Isotipos de anticorpos anti-Leishmania no soro e expressão de citocinas no baço de cães naturalmente infectados com Leishmania infantum

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Juliana Coelho
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/10290
Resumo: Neste estudo foi analisada a distribuição de isotipos de imunoglobulinas IgG1, IgG2 e IgE envolvidas na resposta a Leishmania no soro e a expressão de mRNA para IFN-g e IL-4 in situ no baço de cães naturalmente infectados com L.infantum com diferentes perfis de susceptibilidade ou resistência à doença. A atividade sérica de anticorpos do isotipo IgG1 contra Leishmania tendeu a ser maior nos animais com teste cutêneo da Leishmanina negativo e com parasitismo esplênico (grupo infectado potencialmente susceptível, 0,424±0,401) que nos outros grupos: com teste cutêneo da Leishmanina positivo e ausência de parasitismo esplênico (grupo infectado potencialmente resistente, 0,226±0,114), ou com ambos teste cutêneo da Leishmanina e cultura esplênica positivos (grupo em fase indeterminada da doença, 0,234±0,125) ou com ambos os parâmetros negativos (grupo potencialmente não infectado, 0,159±0,044). Essa diferença não foi, contudo estatisticamente significante (ANOVA, P=0,1450). IgG2 específica anti-Leishmania foi maior (ANOVA P=0,0001) no grupo infectado potencialmente susceptível (1,324±0,322) que nos demais grupos: em fase indeterminada da doença (0,930±0,383, P=0,05), infectado potencialmente resistente (0,916±0,401, P=0,05) e potencialmente não infectado (média 0,299±0,151, P=0,001). Foi também maior nos grupos infectado potencialmente resistente e com infecção em fase indeterminada que no grupo de animais potencialmente não infectado. Não houve diferenças entre os grupos (ANOVA p=0,4) nos resultados séricos de IgE anti-Leishmania; o grupo potencialmente susceptível (0,749±0,485) tendeu a apresentar valores médios mais elevados que os grupos potencialmente resistente (0,518±0,161), ou com doença em fase indeterminada (média 0,591±0,331) ou potencialmente não infectados (0,530±0,121), essas diferenças foram intensificadas pela alta atividade de anticorpos do isotipo IgE anti-Leishmania em um dentre os 11 animais examinados, não sendo estatisticamente significante (ANOVA, P=0,4668). Não foram observadas diferenças na expressão de mRNA para IFN-g e IL-4 no baço de animais não infectados ou naturalmente infectados com L. nfantumi com (a) teste cutêneo da Leishmanina positivo e cultura esplênica negativa ou com (b) teste cutêneo da Leishmanina negativo e parasitismo esplênico. Observou-se uma preponderância de anticorpos da subclasse IgG2 em animais com parasitismo esplênico independente da resposta ao teste cutêneo da Leishmanina. Tais resultados sugerem que a polarização da resposta imune a Leishmania pode variar em diferentes compartimentos como sangue e baço.
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A atividade sérica de anticorpos do isotipo IgG1 contra Leishmania tendeu a ser maior nos animais com teste cutêneo da Leishmanina negativo e com parasitismo esplênico (grupo infectado potencialmente susceptível, 0,424±0,401) que nos outros grupos: com teste cutêneo da Leishmanina positivo e ausência de parasitismo esplênico (grupo infectado potencialmente resistente, 0,226±0,114), ou com ambos teste cutêneo da Leishmanina e cultura esplênica positivos (grupo em fase indeterminada da doença, 0,234±0,125) ou com ambos os parâmetros negativos (grupo potencialmente não infectado, 0,159±0,044). Essa diferença não foi, contudo estatisticamente significante (ANOVA, P=0,1450). IgG2 específica anti-Leishmania foi maior (ANOVA P=0,0001) no grupo infectado potencialmente susceptível (1,324±0,322) que nos demais grupos: em fase indeterminada da doença (0,930±0,383, P=0,05), infectado potencialmente resistente (0,916±0,401, P=0,05) e potencialmente não infectado (média 0,299±0,151, P=0,001). Foi também maior nos grupos infectado potencialmente resistente e com infecção em fase indeterminada que no grupo de animais potencialmente não infectado. Não houve diferenças entre os grupos (ANOVA p=0,4) nos resultados séricos de IgE anti-Leishmania; o grupo potencialmente susceptível (0,749±0,485) tendeu a apresentar valores médios mais elevados que os grupos potencialmente resistente (0,518±0,161), ou com doença em fase indeterminada (média 0,591±0,331) ou potencialmente não infectados (0,530±0,121), essas diferenças foram intensificadas pela alta atividade de anticorpos do isotipo IgE anti-Leishmania em um dentre os 11 animais examinados, não sendo estatisticamente significante (ANOVA, P=0,4668). Não foram observadas diferenças na expressão de mRNA para IFN-g e IL-4 no baço de animais não infectados ou naturalmente infectados com L. nfantumi com (a) teste cutêneo da Leishmanina positivo e cultura esplênica negativa ou com (b) teste cutêneo da Leishmanina negativo e parasitismo esplênico. Observou-se uma preponderância de anticorpos da subclasse IgG2 em animais com parasitismo esplênico independente da resposta ao teste cutêneo da Leishmanina. Tais resultados sugerem que a polarização da resposta imune a Leishmania pode variar em diferentes compartimentos como sangue e baço.We analyzed the distribution immunoglobulin isotypes IgG1, IgG2 and IgE involved in the response to Leishmania and the mRNA expression for IFN-g and IL-4 in situ in the spleen of dogs naturally infected with IgG1 antibody anti-Leishmania serum activity was higher in animals with negative Leishmanin skin test and splenic parasitism (infected and potencially susceptible to VL group, 0,424±0,401) than in other groups: positive Leishmanin skin test and negative splenic parasitism (infected and potentially resistant to VL group, 0,226±0,114), or both positive Leishmanin skin test and slpenic parasitism (infected with undefined susceptibility status group, 0234±0,125) or both negative parameters (non-infected group, 0159±0,044). This difference however was not statistically significant (ANOVA, P=0145). Specific IgG2 anti-Leishmania was higer (ANOVA P=0,0001) in infected and potencially susceptible to VL group (1,324±0,322) than in the other groups: infected with undefined susceptibility status (0,930±0,383, P=0,05), infected and potencially resistant to VL (0,916±0,401, P=0,05) and non infected group (0,299±0,151, P=0,001). Was also higher in infected and potencially resistant to VL and infected with undefined susceptibility status groups than in group of non-infected animals. There was no significant differences (ANOVA p=0,4) between different groups in seric IgE anti-Leishmania, infected and potencially susceptible to VL group (0,749±0,485) showed media higher than in infected and potencially resistant to VL group (0,518±0,161), or in infected with undefined susceptibility status group (0,591±0,331) or non-infected group (0,530±0,121), these differences were intensified for the higher IgE antibody activity in one between 11 examined animals, although this was not statistically significant (ANOVA, P=0,4668). There was no difference in IL-4 or IFN-g mRNA expression in the spleen among groups of animals non-infected or naturally infected with L. infantum, with (a) strong LST and negative spleen culture for the parasite or with (b) negative LST and parasite in the spleen We could observe an interesting preponderance of antibodies from the IgG2 class in animals with splenic parasitism independently of the LST response. Our results suggest that the polarity of immune response to Leishmania may vary in different compartments such as blood and spleen.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porLeishmaniose visceral caninaRegulação imuneLeishmania infantum.Visceral canine leishmaniasisImmune regulationLeishmania infantumIsotipos de anticorpos anti-Leishmania no soro e expressão de citocinas no baço de cães naturalmente infectados com Leishmania infantuminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2014Departamento de Vice Diretoria e EnsinoFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo MonizSalvador/ BaPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82352https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10290/1/license.txtafbdf7d7a9bcf771a1cc7edf5f618413MD51ORIGINALJuliana Coelho Santos Isotipo...2014.pdfJuliana Coelho Santos Isotipo...2014.pdfapplication/pdf500362https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10290/2/Juliana%20Coelho%20Santos%20Isotipo...2014.pdf4c5dbf54877a6ef41cbbca30b73e6cdeMD52TEXTJuliana Coelho Santos Isotipo...2014.pdf.txtJuliana Coelho Santos Isotipo...2014.pdf.txtExtracted texttext/plain105692https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/10290/3/Juliana%20Coelho%20Santos%20Isotipo...2014.pdf.txt95995f850bf2f351f01ea33d65aec05cMD53icict/102902019-02-21 13:16:28.806oai:www.arca.fiocruz.br:icict/10290Q0VTU8ODTyBOw4NPLUVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKQ0VERSBlIFRSQU5TRkVSRSwgdG90YWwgZSBncmF0dWl0YW1lbnRlLCDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVosIGVtIGNhcsOhdGVyIHBlcm1hbmVudGUsIGlycmV2b2fDoXZlbCBlIE7Dg08gRVhDTFVTSVZPLCAKdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08gQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcyAKZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgZHVyYW50ZSB0b2RvIG8gcHJhem8gZGUgZHVyYcOnw6NvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZW0gcXVhbHF1ZXIgaWRpb21hIGUgZW0gdG9kb3Mgb3MgcGHDrXNlczsKICAgICAgICAKQUNFSVRBIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gdG90YWwgbsOjbyBleGNsdXNpdmEsIHBlcm1hbmVudGUgZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIApkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciAKbWVpbyBvdSB2ZcOtY3VsbywgaW5jbHVzaXZlIGVtIFJlcG9zaXTDs3Jpb3MgRGlnaXRhaXMsIGJlbSBjb21vIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHJlcHJvZHXDp8OjbywgZXhpYmnDp8OjbywgZXhlY3XDp8OjbywgZGVjbGFtYcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgCmFycXVpdmFtZW50bywgaW5jbHVzw6NvIGVtIGJhbmNvIGRlIGRhZG9zLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBkaWZ1c8OjbywgZGlzdHJpYnVpw6fDo28sIGRpdnVsZ2HDp8OjbywgZW1wcsOpc3RpbW8sIHRyYWR1w6fDo28sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyAKb2JyYXMgb3UgY29sZXTDom5lYXMsIHJldXRpbGl6YcOnw6NvLCBlZGnDp8OjbywgcHJvZHXDp8OjbyBkZSBtYXRlcmlhbCBkaWTDoXRpY28gZSBjdXJzb3Mgb3UgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWEgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIG7Do28gY29tZXJjaWFsOwogICAgICAgIApSRUNPTkhFQ0UgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyBhcXVpIGVzcGVjaWZpY2FkYSBjb25jZWRlIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3JpemFyIHF1YWxxdWVyIHBlc3NvYSDigJMgZsOtc2ljYSAKb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdSBlc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlciAKZmluYWxpZGFkZXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzOwogICAgICAgIApERUNMQVJBIHF1ZSBhIG9icmEgw6kgY3JpYcOnw6NvIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIMOpIG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXF1aSBjZWRpZG9zIGUgYXV0b3JpemFkb3MsIHJlc3BvbnNhYmlsaXphbmRvLXNlIGludGVncmFsbWVudGUgCnBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwgaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIAppbmRlbml6YXIgdGVyY2Vpcm9zIHBvciBkYW5vcywgYmVtIGNvbW8gaW5kZW5pemFyIGUgcmVzc2FyY2lyIGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIGRlIGV2ZW50dWFpcyBkZXNwZXNhcyBxdWUgdmllcmVtIGEgCnN1cG9ydGFyLCBlbSByYXrDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgb2ZlbnNhIGEgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgb3UgZGlyZWl0b3MgZGUgdm96IG91IGltYWdlbSwgcHJpbmNpcGFsbWVudGUgbm8gcXVlIGRpeiByZXNwZWl0byBhIHBsw6FnaW8gCmUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CiAgICAgICAgCkFGSVJNQSBxdWUgY29uaGVjZSBhIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBlIGFzIGRpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIGZ1bmNpb25hbWVudG8gZG8gcmVwb3NpdMOzcmlvIAppbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EKRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-02-21T16:16:28Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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