Análise dos fatores de risco para anemia dos recém-nascidos RH positivo filhos de gestantes aloimunizadas RH(D)

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Autor(a) principal: Vaena, Marcella Martins de Vasconcelos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4116
Resumo: A anemia fetal causada pela Doença Hemolítica Perinatal (DHPN) é responsável por quadros graves de insuficiência cardíaca e hidropisia, podendo levar a óbitos fetais. A DHPN pode ocasionar ainda sequelas neurológicas graves em recém-nascidos devido à encefalopatia bilirrubínica. No Brasil, apesar da profilaxia a incidência da doença ainda é alta. O conhecimento do histórico obstétrico e o acompanhamento pré-natal especializado, com avaliação da anemia fetal pela dopplervelocimetria, e terapêutica, com transfusão intrauterina, são capazes de aumentar a sobrevida desses pacientes e evitar sequelas. Objetivos Descrever e analisar a relação da história obstétrica e do acompanhamento pré-natal com a ocorrência de anemia no recém nascido com DHPN, identificando características clínico-epidemiológicas nestes períodos que possam estar relacionadas com a anemia no recém-nascido. Metodologia O banco de dados do ensaio clínico sobre o uso de imunoglobulina humana em anemia hemolítica por aloimunização Rh (D) forneceu os dados necessários para identificação destas relações. Dados complementares da dopplervelocimetria foram obtidos junto ao Serviço de Medicina Fetal do Instituto Fernandes Figueira (IFF). Foram considerados os recém-nascidos (RN) com diagnóstico de DHPN por anticorpo anti-Rh(D), nascidos no IFF no período de abril de 2006 a junho de 2009. Foram excluídos os RN com hidropisia fetal, idade gestacional menor que 32 semanas, asfixia grave, e os que foram submetidos à exsanguineotransfusão ao nascer. Análises bivariadas foram utilizadas para identificar as associações com a anemia. O modelo de trajetória foi utilizado para estimar as associações do histórico obstétrico e do pré-natal com a anemia. As análises estatísticas foram realizadas com os programas Epinfo e SPSS. Resultados O percentual de recém-nascidos com anemia moderada a grave ao nascer (Htc ≤35%) foi de 38%, os recém-nascidos com anemia leve (Htc entre 41% e 36%) somaram 27,2% e os não anêmicos (Htc ≥ 42%) 40%. A média da idade gestacional de início do pré-natal especializado foi de 26 semanas e 16,36% das gestantes que teriam indicação de avaliação com doppler, chegaram após 34 semanas, o que inviabilizou o acompanhamento adequado e a realização da dopplervelocimetria. O modelo de trajetória identificou correlação estatisticamente significativa entre histórico obstétrico e o período pré-natal de 37% e, entre o período pré-natal com os valores de hematócrito de cerca de 70%. Conclusão A história de filhos acometidos por DHPN mostrou-se um fator importante e que deve ser considerado na assistência pré-natal das gestantes aloimunizadas Rh(D). O resultado do modelo de trajetória relacionando as variáveis do período pré-natal com Hematócrito, corrobora a importância de um pré-natal especializado que permita avaliação da anemia fetal através da dopplervelocimetria, e que disponha de mais recursos terapêuticos para o tratamento da anemia. A classificação adequada de risco das gestantes, através da avaliação da história obstétrica e do resultado do primeiro doppler, poderia colaborar para o encaminhamento mais precoce das gestantes em risco para DHPN e a racionalização dos recursos destinados ao pré-natal de alto risco, acompanhamento e terapêutica da Doença Hemolítica.
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O conhecimento do histórico obstétrico e o acompanhamento pré-natal especializado, com avaliação da anemia fetal pela dopplervelocimetria, e terapêutica, com transfusão intrauterina, são capazes de aumentar a sobrevida desses pacientes e evitar sequelas. Objetivos Descrever e analisar a relação da história obstétrica e do acompanhamento pré-natal com a ocorrência de anemia no recém nascido com DHPN, identificando características clínico-epidemiológicas nestes períodos que possam estar relacionadas com a anemia no recém-nascido. Metodologia O banco de dados do ensaio clínico sobre o uso de imunoglobulina humana em anemia hemolítica por aloimunização Rh (D) forneceu os dados necessários para identificação destas relações. Dados complementares da dopplervelocimetria foram obtidos junto ao Serviço de Medicina Fetal do Instituto Fernandes Figueira (IFF). Foram considerados os recém-nascidos (RN) com diagnóstico de DHPN por anticorpo anti-Rh(D), nascidos no IFF no período de abril de 2006 a junho de 2009. Foram excluídos os RN com hidropisia fetal, idade gestacional menor que 32 semanas, asfixia grave, e os que foram submetidos à exsanguineotransfusão ao nascer. Análises bivariadas foram utilizadas para identificar as associações com a anemia. O modelo de trajetória foi utilizado para estimar as associações do histórico obstétrico e do pré-natal com a anemia. As análises estatísticas foram realizadas com os programas Epinfo e SPSS. Resultados O percentual de recém-nascidos com anemia moderada a grave ao nascer (Htc ≤35%) foi de 38%, os recém-nascidos com anemia leve (Htc entre 41% e 36%) somaram 27,2% e os não anêmicos (Htc ≥ 42%) 40%. A média da idade gestacional de início do pré-natal especializado foi de 26 semanas e 16,36% das gestantes que teriam indicação de avaliação com doppler, chegaram após 34 semanas, o que inviabilizou o acompanhamento adequado e a realização da dopplervelocimetria. O modelo de trajetória identificou correlação estatisticamente significativa entre histórico obstétrico e o período pré-natal de 37% e, entre o período pré-natal com os valores de hematócrito de cerca de 70%. Conclusão A história de filhos acometidos por DHPN mostrou-se um fator importante e que deve ser considerado na assistência pré-natal das gestantes aloimunizadas Rh(D). O resultado do modelo de trajetória relacionando as variáveis do período pré-natal com Hematócrito, corrobora a importância de um pré-natal especializado que permita avaliação da anemia fetal através da dopplervelocimetria, e que disponha de mais recursos terapêuticos para o tratamento da anemia. A classificação adequada de risco das gestantes, através da avaliação da história obstétrica e do resultado do primeiro doppler, poderia colaborar para o encaminhamento mais precoce das gestantes em risco para DHPN e a racionalização dos recursos destinados ao pré-natal de alto risco, acompanhamento e terapêutica da Doença Hemolítica.The fetal anemia caused by hemolytic diseases is responsible for severe cases of cardiac insufficiency and hydropsis, which may lead to fetal death. The hemolytic disease of the fetus and newborn (HDFN) may also cause severe neurologic sequelae in newborns due to bilirrubinic encephalopathy. In Brazil, despite prophylaxis the incidence of the disease remains high. The knowledge of the obstetric history and prenatal specialized care, with assessment of the fetal anemia by fluxometric doppler and therapy with intrauterine transfusion, are able to increase the survival of these patients and prevent sequelae. Objectives To describe and analyze the relationship between obstetric history and prenatal care with anemia in the HDFN, identifying clinical and epidemiological characteristics of these periods that may be related to anemia in the newborn. Methods The database of the clinical trial on the use of human immunoglobulin in hemolytic anemia due to Rh(D) alloimmunization provided the necessary data for identification of these relationships. Additional data was obtained from the fluxometric doppler exams of the Fetal Medicine Service of the Instituto Fernandes Figueira (IFF). We considered the newborn diagnosed with HDFN by anti-Rh(D), born at the IFF in the period between April 2006 to June 2009. Infants with fetal hydropsis, gestational age less than 32 weeks, severe asphyxia or who underwent exchange transfusion at birth were excluded. Bivariate analyzes were used to identify associations with anemia. The trajectory model was used to estimate the association of obstetric history and antenatal anemia. Statistical analyzes were performed using Epinfo and SPSS programs. Results The percentage of infants with moderate to severe anemia at birth (Htc ≤ 35%) was 38%, newborns with mild anemia (Htc between 41% and 36%) amounted to 27,2% and non-anemic (Htc ≥ 42%) was 40%. The average gestational age of initiation of specialized prenatal care was 26 weeks, and 16,36% of the pregnant women arrived after 34 weeks, which restrained proper monitoring through doppler velocimetry. The trajectory model identified a 37% statistically significant correlation between obstetric history and the prenatal period and a 70% correlation between prenatal period with hematocrit values. Conclusion The previous history of children affected by HDFN proved to be an important factor and should be considered in prenatal care of alloimmunized Rh(D) pregnant women. The trajectory model identified the relationship between hematocrit value and prenatal care variables. This data supports specialized pre-natal care that allows assessment through doppler and that can afford the means to treat anemia. Thus, the proper classification of risk by evaluating the obstetric history and the outcome of the first doppler, could contribute to the earlier referral of high risk to HDFN pregnant women to and also to the rationalization of the resources destinated to high risk prenatal care, monitoring and treatment of Hemolytic Disease.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEritroblastose FetalIdade GestacionalAnemiaErythroblastosisAnemiaEritroblastose FetalIdade GestacionalAnemiaAnálise dos fatores de risco para anemia dos recém-nascidos RH positivo filhos de gestantes aloimunizadas RH(D)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2012-03Departamento de EnsinoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes FigueiraRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulherinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALVaena, MMV Dissertacao.pdfVaena, MMV Dissertacao.pdfapplication/pdf210284https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4116/1/Vaena%2c%20MMV%20Dissertacao.pdf1f4da4c9dc642bc3c2e1a9edda34d60fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81648https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4116/2/license.txte095249ac7cacefbfe39684dfe45e706MD52TEXTVaena, MMV Dissertacao.pdf.txtVaena, MMV Dissertacao.pdf.txtExtracted texttext/plain65086https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4116/5/Vaena%2c%20MMV%20Dissertacao.pdf.txtdf0e00756d567415a635b70d888d0a0fMD55THUMBNAILVaena, MMV Dissertacao.pdf.jpgVaena, MMV Dissertacao.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1169https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4116/4/Vaena%2c%20MMV%20Dissertacao.pdf.jpgb36a8ea44dff14866095fd2dafc140f0MD54icict/41162022-06-29 00:01:13.992oai:www.arca.fiocruz.br:icict/4116Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKQnkgc2lnbmluZyBhbmQgc3VibWl0dGluZyB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIHlvdSAodGhlIGF1dGhvcihzKSBvciBjb3B5cmlnaHQKb3duZXIpIGdyYW50cyB0byBEU3BhY2UgVW5pdmVyc2l0eSAoRFNVKSB0aGUgbm9uLWV4Y2x1c2l2ZSByaWdodCB0byByZXByb2R1Y2UsCnRyYW5zbGF0ZSAoYXMgZGVmaW5lZCBiZWxvdyksIGFuZC9vciBkaXN0cmlidXRlIHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiAoaW5jbHVkaW5nCnRoZSBhYnN0cmFjdCkgd29ybGR3aWRlIGluIHByaW50IGFuZCBlbGVjdHJvbmljIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bSwKaW5jbHVkaW5nIGJ1dCBub3QgbGltaXRlZCB0byBhdWRpbyBvciB2aWRlby4KCllvdSBhZ3JlZSB0aGF0IERTVSBtYXksIHdpdGhvdXQgY2hhbmdpbmcgdGhlIGNvbnRlbnQsIHRyYW5zbGF0ZSB0aGUKc3VibWlzc2lvbiB0byBhbnkgbWVkaXVtIG9yIGZvcm1hdCBmb3IgdGhlIHB1cnBvc2Ugb2YgcHJlc2VydmF0aW9uLgoKWW91IGFsc28gYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5IGtlZXAgbW9yZSB0aGFuIG9uZSBjb3B5IG9mIHRoaXMgc3VibWlzc2lvbiBmb3IKcHVycG9zZXMgb2Ygc2VjdXJpdHksIGJhY2stdXAgYW5kIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB0aGUgc3VibWlzc2lvbiBpcyB5b3VyIG9yaWdpbmFsIHdvcmssIGFuZCB0aGF0IHlvdSBoYXZlCnRoZSByaWdodCB0byBncmFudCB0aGUgcmlnaHRzIGNvbnRhaW5lZCBpbiB0aGlzIGxpY2Vuc2UuIFlvdSBhbHNvIHJlcHJlc2VudAp0aGF0IHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiBkb2VzIG5vdCwgdG8gdGhlIGJlc3Qgb2YgeW91ciBrbm93bGVkZ2UsIGluZnJpbmdlIHVwb24KYW55b25lJ3MgY29weXJpZ2h0LgoKSWYgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgZm9yIHdoaWNoIHlvdSBkbyBub3QgaG9sZCBjb3B5cmlnaHQsCnlvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZSBvYnRhaW5lZCB0aGUgdW5yZXN0cmljdGVkIHBlcm1pc3Npb24gb2YgdGhlCmNvcHlyaWdodCBvd25lciB0byBncmFudCBEU1UgdGhlIHJpZ2h0cyByZXF1aXJlZCBieSB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIGFuZCB0aGF0CnN1Y2ggdGhpcmQtcGFydHkgb3duZWQgbWF0ZXJpYWwgaXMgY2xlYXJseSBpZGVudGlmaWVkIGFuZCBhY2tub3dsZWRnZWQKd2l0aGluIHRoZSB0ZXh0IG9yIGNvbnRlbnQgb2YgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24uCgpJRiBUSEUgU1VCTUlTU0lPTiBJUyBCQVNFRCBVUE9OIFdPUksgVEhBVCBIQVMgQkVFTiBTUE9OU09SRUQgT1IgU1VQUE9SVEVECkJZIEFOIEFHRU5DWSBPUiBPUkdBTklaQVRJT04gT1RIRVIgVEhBTiBEU1UsIFlPVSBSRVBSRVNFTlQgVEhBVCBZT1UgSEFWRQpGVUxGSUxMRUQgQU5ZIFJJR0hUIE9GIFJFVklFVyBPUiBPVEhFUiBPQkxJR0FUSU9OUyBSRVFVSVJFRCBCWSBTVUNICkNPTlRSQUNUIE9SIEFHUkVFTUVOVC4KCkRTVSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgeW91ciBuYW1lKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3Iocykgb3Igb3duZXIocykgb2YgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24sIGFuZCB3aWxsIG5vdCBtYWtlIGFueSBhbHRlcmF0aW9uLCBvdGhlciB0aGFuIGFzIGFsbG93ZWQgYnkgdGhpcwpsaWNlbnNlLCB0byB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-29T03:01:13Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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