O aleitamento materno na prematuridade tardia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/108493 |
Resumo: | Os recém-nascidos prematuros tardios, bebês com idade gestacional entre 34 e 36 semanas e seis dias, compõem o subgrupo de maior representatividade entre os prematuros. Anualmente, nascem cerca de 280 mil prematuros no Brasil, sendo a prematuridade responsável por quase 30% das mortes neonatais. Embora o aleitamento materno seja reconhecido como o alimento ideal para a criança pequena, especialmente para os prematuros, estudos brasileiros constatam que poucos são os bebês prematuros que recebem exclusivamente leite materno desde os primeiros dias de vida. As taxas de aleitamento materno desses bebês são mais baixas do que as taxas de amamentação dos bebês nascidos a termo. O presente estudo objetivou conhecer o cuidado leigo e profissional no aleitamento materno de prematuros tardios até o sexto mês de vida, a partir do relato das mães. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo exploratório, cuja coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2011 a dezembro de 2012, nos domicílios dos participantes, moradores das regiões atendidas por três unidades de Estratégia de Saúde da Família, na cidade de Porto Alegre, RS. Participaram do estudo 13 informantes, mães de bebês prematuros tardios. Os dados do estudo foram analisados sob o referencial de análise etnográfica adaptada por Douglas et al., e realizada em quatro fases. Da análise emergiram dois temas: “Ajuda não direcionada às peculiaridades da dupla mãe-bebê” e “A família como referência no aleitamento materno". A partir dos relatos constatou-se que os profissionais não valorizam os aspectos peculiares da prematuridade tardia, nem as dificuldades da amamentação inerentes ao momento vivenciado, sendo o prematuro tardio invisível para o profissional de saúde. Nos hospitais existe falta de estrutura física adequada para a promoção e o apoio à amamentação. As rotinas e normas hospitalares, como a separação da díade mãe-bebê e a facilidade de oferta de leite suplementar, podem interferir na amamentação. O prematuro tardio necessita de atenção profissional diferenciada e de cuidados após a alta hospitalar, o que nem sempre ocorre de maneira eficaz e com foco nas necessidades específicas da criança. Nesse sentido, constatou-se a falta de preparo profissional para cuidar do prematuro e de sua mãe. A lacuna referente ao cuidado profissional ineficaz ou inadequado é preenchida pelo apoio familiar e social. Os cuidados leigos e profissionais pesquisados incentivam, muitas vezes, o desmame precoce, o que significa uma perda tanto para o bebê quanto para a mãe. Percebe-se, nesse contexto, que é muito importante que o profissional de saúde seja bem preparado para atender a mãe com empatia e acolhimento, respeitar a individualidade de cada díade mãe-bebê, considerar o seu contexto familiar e social, e promover, proteger e apoiar a amamentação dos bebês. |
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Santos, Arlene Gonçalves dosEspírito Santo, Lílian Córdova do2014-12-19T02:11:26Z2014http://hdl.handle.net/10183/108493000947378Os recém-nascidos prematuros tardios, bebês com idade gestacional entre 34 e 36 semanas e seis dias, compõem o subgrupo de maior representatividade entre os prematuros. Anualmente, nascem cerca de 280 mil prematuros no Brasil, sendo a prematuridade responsável por quase 30% das mortes neonatais. Embora o aleitamento materno seja reconhecido como o alimento ideal para a criança pequena, especialmente para os prematuros, estudos brasileiros constatam que poucos são os bebês prematuros que recebem exclusivamente leite materno desde os primeiros dias de vida. As taxas de aleitamento materno desses bebês são mais baixas do que as taxas de amamentação dos bebês nascidos a termo. O presente estudo objetivou conhecer o cuidado leigo e profissional no aleitamento materno de prematuros tardios até o sexto mês de vida, a partir do relato das mães. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo exploratório, cuja coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2011 a dezembro de 2012, nos domicílios dos participantes, moradores das regiões atendidas por três unidades de Estratégia de Saúde da Família, na cidade de Porto Alegre, RS. Participaram do estudo 13 informantes, mães de bebês prematuros tardios. Os dados do estudo foram analisados sob o referencial de análise etnográfica adaptada por Douglas et al., e realizada em quatro fases. Da análise emergiram dois temas: “Ajuda não direcionada às peculiaridades da dupla mãe-bebê” e “A família como referência no aleitamento materno". A partir dos relatos constatou-se que os profissionais não valorizam os aspectos peculiares da prematuridade tardia, nem as dificuldades da amamentação inerentes ao momento vivenciado, sendo o prematuro tardio invisível para o profissional de saúde. Nos hospitais existe falta de estrutura física adequada para a promoção e o apoio à amamentação. As rotinas e normas hospitalares, como a separação da díade mãe-bebê e a facilidade de oferta de leite suplementar, podem interferir na amamentação. O prematuro tardio necessita de atenção profissional diferenciada e de cuidados após a alta hospitalar, o que nem sempre ocorre de maneira eficaz e com foco nas necessidades específicas da criança. Nesse sentido, constatou-se a falta de preparo profissional para cuidar do prematuro e de sua mãe. A lacuna referente ao cuidado profissional ineficaz ou inadequado é preenchida pelo apoio familiar e social. Os cuidados leigos e profissionais pesquisados incentivam, muitas vezes, o desmame precoce, o que significa uma perda tanto para o bebê quanto para a mãe. Percebe-se, nesse contexto, que é muito importante que o profissional de saúde seja bem preparado para atender a mãe com empatia e acolhimento, respeitar a individualidade de cada díade mãe-bebê, considerar o seu contexto familiar e social, e promover, proteger e apoiar a amamentação dos bebês.The late preterm newborns, babies with a gestational age between 34 and 36 weeks and six days, make up the largest subgroup among premature babies. Annually, about 280,000 babies are born premature in Brazil, and prematurity accounts for almost 30% of neonatal deaths. Although breastfeeding is recognized as the ideal food for young children, especially for premature babies, Brazilian studies show that few premature babies are exclusively breastfed since the first days of life. The breastfeeding rates of these babies are lower than those of babies born at term. The present study investigated lay and professional care on breastfeeding of late preterm babies up to six months of life, as reported by their mothers. This is an exploratory, qualitative study, which data collection occurred from November 2011 to December 2012, at the homes of the participants — residents of regions served by three units of the Family Health Strategy, in the city of Porto Alegre, in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Thirteen informants participated in the study, mothers of late preterm infants. Data were analyzed under the framework of the ethnographic analysis adapted by Douglas et al., and carried out in four phases. From the analysis, two themes emerged: "Non-directed help to the peculiarities of the mother-baby dyad" and "The Family as a reference in breastfeeding". Based on the reports it has been found that professionals do not value the unique aspects of late preterm birth, nor breastfeeding difficulties, inherent in the experienced moment, being the late preterm infant invisible to the health care professional. In the hospitals there is lack of adequate physical infrastructure to promote and support breastfeeding. Hospital routines and norms, such as the separation of the mother-infant dyad and the easy access to supplemental milk, can interfere with breastfeeding. The late preterm baby needs special professional attention and appropriate care after discharge, which does not always happen effectively and with focus on the specific needs of the child. In this sense, it has been observed a lack of professional preparation to care for the preterm baby and their mother. The gap concerning ineffective or inappropriate professional care is filled in by family and social support. Both the lay and professional care researched often encouraged early weaning, which means a loss for both the baby and the mother. It is clear, in this context, that it is very important that the health professional be well prepared to welcome the mother with empathy, respect the individuality of each mother-infant dyad, consider their family and social context, and to promote, protect and support the babies’ breastfeeding.Los bebés prematuros tardíos, bebés con una edad gestacional entre 34 y 36 semanas y seis días, constituyen el mayor subgrupo de representación entre prematura. Cada año, alrededor de 280 000 son nacidos prematuros en Brasil, la prematuridad representa casi el 30% de las muertes neonatales. Aunque la lactancia materna es reconocido como el alimento ideal para los niños pequeños, especialmente para los bebés prematuros, pocos estudios brasileños descubren que los bebés prematuros son amamantados exclusivamente a partir de los primeros días de vida. Las tasas de los bebés la lactancia materna son más bajas que las tasas de lactancia materna de los bebés nacidos a término. El presente estudio investigó el laico y el cuidado profesional de la lactancia materna prematuro tardío hasta los seis meses de vida, desde el discurso de las madres. Se trata de un estudio cualitativo, exploratorio tipo, que la recogida de datos se produjo a partir de noviembre 2011 a diciembre 2012, en las casas de los participantes, los residentes de las regiones atendidas por tres unidades de la Estrategia Salud de la Familia en la ciudad de Porto Alegre, RS. 13 informantes participaron en el estudio, las madres de los bebés prematuros tardíos. Los datos del estudio fueron analizados en el marco del análisis etnográfico adaptado por Douglas et al., Y llevado a cabo en cuatro fases. Análisis, dos temas surgieron: "La ayuda no dirigida a las peculiaridades de la madre-bebé" y "La Familia como una referencia en la lactancia materna" De los informes se encontró que los profesionales no valoran los aspectos únicos de nacimiento prematuro tardío, ni. las dificultades inherentes a la lactancia materna en el momento vivido, siendo prematuros tardíos invisible para el profesional de la salud. en los hospitales hay falta de infraestructura física adecuada para promover y apoyar la lactancia materna. las rutinas y las normas del hospital, tales como la separación de la díada madre-hijo y la facilidad de suministro de leche suplementaria puede interferir con la lactancia materna. pretérmino tardío diferenciado necesita atención profesional y atención después del alta, lo que no siempre ocurre de manera eficaz y centrado en las necesidades específicas del niño. en este sentido, tomó nota de la falta de preparación profesional para el cuidado de los prematuros y de su madre. la brecha relativa a su profesional de la ineficaz o inapropiada es llenado por el apoyo familiar y social. Los laicos y profesionales encuestados de cuidado de crianza, a menudo, el destete precoz, lo que significa una pérdida, tanto para el bebé y la madre. Es evidente, en este contexto, es muy importante que el profesional de la salud está bien preparado para recibir a su madre con la empatía y la aceptación, el respeto a la individualidad de cada díada madre-hijo, tenga en cuenta su contexto familiar y social, y para promover, proteger y apoyar a los bebés que amamantan.application/pdfporEnfermagem pediátricaAleitamento maternoPrematuroPrematuridade : Aleitamento maternoBreastfeedingWeaningInfantPrematurePublic healthLactancia maternaDestetePrematuroSalud públicaO aleitamento materno na prematuridade tardiaLate pre term babies breastfeeding La lactancia materna en nacimientos prematuros tardíos info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000947378.pdf000947378.pdfTexto completoapplication/pdf2280833http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108493/1/000947378.pdfa6ab8a9d83f0aa52a09031258fdfc4bfMD51TEXT000947378.pdf.txt000947378.pdf.txtExtracted Texttext/plain147308http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108493/2/000947378.pdf.txt4a685f8f012b751b67534281d946af85MD52THUMBNAIL000947378.pdf.jpg000947378.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1034http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108493/3/000947378.pdf.jpgef85404deba6e8713f461a73923a470eMD5310183/1084932018-10-22 09:26:39.531oai:www.lume.ufrgs.br:10183/108493Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-22T12:26:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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