) contra infecção por L. braziliensis. Neste trabalho, buscamos investigar, no modelo hamster, a eficácia protetora e a resposta imune associada à vacinação IN e intramuscular (IM) com LaAg frente à infecção por L. amazonensis e L. braziliensis e avaliou-se perfis imunopatogênicos associados à infecção por L. amazonensis ou L. braziliensis. Para isso, hamsters foram imunizados com duas doses de 20 µg de LaAg por via IN (LaAg IN) ou por via IM (LaAg IM), e desafiados na pata com 1 x 105 promastigotas de L. braziliensis ou L. amazonensis. 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A maior expressão gênica de iNOS aos 50 dias nos animais do grupo LaAg IN comparados aos grupos controle e LaAg IM, pode ser um indicativo indireto de resposta imune associada a proteção na infecção por L. amazonensis. No estudo de imunopatogênese, as lesões dos hamsters infectados por L. amazonensis eram nodulares, não ulceradas e significativamente menores (1,75mm) do que as lesões daqueles infectados por L. braziliensis (2,35mm), que eram ulceradas e com visível dano tecidual. Por outro lado, a carga parasitária na pata (7,4 x 107 parasitos/grama de tecido) e no linfonodo (2,6x106 ) no grupo infectado por L. amazonensis foi maior que no grupo infectado por L. braziliensis (pata=9,0x104 e linfonodo=2,0x104 ). Os níveis de IgG e principalmente IgG2 anti-Leishmania do grupo infectado por L. amazonensis foram maiores que o observado no grupo infectado por L. braziliensis. Além disso, foi observado um aumento significativo da expressão de iNOS, IFN- \0263 e TNF na pata dos hamsters infectados por L. braziliensis enquanto que naqueles infectados por L amazonensis foi observado um aumento de expressão de arginase. Estes resultados demonstraram que a vacinação IN com LaAg induz proteção contra diferentes espécies de Leishmania relacionadas a LTA (L. amazonensis e L. braziliensis) no mesmo modelo experimental, o modelo hamster, indicando que a vacinação IN usando LaAg é altamente promissora no desenvolvimento de uma vacina humana eficaz contra as leishmanioses. Além disso, foi demonstrado que os hamsters infectados por L.amazonensis e L.braziliensis reproduziram importantes aspectos clínicos, parasitológicos e imunológicos observados na doença humana. Este trabalho confirma que o modelo hamster pode ser um modelo de estudo apropriado para estudos de imunoproteção e imunopatogênese da LTA.Previous studies of vaccination in the murine model demonstrated the efficacy of the nasal mucosa in the effective release of total antigens of L. (L.) amazonensis (LaAg) to generate protection against infection by L. amazonensis. Since most strains of mice are resistant to infection by species of the subgenus Viannia, which are responsible for most cases of cutaneous leishmaniasis in the Americas (ACL), our group has been working on the standardization of the golden hamster model for vaccine studies and pathogenesis, especially for L. (V.) braziliensis infection. Immunoprotective studies have demonstrated the efficacy of LaAg administered intranasally (IN) against infection by L. braziliensis. In this work, we investigated, in the hamster model the protective efficacy and immune response associated with IN and intramuscular (IM) vaccination with LaAg against L. amazonensis and L. braziliensis infection and evaluated the immunopathogenic profiles associated with L. amazonensis or L. braziliensis infection. For this, hamsters were immunized with two doses of 20 \03BCg of LaAg by the IN (LaAg IN) or IM (LaAg IM) route and challenged in the paw with 1 x 105 promastigotes of L. braziliensis or L. amazonensis. The control group was infected but not vaccinated. After 5, 30, 50 and 100 days of infection the quantification of the parasite load, total IgG and antiLeishmania IgG2, and the evaluation of the mRNA expression of enzymes and cytokines by RT qPCR were performed. The results of the vaccine efficacy trials demonstrated that the LaAg IN group showed a significant reduction in lesion growth and parasite load of L. amazonensis infected hamsters when compared to the control group (unvaccinated), whereas the LaAg group IM presented an exacerbation of the lesion. On the 100th day of infection, the LaAg IM group showed a significant decrease (p <0.01) in the iNOS expression (fold change = 22) compared to the LaAg IN group (98) and an increase in expression of Arginase (LaAg IM = 131 x control = 80), IL-10 (LaAg IM = 3.4 x control = 2) and IL-4 (LaAg IM = 3.3 x control = 0.74) on infected paws, compared to the control group. The highest gene expression of iNOS at 50 days in the animals of the LaAg IN group compared to the control and LaAg IM groups may be an indirect indicative of immune response associated with protection in L. amazonensis infection. In the study of immunopathogenesis, the lesions of L. amazonensis infected hamsters were nodular, non-ulcerated and significantly smaller (1.75mm) than those infected by L. braziliensis (2.35mm), which were ulcerated and with visible tissue damage. On the other hand, parasite load on the paw (7.4 x 107 parasites/gram of tissue) and on the lymphnode (2.6x106 ) in the L. amazonensis infected group were higher than in the group infected by L. braziliensis (paw = 9.0x104 and lymph node = 2.0x104 ). The levels of IgG and mainly IgG2 anti-Leishmania from the group infected by L. amazonensis were higher than that observed in the group infected by L. braziliensis. Also, a significant increase in the expression of iNOS, IFN- \0263 and TNF was observed in the paw of L. braziliensis infected hamsters whereas, in those infected by L. amazonensis an increase in the arginase expression was observed. These results demonstrated that IN vaccination with LaAg induces protection against different ACL-related Leishmania species (L. amazonensis and L. braziliensis) in the same experimental model, the hamster model, indicating that IN vaccination using LaAg is highly promising in the development of an effective human vaccine against leishmaniasis. In addition, it was demonstrated that hamsters infected by L. amazonensis and L. braziliensis have reproduced important clinical, parasitological and immunological aspects observed in human disease. This work confirmed that the hamster model may be an appropriate model for immunoprotective and immunopathogenesis studies for ACL.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porLeishmania braziliensisLeishmania mexicanaAdministração IntranasalCricetinaeSintomas PatogenéticosLeishmania braziliensisLeishmania mexicanaAdministração IntranasalCricetinaeSintomas PatogenéticosAvaliação da eficácia da vacinação intranasal com antígenos totais de Leishmania e dos perfis imunopatogênicos associados às infecções por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (Viannia) braziliensis no modelo hamster douradoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2019Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/47400/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALluzinei_couto_ioc_dout_2019.pdfapplication/pdf4465396https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/47400/2/luzinei_couto_ioc_dout_2019.pdf637bfcac3b114bfc475ec336448ef11bMD52TEXTluzinei_couto_ioc_dout_2019.pdf.txtluzinei_couto_ioc_dout_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain176726https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/47400/3/luzinei_couto_ioc_dout_2019.pdf.txtb6c84e5bcf71d7868e587e78e2d91a26MD53icict/474002023-09-04 11:49:28.458oai:www.arca.fiocruz.br:icict/47400Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:28Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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