Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16174 |
Resumo: | A corporeidade é aquilo que nos mostra que existir é ao mesmo tempo indigência e potência na perspectiva heideggeriana. A condição de indigência caracteriza-se pelas experiências de necessidade e de limitação enquanto a potência se expressa a partir do poder fazer, do realizar humano. Dessa forma a corporeidade diz respeito ao corpo vivenciado e está intrinsecamente ligada à temporalidade e à espacialidade, como constituintes do modo fundamental do ser-no-mundo. Dessa forma, fazer uma fenomenologia da corporeidade não é descrever o corpo, mas buscar a qualidade da experiência que está relacionada com a questão do corpo (Pompéia, 2003). Este estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), buscou compreender como os sujeitos portadores de bolsa de colostomia, devido ao tratamento de câncer colorretal vivenciam a nova condição existencial. A pesquisa foi realizada em um hospital que atende pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), localizado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram entrevistados pacientes de ambos os gêneros, recém-operados e que convivem com a bolsa de colostomia há pelo menos dois anos, com idade entre 42 a 70 anos. As entrevistas seguiram um roteiro semi-estruturado e focalizaram as vivências de corpo antes e após a colocação da bolsa de colostomia, as relações interpessoais, o significado do adoecimento e da bolsa e o Cuidado. As entrevistas foram interrompidas seguindo-se o critério de saturação e singularidade dos discursos conforme proposto por Minayo (2007). A análise das vivências, realizadas à luz da fenomenologia existencial heideggeriana, permitiu compreender: 1) que o câncer é significado como algo provoca uma ruptura no projeto existencial colocando o doente frente à morte; 2) que a bolsa de colostomia adquire o sentido de um prolongamento da existência e de um sentimento de não-normalidade dos sujeitos; 3) que as limitações na sexualidade, na vida social e nas atividades diárias ocorridas a partir do adoecimento e do tratamento refletem em todas as dimensões da existência; 4) que o cuidado consigo, com o outro e com a saúde foi ressignificado demonstrando-se como uma pré-ocupação dos sujeitos. As indigências, representadas pelas limitações e as potências, representadas pelos cuidados de si, com o outro e pelo outro, da existencialidade, apontadas pelos participantes desse estudo nos levam a pensar em ações que devem ser pensadas e executadas por uma equipe interdisciplinar, uma vez que o adoecimento e o tratamento envolvem toda a existência do ser humano e não somente o campo biológico. |
id |
CRUZ_cd253f15f1cbae072f4c3c68688d0390 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/16174 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Almeida, Suellen Santos Lima deRezende, Adryene MilanezSchall, Virgínia TorresModena, Celina Maria2016-10-11T02:44:38Z2016-10-11T02:44:38Z2011ALMEIDA, Suellen Santos Lima de et al. Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR, 8., 2011, Curitiba. Resumos Eletrônicos... Curitiba: Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 2011, p. 111.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16174A corporeidade é aquilo que nos mostra que existir é ao mesmo tempo indigência e potência na perspectiva heideggeriana. A condição de indigência caracteriza-se pelas experiências de necessidade e de limitação enquanto a potência se expressa a partir do poder fazer, do realizar humano. Dessa forma a corporeidade diz respeito ao corpo vivenciado e está intrinsecamente ligada à temporalidade e à espacialidade, como constituintes do modo fundamental do ser-no-mundo. Dessa forma, fazer uma fenomenologia da corporeidade não é descrever o corpo, mas buscar a qualidade da experiência que está relacionada com a questão do corpo (Pompéia, 2003). Este estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), buscou compreender como os sujeitos portadores de bolsa de colostomia, devido ao tratamento de câncer colorretal vivenciam a nova condição existencial. A pesquisa foi realizada em um hospital que atende pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), localizado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram entrevistados pacientes de ambos os gêneros, recém-operados e que convivem com a bolsa de colostomia há pelo menos dois anos, com idade entre 42 a 70 anos. As entrevistas seguiram um roteiro semi-estruturado e focalizaram as vivências de corpo antes e após a colocação da bolsa de colostomia, as relações interpessoais, o significado do adoecimento e da bolsa e o Cuidado. As entrevistas foram interrompidas seguindo-se o critério de saturação e singularidade dos discursos conforme proposto por Minayo (2007). A análise das vivências, realizadas à luz da fenomenologia existencial heideggeriana, permitiu compreender: 1) que o câncer é significado como algo provoca uma ruptura no projeto existencial colocando o doente frente à morte; 2) que a bolsa de colostomia adquire o sentido de um prolongamento da existência e de um sentimento de não-normalidade dos sujeitos; 3) que as limitações na sexualidade, na vida social e nas atividades diárias ocorridas a partir do adoecimento e do tratamento refletem em todas as dimensões da existência; 4) que o cuidado consigo, com o outro e com a saúde foi ressignificado demonstrando-se como uma pré-ocupação dos sujeitos. As indigências, representadas pelas limitações e as potências, representadas pelos cuidados de si, com o outro e pelo outro, da existencialidade, apontadas pelos participantes desse estudo nos levam a pensar em ações que devem ser pensadas e executadas por uma equipe interdisciplinar, uma vez que o adoecimento e o tratamento envolvem toda a existência do ser humano e não somente o campo biológico.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil.porFenomenologiaCorpoCâncerCorporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject2011CuritibaCongresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalarcongressinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALSUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdfSUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdfapplication/pdf120710https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/2/SUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf11b446267b74d0a6291532fa4be04fdeMD52TEXTSUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf.txtSUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf.txtExtracted texttext/plain3118https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/3/SUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf.txt54323039d8caf4d25cf22c5d1a1d46c1MD53icict/161742019-12-04 22:26:21.212oai:www.arca.fiocruz.br:icict/16174Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcwphdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKKDEpIENFREUgZSBUUkFOU0ZFUkUsIHRvdGFsIGUgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaLCBlbQpjYXLDoXRlciBwZXJtYW5lbnRlLCBpcnJldm9nw6F2ZWwgZSBOw4NPIEVYQ0xVU0lWTywgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08KQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcwpkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBkdXJhbnRlIHRvZG8gbyBwcmF6byBkZSBkdXJhw6fDo28gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBlbQpxdWFscXVlciBpZGlvbWEgZSBlbSB0b2RvcyBvcyBwYcOtc2VzOwoKKDIpIEFDRUlUQSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIHRvdGFsIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBwZXJtYW5lbnRlIGUgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcwpwYXRyaW1vbmlhaXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwKb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IHZlw61jdWxvLAppbmNsdXNpdmUgZW0gUmVwb3NpdMOzcmlvcyBEaWdpdGFpcywgYmVtIGNvbW8gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcmVwcm9kdcOnw6NvLCBleGliacOnw6NvLCBleGVjdcOnw6NvLApkZWNsYW1hw6fDo28sIHJlY2l0YcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgYXJxdWl2YW1lbnRvLCBpbmNsdXPDo28gZW0gYmFuY28gZGUgZGFkb3MsIHByZXNlcnZhw6fDo28sIGRpZnVzw6NvLApkaXN0cmlidWnDp8OjbywgZGl2dWxnYcOnw6NvLCBlbXByw6lzdGltbywgdHJhZHXDp8OjbywgZHVibGFnZW0sIGxlZ2VuZGFnZW0sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyBvYnJhcyBvdQpjb2xldMOibmVhcywgcmV1dGlsaXphw6fDo28sIGVkacOnw6NvLCBwcm9kdcOnw6NvIGRlIG1hdGVyaWFsIGRpZMOhdGljbyBlIGN1cnNvcyBvdSBxdWFscXVlciBmb3JtYSBkZQp1dGlsaXphw6fDo28gbsOjbyBjb21lcmNpYWw7CgooMykgUkVDT05IRUNFIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gYXF1aSBlc3BlY2lmaWNhZGEgY29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPCkNSVVogbyBkaXJlaXRvIGRlIGF1dG9yaXphciBxdWFscXVlciBwZXNzb2Eg4oCTIGbDrXNpY2Egb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdQplc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlcgpmaW5hbGlkYWRlcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXM7CgooNCkgREVDTEFSQSBxdWUgYSBvYnJhIMOpIGNyaWHDp8OjbyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSDDqSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGFxdWkgY2VkaWRvcyBlIGF1dG9yaXphZG9zLApyZXNwb25zYWJpbGl6YW5kby1zZSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIHBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwKaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIGluZGVuaXphciB0ZXJjZWlyb3MgcG9yCmRhbm9zLCBiZW0gY29tbyBpbmRlbml6YXIgZSByZXNzYXJjaXIgYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogZGUKZXZlbnR1YWlzIGRlc3Blc2FzIHF1ZSB2aWVyZW0gYSBzdXBvcnRhciwgZW0gcmF6w6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIG9mZW5zYSBhIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91CmRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBvdSBpbWFnZW0sIHByaW5jaXBhbG1lbnRlIG5vIHF1ZSBkaXogcmVzcGVpdG8gYSBwbMOhZ2lvIGUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CgooNSkgQUZJUk1BIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTwpPU1dBTERPIENSVVogZSBhcyBkaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBmdW5jaW9uYW1lbnRvIGRvIHJlcG9zaXTDs3JpbyBpbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EuCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIHJlc2VydmEKZXhjbHVzaXZhbWVudGUgYW8gQVVUT1Igb3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGUgb3MgdXNvcyBjb21lcmNpYWlzIHNvYnJlIGFzIG9icmFzIGRlIHN1YSBhdXRvcmlhCmUvb3UgdGl0dWxhcmlkYWRlLCBzZW5kbyBvcyB0ZXJjZWlyb3MgdXN1w6FyaW9zIHJlc3BvbnPDoXZlaXMgcGVsYSBhdHJpYnVpw6fDo28gZGUgYXV0b3JpYSBlIG1hbnV0ZW7Dp8OjbwpkYSBpbnRlZ3JpZGFkZSBkYSBPQlJBIGVtIHF1YWxxdWVyIHV0aWxpemHDp8Ojby4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVoKcmVzcGVpdGEgb3MgY29udHJhdG9zIGUgYWNvcmRvcyBwcmVleGlzdGVudGVzIGRvcyBBdXRvcmVzIGNvbSB0ZXJjZWlyb3MsIGNhYmVuZG8gYW9zIEF1dG9yZXMKaW5mb3JtYXIgw6AgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBhcyBjb25kacOnw7VlcyBlIG91dHJhcyByZXN0cmnDp8O1ZXMgaW1wb3N0YXMgcG9yIGVzdGVzIGluc3RydW1lbnRvcy4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-12-05T01:26:21Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas |
title |
Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas |
spellingShingle |
Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas Almeida, Suellen Santos Lima de Fenomenologia Corpo Câncer |
title_short |
Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas |
title_full |
Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas |
title_fullStr |
Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas |
title_full_unstemmed |
Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas |
title_sort |
Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas |
author |
Almeida, Suellen Santos Lima de |
author_facet |
Almeida, Suellen Santos Lima de Rezende, Adryene Milanez Schall, Virgínia Torres Modena, Celina Maria |
author_role |
author |
author2 |
Rezende, Adryene Milanez Schall, Virgínia Torres Modena, Celina Maria |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Almeida, Suellen Santos Lima de Rezende, Adryene Milanez Schall, Virgínia Torres Modena, Celina Maria |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Fenomenologia Corpo Câncer |
topic |
Fenomenologia Corpo Câncer |
description |
A corporeidade é aquilo que nos mostra que existir é ao mesmo tempo indigência e potência na perspectiva heideggeriana. A condição de indigência caracteriza-se pelas experiências de necessidade e de limitação enquanto a potência se expressa a partir do poder fazer, do realizar humano. Dessa forma a corporeidade diz respeito ao corpo vivenciado e está intrinsecamente ligada à temporalidade e à espacialidade, como constituintes do modo fundamental do ser-no-mundo. Dessa forma, fazer uma fenomenologia da corporeidade não é descrever o corpo, mas buscar a qualidade da experiência que está relacionada com a questão do corpo (Pompéia, 2003). Este estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), buscou compreender como os sujeitos portadores de bolsa de colostomia, devido ao tratamento de câncer colorretal vivenciam a nova condição existencial. A pesquisa foi realizada em um hospital que atende pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), localizado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Foram entrevistados pacientes de ambos os gêneros, recém-operados e que convivem com a bolsa de colostomia há pelo menos dois anos, com idade entre 42 a 70 anos. As entrevistas seguiram um roteiro semi-estruturado e focalizaram as vivências de corpo antes e após a colocação da bolsa de colostomia, as relações interpessoais, o significado do adoecimento e da bolsa e o Cuidado. As entrevistas foram interrompidas seguindo-se o critério de saturação e singularidade dos discursos conforme proposto por Minayo (2007). A análise das vivências, realizadas à luz da fenomenologia existencial heideggeriana, permitiu compreender: 1) que o câncer é significado como algo provoca uma ruptura no projeto existencial colocando o doente frente à morte; 2) que a bolsa de colostomia adquire o sentido de um prolongamento da existência e de um sentimento de não-normalidade dos sujeitos; 3) que as limitações na sexualidade, na vida social e nas atividades diárias ocorridas a partir do adoecimento e do tratamento refletem em todas as dimensões da existência; 4) que o cuidado consigo, com o outro e com a saúde foi ressignificado demonstrando-se como uma pré-ocupação dos sujeitos. As indigências, representadas pelas limitações e as potências, representadas pelos cuidados de si, com o outro e pelo outro, da existencialidade, apontadas pelos participantes desse estudo nos levam a pensar em ações que devem ser pensadas e executadas por uma equipe interdisciplinar, uma vez que o adoecimento e o tratamento envolvem toda a existência do ser humano e não somente o campo biológico. |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-10-11T02:44:38Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-10-11T02:44:38Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
ALMEIDA, Suellen Santos Lima de et al. Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR, 8., 2011, Curitiba. Resumos Eletrônicos... Curitiba: Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 2011, p. 111. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16174 |
identifier_str_mv |
ALMEIDA, Suellen Santos Lima de et al. Corporeidade e câncer: sentidos e vivências de pessoas ostomizadas. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR, 8., 2011, Curitiba. Resumos Eletrônicos... Curitiba: Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 2011, p. 111. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16174 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/2/SUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16174/3/SUELLEN_ALMEIDA_et_al_CPqRR_2011.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
5a560609d32a3863062d77ff32785d58 11b446267b74d0a6291532fa4be04fde 54323039d8caf4d25cf22c5d1a1d46c1 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1798324835454025728 |