Revisão sistemática dos casos de Raiva no Brasil durante o período de 2001 a 2018: estudo comparativo dos Protocolos de Milwaukee e do protocolo de Recife e suas aplicações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ledesma, Leandro Augusto
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43961
Resumo: A raiva é um importante e grave problema de saúde pública negligenciado no mundo. Causado por um Lyssavirus, o vírus da raiva (RABV) é responsável por casos de encefalite de alta letalidade. No Brasil, nos últimos 27 anos houve um declínio no número de casos, com seis casos registrados em 2017 e uma clara mudança na forma de transmissão, já que cinco casos foram associados a morcegos. Em pacientes que desenvolveram a doença, o tratamento da raiva consiste em terapia de suporte com uso de algumas medicações que demostram atividade antiviral. Esse tratamento foi proposto pela primeira vez na cidade de Milwalkee, por este motivo recebe o nome de protocolo de Milwalkee. No Brasil o tratamento da doença é chamado de Protocolo de Recife, muito similar ao protocolo de Milwalkee, o protocolo brasileiro tenta adaptar os conceitos do original para a realidade do Brasil. Após os protocolos terem sido publicados, vários casos utilizaram suas orientações com o objetivo de alterar o desfecho da doença. Esta dissertação teve como objetivo descrever características epidemiológicas relacionadas aos casos de raiva notificados no período de 2001 a 2018 no Brasil além de se realizar uma revisão sistemática de todos os casos no período utilizando descritores específicos em português e inglês. Um total de 159 casos de raiva foram notificados ao Sina entre 2001 e 2018. As ferramentas de busca nas bases de dados Pubmed, Google Scholar e Scielo identificaram um total de 290 referências sobre diversos aspectos da raiva no Brasil. Após a exclusão por meio da leitura do título ou resumo ou manuscrito completo e das duplicações entre as ferramentas, 13 artigos foram identificados como referência para um caso específico de raiva relatado no Brasil Casos de raiva no Brasil mostraram um declínio de 2001 a 2016, especialmente aqueles transmitidos por mordida canina. Nos últimos dois anos houve uma tendência crescente no número de casos, com a transmissão ocorrendo através da mordida de morcegos. O número de casos de transmissão por felinos permaneceu baixo, com apenas 4 reportados (2,48% do total de casos). Casos de transmissão por mordida de primatas não humanos também são baixos, com um total de 5 casos (3,10%) durante o período analisado. Norte e Nordeste são os Estados que concentram o maior número de casos de raiva no período. Este levantamento epidemiológico da doença gerou material para a confecção de um artigo, apresentado nesta dissertação. Ao analisar o tratamento da doença, foi realizado levantamento de casos, nos quais foram utilizados o protocolo de Milwalkee. Foram comparados dois protocolos, avaliando as diferenças e como estas diferenças podiam alterar a evolução da doença. Foram encontrados 39 casos descritos, esses artigos foram analisados e características dos casos estão tabuladas no segundo artigo produzido pela dissertação. É importante para a saúde pública no Brasil que os formuladores de políticas deêm visibilidade para uma doença zoonótica de alta letalidade que precisa ser incluída no diagnóstico diferencial de encefalite aguda.
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Em pacientes que desenvolveram a doença, o tratamento da raiva consiste em terapia de suporte com uso de algumas medicações que demostram atividade antiviral. Esse tratamento foi proposto pela primeira vez na cidade de Milwalkee, por este motivo recebe o nome de protocolo de Milwalkee. No Brasil o tratamento da doença é chamado de Protocolo de Recife, muito similar ao protocolo de Milwalkee, o protocolo brasileiro tenta adaptar os conceitos do original para a realidade do Brasil. Após os protocolos terem sido publicados, vários casos utilizaram suas orientações com o objetivo de alterar o desfecho da doença. Esta dissertação teve como objetivo descrever características epidemiológicas relacionadas aos casos de raiva notificados no período de 2001 a 2018 no Brasil além de se realizar uma revisão sistemática de todos os casos no período utilizando descritores específicos em português e inglês. Um total de 159 casos de raiva foram notificados ao Sina entre 2001 e 2018. As ferramentas de busca nas bases de dados Pubmed, Google Scholar e Scielo identificaram um total de 290 referências sobre diversos aspectos da raiva no Brasil. Após a exclusão por meio da leitura do título ou resumo ou manuscrito completo e das duplicações entre as ferramentas, 13 artigos foram identificados como referência para um caso específico de raiva relatado no Brasil Casos de raiva no Brasil mostraram um declínio de 2001 a 2016, especialmente aqueles transmitidos por mordida canina. Nos últimos dois anos houve uma tendência crescente no número de casos, com a transmissão ocorrendo através da mordida de morcegos. O número de casos de transmissão por felinos permaneceu baixo, com apenas 4 reportados (2,48% do total de casos). Casos de transmissão por mordida de primatas não humanos também são baixos, com um total de 5 casos (3,10%) durante o período analisado. Norte e Nordeste são os Estados que concentram o maior número de casos de raiva no período. Este levantamento epidemiológico da doença gerou material para a confecção de um artigo, apresentado nesta dissertação. Ao analisar o tratamento da doença, foi realizado levantamento de casos, nos quais foram utilizados o protocolo de Milwalkee. Foram comparados dois protocolos, avaliando as diferenças e como estas diferenças podiam alterar a evolução da doença. Foram encontrados 39 casos descritos, esses artigos foram analisados e características dos casos estão tabuladas no segundo artigo produzido pela dissertação. É importante para a saúde pública no Brasil que os formuladores de políticas deêm visibilidade para uma doença zoonótica de alta letalidade que precisa ser incluída no diagnóstico diferencial de encefalite aguda.Rabies is a major and serious neglected public health problem in the world. Caused by a Lyssavirus, the rabies virus (RABV) is responsible for cases of highly lethal encephalitis. In Brazil, in the last 27 years there has been a decline in the number of cases, with six cases registered in 2017 and a clear change in the form of transmission, as five cases have been associated with bats. The treatment of rabies consists of supportive therapy with the use of some medications that show anti-viral activity, this treatment was first proposed in the city of milwalkee, for this reason it is called protocol of Milwalkee. In Brazil the treatment of the disease is called Protoclo de Recife, very similar to the Milwalkee protocol, the Brazilian protocol tries to adapt the concepts of the original to the reality of Brazil. After the protocols were published, several cases used their guidelines to change the outcome of the disease. This study aimed to describe epidemiological characteristics related to rabies cases reported from 2001 to 2018 in Brazil and the aim of this study is to perform a systematic review of all cases in the period using specific descriptors in Portuguese and English. A total of 159 rabies cases were reported to Sinan between 2001 and 2018. The Pubmed, Google Scholar and Scielo database search tools identified a total of 290 references on various aspects of rabies in Brazil. After exclusion by reading the title or abstract or full manuscript and duplicating the tools, 13 articles were identified as a reference for a specific case of rabies reported in Brazil. Cases of rabies in Brazil showed a decline from 2001 to 2016, especially those transmitted by canine bite. In the last two years there has been a growing trend in the number of cases, with transmission occurring through bat bite. The number of feline transmission cases remained low, with only 4 reported (2.48% of total cases) Bite transmission cases of non-human primates are also low, with a total of 5 cases (3.10%) over the analyzed period. North and Northeast are the states that concentrate the largest number of rabies cases in the period. This epidemiological survey of the disease generated material for the preparation of an article presented in this thesis. In analyzing the treatment of the disease, we conducted a case study in which the Milwalkee protocol was used. We made a comparison between two protocols, assessing the differences, and how they may change the course of the disease. In searching the cases in which the treatment was used we found 39 cases described, these articles were individually analyzed and case characteristics are tabulated in the second article produced by the thesis. It is important for public health in Brazil that policymakers give visibility to a highly lethal zoonotic disease that needs to be included in the differential diagnosis of acute encephalitis.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porRaivaProtocolos ClínicosRelatos de CasosEpidemiologiaTerapiaRaiva - epidemiologiaRaiva - terapiaProtocolos ClínicosRelatos de CasosRevisão sistemática dos casos de Raiva no Brasil durante o período de 2001 a 2018: estudo comparativo dos Protocolos de Milwaukee e do protocolo de Recife e suas aplicaçõesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2020Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/43961/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALleandro_ledesma_ioc_mest_2020.pdfapplication/pdf2469310https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/43961/2/leandro_ledesma_ioc_mest_2020.pdf91b2eb9f832aacb97f65d834c7cf5694MD52TEXTleandro_ledesma_ioc_mest_2020.pdf.txtleandro_ledesma_ioc_mest_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain149113https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/43961/3/leandro_ledesma_ioc_mest_2020.pdf.txtffb95a43d58f0d8b66eecf609218d192MD53icict/439612023-09-04 11:49:20.042oai:www.arca.fiocruz.br:icict/43961Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:20Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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