Comparação de marcadores de atividades inflamatória entre pacientes diabéticos e não diabéticos com angina instável

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Huoya, Marçal de Oliveira
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34670
Resumo: Níveis de proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCR-as) são mais elevados em pacientes diabéticos do que em indivíduos saudáveis. Trabalhos comparando a atividade inflamatória entre pacientes diabéticos e não diabéticos com síndrome coronária aguda são escassos, especialmente em pacientes diabéticos e não diabéticos exclusivamente com angina instável. Comparar os níveis plasmáticos de marcadores de atividade inflamatória (PCR-as, IL-6 e leucograma) em pacientes diabéticos e não diabéticos com angina instável. Avaliar a correlação entre marcadores inflamatórios e perfil metabólico em pacientes diabéticos e a associação entre a resposta inflamatória e os seguintes desfechos intra-hospitalares: morte, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva (Classificação de Killip) e tempo de hospitalização. Admitidos em uma Unidade de Dor Torácica de Fevereiro a Outubro de 2005, 90 indivíduos com angina instável e divididos em dois grupos: pacientes diabéticos e não diabéticos. Amostras sanguíneas foram colhidas logo após a chegada à emergência (até 15 minutos) para medir os níveis de marcadores de atividade inflamatória (PCR-as por método nefelométrico, IL6 e leucograma) e avaliar o perfil metabólico (glicemia e lípidas). Pacientes com doenças crônicas ou agudas de natureza inflamatória ou infecciosa foram excluídos do estudo. Dos 90 pacientes, 42 (47%) eram diabéticos, idade de 62 ± 9 anos e 48 (53%) não diabéticos, idade de 63 ± 12 anos. O tempo médio desde o início da dor até a admissão (4,3 ± 0,6 vs 4 ± 0,5 h, p= 0,83) e da duração da dor (1,5 ± 2,7 vs 1 ± 1,2 h, p= 0,90) foram semelhantes bem como outras características clínicas (gênero, fatores de risco coronariano e dados de exame físico) entre os grupos. Doença arterial coronariana obstrutiva foi confirmada em 92% de todos os pacientes. Os dois grupos foram semelhantes (pacientes diabéticos e não diabéticos) nas medianas dos níveis de PCR-as em mg/L (1,78 vs 2,23, p=0,74), de IL-6 em pg/mL (O vs °, p=0,31 com média de 1,95 ± t6,7 e 0,81 ± 3,3) e na média do leucograma em leucócitos/mm3 (8352:t2554 vs 8174 ± 2405, p=0,74). No total da população estudada, observou-se correlação positiva entre PCR-as e colesterol total (rs=O,21, p=O,05), PCR-as e LDL-colesterol (rs=O,22, p=O,04) e entre PCR-as e leucograma (rs=O,32, p=O,02) . Não foi encontrada correlação entre marcadores de atividade inflamatória e outras variáveis metabólicas, bem como associação entre os marcadores de atividade inflamatória e os desfechos hospitalares Em pacientes com angina instável a atividade inflamatória entre pacientes diabéticos e não diabéticos foi semelhante. Níveis elevados de PCR-as se correlacionaram com colesterol total, colesterol-LDL e leucograma em todos os pacientes não havendo associação entre os níveis de marcadores de atividade inflamatória e os desfechos estudados.
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Comparar os níveis plasmáticos de marcadores de atividade inflamatória (PCR-as, IL-6 e leucograma) em pacientes diabéticos e não diabéticos com angina instável. Avaliar a correlação entre marcadores inflamatórios e perfil metabólico em pacientes diabéticos e a associação entre a resposta inflamatória e os seguintes desfechos intra-hospitalares: morte, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva (Classificação de Killip) e tempo de hospitalização. Admitidos em uma Unidade de Dor Torácica de Fevereiro a Outubro de 2005, 90 indivíduos com angina instável e divididos em dois grupos: pacientes diabéticos e não diabéticos. Amostras sanguíneas foram colhidas logo após a chegada à emergência (até 15 minutos) para medir os níveis de marcadores de atividade inflamatória (PCR-as por método nefelométrico, IL6 e leucograma) e avaliar o perfil metabólico (glicemia e lípidas). Pacientes com doenças crônicas ou agudas de natureza inflamatória ou infecciosa foram excluídos do estudo. Dos 90 pacientes, 42 (47%) eram diabéticos, idade de 62 ± 9 anos e 48 (53%) não diabéticos, idade de 63 ± 12 anos. O tempo médio desde o início da dor até a admissão (4,3 ± 0,6 vs 4 ± 0,5 h, p= 0,83) e da duração da dor (1,5 ± 2,7 vs 1 ± 1,2 h, p= 0,90) foram semelhantes bem como outras características clínicas (gênero, fatores de risco coronariano e dados de exame físico) entre os grupos. Doença arterial coronariana obstrutiva foi confirmada em 92% de todos os pacientes. Os dois grupos foram semelhantes (pacientes diabéticos e não diabéticos) nas medianas dos níveis de PCR-as em mg/L (1,78 vs 2,23, p=0,74), de IL-6 em pg/mL (O vs °, p=0,31 com média de 1,95 ± t6,7 e 0,81 ± 3,3) e na média do leucograma em leucócitos/mm3 (8352:t2554 vs 8174 ± 2405, p=0,74). No total da população estudada, observou-se correlação positiva entre PCR-as e colesterol total (rs=O,21, p=O,05), PCR-as e LDL-colesterol (rs=O,22, p=O,04) e entre PCR-as e leucograma (rs=O,32, p=O,02) . Não foi encontrada correlação entre marcadores de atividade inflamatória e outras variáveis metabólicas, bem como associação entre os marcadores de atividade inflamatória e os desfechos hospitalares Em pacientes com angina instável a atividade inflamatória entre pacientes diabéticos e não diabéticos foi semelhante. Níveis elevados de PCR-as se correlacionaram com colesterol total, colesterol-LDL e leucograma em todos os pacientes não havendo associação entre os níveis de marcadores de atividade inflamatória e os desfechos estudados.Diabetic patients with acute coronary syndrome have worse in-hospital outcomes compared to non-diabetic patients and increased inflammatory activity than the general population. We compared the inflammatory activity between the two groups of patients with unstable angina to determine if difference in that activity justifies the worse prognostic in the diabetic patients. Objectives: To compare the plasmatic values of inflammatory markers: high-sensitivity C-reactive protein (hs-PCR) and interleukin-6 (IL-6) in diabetic and non-diabetic patients with unstable angina. To evaluate the correlation between the inflammatory markers and the metabolic control in diabetic patients and evaluate the correlation between the inflammatory response and the in-hospital outcomes: death, acute myocardial infarction, congestive heart failure (Fillip classification) and time of hospitalization. Methods: In this cohort study model, 90 patients with unstable angina divided in two groups, diabetic and non-diabetic patients admitted to the Chest Pain Unit of a cardiology Hospital from February to October 2005 had been included. Biood samples were taken on admission to measure the levels of inflammatory markers (C-reactive protein and interieukin-6) and metabolic proflie (glucose and Hpid levels). The chest pain characteristics, the coronary risk factors were recorded and all the patients were submitted a physical examination previously determined. Patients with chronic or acute inflammatory/infectious diseases were excluded from the study. Results: Of the 90 patients, 42 (47%) were diabetic, age 62 ± 9 years and 48 (53%) were non-diabetic, age 63 ± 12 years. There were no significant differences in the time from onset of chest pain to admission (4.3 ± 0.6 vs 4 ± 0.5 h, p= 0.83) and the mean time of chest pain duration (1.5 ± 2.7 vs 1 ± 1.2 h, p= 0.95). Coronary artery disease was confirmed in 92% of all the patients. There were no signiiicant differences in the others baseline characteristics between groups (gender, coronary risk factors and physical data). There where no differences between median C-reactive protein (1.78 vs 2.23 mg/i, p=0.74) and interleukin-6 (0 vs 0 pg/mi, p=0.31) between patients diabetic and non-diabetic. In the whole population studied there were a positive correlation between CRP and total cholesterol (rs=0.21, p=0.5), CRP and LDL-choiesteroi (rs=0.22, p=0.04) and between CRP and leukocyte count (rs=0.32, p=0.02) in both groups. No correlations were found between inflammatory markers and the others Hpid variables. No associations were also found between inflammatory markers and the intrahospital outcomes. Conclusions: We found no signiflcant difference in the inflammatory activity between the diabetic and non-diabetic patients with unstable angina, suggesting that this clinical picture may increase acute- phase proteins independently of metabolic state. Moreover, increased C- reactive protein was associated with total cholesterol, LDL-choiesteroi and leukocyte count in all patients.Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador, Bahia, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil.porEscola Bahiana de Medicina e Saúde PúblicaAngina InstávelSíndrome Coronariana AgudaInflamaçãoProteína C-ReativaDiabetesUnstable anginaAcute coronary syndromeInflammationC-reactive proteinDiabetesComparação de marcadores de atividades inflamatória entre pacientes diabéticos e não diabéticos com angina instávelinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2006Coordenação de EnsinoFundação para Desenvolvimento das Ciências. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz.Mestrado AcadêmicoSalvador/BAPós-Graduação em Medicina Internainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34670/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALMarcal de Oliveira Huoya Comparação... 2006.pdfMarcal de Oliveira Huoya Comparação... 2006.pdfapplication/pdf37125632https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34670/2/Marcal%20de%20Oliveira%20Huoya%20%20Compara%c3%a7%c3%a3o...%202006.pdfb478e58b888d5899e14f7bf1b4488a7dMD52TEXTMarcal de Oliveira Huoya Comparação... 2006.pdf.txtMarcal de Oliveira Huoya Comparação... 2006.pdf.txtExtracted texttext/plain126258https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34670/3/Marcal%20de%20Oliveira%20Huoya%20%20Compara%c3%a7%c3%a3o...%202006.pdf.txt5ba1c62806742eab074581eb3abf201eMD53icict/346702021-10-01 15:38:51.768oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34670Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-10-01T18:38:51Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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