Associação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoni

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araújo, Neusa Pereira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34627
Resumo: A quimioterapia é a medida principal utilizada para o controle de morbidade da esquistossomose nas regiões endêmicas. Os fármacos esquistossomicidas usados – oxamniquina e praziquantel – apresentam poucos efeitos colaterais e atividade esquistossomicida alta, contribuindo para o tratamento da infecção reduzindo a morbidade, entretanto deixam a desejar no que se refere à erradicação da doença, uma vez que não são capazes de sozinhos, interromper a transmissão. Atualmente o tratamento da esquistossomose é feito quase que exclusivamente pelo praziquantel. Tendo em vista a notificação cada vez mais freqüente de casos de resistência ao praziquantel em diversas regiões principalmente da África, e considerando a possibilidade do aparecimento de resistência do verme ao fármaco, falhas terapêuticas e intolerância do paciente ao tratamento, fica claro o risco de se ter somente um fármaco para o tratamento da esquistossomose. Vários autores têm chamado a atenção para esse fato e a Organização Mundial da Saúde recomenda a busca de novos fármacos para o tratamento da doença. Entretanto, o desenvolvimento de novos medicamentos é um processo demorado e dispendioso. Nesse contexto, a abordagem principal desse trabalho é a de se usar medicamentos já caracterizados do ponto de vista farmacológico, conhecidos em seus princípios ativos e com efeitos colaterais definidos, visando abreviar esse tempo. No presente trabalho, são apresentados dois artigos publicados e um terceiro submetido à publicação. No primeiro artigo foi estudada a associação da lovastatina com oxamniquina ou com o praziquantel. Nos experimentos in vivo, a associação da lovastatina com oxamniquina ou com o praziquantel não apresentou efeito aditivo, mas houve alteração significativa do programa quando a lovastatina foi associada com a oxamniquina. Os experimentos in vitro mostraram que a maturação dos ovos não se completa quando os vermes foram expostos à lovastatina ao contrário daqueles do grupo controle, que passam por todos os estágios, chegando até a eclosão dos miracídios. O processo completo de maturação dos ovos também foi observado quando vermes tratados in vivo foram cultivados in vitro em meio de cultura sem adição de lovastatina demonstrando que a exposição dos vermes a lovastatina in vitro é responsável pelo bloqueio do desenvolvimento dos ovos. No segundo artigo foi avaliada a ação do clonazepam sobre o verme adulto de S. mansoni in vitro, causando paralisia total dos vermes machos e fêmeas, entretanto a associação desse fármaco com oxamniquina ou praziquantel in vivo não mostrou ação aditiva ou sinérgica. No terceiro artigo foi estudada a atividade esquistossomicida da associação entre a oxamniquina e o praziquantel. Esse esquema terapêutico mostrou atividade sinérgica entre os dois fármacos. A associação da oxamniquina com praziquantel se mostrou benéfica quando os dois fármacos foram administrados simultaneamente ou quando o praziquantel foi administrado 4 horas, um ou cinco dias após a oxamniquina. Os resultados desses estudos indicam que se deve dar prosseguimento a essa linha de pesquisa, uma vez que a associação de fármacos que apresente efeito sinérgico é, no momento, a estratégia ideal para o tratamento da doença, ao considerar-se a inércia atual na busca de novos fármacos ativos e o aparecimento de resistência ao esquistossomicida usado.
id CRUZ_c71169fe22af88a1a2cf6b8706674308
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34627
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Araújo, Neusa PereiraKatz, NaftaleGuimarães, Marcos PezziMurta, Silvane Maria FonsecaGeiger, Stefan MichaelKatz, Naftale2019-08-06T16:55:15Z2019-08-06T16:55:15Z2010ARAÚJO, Neusa Pereira. Associação de Fármacos na terapêutica experimental da Esquistossomose mansoni. 2010. 144 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisa Rene Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2010.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34627A quimioterapia é a medida principal utilizada para o controle de morbidade da esquistossomose nas regiões endêmicas. Os fármacos esquistossomicidas usados – oxamniquina e praziquantel – apresentam poucos efeitos colaterais e atividade esquistossomicida alta, contribuindo para o tratamento da infecção reduzindo a morbidade, entretanto deixam a desejar no que se refere à erradicação da doença, uma vez que não são capazes de sozinhos, interromper a transmissão. Atualmente o tratamento da esquistossomose é feito quase que exclusivamente pelo praziquantel. Tendo em vista a notificação cada vez mais freqüente de casos de resistência ao praziquantel em diversas regiões principalmente da África, e considerando a possibilidade do aparecimento de resistência do verme ao fármaco, falhas terapêuticas e intolerância do paciente ao tratamento, fica claro o risco de se ter somente um fármaco para o tratamento da esquistossomose. Vários autores têm chamado a atenção para esse fato e a Organização Mundial da Saúde recomenda a busca de novos fármacos para o tratamento da doença. Entretanto, o desenvolvimento de novos medicamentos é um processo demorado e dispendioso. Nesse contexto, a abordagem principal desse trabalho é a de se usar medicamentos já caracterizados do ponto de vista farmacológico, conhecidos em seus princípios ativos e com efeitos colaterais definidos, visando abreviar esse tempo. No presente trabalho, são apresentados dois artigos publicados e um terceiro submetido à publicação. No primeiro artigo foi estudada a associação da lovastatina com oxamniquina ou com o praziquantel. Nos experimentos in vivo, a associação da lovastatina com oxamniquina ou com o praziquantel não apresentou efeito aditivo, mas houve alteração significativa do programa quando a lovastatina foi associada com a oxamniquina. Os experimentos in vitro mostraram que a maturação dos ovos não se completa quando os vermes foram expostos à lovastatina ao contrário daqueles do grupo controle, que passam por todos os estágios, chegando até a eclosão dos miracídios. O processo completo de maturação dos ovos também foi observado quando vermes tratados in vivo foram cultivados in vitro em meio de cultura sem adição de lovastatina demonstrando que a exposição dos vermes a lovastatina in vitro é responsável pelo bloqueio do desenvolvimento dos ovos. No segundo artigo foi avaliada a ação do clonazepam sobre o verme adulto de S. mansoni in vitro, causando paralisia total dos vermes machos e fêmeas, entretanto a associação desse fármaco com oxamniquina ou praziquantel in vivo não mostrou ação aditiva ou sinérgica. No terceiro artigo foi estudada a atividade esquistossomicida da associação entre a oxamniquina e o praziquantel. Esse esquema terapêutico mostrou atividade sinérgica entre os dois fármacos. A associação da oxamniquina com praziquantel se mostrou benéfica quando os dois fármacos foram administrados simultaneamente ou quando o praziquantel foi administrado 4 horas, um ou cinco dias após a oxamniquina. Os resultados desses estudos indicam que se deve dar prosseguimento a essa linha de pesquisa, uma vez que a associação de fármacos que apresente efeito sinérgico é, no momento, a estratégia ideal para o tratamento da doença, ao considerar-se a inércia atual na busca de novos fármacos ativos e o aparecimento de resistência ao esquistossomicida usado.Chemotherapy is the major tool for controlling schistosomiasis morbidity in endemic areas. The main antischistosomal drugs used - oxamniquine and praziquantel – present few side effects and high schistosomicidal activity, contributing for the treatment of the infection in regard to reduction of morbidity, but not achieving eradication of the disease, since they are not able to interrupt the transmission. Currently, the treatment of schistosomiasis is almost exclusively administered using praziquantel. In view of the reports which have increased in frequency over recent years about cases of resistance to praziquantel in different regions, mainly in Africa, and taking into account the possibility of appearance of drug resistance, therapeutic failure, and patient ́s intolerance to treatment, it is easy to note the risk of having only one drug left for schistosomiasis treatment. Various authors have warned about this fact, and the World Health Organization recommends the search for new drugs for treatment of the disease. However, the development of new drugs is an expensive and time-consuming process. In this context, the main approach of this work is the use of well-known antischistosomal drugs, with active principle and side effects well defined, aiming at abbreviating that process. In the present work, we show two published papers and a third one which is already submitted for publication. The first article deals with the use of lovastatine and oxamniquine or praziquantel in association. In experiments in vivo, lovastatine and oxamniquine or praziquantel in association did not present any additive effect, but a significant oogram change was detected when lovastatine and oxamniquine were used in association. On the other hand, the experiments in vitro showed that maturation of eggs was not fully developed when the worms were exposed to lovastatine, whereas the eggs of the control group reached maturation, after passages through all the parasitic stages until eclosion of miracidia. The complete process of egg maturation was also observed when worms treated in vivo were cultured in vitro, in culture medium without addition of lovastatine, thus demonstrating that the exposure of worms to lovastatine in vitro accounts for the blockage of egg development. In the second article, the activity of clonazepam on Schistosoma mansoni adult worms was evaluated in vitro, showing that clonazepam causes total paralysis of male and female worms. In vivo, this drug did not present any additive or synergistic action. In the third paper, the schistosomicidal activity of oxamniquine and praziquantel used in association was studied. The therapeutic schedule used showed synergistic activity of these drugs. The use of oxamniquine and praziquantel in association was beneficial, when both drugs were simultaneously administered or when praziquantel was given 4 hours, 1 or 5 days after oxamniquine. The results of these studies motivate the need to continue working on this promising research line, since the association of two drugs presenting synergistic effect is currently the ideal strategy for the treatment of the disease.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porEsquistossomose mansoniSchistosoma mansoniCrescimento & desenvolvimentoEsquistossomicidasEfeitos de drogasQuimioterapiaUso terapêuticoAssociação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoniinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2010Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Belo Horizonte-MG.Belo Horizonte/MGFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83082https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34627/1/license.txt9193a7c197bc67acd023525e72a03240MD51ORIGINALTese_Neusa Araujo - T_22.pdfTese_Neusa Araujo - T_22.pdfapplication/pdf2693049https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34627/2/Tese_Neusa%20Araujo%20-%20T_22.pdff6f3b7f4b1fe7807dd4c01fff120fb83MD52TEXTTese_Neusa Araujo - T_22.pdf.txtTese_Neusa Araujo - T_22.pdf.txtExtracted texttext/plain255971https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34627/3/Tese_Neusa%20Araujo%20-%20T_22.pdf.txt17c6c90d80d9a1930fa7a37aab6a6ad9MD53icict/346272022-08-04 08:56:05.546oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34627Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUw0KDQpOdXppYSBTYW50b3MsIENQRjogNjM1LjA2NC41OTYtMDAsIHZpbmN1bGFkbyBhIENQcVJSIC0gQ2VudHJvIGRlIFBlc3F1aXNhcyBSZW7DqSBSYWNob3UKCkFvIGFjZWl0YXIgb3MgVEVSTU9TIGUgQ09OREnDh8OVRVMgZGVzdGEgQ0VTU8ODTywgbyBBVVRPUiBlL291IFRJVFVMQVIgZGUgZGlyZWl0b3MKYXV0b3JhaXMgc29icmUgYSBPQlJBIGRlIHF1ZSB0cmF0YSBlc3RlIGRvY3VtZW50bzoKCigxKSBDRURFIGUgVFJBTlNGRVJFLCB0b3RhbCBlIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiwgZW0KY2Fyw6F0ZXIgcGVybWFuZW50ZSwgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGUgTsODTyBFWENMVVNJVk8sIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIHBhdHJpbW9uaWFpcyBOw4NPCkNPTUVSQ0lBSVMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIGRhIE9CUkEgYXJ0w61zdGljYSBlL291IGNpZW50w61maWNhIGluZGljYWRhIGFjaW1hLCBpbmNsdXNpdmUgb3MgZGlyZWl0b3MKZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgZHVyYW50ZSB0b2RvIG8gcHJhem8gZGUgZHVyYcOnw6NvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZW0KcXVhbHF1ZXIgaWRpb21hIGUgZW0gdG9kb3Mgb3MgcGHDrXNlczsKCigyKSBBQ0VJVEEgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyB0b3RhbCBuw6NvIGV4Y2x1c2l2YSwgcGVybWFuZW50ZSBlIGlycmV2b2fDoXZlbCBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMKcGF0cmltb25pYWlzIG7Do28gY29tZXJjaWFpcyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvIGluY2x1aSwgZXhlbXBsaWZpY2F0aXZhbWVudGUsCm9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyBlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gcMO6YmxpY2EgZGEgT0JSQSwgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSB2ZcOtY3VsbywKaW5jbHVzaXZlIGVtIFJlcG9zaXTDs3Jpb3MgRGlnaXRhaXMsIGJlbSBjb21vIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHJlcHJvZHXDp8OjbywgZXhpYmnDp8OjbywgZXhlY3XDp8OjbywKZGVjbGFtYcOnw6NvLCByZWNpdGHDp8OjbywgZXhwb3Npw6fDo28sIGFycXVpdmFtZW50bywgaW5jbHVzw6NvIGVtIGJhbmNvIGRlIGRhZG9zLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBkaWZ1c8OjbywKZGlzdHJpYnVpw6fDo28sIGRpdnVsZ2HDp8OjbywgZW1wcsOpc3RpbW8sIHRyYWR1w6fDo28sIGR1YmxhZ2VtLCBsZWdlbmRhZ2VtLCBpbmNsdXPDo28gZW0gbm92YXMgb2JyYXMgb3UKY29sZXTDom5lYXMsIHJldXRpbGl6YcOnw6NvLCBlZGnDp8OjbywgcHJvZHXDp8OjbyBkZSBtYXRlcmlhbCBkaWTDoXRpY28gZSBjdXJzb3Mgb3UgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWEgZGUKdXRpbGl6YcOnw6NvIG7Do28gY29tZXJjaWFsOwoKKDMpIFJFQ09OSEVDRSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIGFxdWkgZXNwZWNpZmljYWRhIGNvbmNlZGUgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETwpDUlVaIG8gZGlyZWl0byBkZSBhdXRvcml6YXIgcXVhbHF1ZXIgcGVzc29hIOKAkyBmw61zaWNhIG91IGp1csOtZGljYSwgcMO6YmxpY2Egb3UgcHJpdmFkYSwgbmFjaW9uYWwgb3UKZXN0cmFuZ2VpcmEg4oCTIGEgYWNlc3NhciBlIHV0aWxpemFyIGFtcGxhbWVudGUgYSBPQlJBLCBzZW0gZXhjbHVzaXZpZGFkZSwgcGFyYSBxdWFpc3F1ZXIKZmluYWxpZGFkZXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzOwoKKDQpIERFQ0xBUkEgcXVlIGEgb2JyYSDDqSBjcmlhw6fDo28gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgw6kgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhcXVpIGNlZGlkb3MgZSBhdXRvcml6YWRvcywKcmVzcG9uc2FiaWxpemFuZG8tc2UgaW50ZWdyYWxtZW50ZSBwZWxvIGNvbnRlw7pkbyBlIG91dHJvcyBlbGVtZW50b3MgcXVlIGZhemVtIHBhcnRlIGRhIE9CUkEsCmluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBvYnJpZ2FuZG8tc2UgYSBpbmRlbml6YXIgdGVyY2Vpcm9zIHBvcgpkYW5vcywgYmVtIGNvbW8gaW5kZW5pemFyIGUgcmVzc2FyY2lyIGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIGRlCmV2ZW50dWFpcyBkZXNwZXNhcyBxdWUgdmllcmVtIGEgc3Vwb3J0YXIsIGVtIHJhesOjbyBkZSBxdWFscXVlciBvZmVuc2EgYSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBvdQpkaXJlaXRvcyBkZSB2b3ogb3UgaW1hZ2VtLCBwcmluY2lwYWxtZW50ZSBubyBxdWUgZGl6IHJlc3BlaXRvIGEgcGzDoWdpbyBlIHZpb2xhw6fDtWVzIGRlIGRpcmVpdG9zOwoKKDUpIEFGSVJNQSBxdWUgY29uaGVjZSBhIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08KT1NXQUxETyBDUlVaIGUgYXMgZGlyZXRyaXplcyBwYXJhIG8gZnVuY2lvbmFtZW50byBkbyByZXBvc2l0w7NyaW8gaW5zdGl0dWNpb25hbCBBUkNBLgoKQSBQb2zDrXRpY2EgSW5zdGl0dWNpb25hbCBkZSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIGRhIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiByZXNlcnZhCmV4Y2x1c2l2YW1lbnRlIGFvIEFVVE9SIG9zIGRpcmVpdG9zIG1vcmFpcyBlIG9zIHVzb3MgY29tZXJjaWFpcyBzb2JyZSBhcyBvYnJhcyBkZSBzdWEgYXV0b3JpYQplL291IHRpdHVsYXJpZGFkZSwgc2VuZG8gb3MgdGVyY2Vpcm9zIHVzdcOhcmlvcyByZXNwb25zw6F2ZWlzIHBlbGEgYXRyaWJ1acOnw6NvIGRlIGF1dG9yaWEgZSBtYW51dGVuw6fDo28KZGEgaW50ZWdyaWRhZGUgZGEgT0JSQSBlbSBxdWFscXVlciB1dGlsaXphw6fDo28uCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaCnJlc3BlaXRhIG9zIGNvbnRyYXRvcyBlIGFjb3Jkb3MgcHJlZXhpc3RlbnRlcyBkb3MgQXV0b3JlcyBjb20gdGVyY2Vpcm9zLCBjYWJlbmRvIGFvcyBBdXRvcmVzCmluZm9ybWFyIMOgIEluc3RpdHVpw6fDo28gYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgZSBvdXRyYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzIGltcG9zdGFzIHBvciBlc3RlcyBpbnN0cnVtZW50b3MuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-08-04T11:56:05Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Associação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoni
title Associação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoni
spellingShingle Associação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoni
Araújo, Neusa Pereira
Esquistossomose mansoni
Schistosoma mansoni
Crescimento & desenvolvimento
Esquistossomicidas
Efeitos de drogas
Quimioterapia
Uso terapêutico
title_short Associação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoni
title_full Associação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoni
title_fullStr Associação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoni
title_full_unstemmed Associação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoni
title_sort Associação de Fármacos na Terapêutica Experimental da Esquistossomose mansoni
author Araújo, Neusa Pereira
author_facet Araújo, Neusa Pereira
author_role author
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Katz, Naftale
Guimarães, Marcos Pezzi
Murta, Silvane Maria Fonseca
Geiger, Stefan Michael
dc.contributor.author.fl_str_mv Araújo, Neusa Pereira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Katz, Naftale
contributor_str_mv Katz, Naftale
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Esquistossomose mansoni
Schistosoma mansoni
Crescimento & desenvolvimento
Esquistossomicidas
Efeitos de drogas
Quimioterapia
Uso terapêutico
topic Esquistossomose mansoni
Schistosoma mansoni
Crescimento & desenvolvimento
Esquistossomicidas
Efeitos de drogas
Quimioterapia
Uso terapêutico
description A quimioterapia é a medida principal utilizada para o controle de morbidade da esquistossomose nas regiões endêmicas. Os fármacos esquistossomicidas usados – oxamniquina e praziquantel – apresentam poucos efeitos colaterais e atividade esquistossomicida alta, contribuindo para o tratamento da infecção reduzindo a morbidade, entretanto deixam a desejar no que se refere à erradicação da doença, uma vez que não são capazes de sozinhos, interromper a transmissão. Atualmente o tratamento da esquistossomose é feito quase que exclusivamente pelo praziquantel. Tendo em vista a notificação cada vez mais freqüente de casos de resistência ao praziquantel em diversas regiões principalmente da África, e considerando a possibilidade do aparecimento de resistência do verme ao fármaco, falhas terapêuticas e intolerância do paciente ao tratamento, fica claro o risco de se ter somente um fármaco para o tratamento da esquistossomose. Vários autores têm chamado a atenção para esse fato e a Organização Mundial da Saúde recomenda a busca de novos fármacos para o tratamento da doença. Entretanto, o desenvolvimento de novos medicamentos é um processo demorado e dispendioso. Nesse contexto, a abordagem principal desse trabalho é a de se usar medicamentos já caracterizados do ponto de vista farmacológico, conhecidos em seus princípios ativos e com efeitos colaterais definidos, visando abreviar esse tempo. No presente trabalho, são apresentados dois artigos publicados e um terceiro submetido à publicação. No primeiro artigo foi estudada a associação da lovastatina com oxamniquina ou com o praziquantel. Nos experimentos in vivo, a associação da lovastatina com oxamniquina ou com o praziquantel não apresentou efeito aditivo, mas houve alteração significativa do programa quando a lovastatina foi associada com a oxamniquina. Os experimentos in vitro mostraram que a maturação dos ovos não se completa quando os vermes foram expostos à lovastatina ao contrário daqueles do grupo controle, que passam por todos os estágios, chegando até a eclosão dos miracídios. O processo completo de maturação dos ovos também foi observado quando vermes tratados in vivo foram cultivados in vitro em meio de cultura sem adição de lovastatina demonstrando que a exposição dos vermes a lovastatina in vitro é responsável pelo bloqueio do desenvolvimento dos ovos. No segundo artigo foi avaliada a ação do clonazepam sobre o verme adulto de S. mansoni in vitro, causando paralisia total dos vermes machos e fêmeas, entretanto a associação desse fármaco com oxamniquina ou praziquantel in vivo não mostrou ação aditiva ou sinérgica. No terceiro artigo foi estudada a atividade esquistossomicida da associação entre a oxamniquina e o praziquantel. Esse esquema terapêutico mostrou atividade sinérgica entre os dois fármacos. A associação da oxamniquina com praziquantel se mostrou benéfica quando os dois fármacos foram administrados simultaneamente ou quando o praziquantel foi administrado 4 horas, um ou cinco dias após a oxamniquina. Os resultados desses estudos indicam que se deve dar prosseguimento a essa linha de pesquisa, uma vez que a associação de fármacos que apresente efeito sinérgico é, no momento, a estratégia ideal para o tratamento da doença, ao considerar-se a inércia atual na busca de novos fármacos ativos e o aparecimento de resistência ao esquistossomicida usado.
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-06T16:55:15Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-06T16:55:15Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ARAÚJO, Neusa Pereira. Associação de Fármacos na terapêutica experimental da Esquistossomose mansoni. 2010. 144 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisa Rene Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2010.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34627
identifier_str_mv ARAÚJO, Neusa Pereira. Associação de Fármacos na terapêutica experimental da Esquistossomose mansoni. 2010. 144 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)-Centro de Pesquisa Rene Rachou, Fundação Oswaldo Cruz, Belo Horizonte, 2010.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34627
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34627/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34627/2/Tese_Neusa%20Araujo%20-%20T_22.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34627/3/Tese_Neusa%20Araujo%20-%20T_22.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 9193a7c197bc67acd023525e72a03240
f6f3b7f4b1fe7807dd4c01fff120fb83
17c6c90d80d9a1930fa7a37aab6a6ad9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324679221444608