Uso do Oseltamivir para o tratamento da influenza no Brasil: bases normativas e fatores associados
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49252 |
Resumo: | Introdução: Apesar de ser o medicamento de escolha contra influenza, há controvérsias e discussões atuais quanto à indicação, eficácia, segurança e custo efetividade do oseltamivir. No Brasil, são escassos os estudos sobre a vigilância da influenza e o tratamento antiviral. Objetivo: Investigar as bases normativas e fatores associados ao uso do oseltamivir no tratamento de influenza no Brasil. Método: Foi delineada uma pesquisa documental das ações, produção técnica e documentos normativos relacionados ao oseltamivir no cenário brasileiro. O atual Protocolo de Tratamento da Influenza preconizado pelo Ministério da Saúde foi avaliado a partir do instrumento Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation (AGREE) II. Para identificação dos fatores associados ao uso do oseltamivir, foi delineado um estudo transversal analítico, tendo como população os casos notificados pela vigilância universal de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), por sua disponibilidade de dados sobre tratamento antiviral. Resultados: As bases normativas da incorporação e uso do oseltamivir no Brasil estão alinhadas ao panorama internacional e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O protocolo de tratamento possui fragilidades nos aspectos metodológicos, aplicabilidade e envolvimento de todas as partes interessadas, sendo recomendado seu desenvolvimento como Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). A maioria dos casos de SRAG (69,2%) recebeu tratamento com oseltamivir, porém em apenas 26,6% se deu de forma oportuna, sendo menor entre os óbitos por influenza. A não utilização do antiviral foi significativamente mais crítica entre indivíduos de baixa escolaridade \2013 analfabetos (RP: 1,714; IC 95%: 1,498-1,962) e com ensino fundamental (RP: 1,332; IC 95%: 1,203-1,474) \2013 e não brancos (RP: 1,207; IC 95%: 1,130-1,289). O uso do medicamento também foi associado à gestação (RP: 1,625; IC 95%: 1,413-1,869) e infecção por influenza (RP: 1,321; IC 95%: 1,215-1,436). O ano e período de enfrentamento da sazonalidade (março a julho) foram associados a melhores cenários de utilização do oseltamivir, diante da maior circulação de vírus influenza \2013 RP do não tratamento, em relação ao ano de 2013, de 1,683 (IC 95%: 1,518-1,865) para 2014, 2,151 (IC 95%: 1,944-2,381) para 2015 e 1,456 (IC 95%: 1,338-1,584) para 2016, e RP de 1,305 (IC 95%: 1,219-1,396) no período fora da sazonalidade. Conclusão: Apesar dos esforços do Ministério da Saúde quanto ao desenvolvimento e disseminação de diretrizes clínicas, com ações alinhadas às recomendações da OMS, permanecem fragilidades no âmbito da vigilância e atenção à saúde quanto ao uso e oportunidade do tratamento da influenza com oseltamivir. |
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Silva, Daiana Araujo daSilva, Erica Tatiane daNishioka, Sérgio de AndradeElias, Flávia Tavares SilvaPeixoto, Henry MaiaSilva, Erica Tatiane da2021-10-04T13:25:40Z2021-10-04T13:25:40Z2017SILVA, Daiana Araujo da. Uso do Oseltamivir para o tratamento da influenza no Brasil : bases normativas e fatores associados. 2017. 67 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas em Saúde)—Escola Fiocruz de Governo, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49252Introdução: Apesar de ser o medicamento de escolha contra influenza, há controvérsias e discussões atuais quanto à indicação, eficácia, segurança e custo efetividade do oseltamivir. No Brasil, são escassos os estudos sobre a vigilância da influenza e o tratamento antiviral. Objetivo: Investigar as bases normativas e fatores associados ao uso do oseltamivir no tratamento de influenza no Brasil. Método: Foi delineada uma pesquisa documental das ações, produção técnica e documentos normativos relacionados ao oseltamivir no cenário brasileiro. O atual Protocolo de Tratamento da Influenza preconizado pelo Ministério da Saúde foi avaliado a partir do instrumento Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation (AGREE) II. Para identificação dos fatores associados ao uso do oseltamivir, foi delineado um estudo transversal analítico, tendo como população os casos notificados pela vigilância universal de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), por sua disponibilidade de dados sobre tratamento antiviral. Resultados: As bases normativas da incorporação e uso do oseltamivir no Brasil estão alinhadas ao panorama internacional e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O protocolo de tratamento possui fragilidades nos aspectos metodológicos, aplicabilidade e envolvimento de todas as partes interessadas, sendo recomendado seu desenvolvimento como Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). A maioria dos casos de SRAG (69,2%) recebeu tratamento com oseltamivir, porém em apenas 26,6% se deu de forma oportuna, sendo menor entre os óbitos por influenza. A não utilização do antiviral foi significativamente mais crítica entre indivíduos de baixa escolaridade \2013 analfabetos (RP: 1,714; IC 95%: 1,498-1,962) e com ensino fundamental (RP: 1,332; IC 95%: 1,203-1,474) \2013 e não brancos (RP: 1,207; IC 95%: 1,130-1,289). O uso do medicamento também foi associado à gestação (RP: 1,625; IC 95%: 1,413-1,869) e infecção por influenza (RP: 1,321; IC 95%: 1,215-1,436). O ano e período de enfrentamento da sazonalidade (março a julho) foram associados a melhores cenários de utilização do oseltamivir, diante da maior circulação de vírus influenza \2013 RP do não tratamento, em relação ao ano de 2013, de 1,683 (IC 95%: 1,518-1,865) para 2014, 2,151 (IC 95%: 1,944-2,381) para 2015 e 1,456 (IC 95%: 1,338-1,584) para 2016, e RP de 1,305 (IC 95%: 1,219-1,396) no período fora da sazonalidade. Conclusão: Apesar dos esforços do Ministério da Saúde quanto ao desenvolvimento e disseminação de diretrizes clínicas, com ações alinhadas às recomendações da OMS, permanecem fragilidades no âmbito da vigilância e atenção à saúde quanto ao uso e oportunidade do tratamento da influenza com oseltamivir.Introduction: Despite being the most common drug used against influenza, there is controversy regarding oseltamivir\2019s indication, efficacy, safety and cost-effectiveness. In Brazil, the studies about influenza surveillance and antiviral therapies are scarce. Objective: To inquire the normative bases and associated factors of oseltamivir treatment for influenza in Brazil. Method: The study\2019s outset was to delineate the documentary research of oseltamivir\2019s clinical guidelines, technical papers and normative documents in the Brazilian scenario. The current influenza treatment protocol proposed by the Ministry of Health was evaluated through the Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation (AGREE) II. To identify the factors associated with the oseltamivir use, a cross-sectional analytic study was defined utilizing the data of notified cases of influenza available in the Global Surveillance of Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) in Brazil. Results: The normative bases of the oseltamivir administration in Brazil are in agreement with the international scenery and the health policy addressed by the World Health Organization (WHO). The treatment protocol has issues regarding methodology, applicability and involvement of the interested parties; consequently, it's recommend that the protocol's development proceed in accordance to the Clinical Protocol and Therapeutic Guidelines. Most SARS cases (69,2%) were treated with oseltamivir, although only 26,6% happened at an opportune time, what resulted in lowest death rates. The non-utilization of the antiviral therapy was significantly high among individuals with low levels of schooling\2013 illiterate (PR: 1.714; 95%CI: 1.498-1.962), middle school (PR: 1.332; 95%CI: 1.203- 1.474) \2013 and non-white people (PR: 1.207; 95%CI: 1.130-1.289). The medicine utilization was also associated with pregnancy (PR: 1.625; 95%CI: 1.413-1.869) and infection caused by influenza (PR: 1.321; 95%CI: 1.215-1.436). Due to the increasing circulation of the influenza virus, the best year and period associated with the use of the oseltamivir was between March and July \2013 non-treatment PR, in relation to the year of 2013, from 1.683 (95%CI: 1.518-1.865) in 2014; 2.151 (95%CI: 1.944-2.381) in 2015; 1.456 (95%CI: 1.338-1.584) in 2016; and PR of 1.305 (95%CI: 1.219-1.396) in the period outside seasonality. Conclusion: In spite of the efforts of the Ministry of Health in relation to the development and dissemination of medical guidelines, with actions alined to the recommendations of WHO, the fragilities in the vigilance scope and attention towards health remains in the administration of oseltamivir in the treatment of influenza.Fundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz Brasília. Brasília, DF, Brasil.porOseltamivirInfluenza humanaFatores epidemiológicosOseltamivirHuman influenzaEpidemiologic factorsAcesso a Medicamentos Essenciais e Tecnologias em SaúdeInfluenza HumanaOseltamivirUso de MedicamentosBrasilUso do Oseltamivir para o tratamento da influenza no Brasil: bases normativas e fatores associadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017Escola de Governo Fiocruz BrasíliaFundação Oswaldo Cruz. Gerência Regional de BrasíliaMestrado ProfissionalBrasília/DFPrograma de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49252/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALdaiana_silva_fiodf_mest_2017.pdf.application/pdf2153111https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49252/2/daiana_silva_fiodf_mest_2017.pdf.7968dfbcc289b352c29a98751bb322b6MD52icict/492522021-10-04 10:48:28.769oai:www.arca.fiocruz.br:icict/49252Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-10-04T13:48:28Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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