Avaliação da atividade in vitro e in vivo de flavonoides de Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verlot contra Leishmania amazonensis em modelo murino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, João Victor da Silva e
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53315
Resumo: As leishmanioses estão na lista da OMS como doenças tropicais negligenciadas, considerada um grave problema de saúde pública. Devido às limitações relacionadas ao tratamento, torna-se necessária a busca por novas alternativas terapêuticas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade leishmanicida in vitro dos flavonoides e os efeitos imunomoduladores da fração rica em carajurina obtida de Arrabidaea chica no modelo murino. A. chica é uma planta com atividade antiparasitária que utilizamos para avaliar in vitro e in vivo a atividade leishmanicida do extrato bruto (ACCE), da fração rica em antocianidinas e flavonas, e dos compostos isolados. O extrato obtido por maceração em solução hidroalcoólica de folhas de A. Chica foi fracionado, resultando em uma mistura de flavonoides (ACFF) e uma fração rica em antocianidinas (ACAF), seguida de uma fração rica em carajurina (ACCF). A partir daí, antocianidinas carajurina, carajurona e 3-hidroxicarajurona e os flavonoides luteolina e apigenina foram isolados. Nos ensaios in vitro, ACCE, ACAF, ACFF e seus compostos isolados mostraram atividade contra promastigotas de Leishmania amazonensis. Alterações ultraestrutural com inchaço pronunciado do cinetoplasto, diminuição do potencial de membrana mitocondrial, aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e morte celular por apoptose tardia em promastigotas foram observadas após tratamento com carajurina. Além disso, a atividade contra amastigotas intracelulares da carajurina foi comparada com a anfotericina B, com redução de todos os parâmetros de infecção e indução do aumento da quantidade de nitrito em macrófagos, cujos estudos de acoplamento mostraram uma possível interação da carajurina no local de ativação da enzima NOS. As propriedades físico-químicas da carajurina não violaram nenhuma das regras estabelecidas por Lipinski, Ghose, Veber, Egan e Mueggue. Nos ensaios in vivo, camundongos BALB/c infectados com L. amazonensis por via intragástrica, receberam por 30 dias doses diárias de 200 mg.kg-1 de ACCF por gavagem, após 30 dias do início da infecção. As avaliações de toxicidade foram negativas e o qPCR mostrou diminuição da carga parasitária no sítio da infecção dos animais tratados, com aumento da expressão de citocinas iNOS e IFN-γ no sítio de infecção, assim como aumento de TNF-α e IFN-γ. Redução de IL-4 e IL-10 nos níveis séricos de citocinas também foram observados. Os resultados sugerem que a carajurina atua como marcador biológico de A. Chica e a fração rica deste componente constituem um passo importante na procura de uma nova alternativa terapêutica no tratamento das leishmanioses
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O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade leishmanicida in vitro dos flavonoides e os efeitos imunomoduladores da fração rica em carajurina obtida de Arrabidaea chica no modelo murino. A. chica é uma planta com atividade antiparasitária que utilizamos para avaliar in vitro e in vivo a atividade leishmanicida do extrato bruto (ACCE), da fração rica em antocianidinas e flavonas, e dos compostos isolados. O extrato obtido por maceração em solução hidroalcoólica de folhas de A. Chica foi fracionado, resultando em uma mistura de flavonoides (ACFF) e uma fração rica em antocianidinas (ACAF), seguida de uma fração rica em carajurina (ACCF). A partir daí, antocianidinas carajurina, carajurona e 3-hidroxicarajurona e os flavonoides luteolina e apigenina foram isolados. Nos ensaios in vitro, ACCE, ACAF, ACFF e seus compostos isolados mostraram atividade contra promastigotas de Leishmania amazonensis. Alterações ultraestrutural com inchaço pronunciado do cinetoplasto, diminuição do potencial de membrana mitocondrial, aumento na produção de espécies reativas de oxigênio e morte celular por apoptose tardia em promastigotas foram observadas após tratamento com carajurina. Além disso, a atividade contra amastigotas intracelulares da carajurina foi comparada com a anfotericina B, com redução de todos os parâmetros de infecção e indução do aumento da quantidade de nitrito em macrófagos, cujos estudos de acoplamento mostraram uma possível interação da carajurina no local de ativação da enzima NOS. As propriedades físico-químicas da carajurina não violaram nenhuma das regras estabelecidas por Lipinski, Ghose, Veber, Egan e Mueggue. Nos ensaios in vivo, camundongos BALB/c infectados com L. amazonensis por via intragástrica, receberam por 30 dias doses diárias de 200 mg.kg-1 de ACCF por gavagem, após 30 dias do início da infecção. As avaliações de toxicidade foram negativas e o qPCR mostrou diminuição da carga parasitária no sítio da infecção dos animais tratados, com aumento da expressão de citocinas iNOS e IFN-γ no sítio de infecção, assim como aumento de TNF-α e IFN-γ. Redução de IL-4 e IL-10 nos níveis séricos de citocinas também foram observados. Os resultados sugerem que a carajurina atua como marcador biológico de A. Chica e a fração rica deste componente constituem um passo importante na procura de uma nova alternativa terapêutica no tratamento das leishmaniosesLeishmaniasis is on the WHO list as neglected tropical diseases, considered a serious public health problem. Due to limitations related to the treatment, the search for new therapeutic alternatives becomes necessary. The aim of the present study was to evaluate the in vitro leishmanicidal activity of flavonoids and the immunomodulatory effects of the carajurin-rich fraction obtained from Arrabidaea chica in the murine model. A. chica is a plant with antiparasitic activity that we used to evaluate in vitro and in vivo the leishmanicidal activity of the crude extract (ACCE), the fraction rich in anthocyanidins and flavones, and the isolated compounds. The extract obtained by steeping A. Chica leaves in hydroalcoholic solution was fractionated, resulting in a mixture of flavonoids (ACFF) and an anthocyanidin-rich fraction (ACAF), followed by a carajurin-rich fraction (ACCF). From there, anthocyanidins carajurin, carajurone and 3-hydroxycarajurone and the flavonoids luteolin and apigenin were isolated. In in vitro assays, ACCE, ACAF, ACFF and their isolated compounds showed activity against Leishmania amazonensis promastigotes. Ultrastructural changes with pronounced swelling of the kinetoplast, decreased mitochondrial membrane potential, increased production of reactive oxygen species and cell death by late apoptosis in promastigotes were observed after treatment with carajurin. Furthermore, the activity against intracellular amastigotes of carajurin was compared with amphotericin B, with a reduction in all infection parameters and induction of an increase in the amount of nitrite in macrophages, whose coupling studies showed a possible interaction of carajurin at the site of activation. of the NOS enzyme. The physicochemical properties of carajurin did not violate any of the rules established by Lipinski, Ghose, Veber, Egan and Mueggue. In in vivo assays, BALB/c mice infected with L. amazonensis intragastrically received daily doses of 200 mg.kg-1 of ACCF by gavage for 30 days, 30 days after the onset of infection. Toxicity evaluations were negative and qPCR showed a decrease in the parasite load at the site of infection of the treated animals, with increased expression of cytokines iNOS and IFN-γ at the site of infection, as well as an increase in TNF-α and IFN-γ. Reduction of IL-4 and IL-10 in serum cytokine levels was also observed. The results suggest that carajurin acts as a biological marker of A. Chica and the rich fraction of this component constitutes an important step in the search for a new therapeutic alternative in the treatment of leishmaniasisFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porLeishmania amazonensisFlavonoidesArrabidaea chicaMacrófagosCamundongosCitocinasLeishmania amazonensisFlavonoidsArrabidaea chicaMacrophagesMiceCytokinesLeishmania mexicanaFlavonoidesMacrófagosCamundongosAvaliação da atividade in vitro e in vivo de flavonoides de Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verlot contra Leishmania amazonensis em modelo murinoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2021Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/53315/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL000250128.pdfapplication/pdf12628589https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/53315/2/000250128.pdfb66359de5409d991b4ec311784725143MD52icict/533152023-09-04 11:49:25.565oai:www.arca.fiocruz.br:icict/53315Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:25Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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