Percepções e experiências de médicos, usuários e gestores sobre o Programa Mais Médicos: síntese de evidências qualitativas
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51753 |
Resumo: | Contexto: O desequilíbrio entre a provisão de médicos e as necessidades dos sistemas de saúde e das populações é um problema mundial. No Brasil, faltam médicos em diversas localidades e em determinadas especialidades médicas, com destaque na atenção primária à saúde (APS). Para intervir nessa realidade, o governo brasileiro lançou o Programa Mais Médicos (PMM), abarcando ações de melhoria da infraestrutura dos serviços de saúde, mudanças na formação médica e provimento emergencial. Objetivos: Compreender as percepções e as experiências de usuários, gestores e médicos sobre o PMM. Métodos de pesquisa: Pesquisamos no PUBMED, BVS Saúde e Plataforma de Conhecimento do Mais Médicos, fontes de literatura cinzenta e referências dos estudos incluídos. Critério de seleção: Foram incluídos estudos qualitativos e de métodos mistos com componente qualitativo identificável. Coleta e análise de dados: Os dados foram extraídos utilizando o formulário de extração de dados. As limitações metodológicas dos estudos foram avaliadas com a adaptação da Critical Appraisal Skills Programme (CASP). Foi utilizada a abordagem de síntese temática para analisar e sintetizar as evidências e a CERQual (Confidence in the Evidence from Reviews of Qualitative Research) para avaliar a confiança em cada achado. Resultados principais: 27 estudos foram incluídos na revisão. Todos os estudos foram desenvolvidos no Brasil, contemplando todas as regiões do país e perfis de municípios, incluindo os com população quilombola e indígena. Os estudos foram realizados com usuários e gestores do SUS, além de médicos brasileiros, estrangeiros, supervisores e tutores do PMM. Os gestores expressaram satisfação com o programa que permitiu estruturar as equipes de APS, os sistemas locais de saúde, promovendo ampliação de acesso aos serviços e diversidade de ofertas de cuidado. Os usuários expressaram satisfação com o atendimento recebido, conhecimentos e atitudes dos médicos e a humanização do cuidado. Destacaram a facilidade de acesso aos serviços, após o PMM. Os médicos estrangeiros sentirem-se acolhidos nas equipes, estabeleceram boas relações com gestores, profissionais e usuários. Valorizaram o papel dos agentes comunitários de saúde (ACS) e avaliaram positivamente o curso de especialização ofertado, a bolsa e o treinamento inicial. A revisão identificou desafios do PMM, como a supervisão, o idioma e as estratégias de comunicação do programa. Por fim, desvendou desafios da APS e do SUS, como os processos de trabalho das equipes, à falta de insumos e equipamentos, a infraestrutura precária das unidades de saúde, o sistema de referência e contrarreferência, o acesso ao médico especialista e a falta de transporte adequado para acessar os serviços, em regiões rurais e remotas. A confiança em vários achados foi rebaixada de alta para moderada, baixa ou muito baixa. As razões para isso foram às limitações metodológicas dos estudos primários incluídos, assim como quando os achados da revisão foram suportados por poucos dados e as pesquisas realizadas com poucos participantes. Outra razão para o rebaixamento da confiança foi à ausência de representatividade das regiões e dos perfis de municípios do país. Conclusão dos autores: Com a revisão pode-se afirmar que o PMM foi bem aceito pelos três públicos, nos diversos contextos em que foi implementado. A aceitabilidade superou os desafios do PMM em todos os subgrupos analisados, porém os desafios desvendados pelo PMM são muitos e comprometem o cuidado ofertado na APS e a materialização dos princípios do SUS. Entendemos que o PMM mudou a APS brasileira e se estabeleceu como um programa de sucesso, devendo ser aperfeiçoado para a garantia da universalidade e do acesso às populações ao SUS. |
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Santos, Demétrio de Lacerda Caetano doBarreto, Jorge Otávio MaiaSilva, Everton Nunes daChapman, EvelinaBarreto, Jorge Otávio Maia2022-03-18T21:19:59Z2022-03-18T21:19:59Z2022SANTOS, Demétrio de Lacerda Caetano do. Percepções e experiências de médicos, usuários e gestores sobre o Programa Mais Médicos: síntese de evidências qualitativas. 2022. 125 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas em Saúde)—Escola Fiocruz de Governo, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2022.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51753Contexto: O desequilíbrio entre a provisão de médicos e as necessidades dos sistemas de saúde e das populações é um problema mundial. No Brasil, faltam médicos em diversas localidades e em determinadas especialidades médicas, com destaque na atenção primária à saúde (APS). Para intervir nessa realidade, o governo brasileiro lançou o Programa Mais Médicos (PMM), abarcando ações de melhoria da infraestrutura dos serviços de saúde, mudanças na formação médica e provimento emergencial. Objetivos: Compreender as percepções e as experiências de usuários, gestores e médicos sobre o PMM. Métodos de pesquisa: Pesquisamos no PUBMED, BVS Saúde e Plataforma de Conhecimento do Mais Médicos, fontes de literatura cinzenta e referências dos estudos incluídos. Critério de seleção: Foram incluídos estudos qualitativos e de métodos mistos com componente qualitativo identificável. Coleta e análise de dados: Os dados foram extraídos utilizando o formulário de extração de dados. As limitações metodológicas dos estudos foram avaliadas com a adaptação da Critical Appraisal Skills Programme (CASP). Foi utilizada a abordagem de síntese temática para analisar e sintetizar as evidências e a CERQual (Confidence in the Evidence from Reviews of Qualitative Research) para avaliar a confiança em cada achado. Resultados principais: 27 estudos foram incluídos na revisão. Todos os estudos foram desenvolvidos no Brasil, contemplando todas as regiões do país e perfis de municípios, incluindo os com população quilombola e indígena. Os estudos foram realizados com usuários e gestores do SUS, além de médicos brasileiros, estrangeiros, supervisores e tutores do PMM. Os gestores expressaram satisfação com o programa que permitiu estruturar as equipes de APS, os sistemas locais de saúde, promovendo ampliação de acesso aos serviços e diversidade de ofertas de cuidado. Os usuários expressaram satisfação com o atendimento recebido, conhecimentos e atitudes dos médicos e a humanização do cuidado. Destacaram a facilidade de acesso aos serviços, após o PMM. Os médicos estrangeiros sentirem-se acolhidos nas equipes, estabeleceram boas relações com gestores, profissionais e usuários. Valorizaram o papel dos agentes comunitários de saúde (ACS) e avaliaram positivamente o curso de especialização ofertado, a bolsa e o treinamento inicial. A revisão identificou desafios do PMM, como a supervisão, o idioma e as estratégias de comunicação do programa. Por fim, desvendou desafios da APS e do SUS, como os processos de trabalho das equipes, à falta de insumos e equipamentos, a infraestrutura precária das unidades de saúde, o sistema de referência e contrarreferência, o acesso ao médico especialista e a falta de transporte adequado para acessar os serviços, em regiões rurais e remotas. A confiança em vários achados foi rebaixada de alta para moderada, baixa ou muito baixa. As razões para isso foram às limitações metodológicas dos estudos primários incluídos, assim como quando os achados da revisão foram suportados por poucos dados e as pesquisas realizadas com poucos participantes. Outra razão para o rebaixamento da confiança foi à ausência de representatividade das regiões e dos perfis de municípios do país. Conclusão dos autores: Com a revisão pode-se afirmar que o PMM foi bem aceito pelos três públicos, nos diversos contextos em que foi implementado. A aceitabilidade superou os desafios do PMM em todos os subgrupos analisados, porém os desafios desvendados pelo PMM são muitos e comprometem o cuidado ofertado na APS e a materialização dos princípios do SUS. Entendemos que o PMM mudou a APS brasileira e se estabeleceu como um programa de sucesso, devendo ser aperfeiçoado para a garantia da universalidade e do acesso às populações ao SUS.Background: The imbalance between the supply of doctors and the needs of the health systems and the populations is a worldwide problem. In Brazil, there is a lack of doctors in several locations and mainly certain medical specialties, especially in primary health care (PHC). To intervene in this reality, the Brazilian government launched the More Doctors Program (MDP), including actions to improve the health services infrastructure, changes in medical training, and emergency provision. Objectives: To understand the perceptions and experiences of users, managers, and doctors about the MDP. Methods: The search was performed in PUBMED, BVS Saúde, Mais Médicos Knowledge Platform, gray literature sources, and references of the included studies. Selection criteria: Qualitative and mixed-method studies with an identifiable qualitative component were included. Data collection and analysis: Data were extracted using the data extraction form. The methodological limitations of the studies were evaluated with the adaptation of the Critical Appraisal Skills Program (CASP). The thematic synthesis approach was used to analyze and synthesize the evidence and CERQual (Confidence in the Evidence from Reviews of Qualitative Research) to assess confidence in each finding. Main results: 27 studies were included in the review. All studies were developed in Brazil, containing all regions of the country and profiles of municipalities, including those with quilombola and indigenous populations. The studies were carried out with SUS users and managers, as well as Brazilian and foreign doctors, supervisors, and tutors from the MDP. Managers expressed satisfaction with the program, which allowed structuring PHC teams, local health systems, promoting an increase in access to services and diversity of care offerings. Users expressed satisfaction with the care received, knowledge and attitudes of doctors, and the humanization of care. They highlighted the ease of access to services after the MDP. Foreign doctors felt welcomed in the teams and established good relationships with managers, professionals, and users. They valued the role of community health agents (CHA) and positively evaluated the specialization course offered, the payment, and the initial training. The review identified MDP challenges such as program oversight, language, and communication strategies. Finally, it unveiled challenges of PHC and SUS, such as the teams' work processes, the lack of supplies and equipment, the precarious health units' infrastructure, the referral and counter-referral system, the access to specialist doctors, and the lack of adequate transport to access services in rural and remote regions. Confidence was lowered in several findings from high to moderate, low, or very low due to the methodological limitations of the primary studies included, as well as when the review's findings were supported by limited data and research conducted with few participants. Another reason for the lowering of confidence was the lack of representation of the regions and the profiles of municipalities in the country. Authors' conclusions: With the review, it can be said that the MDP was well accepted by the three audiences, in the different contexts in which it was implemented. Acceptability overcame the challenges of the MDP in all subgroups analyzed, but the challenges revealed by the program are many and compromise the care offered in PHC and the materialization of the SUS principles. We understand that the MDP changed Brazilian PHC and established itself as a successful program, which must be improved to guarantee universality and access to the SUS for populations.Fundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.porRecursos humanosAtenção primária à saúdeAvaliação de programas e projetos de saúdePrograma Mais MédicosWorkforcePrimary health careProgram evaluationMore Doctors ProgramAtenção Primária à SaúdeConsórcios de SaúdeMão de Obra em SaúdeAvaliação de Programas e Projetos de SaúdePercepções e experiências de médicos, usuários e gestores sobre o Programa Mais Médicos: síntese de evidências qualitativasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2022-02-23Escola de Governo Fiocruz BrasíliaFundação Oswaldo Cruz. Gerência Regional de BrasíliaMestrado ProfissionalBrasília/DFPrograma de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51753/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdemetrio_santos_fiodf_mest_2022.pdfapplication/pdf1697833https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51753/2/demetrio_santos_fiodf_mest_2022.pdfee74d4afe75ec51168d79344e2cc00faMD52icict/517532022-03-18 18:20:30.058oai:www.arca.fiocruz.br:icict/51753Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-03-18T21:20:30Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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