Os homens não vêm! Ausência e/ou invisibilidade masculina na atenção primária
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Data de Publicação: | 2011 |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/6023 |
Resumo: | O artigo se debruça na discussão da ausência e/ou invisibilidade masculina nos serviços de atenção primária, com consequente ausência da inclusão dos homens nos cuidados preventivos. A grade analítica está fundamentada na literatura que discute cuidados em saúde e masculinidade. O método deste estudo se baseia em uma análise qualitativa do material empírico advindo dos depoimentos, na forma de entrevistas individuais semi-estruturadas, de vinte profissionais, e do material de dois grupos focais com doze trabalhadoras de nível médio de enfermagem de dois serviços de saúde em atenção primária do município do Rio de Janeiro (RJ). Os dados da pesquisa apontam para duas dimensões dignas de atenção: a estrutural e a simbólica. A estrutural revela pouco investimento na organização do serviço numa perspectiva de gênero, reforçando o senso comum de que os homens não são usuários da atenção primária. A simbólica diz respeito à não consideração de temas do universo masculino, como a dificuldade que homens têm em se desnudar para o profissional, demandando uma privacidade no atendimento. Trabalhar nessas questões pode possibilitar a transformação das práticas que tornam os homens invisíveis nos programas de saúde de atenção primária, afastando-os da condição de cuidadores de si e dos outros. |
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Gomes, RomeuMoreira, Martha Cristina NunesNascimento, Elaine Ferreira doRebello, Lúcia Emilia Figueiredo de SousaCouto, Márcia TherezaSchraiber, Lilia Blima2012-12-18T17:44:57Z2012-12-18T17:44:57Z2011GOMES, Romeu et al. Os homens não vêm! Ausência e/ou invisibilidade masculina na atenção primária. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, p. 983-992, 2011. Supl.1.1413-8123https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/602310.1590/S1413-81232011000700030O artigo se debruça na discussão da ausência e/ou invisibilidade masculina nos serviços de atenção primária, com consequente ausência da inclusão dos homens nos cuidados preventivos. A grade analítica está fundamentada na literatura que discute cuidados em saúde e masculinidade. O método deste estudo se baseia em uma análise qualitativa do material empírico advindo dos depoimentos, na forma de entrevistas individuais semi-estruturadas, de vinte profissionais, e do material de dois grupos focais com doze trabalhadoras de nível médio de enfermagem de dois serviços de saúde em atenção primária do município do Rio de Janeiro (RJ). Os dados da pesquisa apontam para duas dimensões dignas de atenção: a estrutural e a simbólica. A estrutural revela pouco investimento na organização do serviço numa perspectiva de gênero, reforçando o senso comum de que os homens não são usuários da atenção primária. A simbólica diz respeito à não consideração de temas do universo masculino, como a dificuldade que homens têm em se desnudar para o profissional, demandando uma privacidade no atendimento. Trabalhar nessas questões pode possibilitar a transformação das práticas que tornam os homens invisíveis nos programas de saúde de atenção primária, afastando-os da condição de cuidadores de si e dos outros.This article deals with the masculine absence and/or invisibility in primary healthcare services and the consequent exclusion of men of the preventive care. The analytical frame is based on the literature that discusses care related to health and masculinity. Methodologically the study uses qualitative analysis of the empirical data (reports) gathered by semi-structured individual interviews of 20 professionals and by two focus groups with 12 workers of the nursing assistants staff of two primary healthcare services of the city of Rio de Janeiro (RJ). Results point out two significant dimensions: the structural and the symbolic one. The structural dimension reveals low investment in the services' organization related to gender perspective approach, reinforcing the common sense that men are not primary healthcare users. The symbolic dimension shows the non consideration of the masculine universe themes as the difficulty men have in revealing themselves to the professional, demanding a special privacy for attendance. Dealing with these questions enhance the possibility of changing practices that are making men invisible to the primary healthcare programs and taking them apart of the self care condition as well as the condition of carriers of others.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Rio de Janeiro, RJ, BrasilUniversidade de São Paulo. São Paulo, SP, BrasilUniversidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. São Paulo, SP, BrasilporAssociação Brasileira de Saúde ColetivaGomes R, Nascimento EF. A produção do conhecimento da saúde pública sobre a relação homem-saúde: uma revisão bibliográfica. Cad Saude Publica 2006; 22 (Supl 5):901-911.Gomes R, Nascimento EF, Araújo FC. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad Saude Publica 2007; 23(3):565-574.Gomes R, Rebello LEFS, Araújo FC. A prevenção do câncer de próstata: uma revisão da literatura. Cien Saude Colet 2008; 13(1):235-246.Schraiber LB, Gomes R, Couto MT. Homens na pauta da saúde coletiva. Cien Saude Colet 2005; 10(1):7-17.Gomes R. Sexualidade masculina, gênero e saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2008.Costa RG. Saúde e masculinidade: reflexões de uma perspectiva de gênero. Rev. bras. estud. popul. 2003; 20(1):79-92.Couternay WH. Constructions of masculinity and their influence on men's well-being: a theory of gender and health. Soc Sci Med 2000; 50:1385- 1401.Korin D. Nuevas perspectivas de género en salud. Adolescência Latinoamericana 2001; 2(2):67-79.Schraiber LB. Equidade de gênero e saúde: o cotidiano das práticas no Programa Saúde da Família do Recife. In: Villela W, Monteiro S, organizadores. Gênero e saúde: Programa Saúde da Família em questão. Rio de Janeiro: Abrasco/Brasília: Fundo de População das Nações Unidas; 2005. p. 39-61.Gomes R. Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma discussão. Cien Saude Colet 2003; 8(3):825-829.Gastaldo EL. A forja do homem de ferro: a corporalidade nos esportes de combate. In: Leal OF, organizadora. Corpo e Significado: ensaios de antropologia social. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS; 1995. p. 207-226.Keijer B. 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Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
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