Patologia da Leishmaniose Visceral Canina: ênfase no significado da resposta inflamatória granulomatosa no fígado
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35521 |
Resumo: | O fígado está entre os principais órgãos afetados pela leishmaniose visceral canina. Dentre as alterações hepáticas descritas na literatura,destaca-se o granuloma como uma das alterações histopatológicas mais frequentes e de maior importância, uma vez que estudos apontam a relação direta entre aumento na carga parasitária e redução na formação e maturação de granulomas, bem como entre a resolução da infecção e a formação e maturação de granulomas no fígado de camundongos. RESULTADOS: Neste estudo mostramos que animais com infecção ativa por Leishmania sp. apresentam maior frequência de alterações inflamatórias no fígado. Essas alterações têm correlação, também com a gravidade das manifestações clínicas e com o grau de desorganização da polpa branca do baço, o que reforça seu significado. Além disso, mostramos que existe uma associação entre as alterações inflamatórias e as alterações hematológicas e bioquímicas avaliadas. Observamos,ainda, uma associação entre a intensidade dessas alterações inflamatórias e a carga parasitária no baço dos animais. Vale ressaltar que, enquanto alterações como inflamação portal e perivascular e presença de granulomas em maior quantidade estão relacionadas com maior carga parasitária, o inverso é verificado em relação à linfocitose intrassinusoidal, formação de agregados intrassinusoidais de células inflamatórias mononucleares e hipertrofia de células de Kupffer, sugerindo uma relação entre essas alterações e uma resposta de controle do parasitismo por parte do hospedeiro. Em relação ao estudo dos granulomas, nossos dados mostram que granulomas pequenos possuem uma maior proporção de células TCD3+, enquanto ue granulomas médios têm maior proporção de macrófagos MAC387+. Além disso,animais com baço desorganizado têm granulomas com uma maior proporção de células TCD4+ e macrófagos CD163+. Mostramos também que granulomas médios expressam mais TNF-α e TGF-β do que granulomas pequenos, e que existe uma correlação positiva entre a quantidade de parasitas no granuloma e a expressão de NF-α e TGF-β. No que se refere à resposta humoral, mostramos que cães com mais granulomas produzem mais IgA, IgE, IgG total, IgG 1 e IgG 2. CONCLUSÕES: Em conjunto, nossos dados sugerem que a leishmaniose visceral canina leva ao surgimento de alterações histológicas no fígado que refletem o quadro clínico do animal. |
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Lima, Isadora dos SantosdosSantos, Washington Luis ConradoBodes, Francisco Xavier SalgueroLarangeira, Daniela FariasBrodskyn, Cláudia IdaDamasceno, Karine AraújoFreitas, Luiz Antonio Rodrigues deFreitas, Luiz Antonio Rodrigues de2019-09-12T13:19:03Z2019-09-12T13:19:03Z2017LIMA, Isadora dos Santos. Patologia da Leishmaniose Visceral Canina: ênfase no significado da resposta inflamatória glanulomatosa no fígado. 2017. 101 f. Tese (Doutorado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35521O fígado está entre os principais órgãos afetados pela leishmaniose visceral canina. Dentre as alterações hepáticas descritas na literatura,destaca-se o granuloma como uma das alterações histopatológicas mais frequentes e de maior importância, uma vez que estudos apontam a relação direta entre aumento na carga parasitária e redução na formação e maturação de granulomas, bem como entre a resolução da infecção e a formação e maturação de granulomas no fígado de camundongos. RESULTADOS: Neste estudo mostramos que animais com infecção ativa por Leishmania sp. apresentam maior frequência de alterações inflamatórias no fígado. Essas alterações têm correlação, também com a gravidade das manifestações clínicas e com o grau de desorganização da polpa branca do baço, o que reforça seu significado. Além disso, mostramos que existe uma associação entre as alterações inflamatórias e as alterações hematológicas e bioquímicas avaliadas. Observamos,ainda, uma associação entre a intensidade dessas alterações inflamatórias e a carga parasitária no baço dos animais. 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No que se refere à resposta humoral, mostramos que cães com mais granulomas produzem mais IgA, IgE, IgG total, IgG 1 e IgG 2. CONCLUSÕES: Em conjunto, nossos dados sugerem que a leishmaniose visceral canina leva ao surgimento de alterações histológicas no fígado que refletem o quadro clínico do animal.The liver is among the major organs affected by canine visceral leishmaniasis. Among the liver changes described in the literature, granuloma stands out as one of the most frequent and most important histopathological alterations. Studies indicate the direct relation between increase in parasitic load and reduction in the formation and maturation of granulomas, as well as between the resolution of infection and the formation and maturation of granulomas in the liver of mice. RESULTS: In this study, we showed that animals with active infection by Leishmania sp. have a higher frequency of inflammatory changes in the liver. These changes have a correlation, also with the severity of the clinical manifestations and with the degree of disorganization of the splenic white pulp, which reinforces their meaning. In addition, we have shown that there is an association between the inflammatory histopathological alterations and the hematological and biochemical alterations evaluated. We also showed an association between the intensity of these inflammatory changes and the parasitic load on the animals' spleens. It is noteworthy that, while changes such as portal and perivascular inflammation and the presence of granulomas in larger amounts are related to higher parasitic load, the inverse is verified in relation to intrasinusoidal lymphocytosis, formation of intrasinusoidal aggregates of inflammatory cells and hypertrophy of Kupffer cells. This suggests a relationship between these changes and a control response of parasitism on the part of the host. Regarding the study of granulomas, our data show that small granulomas have a higher proportion of CD3 + T cells, while medium size granulomas have a higher proportion of MAC387 + macrophages. In addition, animals with disorganized spleens have granulomas with a higher proportion of CD4 + T cells and CD163 + macrophages. We also show that medium size granulomas express more TNF-α and TGF-β than small granulomas, and that there is a positive correlation between the amount of parasites in the granuloma and the expression of TNF-α and TGF-β. Regarding the humoral response, we showed that dogs with more granulomas produce more IgA, IgE, total IgG, IgG 1 and IgG 2. CONCLUSIONS: Together, our data suggest that canine visceral leishmaniasis leads to the emergence of histological alterations in the liver that reflect the clinical picture of the animal.Capes e ao CNPQ.Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizLeishmaniose visceralFígadoHistopatologiaPatologiaInflamaçãoGranulomasVisceral LeishmaniasisLiverHistopathologyPathologyInflammationGranulomasPatologia da Leishmaniose Visceral Canina: ênfase no significado da resposta inflamatória granulomatosa no fígadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2017Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisas Gonçalo MonizSalvador/BAPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35521/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALIsadora dos Santos Lima Patologia da Leishmaniose...2017.pdfIsadora dos Santos Lima Patologia da Leishmaniose...2017.pdfapplication/pdf8745691https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35521/2/Isadora%20dos%20Santos%20Lima%20Patologia%20da%20Leishmaniose...2017.pdf8f5a0aea153741fe1da9375adf1675e6MD52TEXTIsadora dos Santos Lima Patologia da Leishmaniose...2017.pdf.txtIsadora dos Santos Lima Patologia da Leishmaniose...2017.pdf.txtExtracted texttext/plain183815https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35521/3/Isadora%20dos%20Santos%20Lima%20Patologia%20da%20Leishmaniose...2017.pdf.txt676897182820deb8bb0ec31a14252c0eMD53icict/355212021-07-30 15:27:50.606oai:www.arca.fiocruz.br:icict/35521Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-07-30T18:27:50Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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