Internações hospitalares pelo Sistema Único de Saúde no câncer de útero no município do Rio de Janeiro: um estudo exploratório

• Autor(a) principal: Freitas, Flávia Amaral
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38505
• topic: Câncer uterino; Saúde pública; Internações hospitalares; Sistema Único de Saúde; SUS

O câncer uterino é um importante problema de saúde pública no Brasil. Apesar de todos os avanços e esforços para a prevenção, a alta incidência e mortalidade associada ao câncer uterino ainda preocupam. O tratamento para o câncer uterino passa-se frequentemente em ambiente hospitalar tendo em vista a complexidade do tipo de assistência prestada nessas instituições. Avaliar as internações hospitalares pagas pelo SUS em uma capital brasileira, por meio de pesquisa exploratória. Os dados das internações foram obtidos a partir da Autorização de Internação Hospitalar (AIH) do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) do município do Rio de Janeiro do ano de 2015. As internações por câncer uterino foram identificadas através da filtragem por grupo de diagnóstico da Classificação Internacional de Doenças (CID10). Foram encontradas 2.364 internações por câncer uterino que ocorreram com maior frequência em mulheres, de 55 a 59 anos. O diagnóstico principal para câncer de colo uterino (CID C53) apresentou alta proporção. Os principais procedimentos executados na internação eram cirúrgicos, entretanto, alguns procedimentos sugeriram paliações e intercorrências clínicas em virtude de doença avançada e/ou diagnóstico tardio. Os hospitais que mais admitiram eram públicos, da esfera federal, não especializados em câncer e que exerciam atividade de ensino. A análise das internações por câncer uterino é informação valiosa para a organização de intervenções que diminuam a frequência desses eventos bem como o impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. Além disso, o conhecimento pode servir como subsídio para o aprimoramento do cuidado hospitalar. Conclui-se que este é campo que deve ser explorado de modo a garantir a prestação de um cuidado seguro, efetivo e de qualidade.