Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Suellen Santos Lima de
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Rezende, Adryene Milanez, Schall, Virgínia Torres, Modena, Celina Maria
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16174
Resumo: A corporeidade é aquilo que nos mostra que existir é ao mesmo tempo indigência e potência na perspectiva heideggeriana. A condição de indigência caracteriza-se pelas experiências de necessidade e de limitação enquanto a potência se expressa a partir do poder fazer, do realizar humano. Dessa forma a corporeidade diz respeito ao corpo vivenciado e está intrinsecamente ligada à temporalidade e à espacialidade, como constituintes do modo fundamental do ser-no-mundo. Dessa forma, fazer uma fenomenologia da corporeidade não é descrever o corpo, mas buscar a qualidade da experiência que está relacionada com a questão do corpo (Pompéia, 2003). Este estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), buscou compreender como os sujeitos portadores de bolsa de colostomia, devido ao tratamento de câncer colorretal vivenciam a nova condição existencial. A pesquisa foi realizada em um hospital que atende pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), localizado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram entrevistados pacientes de ambos os gêneros, recém-operados e que convivem com a bolsa de colostomia há pelo menos dois anos, com idade entre 42 a 70 anos. As entrevistas seguiram um roteiro semi-estruturado e focalizaram as vivências de corpo antes e após a colocação da bolsa de colostomia, as relações interpessoais, o significado do adoecimento e da bolsa e o Cuidado. As entrevistas foram interrompidas seguindo-se o critério de saturação e singularidade dos discursos conforme proposto por Minayo (2007). A análise das vivências, realizadas à luz da fenomenologia existencial heideggeriana, permitiu compreender: 1) que o câncer é significado como algo provoca uma ruptura no projeto existencial colocando o doente frente à morte; 2) que a bolsa de colostomia adquire o sentido de um prolongamento da existência e de um sentimento de não-normalidade dos sujeitos; 3) que as limitações na sexualidade, na vida social e nas atividades diárias ocorridas a partir do adoecimento e do tratamento refletem em todas as dimensões da existência; 4) que o cuidado consigo, com o outro e com a saúde foi ressignificado demonstrando-se como uma pré-ocupação dos sujeitos. As indigências, representadas pelas limitações e as potências, representadas pelos cuidados de si, com o outro e pelo outro, da existencialidade, apontadas pelos participantes desse estudo nos levam a pensar em ações que devem ser pensadas e executadas por uma equipe interdisciplinar, uma vez que o adoecimento e o tratamento envolvem toda a existência do ser humano e não somente o campo biológico.
id CRUZ_cd253f15f1cbae072f4c3c68688d0390
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/16174
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Almeida, Suellen Santos Lima deRezende, Adryene MilanezSchall, Virgínia TorresModena, Celina Maria2016-10-11T02:44:38Z2016-10-11T02:44:38Z2011ALMEIDA, Suellen Santos Lima de et al. Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR, 8., 2011, Curitiba. Resumos Eletrônicos... Curitiba: Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 2011, p. 111.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16174A corporeidade é aquilo que nos mostra que existir é ao mesmo tempo indigência e potência na perspectiva heideggeriana. A condição de indigência caracteriza-se pelas experiências de necessidade e de limitação enquanto a potência se expressa a partir do poder fazer, do realizar humano. Dessa forma a corporeidade diz respeito ao corpo vivenciado e está intrinsecamente ligada à temporalidade e à espacialidade, como constituintes do modo fundamental do ser-no-mundo. Dessa forma, fazer uma fenomenologia da corporeidade não é descrever o corpo, mas buscar a qualidade da experiência que está relacionada com a questão do corpo (Pompéia, 2003). Este estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), buscou compreender como os sujeitos portadores de bolsa de colostomia, devido ao tratamento de câncer colorretal vivenciam a nova condição existencial. A pesquisa foi realizada em um hospital que atende pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), localizado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram entrevistados pacientes de ambos os gêneros, recém-operados e que convivem com a bolsa de colostomia há pelo menos dois anos, com idade entre 42 a 70 anos. As entrevistas seguiram um roteiro semi-estruturado e focalizaram as vivências de corpo antes e após a colocação da bolsa de colostomia, as relações interpessoais, o significado do adoecimento e da bolsa e o Cuidado. As entrevistas foram interrompidas seguindo-se o critério de saturação e singularidade dos discursos conforme proposto por Minayo (2007). A análise das vivências, realizadas à luz da fenomenologia existencial heideggeriana, permitiu compreender: 1) que o câncer é significado como algo provoca uma ruptura no projeto existencial colocando o doente frente à morte; 2) que a bolsa de colostomia adquire o sentido de um prolongamento da existência e de um sentimento de não-normalidade dos sujeitos; 3) que as limitações na sexualidade, na vida social e nas atividades diárias ocorridas a partir do adoecimento e do tratamento refletem em todas as dimensões da existência; 4) que o cuidado consigo, com o outro e com a saúde foi ressignificado demonstrando-se como uma pré-ocupação dos sujeitos. As indigências, representadas pelas limitações e as potências, representadas pelos cuidados de si, com o outro e pelo outro, da existencialidade, apontadas pelos participantes desse estudo nos levam a pensar em ações que devem ser pensadas e executadas por uma equipe interdisciplinar, uma vez que o adoecimento e o tratamento envolvem toda a existência do ser humano e não somente o campo biológico.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porFenomenologiaCorpoCâncerCorporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject2011CuritibaCongresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalarcongressinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALSUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdfSUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdfapplication/pdf120710https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/2/SUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf11b446267b74d0a6291532fa4be04fdeMD52TEXTSUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf.txtSUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf.txtExtracted texttext/plain3118https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/3/SUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf.txt54323039d8caf4d25cf22c5d1a1d46c1MD53icict/161742019-12-04 22:26:21.212oai:www.arca.fiocruz.br:icict/16174Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcwphdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKKDEpIENFREUgZSBUUkFOU0ZFUkUsIHRvdGFsIGUgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaLCBlbQpjYXLDoXRlciBwZXJtYW5lbnRlLCBpcnJldm9nw6F2ZWwgZSBOw4NPIEVYQ0xVU0lWTywgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08KQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcwpkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBkdXJhbnRlIHRvZG8gbyBwcmF6byBkZSBkdXJhw6fDo28gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBlbQpxdWFscXVlciBpZGlvbWEgZSBlbSB0b2RvcyBvcyBwYcOtc2VzOwoKKDIpIEFDRUlUQSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIHRvdGFsIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBwZXJtYW5lbnRlIGUgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcwpwYXRyaW1vbmlhaXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwKb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IHZlw61jdWxvLAppbmNsdXNpdmUgZW0gUmVwb3NpdMOzcmlvcyBEaWdpdGFpcywgYmVtIGNvbW8gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcmVwcm9kdcOnw6NvLCBleGliacOnw6NvLCBleGVjdcOnw6NvLApkZWNsYW1hw6fDo28sIHJlY2l0YcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgYXJxdWl2YW1lbnRvLCBpbmNsdXPDo28gZW0gYmFuY28gZGUgZGFkb3MsIHByZXNlcnZhw6fDo28sIGRpZnVzw6NvLApkaXN0cmlidWnDp8OjbywgZGl2dWxnYcOnw6NvLCBlbXByw6lzdGltbywgdHJhZHXDp8OjbywgZHVibGFnZW0sIGxlZ2VuZGFnZW0sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyBvYnJhcyBvdQpjb2xldMOibmVhcywgcmV1dGlsaXphw6fDo28sIGVkacOnw6NvLCBwcm9kdcOnw6NvIGRlIG1hdGVyaWFsIGRpZMOhdGljbyBlIGN1cnNvcyBvdSBxdWFscXVlciBmb3JtYSBkZQp1dGlsaXphw6fDo28gbsOjbyBjb21lcmNpYWw7CgooMykgUkVDT05IRUNFIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gYXF1aSBlc3BlY2lmaWNhZGEgY29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPCkNSVVogbyBkaXJlaXRvIGRlIGF1dG9yaXphciBxdWFscXVlciBwZXNzb2Eg4oCTIGbDrXNpY2Egb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdQplc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlcgpmaW5hbGlkYWRlcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXM7CgooNCkgREVDTEFSQSBxdWUgYSBvYnJhIMOpIGNyaWHDp8OjbyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSDDqSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGFxdWkgY2VkaWRvcyBlIGF1dG9yaXphZG9zLApyZXNwb25zYWJpbGl6YW5kby1zZSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIHBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwKaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIGluZGVuaXphciB0ZXJjZWlyb3MgcG9yCmRhbm9zLCBiZW0gY29tbyBpbmRlbml6YXIgZSByZXNzYXJjaXIgYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogZGUKZXZlbnR1YWlzIGRlc3Blc2FzIHF1ZSB2aWVyZW0gYSBzdXBvcnRhciwgZW0gcmF6w6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIG9mZW5zYSBhIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91CmRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBvdSBpbWFnZW0sIHByaW5jaXBhbG1lbnRlIG5vIHF1ZSBkaXogcmVzcGVpdG8gYSBwbMOhZ2lvIGUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CgooNSkgQUZJUk1BIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTwpPU1dBTERPIENSVVogZSBhcyBkaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBmdW5jaW9uYW1lbnRvIGRvIHJlcG9zaXTDs3JpbyBpbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EuCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIHJlc2VydmEKZXhjbHVzaXZhbWVudGUgYW8gQVVUT1Igb3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGUgb3MgdXNvcyBjb21lcmNpYWlzIHNvYnJlIGFzIG9icmFzIGRlIHN1YSBhdXRvcmlhCmUvb3UgdGl0dWxhcmlkYWRlLCBzZW5kbyBvcyB0ZXJjZWlyb3MgdXN1w6FyaW9zIHJlc3BvbnPDoXZlaXMgcGVsYSBhdHJpYnVpw6fDo28gZGUgYXV0b3JpYSBlIG1hbnV0ZW7Dp8OjbwpkYSBpbnRlZ3JpZGFkZSBkYSBPQlJBIGVtIHF1YWxxdWVyIHV0aWxpemHDp8Ojby4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVoKcmVzcGVpdGEgb3MgY29udHJhdG9zIGUgYWNvcmRvcyBwcmVleGlzdGVudGVzIGRvcyBBdXRvcmVzIGNvbSB0ZXJjZWlyb3MsIGNhYmVuZG8gYW9zIEF1dG9yZXMKaW5mb3JtYXIgw6AgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBhcyBjb25kacOnw7VlcyBlIG91dHJhcyByZXN0cmnDp8O1ZXMgaW1wb3N0YXMgcG9yIGVzdGVzIGluc3RydW1lbnRvcy4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-12-05T01:26:21Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas
title Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas
spellingShingle Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas
Almeida, Suellen Santos Lima de
Fenomenologia
Corpo
Câncer
title_short Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas
title_full Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas
title_fullStr Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas
title_full_unstemmed Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas
title_sort Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas
author Almeida, Suellen Santos Lima de
author_facet Almeida, Suellen Santos Lima de
Rezende, Adryene Milanez
Schall, Virgínia Torres
Modena, Celina Maria
author_role author
author2 Rezende, Adryene Milanez
Schall, Virgínia Torres
Modena, Celina Maria
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida, Suellen Santos Lima de
Rezende, Adryene Milanez
Schall, Virgínia Torres
Modena, Celina Maria
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Fenomenologia
Corpo
Câncer
topic Fenomenologia
Corpo
Câncer
description A corporeidade é aquilo que nos mostra que existir é ao mesmo tempo indigência e potência na perspectiva heideggeriana. A condição de indigência caracteriza-se pelas experiências de necessidade e de limitação enquanto a potência se expressa a partir do poder fazer, do realizar humano. Dessa forma a corporeidade diz respeito ao corpo vivenciado e está intrinsecamente ligada à temporalidade e à espacialidade, como constituintes do modo fundamental do ser-no-mundo. Dessa forma, fazer uma fenomenologia da corporeidade não é descrever o corpo, mas buscar a qualidade da experiência que está relacionada com a questão do corpo (Pompéia, 2003). Este estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), buscou compreender como os sujeitos portadores de bolsa de colostomia, devido ao tratamento de câncer colorretal vivenciam a nova condição existencial. A pesquisa foi realizada em um hospital que atende pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), localizado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram entrevistados pacientes de ambos os gêneros, recém-operados e que convivem com a bolsa de colostomia há pelo menos dois anos, com idade entre 42 a 70 anos. As entrevistas seguiram um roteiro semi-estruturado e focalizaram as vivências de corpo antes e após a colocação da bolsa de colostomia, as relações interpessoais, o significado do adoecimento e da bolsa e o Cuidado. As entrevistas foram interrompidas seguindo-se o critério de saturação e singularidade dos discursos conforme proposto por Minayo (2007). A análise das vivências, realizadas à luz da fenomenologia existencial heideggeriana, permitiu compreender: 1) que o câncer é significado como algo provoca uma ruptura no projeto existencial colocando o doente frente à morte; 2) que a bolsa de colostomia adquire o sentido de um prolongamento da existência e de um sentimento de não-normalidade dos sujeitos; 3) que as limitações na sexualidade, na vida social e nas atividades diárias ocorridas a partir do adoecimento e do tratamento refletem em todas as dimensões da existência; 4) que o cuidado consigo, com o outro e com a saúde foi ressignificado demonstrando-se como uma pré-ocupação dos sujeitos. As indigências, representadas pelas limitações e as potências, representadas pelos cuidados de si, com o outro e pelo outro, da existencialidade, apontadas pelos participantes desse estudo nos levam a pensar em ações que devem ser pensadas e executadas por uma equipe interdisciplinar, uma vez que o adoecimento e o tratamento envolvem toda a existência do ser humano e não somente o campo biológico.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-10-11T02:44:38Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-10-11T02:44:38Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ALMEIDA, Suellen Santos Lima de et al. Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR, 8., 2011, Curitiba. Resumos Eletrônicos... Curitiba: Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 2011, p. 111.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16174
identifier_str_mv ALMEIDA, Suellen Santos Lima de et al. Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR, 8., 2011, Curitiba. Resumos Eletrônicos... Curitiba: Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 2011, p. 111.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16174
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/2/SUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/3/SUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5a560609d32a3863062d77ff32785d58
11b446267b74d0a6291532fa4be04fde
54323039d8caf4d25cf22c5d1a1d46c1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324835454025728