Influência de infecção secundária e outros fatores na cicatrização de lesões ulceradas de leishmaniose cutânea e de esporotricose
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26513 |
Resumo: | A leishmaniose cutânea (LC) e a esporotricose frequentemente se apresentam com lesões ulceradas. O rompimento da barreira cutânea predispõe à infecção secundária. Em tese, a presença de bactérias e/ou fungos nas lesões ulceradas poderia dificultar o processo de cicatrização. Ambas são doenças endêmicas no estado do Rio de Janeiro e fazem parte do diagnóstico diferencial das lesões cutâneas ulceradas. Objetivamos verificar a presença de bactérias e/ou fungos nas úlceras cutâneas de leishmaniose e esporotricose, e averiguar se isto interferiu na epitelização e cicatrização das lesões ulceradas e no tempo necessário para tais desfechos. Em um estudo de coorte prospectivo, foram incluídos 25 pacientes com LC e 64 pacientes com esporotricose, com lesões ulceradas, atendidos no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil, entre outubro de 2013 e fevereiro de 2016. Na fase de investigação diagnóstica, as úlceras cutâneas foram biopsiadas para coleta de fragmentos para exame bacteriológico (bacterioscopia e cultura de bactérias aeróbicas e anaeróbicas facultativas), cultura para Leishmania spp e cultura para fungos, cada qual em meios apropriados. Verificou-se a resposta terapêutica (epitelização e cicatrização) e o tempo em dias necessário para alcançar estes desfechos, comparando os pacientes que apresentaram ou não bactérias e/ou fungos nas lesões ulceradas por ocasião do diagnóstico Cerca de 40% das lesões de pacientes com LC apresentaram infecção secundária por um ou mais de 5 diferentes microorganismos: Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Candida parapsilosis, Enterococcus faecalis, e Streptococcus pyogenes. Nos casos de esporotricose, encontramos 9,4% das lesões com coinfecção por Staphylococcus aureus e/ou Enterobacter cloacae. Conseguimos isolar Sporothrix spp em meio NNN + Schneider em 98% dos casos de esporotricose. A ocorrência de infecção secundária foi estatísticamente superior nos casos de LC do que na esporotricose, no entanto, não influenciou o tempo de epitelização ou de cicatrização total das lesões destas enfermidades. Na LC a localização da lesão influenciou o tempo de epitelização, e o diâmetro da lesão e o tratamento utilizado influenciaram a cicatrização total das lesões. Nos casos de esporotricose, a idade e a visualização de fungos no exame histopatógico influenciaram no tempo de epitelização da doença, e o tempo de evolução da doença e a visualização de fungos no exame histopatógico ajustados por sexo influenciaram no tempo de cicatrização total. O sexo, ocorrência de infecção secundária, localização, tipo de cicatriz, tempo de evolução e número das lesões foram significativamente diferentes entre LC e esporotricose e podem auxiliar no diagnóstico diferencial entre estas duas doenças. |
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Oliveira, Liliane de Fátima AntonioPimentel, Maria Inês FernandesLyra, Marcelo Rosandiski2018-05-21T13:34:24Z2018-05-21T13:34:24Z2017OLIVEIRA, Liliane de Fátima Antonio. Influência de infecção secundária e outros fatores na cicatrização de lesões ulceradas de leishmaniose cutânea e de esporotricose. 2017. 121 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26513A leishmaniose cutânea (LC) e a esporotricose frequentemente se apresentam com lesões ulceradas. O rompimento da barreira cutânea predispõe à infecção secundária. Em tese, a presença de bactérias e/ou fungos nas lesões ulceradas poderia dificultar o processo de cicatrização. Ambas são doenças endêmicas no estado do Rio de Janeiro e fazem parte do diagnóstico diferencial das lesões cutâneas ulceradas. Objetivamos verificar a presença de bactérias e/ou fungos nas úlceras cutâneas de leishmaniose e esporotricose, e averiguar se isto interferiu na epitelização e cicatrização das lesões ulceradas e no tempo necessário para tais desfechos. Em um estudo de coorte prospectivo, foram incluídos 25 pacientes com LC e 64 pacientes com esporotricose, com lesões ulceradas, atendidos no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil, entre outubro de 2013 e fevereiro de 2016. Na fase de investigação diagnóstica, as úlceras cutâneas foram biopsiadas para coleta de fragmentos para exame bacteriológico (bacterioscopia e cultura de bactérias aeróbicas e anaeróbicas facultativas), cultura para Leishmania spp e cultura para fungos, cada qual em meios apropriados. Verificou-se a resposta terapêutica (epitelização e cicatrização) e o tempo em dias necessário para alcançar estes desfechos, comparando os pacientes que apresentaram ou não bactérias e/ou fungos nas lesões ulceradas por ocasião do diagnóstico Cerca de 40% das lesões de pacientes com LC apresentaram infecção secundária por um ou mais de 5 diferentes microorganismos: Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Candida parapsilosis, Enterococcus faecalis, e Streptococcus pyogenes. Nos casos de esporotricose, encontramos 9,4% das lesões com coinfecção por Staphylococcus aureus e/ou Enterobacter cloacae. Conseguimos isolar Sporothrix spp em meio NNN + Schneider em 98% dos casos de esporotricose. A ocorrência de infecção secundária foi estatísticamente superior nos casos de LC do que na esporotricose, no entanto, não influenciou o tempo de epitelização ou de cicatrização total das lesões destas enfermidades. Na LC a localização da lesão influenciou o tempo de epitelização, e o diâmetro da lesão e o tratamento utilizado influenciaram a cicatrização total das lesões. Nos casos de esporotricose, a idade e a visualização de fungos no exame histopatógico influenciaram no tempo de epitelização da doença, e o tempo de evolução da doença e a visualização de fungos no exame histopatógico ajustados por sexo influenciaram no tempo de cicatrização total. O sexo, ocorrência de infecção secundária, localização, tipo de cicatriz, tempo de evolução e número das lesões foram significativamente diferentes entre LC e esporotricose e podem auxiliar no diagnóstico diferencial entre estas duas doenças.Cutaneous leishmaniasis (CL) and sporotrichosis often present with ulcerated lesions. The rupture of the skin barrier predisposes to secondary infection. In thesis, the presence of bacteria and / or fungi in the ulcerated lesions could hinder the healing process. Both are endemic diseases in the state of Rio de Janeiro and they are part of the differential diagnosis of the ulcerated skin lesions. We aimed to verify the presence of bacteria and / or fungi in cutaneous ulcers of leishmaniasis and sporotrichosis, and also to investigate if it interfered in the epithelialization and in the total healing of the ulcerated lesions, as well as in the time necessary for such outcomes. A prospective cohort study included 25 patients with CL and 64 patients with ulcerated sporotrichosis treated at the Laboratory of Clinical Research and Surveillance in Leishmaniases of the Evandro Chagas National Institute of Infectious Diseases, Oswaldo Cruz Foundation, Rio de Janeiro, Brazil, between October, 2013 and February, 2016. Cutaneous ulcers were submitted to biopsy as part of the procedures during diagnostic investigation phase, and fragments of the lesions were sent to bacteriological exams (bacterioscopy and culture for aerobic and facultative anaerobic bacteria), culture for Leishmania spp and culture for fungi, each one in appropriate media The therapeutic response (epithelialization and total healing) and the time in days required to reach these outcomes were analysed in order to compare patients who presented or not bacteria and / or fungi in the ulcerated lesions at the time of diagnosis. About 40% of the lesions of patients with CL presented secondary infection by one or more of 5 different microorganisms: Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Candida parapsilosis, Enterococcus faecalis, and Streptococcus pyogenes. In sporotrichosis cases, we found 9.4% of the lesions co-infected with Staphylococcus aureus and / or Enterobacter cloacae. We were able to isolate Sporothrix spp in NNN + Schneider medium in 98% of cases of sporotrichosis. The occurrence of secondary infection was statistically higher in LC cases, however, did not influence the time of epithelialization or of total healing of leishmaniasis or sporotrichosis lesions. The location of the lesion influenced the epithelialization time, and the diameter of the lesion and the used treatment influenced the time for total healing of the lesions in CL cases. Regarding sporotrichosis cases, the age and the visualization of fungi in the histopathological examination influenced the time of epithelialization of the cutaneous lesions, and the time of evolution of the disease and the visualization of fungi in the histopathological examination adjusted by sex influenced in the time of total healing. The sex, occurrence of secondary infection, location, type of scar, age and number of the lesions were significantly different between CL and sporotrichosis and may help in the differential diagnosis between these two diseases.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porBactériasCicatrizaçãoEsporotricoseFungosLeishmaniose CutâneaInfluência de infecção secundária e outros fatores na cicatrização de lesões ulceradas de leishmaniose cutânea e de esporotricoseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2017Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26513/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALliliane_oliveira_ini_dout_2017.pdfapplication/pdf5806694https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26513/2/liliane_oliveira_ini_dout_2017.pdfe2d1354bd674e434da7ce3d629a6ce0bMD52TEXTliliane_oliveira_ini_dout_2017.pdf.txtliliane_oliveira_ini_dout_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain191782https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26513/3/liliane_oliveira_ini_dout_2017.pdf.txtf2e16c767b4b8febc40ec4371abeb2a7MD53icict/265132019-04-26 09:31:22.378oai:www.arca.fiocruz.br:icict/26513Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-04-26T12:31:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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