Perfil Genotípico de Resistência do HIV em pacientes com falha virológica ao esquema antirretroviral de primeira linha na coorte de pacientes com HIV/AIDS do Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas-Fiocruz
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12466 |
Resumo: | Introdução: Ao longo dos trinta anos de identificação do HIV como agente etiológico, muitas mudanças ocorreram, principalmente em relação ao tratamento dos pacientes. O adequado monitoramento e a detecção precoce das falhas virológicas desde o primeiro esquema antirretroviral possibilita escolhas mais adequadas do esquema de segunda linha através da obtenção do perfil das mutações relacionadas à classe de antirretroviral que foi utilizada como primeiro esquema. Objetivos: Descrever o perfil genotípico por ocasião da primeira falha virológica em uso de um esquema inicial de cART; Avaliar o impacto do perfil mutacional no momento da primeira falha no uso potencial da etravirina em esquemas antirretrovirais subsequentes; Descrever o perfil da população baseando-se no escore de mutações da etravirina e analisar os fatores relacionados à redução na sensibilidade a esta droga; Avaliar a prevalência de genotipagens com de vírus selvagem e analisar os fatores associados à sua ocorrência; Descrever os fatores relacionados à mutação K65R na primeira falha à cART. Métodos: Estudo com coleta de dados a partir de prontuários médicos e exames de genotipagem de pacientes com HIV acompanhados no IPEC que tiveram a falha virológica ao esquema antirretroviral inicial no período de 2000 a 2012. Este estudo foi revisto e aprovado pelo Comitê de Ética do IPEC Resultados: Foram incluídos 166 pacientes nesse estudo. O subtipo viral predominante foi o B (65,3%). Nos 113 pacientes que usaram esquemas baseados em ITRNN (66,5%), a mutação mais frequente para esta classe foi a 103N. Entre os 17 pacientes que fizeram uso de IP sem booster, as mutações mais frequentes na protease foram a 30N, 32I e 46ILV e entre os 36 pacientes que fizeram uso de IP com booster as mutações mais frequentes na protease foram a 82ATF, 90M e 46ILV. A mutação para ITRN mais frequente nos três grupos foi a 184VI. Os pacientes que usaram ITRNN foram os que tiveram maior percentual de mutações para ITRN e os que usaram IP com booster foram os que tiveram menor pecentual de mutação para duas classes. Trinta e dois pacientes (17,6%) apresentaram genotipagem com vírus selvagem, sendo esta associada à presença de carga viral no momento da genotipagem > 50.000 cópias/ml e ao uso de IP com booster e sem booster.. Em relação à etravirina, observou-se uma menor proporção de indivíduos com perfil de sensibilidade plena e uma maior proporção de indivíduos com perfil de resistência (principalmente de nível intermediário) entre os pacientes que utilizaram tenofovir, sendo essa diferença significativa em relação ao total de pacientes avaliados (p=0,004). Quarenta e sete pacientes usaram Tenofovir sendo que 31,9% apresentaram a K65R Conclusões: O perfil genotípico da primeira falha entre os pacientes da coorte do IPEC no período avaliado mostrou uma alta prevalência de 184V/I e 103N. Contrariamente, a prevalência de mutações para a protease foi baixa. A carga viral no momento da genotipagem > 50.000 cópias/ml e o uso de IP com booster e sem booster foram considerados fatores associados à maior presença de genotipagens com vírus selvagem. Foi evidenciado um perfil mutacional relativamente favorável à utilização da Etravirina em esquemas de futuro resgate na coorte de pacientes do IPEC, pela moderada frequência das mutações que comprometem a atividade deste antirretroviral |
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Tavares, Isabel Cristina FerreiraMorgado, MarizaFernandez, José Carlos CoutoMagalhães, Gustavo Albino PintoDe Boni, Raquel BrandiniGrinsztejn, BeatrizNunes, Estevão Portela2015-12-29T16:20:10Z2015-12-29T16:20:10Z2013TAVARES, I. C. F. Perfil Genotípico de Resistência do HIV em pacientes com falha virológica ao esquema antirretroviral de primeira linha na coorte de pacientes com HIV/AIDS do Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas-Fiocruz. 2013. 64 f. Dissertação (Mestrado profissional em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) – Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Rio de Janeiro, 2013.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12466Introdução: Ao longo dos trinta anos de identificação do HIV como agente etiológico, muitas mudanças ocorreram, principalmente em relação ao tratamento dos pacientes. O adequado monitoramento e a detecção precoce das falhas virológicas desde o primeiro esquema antirretroviral possibilita escolhas mais adequadas do esquema de segunda linha através da obtenção do perfil das mutações relacionadas à classe de antirretroviral que foi utilizada como primeiro esquema. Objetivos: Descrever o perfil genotípico por ocasião da primeira falha virológica em uso de um esquema inicial de cART; Avaliar o impacto do perfil mutacional no momento da primeira falha no uso potencial da etravirina em esquemas antirretrovirais subsequentes; Descrever o perfil da população baseando-se no escore de mutações da etravirina e analisar os fatores relacionados à redução na sensibilidade a esta droga; Avaliar a prevalência de genotipagens com de vírus selvagem e analisar os fatores associados à sua ocorrência; Descrever os fatores relacionados à mutação K65R na primeira falha à cART. Métodos: Estudo com coleta de dados a partir de prontuários médicos e exames de genotipagem de pacientes com HIV acompanhados no IPEC que tiveram a falha virológica ao esquema antirretroviral inicial no período de 2000 a 2012. Este estudo foi revisto e aprovado pelo Comitê de Ética do IPEC Resultados: Foram incluídos 166 pacientes nesse estudo. O subtipo viral predominante foi o B (65,3%). Nos 113 pacientes que usaram esquemas baseados em ITRNN (66,5%), a mutação mais frequente para esta classe foi a 103N. Entre os 17 pacientes que fizeram uso de IP sem booster, as mutações mais frequentes na protease foram a 30N, 32I e 46ILV e entre os 36 pacientes que fizeram uso de IP com booster as mutações mais frequentes na protease foram a 82ATF, 90M e 46ILV. A mutação para ITRN mais frequente nos três grupos foi a 184VI. Os pacientes que usaram ITRNN foram os que tiveram maior percentual de mutações para ITRN e os que usaram IP com booster foram os que tiveram menor pecentual de mutação para duas classes. Trinta e dois pacientes (17,6%) apresentaram genotipagem com vírus selvagem, sendo esta associada à presença de carga viral no momento da genotipagem > 50.000 cópias/ml e ao uso de IP com booster e sem booster.. Em relação à etravirina, observou-se uma menor proporção de indivíduos com perfil de sensibilidade plena e uma maior proporção de indivíduos com perfil de resistência (principalmente de nível intermediário) entre os pacientes que utilizaram tenofovir, sendo essa diferença significativa em relação ao total de pacientes avaliados (p=0,004). Quarenta e sete pacientes usaram Tenofovir sendo que 31,9% apresentaram a K65R Conclusões: O perfil genotípico da primeira falha entre os pacientes da coorte do IPEC no período avaliado mostrou uma alta prevalência de 184V/I e 103N. Contrariamente, a prevalência de mutações para a protease foi baixa. A carga viral no momento da genotipagem > 50.000 cópias/ml e o uso de IP com booster e sem booster foram considerados fatores associados à maior presença de genotipagens com vírus selvagem. Foi evidenciado um perfil mutacional relativamente favorável à utilização da Etravirina em esquemas de futuro resgate na coorte de pacientes do IPEC, pela moderada frequência das mutações que comprometem a atividade deste antirretroviralntro duction : Over thirty years of HIV epidemic , many changes have occurred, especially in term ́s of patients treatment. Proper monitoring and early detection of virological failures from the first antiretroviral regimen allows better choices for second - line re gimen by obtaining the profile of mutations related to antiretroviral class that are being used as the first line . Objectives : To describe the genotypic profile at the first virologic failure while using the first line cART ; evaluate the impact of the mut ational profile at the time of first failure in the potential subsequent use of etravirine for salvage regimens; describe the profile of the population relying etravirine ́s mutations and analyze the factors related to reduced sensitivity to this drug; eval uate the prevalence as well as the associated risk factors of genotyping with the presence of wild - type virus; d escribe the factors related to the presence of K65R mutati on at the first failure to cART . Methods : The study included data collection from medi cal records and genotyping of HIV patients followed at IPEC who had presented virologic failure for initial antiretroviral regimen in the period of 2000 to 2012 . The present study was approved by IPEC`s Ethics Committee . Results : 166 patients were included in this stud y .The predominant virus subtype was B (65.3 %). Among the 113 patients using NNRTI - based regimens, the most frequent mutation to NNRTI was 103N. Among the 17 patients who used an unboosted PI , the most prevalent mutations in protease were 30N , 32I and 46ILV. Among the 36 patients who used boosted PI the most frequent mutations in protease were 82AT F, 90M and 46ILV . The most frequent NRTI mutation into the three groups was 184VI . Among p atients who used NNRTI we found a higher percentage of mut ations to NRTIs and among those who used boosted PI fewer mutations to NRTIs were found . Thirty - two patients (17.6% ) had wild type vírus, which is associated with the presence of viral load > 50.000 copies/ml at the time of genotyping and with the use of unboosted and boosted PI. Regarding etravirine , there was a lower proportion of individuals with full sensitivity profile and a higher proportion of indivi duals with resistance profile ( primarily intermediate level) a m ong patients who used tenofovir , with a significant difference in relation to total evaluated patients ( p = 0.004). Forty - seven patients used Tenofovir of which 31.9 % had presented K65R . Conclusions : The genotypic profile of the first failure among patients in the IPEC cohort showed a higher prevalence of 184V/I and 103N. A small number of mutations to protease was evidenced. The overall prevalence of genotyping with wild type virus was 17.6 % . A viral load > 50,000 copies/ml at the time of genotyping as well as PI use (both, boosted and non - boosted) were found to be associated with an increased presence of with wild type virus factors. A relatively favorable mutational profile to the future use of etravirine in salvage regime ns in the IPEC cohort was evidenced by the moderate frequency of mut ations that compromise this antiretroviral act ivity.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porPerfil Genotípico de Resistência do HIV em pacientes com falha virológica ao esquema antirretroviral de primeira linha na coorte de pacientes com HIV/AIDS do Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas-Fiocruzinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2013-12-18Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças InfecciosasFundação Oswaldo Cruz. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro ChagasRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças InfecciosasFarmacorresistência ViralTerapia Antirretroviral de Alta AtividadeEstudos de CoortesHIVinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALisabel_tavares_ini_mest_2013.pdfapplication/pdf1099315https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12466/1/isabel_tavares_ini_mest_2013.pdf11f2428b3a85a3607457516345628393MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12466/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTisabel_tavares_ini_mest_2013.pdf.txtisabel_tavares_ini_mest_2013.pdf.txtExtracted texttext/plain159130https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12466/3/isabel_tavares_ini_mest_2013.pdf.txtd4c8a1eeb25f69fb764f6487d0677f09MD53icict/124662023-08-03 11:54:08.096oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12466Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-03T14:54:08Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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Introdução: Ao longo dos trinta anos de identificação do HIV como agente etiológico, muitas mudanças ocorreram, principalmente em relação ao tratamento dos pacientes. O adequado monitoramento e a detecção precoce das falhas virológicas desde o primeiro esquema antirretroviral possibilita escolhas mais adequadas do esquema de segunda linha através da obtenção do perfil das mutações relacionadas à classe de antirretroviral que foi utilizada como primeiro esquema. Objetivos: Descrever o perfil genotípico por ocasião da primeira falha virológica em uso de um esquema inicial de cART; Avaliar o impacto do perfil mutacional no momento da primeira falha no uso potencial da etravirina em esquemas antirretrovirais subsequentes; Descrever o perfil da população baseando-se no escore de mutações da etravirina e analisar os fatores relacionados à redução na sensibilidade a esta droga; Avaliar a prevalência de genotipagens com de vírus selvagem e analisar os fatores associados à sua ocorrência; Descrever os fatores relacionados à mutação K65R na primeira falha à cART. Métodos: Estudo com coleta de dados a partir de prontuários médicos e exames de genotipagem de pacientes com HIV acompanhados no IPEC que tiveram a falha virológica ao esquema antirretroviral inicial no período de 2000 a 2012. Este estudo foi revisto e aprovado pelo Comitê de Ética do IPEC Resultados: Foram incluídos 166 pacientes nesse estudo. O subtipo viral predominante foi o B (65,3%). Nos 113 pacientes que usaram esquemas baseados em ITRNN (66,5%), a mutação mais frequente para esta classe foi a 103N. Entre os 17 pacientes que fizeram uso de IP sem booster, as mutações mais frequentes na protease foram a 30N, 32I e 46ILV e entre os 36 pacientes que fizeram uso de IP com booster as mutações mais frequentes na protease foram a 82ATF, 90M e 46ILV. A mutação para ITRN mais frequente nos três grupos foi a 184VI. Os pacientes que usaram ITRNN foram os que tiveram maior percentual de mutações para ITRN e os que usaram IP com booster foram os que tiveram menor pecentual de mutação para duas classes. Trinta e dois pacientes (17,6%) apresentaram genotipagem com vírus selvagem, sendo esta associada à presença de carga viral no momento da genotipagem > 50.000 cópias/ml e ao uso de IP com booster e sem booster.. Em relação à etravirina, observou-se uma menor proporção de indivíduos com perfil de sensibilidade plena e uma maior proporção de indivíduos com perfil de resistência (principalmente de nível intermediário) entre os pacientes que utilizaram tenofovir, sendo essa diferença significativa em relação ao total de pacientes avaliados (p=0,004). Quarenta e sete pacientes usaram Tenofovir sendo que 31,9% apresentaram a K65R Conclusões: O perfil genotípico da primeira falha entre os pacientes da coorte do IPEC no período avaliado mostrou uma alta prevalência de 184V/I e 103N. Contrariamente, a prevalência de mutações para a protease foi baixa. A carga viral no momento da genotipagem > 50.000 cópias/ml e o uso de IP com booster e sem booster foram considerados fatores associados à maior presença de genotipagens com vírus selvagem. Foi evidenciado um perfil mutacional relativamente favorável à utilização da Etravirina em esquemas de futuro resgate na coorte de pacientes do IPEC, pela moderada frequência das mutações que comprometem a atividade deste antirretroviral |
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