Acurácia de dados clínicos e laboratoriais para o diagnóstico de dengue
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18287 |
Resumo: | O dengue é uma doença viral aguda transmitida por mosquitos, que tem como principal vetor o A. aegypti. Constitui-se em um grave problema de saúde pública no Brasil e em muitos países tropicais. Seu diagnóstico é geralmente baseado exclusivamente em critérios clínicos inespecíficos, uma vez que os testes laboratoriais não são amplamente disponíveis. A fim de contribuir para as ações de vigilância das doenças febris e para a identificação de características clínicas úteis para o diagnóstico do dengue, apresentamos neste trabalho dois estudos. No primeiro, descrevemos a concordância entre observadores quanto às informações da anamnese e exame físico de pacientes ambulatoriais maiores de 12 anos com uma doença febril aguda (DFA). Dados clínicos foram coletados de forma independente por dois médicos, utilizando um questionário semi-estruturado e a concordância interobservadores foi estimada pelo índice kappa. Foram avaliados 140 pacientes. Para todos os sintomas, o índice kappa ponderado foi superior a 0,6, indicando concordância ao menos substancial Os sinais físicos exantema, palidez, linfonodomegalia e hiperemia conjuntival apresentaram concordâncias significativamente > 0,6, enquanto hiperemia de orofaringe e desidratação apresentaram concordâncias menores. A aplicação do questionário mostrou boa confiabilidade para os sinais e sintomas mais freqüentes, sendo potencialmente útil para aplicação em vigilância e pesquisa. O segundo estudo teve por objetivo identificar características clínicas e parâmetros hematológicos úteis para discriminar o dengue de outras doenças febris. Foi um estudo prospectivo com pacientes ambulatoriais de mais de 12 anos de idade, com história de febre por até sete dias, sem foco infeccioso evidente. Análise de regressão logística foi empregada para identificar sintomas, sinais físicos e dados do hemograma válidos para o diagnóstico de dengue em pacientes avaliados em até três (dias 0-3) e de quatro a sete dias (dias 4-7) após o início da febre De acordo com os resultados dos testes de referência, 202 pacientes foram classificados como dengue e 103 como não-dengue. Para pacientes avaliados nos dias 0-3, um modelo incluindo as variáveis leucometria e hiperemia conjuntival atingiu sensibilidade de 81% e especificidade de 71%. Para pacientes avaliados nos dias 4-7, um modelo com as variáveis história de exantema e plaquetometria apresentou sensibilidade de 61% e especificidade de 94% para o diagnóstico de dengue. Na população do estudo, os modelos preditivos construídos apresentaram acurácia diagnóstica moderada e superior à obtida pela definição de caso de 1997 da Organização Mundial de Saúde. Esses resultados são potencialmente úteis para vigilância epidemiológica |
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Daumas, Regina PaivaAndrade, Carlos Augusto Ferreira deValente, Joaquim GonçalvesPérissé, Andre Reynaldo SantosSetúbal, SérgioHökerberg, Sara Hahr MarquesPassos, Sônia Regina LambertBrasil, Patrícia2017-04-06T13:47:39Z2017-04-06T13:47:39Z2014DAUMAS, R. P. Acurácia de dados clínicos e laboratoriais para o diagnóstico de dengue. 2010. 114f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, RJ, 2010https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18287O dengue é uma doença viral aguda transmitida por mosquitos, que tem como principal vetor o A. aegypti. Constitui-se em um grave problema de saúde pública no Brasil e em muitos países tropicais. Seu diagnóstico é geralmente baseado exclusivamente em critérios clínicos inespecíficos, uma vez que os testes laboratoriais não são amplamente disponíveis. A fim de contribuir para as ações de vigilância das doenças febris e para a identificação de características clínicas úteis para o diagnóstico do dengue, apresentamos neste trabalho dois estudos. No primeiro, descrevemos a concordância entre observadores quanto às informações da anamnese e exame físico de pacientes ambulatoriais maiores de 12 anos com uma doença febril aguda (DFA). Dados clínicos foram coletados de forma independente por dois médicos, utilizando um questionário semi-estruturado e a concordância interobservadores foi estimada pelo índice kappa. Foram avaliados 140 pacientes. Para todos os sintomas, o índice kappa ponderado foi superior a 0,6, indicando concordância ao menos substancial Os sinais físicos exantema, palidez, linfonodomegalia e hiperemia conjuntival apresentaram concordâncias significativamente > 0,6, enquanto hiperemia de orofaringe e desidratação apresentaram concordâncias menores. A aplicação do questionário mostrou boa confiabilidade para os sinais e sintomas mais freqüentes, sendo potencialmente útil para aplicação em vigilância e pesquisa. O segundo estudo teve por objetivo identificar características clínicas e parâmetros hematológicos úteis para discriminar o dengue de outras doenças febris. Foi um estudo prospectivo com pacientes ambulatoriais de mais de 12 anos de idade, com história de febre por até sete dias, sem foco infeccioso evidente. Análise de regressão logística foi empregada para identificar sintomas, sinais físicos e dados do hemograma válidos para o diagnóstico de dengue em pacientes avaliados em até três (dias 0-3) e de quatro a sete dias (dias 4-7) após o início da febre De acordo com os resultados dos testes de referência, 202 pacientes foram classificados como dengue e 103 como não-dengue. Para pacientes avaliados nos dias 0-3, um modelo incluindo as variáveis leucometria e hiperemia conjuntival atingiu sensibilidade de 81% e especificidade de 71%. Para pacientes avaliados nos dias 4-7, um modelo com as variáveis história de exantema e plaquetometria apresentou sensibilidade de 61% e especificidade de 94% para o diagnóstico de dengue. Na população do estudo, os modelos preditivos construídos apresentaram acurácia diagnóstica moderada e superior à obtida pela definição de caso de 1997 da Organização Mundial de Saúde. Esses resultados são potencialmente úteis para vigilância epidemiológicaDengue is a mosquito-borne viral illness with A. aegypti being its principal vector. It is an important public health problem in Brazil and in many tropical countries. Dengue diagnosis is frequently based on unspecific clinica l criteria as the availability of laboratory tests is restricted. In order to contrib ute with the surveillance activities on acute febrile illnesses and to identify clinical fe atures that might be useful for dengue diagnosis, we present two studies in this thesis. I n the first one, we describe the interobserver agreement on clinical history and phy sical signs of outpatients older than 12 years with an acute febrile illness (AFI). Clinical data were collected in an independent way by two physicians, using a semi-str uctured form and interobserver agreement was estimated by kappa coefficient. A total of 140 patients were evaluated. For all symptoms weighted kappa values were greater than 0.6, indicating an at least substantial agreement. The physical sig ns exanthema, pallor, lymph node enlargement and eye congestion showed agreements significantly > 0.6, while pharyngeal erythema and dehydration presented lower agreements. The questionnaire application showed good reliability f or the most frequent signs and symptoms and may prove useful at gathering data for surveillance and research at sentinel sites. The second study had the purpose of identifying clinical and hematological features that could be useful to disc riminate dengue from other febrile illnesses. It was a prospective study with outpatie nts over 12 years of age referring fever for up to seven days without any evident focu s of infection. Logistic regression analysis was used to identify symptoms, physical si gns and hematological features valid for dengue diagnosis in patients evaluated be tween zero and three (days 0-3) and four to seven days (days 4-7) from fever outset . Based on the results of reference tests, 202 patients were classified as de ngue and 103 as non-dengue. For patients evaluated on days 0-3, a model including t he variables conjunctival hyperemia and leukocyte counts achieved a sensitivity of 81% and specificity of 7 1%. For patients evaluated on days 4-7, a model with rash and platelet counts achieved a sensitivity of 61% and specificity of 94% for dengu e diagnosis. In our population the predictive models constructed achieved a moderate a ccuracy and were better for than the current dengue case definition proposed by World Heath Organization in 1997. These results are potentially useful for surv eillance.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporAcurácia de dados clínicos e laboratoriais para o diagnóstico de dengueinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2010Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças InfecciosasFundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro ChagasRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças InfecciosasDengue/diagnósticoAnamneseColeta de Dados/métodosExame FísicoReprodutibilidade dos TestesSensibilidade e Especificidadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/18287/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALregina_daumas_ipec_dout_2010.pdfregina_daumas_ipec_dout_2010.pdfapplication/pdf1242083https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/18287/2/regina_daumas_ipec_dout_2010.pdffb0e91481a8c96a6e0dbb2831f59f6e6MD52TEXTregina_daumas_ipec_dout_2010.pdf.txtregina_daumas_ipec_dout_2010.pdf.txtExtracted texttext/plain240604https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/18287/3/regina_daumas_ipec_dout_2010.pdf.txt4928b3a5cac503a3ee816997560d0e41MD53icict/182872018-08-15 03:20:25.753oai:www.arca.fiocruz.br:icict/18287Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:20:25Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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