O efeito conjunto de gemelaridade e prematuridade no aleitamento materno exclusivo na alta hospitalar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Tainá Martins Gomes
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55279
Resumo: O aleitamento materno (AM) traz consigo inúmeros benefícios a curto e a longo prazo para a saúde da criança, sendo uma das estratégias mais importantes na redução da mortalidade neonatal e infantil. Apesar das estratégias de estímulo ao aleitamento materno, atualmente no mundo, as taxas de amamentação ainda permanecem mais baixas, em todo o mundo. Em particular, gêmeos e prematuros possuem as menores taxas de aleitamento materno exclusivo (AME) na alta hospitalar. São inúmeras as barreiras hospitalares existentes que levam aos desmame precoce, ocorrendo principalmente em espaços de cuidados neonatal de alto risco. Esta dissertação investigou a prática do AME em gemelares pré-termos na alta hospitalar de uma instituição de referência nacional para alto risco fetal, neonatal e infantil; estimou a prevalência de AME entre gemelares pré-termos na alta hospitalar; e investigou o efeito de nascer gemelar e pré-termo no AME na alta hospitalar. Para isso, foi realizada uma análise de uma linha de base de um estudo de coorte prospectivo de recém-nascidos (RN) em uma instituição de referência nacional para alto risco. O modelo conceitual contrafatual foi desenvolvido por meio da construção de um gráfico acíclico direcionado com os determinantes do AME no grupo de estudo. A regressão logística múltipla, ajustada no software R, foi utilizada para determinar o efeito de nascer gemelar e prematuro no AME na alta hospitalar. A análise dos dados apontou que a prevalência do AME na alta hospitalar em gemelares pré-termos foi de 47,8% e que os que estavam em AME na alta hospitalar apresentaram uma média de 35 semanas de idade gestacional e uma mediana de 8 dias de internação e os não gemelares pré-termo que estavam em não AME apresentaram uma média de 34 semanas de idade gestacional e uma mediana do tempo de internação de 18 dias. Os RN pré-termos apresentaram maior chance de não estarem em AME na alta hospitalar quando comparados ao grupo de RN a termo. E os não gemelares pré-termo apresentaram uma maior chance de não estarem em AME na alta hospitalar quando comparados aos gemelares. O pequeno tamanho amostral da população de gemelares e o maior tempo de internação dos não-gemelares são limitações do estudo. Conclui-se que nascer gemelar e pré-termo pode ser um fator de risco para a prática de AME na alta hospitalar. Sugere-se que sejam desenvolvidas e colocadas em práticas intervenções em prol do AM para aumentar as taxas de AME na alta hospitalar nesta população.
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São inúmeras as barreiras hospitalares existentes que levam aos desmame precoce, ocorrendo principalmente em espaços de cuidados neonatal de alto risco. Esta dissertação investigou a prática do AME em gemelares pré-termos na alta hospitalar de uma instituição de referência nacional para alto risco fetal, neonatal e infantil; estimou a prevalência de AME entre gemelares pré-termos na alta hospitalar; e investigou o efeito de nascer gemelar e pré-termo no AME na alta hospitalar. Para isso, foi realizada uma análise de uma linha de base de um estudo de coorte prospectivo de recém-nascidos (RN) em uma instituição de referência nacional para alto risco. O modelo conceitual contrafatual foi desenvolvido por meio da construção de um gráfico acíclico direcionado com os determinantes do AME no grupo de estudo. A regressão logística múltipla, ajustada no software R, foi utilizada para determinar o efeito de nascer gemelar e prematuro no AME na alta hospitalar. A análise dos dados apontou que a prevalência do AME na alta hospitalar em gemelares pré-termos foi de 47,8% e que os que estavam em AME na alta hospitalar apresentaram uma média de 35 semanas de idade gestacional e uma mediana de 8 dias de internação e os não gemelares pré-termo que estavam em não AME apresentaram uma média de 34 semanas de idade gestacional e uma mediana do tempo de internação de 18 dias. Os RN pré-termos apresentaram maior chance de não estarem em AME na alta hospitalar quando comparados ao grupo de RN a termo. E os não gemelares pré-termo apresentaram uma maior chance de não estarem em AME na alta hospitalar quando comparados aos gemelares. O pequeno tamanho amostral da população de gemelares e o maior tempo de internação dos não-gemelares são limitações do estudo. Conclui-se que nascer gemelar e pré-termo pode ser um fator de risco para a prática de AME na alta hospitalar. Sugere-se que sejam desenvolvidas e colocadas em práticas intervenções em prol do AM para aumentar as taxas de AME na alta hospitalar nesta população.Breastfeeding brings numerous short and long-term benefits to children's health, being one of the most important strategies in reducing neonatal and infant mortality. Despite strategies to encourage breastfeeding, the rates still remain lower worldwide. In particular, twins and preterm infants have the lowest rates of exclusive breastfeeding (EB) at hospital discharge. There are several hospital barriers that lead to early weaning, particularly in high-risk neonatal care spaces. This dissertation investigated the practice of EB in preterm twins at hospital discharge from a national reference institution for high fetal, neonatal and infant risk; estimated the prevalence of EB among preterm twins at hospital discharge; and investigated the effect of being born twins. and preterm in EB at hospital discharge. A baseline analysis of a prospective cohort study of newborns was performed at a national reference institution for high risk. The counterfactual conceptual model was carried out through the construction of a directed acyclic graph with the determinants of exclusive breastfeeding in the study group. Multiple logistic regression, adjusted using the R software, was fitted to determine the effect of generarity and preterm births on EBF at hospital discharge. Data analysis showed that the prevalence of EB at hospital discharge in preterm twins was 47.8% and that those who were on EB at hospital discharge had an average of 35 weeks of gestational age and a median of 8 days of gestation. Hospitalization. Preterm non-twins who were on nonEBF had a mean gestational age of 34 weeks and a median length of stay of 18 days. Preterm newborns were more likely to not be on EB at hospital discharge when compared to the group of full-term newborns. And preterm non-twins had a greater chance of not being on EB at hospital discharge when compared to twins. The small sample size of the population of twins and the longer hospital stay of non-twins are limitations of the study. It is concluded that being born with twins and preterm can be a risk factor for the practice of exclusive breastfeeding at hospital discharge. It is suggested that interventions be developed and put into practice in favor of exclusive breastfeeding at hospital discharge in this population.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAleitamento MaternoPrematuridadeGêmeosAlta HospitalarBreastfeedingPrematurityTwinsHospital DischargeAleitamento MaternoRecém-Nascido Prematuro2017 - 2018GêmeosAlta do PacienteColeta de DadosEstudos ProspectivosModelos LogísticosO efeito conjunto de gemelaridade e prematuridade no aleitamento materno exclusivo na alta hospitalarThe join effect of twinning and prematurity on exclusive breastfeeding at hospital dischargeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2022-06-27Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaFundação Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55279/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALtaina_martins_gomes_ferreira_ensp_mest_2022.pdfapplication/pdf1795952https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/55279/2/taina_martins_gomes_ferreira_ensp_mest_2022.pdf5c5b374d52851af31b077180e09ee66aMD52icict/552792022-10-24 15:41:58.705oai:www.arca.fiocruz.br:icict/55279Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-10-24T18:41:58Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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