O perfil dos lugares de uso de crack na cidade do Recife
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15927 |
Resumo: | Apesar do crack não figurar entre as drogas ilícitas mais consumidas no Brasil, é considerada com um problema de saúde pública. A rápida, intensa e curta duração de seu efeito e, consequentemente, a abstinência e necessidade de novo uso – a chamada fissura, associadas à falta de condições financeiras para suprir esta demanda, colocam o usuário em situação de fragilidade, na qual se submete a estratégias de risco para obtenção da droga, como o envolvimento com o tráfico, a troca de sexo, sem proteção, por dinheiro ou drogas e a prática de delitos como roubos e assalto. Procurou-se apreender aqui os lugares de uso de crack como uma dimensão que precisa ser considerada no entendimento da situação de vulnerabilidade relacionada ao uso da droga, e não apenas como ―um cenário de fundo‖, apoiando-se no arcabouço teórico da geografia crítica de Milton Santos. O trabalho tem como objetivo caracterizar o perfil dos lugares de uso de crack na cidade do Recife. Trata-se de um estudo exploratório descritivo e os dados analisados são integrantes da Pesquisa Nacional sobre o ―Perfil dos usuários de crack nas 26 capitais, Distrito Federal e 9 Regiões Metropolitanas‖. Foram utilizados como fonte de dados 197 cadernos de campo contendo o registro das visitas realizadas à amostra de ―lugares de uso de crack” mapeadas. Encontramos mais usuários em média quando a visita ao lugar de uso foi realizada no período noturno, em um cenário que tinha a predominância de comércios, com movimentação intensa de pessoas, policiamento presente, onde haviam outras atividades psicotrópicas (tráfico e aquisição de recursos), nos espaços onde ocorria o uso em via pública e onde haviam péssimas condições de limpeza. Podemos concluir que os espaços apropriados para o uso do crack, se tratam de lugares insalubres e de alto risco social. Os usuários não se submetem apenas a estratégias de risco para a busca da droga, se submentem a riscos também para consumi lá. |
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Santos, Luigi Deivson dosSantos, Naíde Teodósio ValoisUchoa, RobertaEscobar, José Arturo CostaSantos, Naíde Teodósio Valois2016-09-22T19:36:29Z2016-09-22T19:36:29Z2013SANTOS, Luigi Deivson. O perfil dos lugares de uso de crack na cidade do Recife. 2013. Monografia (Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) - Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2013.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/15927Apesar do crack não figurar entre as drogas ilícitas mais consumidas no Brasil, é considerada com um problema de saúde pública. A rápida, intensa e curta duração de seu efeito e, consequentemente, a abstinência e necessidade de novo uso – a chamada fissura, associadas à falta de condições financeiras para suprir esta demanda, colocam o usuário em situação de fragilidade, na qual se submete a estratégias de risco para obtenção da droga, como o envolvimento com o tráfico, a troca de sexo, sem proteção, por dinheiro ou drogas e a prática de delitos como roubos e assalto. Procurou-se apreender aqui os lugares de uso de crack como uma dimensão que precisa ser considerada no entendimento da situação de vulnerabilidade relacionada ao uso da droga, e não apenas como ―um cenário de fundo‖, apoiando-se no arcabouço teórico da geografia crítica de Milton Santos. O trabalho tem como objetivo caracterizar o perfil dos lugares de uso de crack na cidade do Recife. Trata-se de um estudo exploratório descritivo e os dados analisados são integrantes da Pesquisa Nacional sobre o ―Perfil dos usuários de crack nas 26 capitais, Distrito Federal e 9 Regiões Metropolitanas‖. Foram utilizados como fonte de dados 197 cadernos de campo contendo o registro das visitas realizadas à amostra de ―lugares de uso de crack” mapeadas. Encontramos mais usuários em média quando a visita ao lugar de uso foi realizada no período noturno, em um cenário que tinha a predominância de comércios, com movimentação intensa de pessoas, policiamento presente, onde haviam outras atividades psicotrópicas (tráfico e aquisição de recursos), nos espaços onde ocorria o uso em via pública e onde haviam péssimas condições de limpeza. Podemos concluir que os espaços apropriados para o uso do crack, se tratam de lugares insalubres e de alto risco social. Os usuários não se submetem apenas a estratégias de risco para a busca da droga, se submentem a riscos também para consumi lá.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, BrasilporDrogas ilícitasComportamento de procura de drogasCocaína CrackDrogas IlícitasCocaína CrackComportamento de Procura de DrogaFatores EpidemiológicosEpidemiologia DescritivaÁrea UrbanaTranstornos Relacionados ao Uso de SubstânciasInquéritos EpidemiológicosRiscoO perfil dos lugares de uso de crack na cidade do Recifeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis2013-08-08Departamento de Saúde ColetivaCentro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, BrasilRecife/PEPrograma de Residência Multiprofissional em Saúde Coletivainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/15927/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINAL2013Santos-ld.pdf2013Santos-ld.pdfapplication/pdf827729https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/15927/2/2013Santos-ld.pdf404ac7e044a2231b732f05d76ac14ee9MD52TEXT2013Santos-ld.pdf.txt2013Santos-ld.pdf.txtExtracted texttext/plain118470https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/15927/3/2013Santos-ld.pdf.txtb5d59c68598ec2b82c8b181052994c13MD53icict/159272018-04-02 08:01:35.737oai:www.arca.fiocruz.br:icict/15927Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcwphdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKKDEpIENFREUgZSBUUkFOU0ZFUkUsIHRvdGFsIGUgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaLCBlbQpjYXLDoXRlciBwZXJtYW5lbnRlLCBpcnJldm9nw6F2ZWwgZSBOw4NPIEVYQ0xVU0lWTywgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08KQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcwpkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBkdXJhbnRlIHRvZG8gbyBwcmF6byBkZSBkdXJhw6fDo28gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBlbQpxdWFscXVlciBpZGlvbWEgZSBlbSB0b2RvcyBvcyBwYcOtc2VzOwoKKDIpIEFDRUlUQSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIHRvdGFsIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBwZXJtYW5lbnRlIGUgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcwpwYXRyaW1vbmlhaXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwKb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IHZlw61jdWxvLAppbmNsdXNpdmUgZW0gUmVwb3NpdMOzcmlvcyBEaWdpdGFpcywgYmVtIGNvbW8gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcmVwcm9kdcOnw6NvLCBleGliacOnw6NvLCBleGVjdcOnw6NvLApkZWNsYW1hw6fDo28sIHJlY2l0YcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgYXJxdWl2YW1lbnRvLCBpbmNsdXPDo28gZW0gYmFuY28gZGUgZGFkb3MsIHByZXNlcnZhw6fDo28sIGRpZnVzw6NvLApkaXN0cmlidWnDp8OjbywgZGl2dWxnYcOnw6NvLCBlbXByw6lzdGltbywgdHJhZHXDp8OjbywgZHVibGFnZW0sIGxlZ2VuZGFnZW0sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyBvYnJhcyBvdQpjb2xldMOibmVhcywgcmV1dGlsaXphw6fDo28sIGVkacOnw6NvLCBwcm9kdcOnw6NvIGRlIG1hdGVyaWFsIGRpZMOhdGljbyBlIGN1cnNvcyBvdSBxdWFscXVlciBmb3JtYSBkZQp1dGlsaXphw6fDo28gbsOjbyBjb21lcmNpYWw7CgooMykgUkVDT05IRUNFIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gYXF1aSBlc3BlY2lmaWNhZGEgY29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPCkNSVVogbyBkaXJlaXRvIGRlIGF1dG9yaXphciBxdWFscXVlciBwZXNzb2Eg4oCTIGbDrXNpY2Egb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdQplc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlcgpmaW5hbGlkYWRlcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXM7CgooNCkgREVDTEFSQSBxdWUgYSBvYnJhIMOpIGNyaWHDp8OjbyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSDDqSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGFxdWkgY2VkaWRvcyBlIGF1dG9yaXphZG9zLApyZXNwb25zYWJpbGl6YW5kby1zZSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIHBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwKaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIGluZGVuaXphciB0ZXJjZWlyb3MgcG9yCmRhbm9zLCBiZW0gY29tbyBpbmRlbml6YXIgZSByZXNzYXJjaXIgYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogZGUKZXZlbnR1YWlzIGRlc3Blc2FzIHF1ZSB2aWVyZW0gYSBzdXBvcnRhciwgZW0gcmF6w6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIG9mZW5zYSBhIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91CmRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBvdSBpbWFnZW0sIHByaW5jaXBhbG1lbnRlIG5vIHF1ZSBkaXogcmVzcGVpdG8gYSBwbMOhZ2lvIGUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CgooNSkgQUZJUk1BIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTwpPU1dBTERPIENSVVogZSBhcyBkaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBmdW5jaW9uYW1lbnRvIGRvIHJlcG9zaXTDs3JpbyBpbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EuCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIHJlc2VydmEKZXhjbHVzaXZhbWVudGUgYW8gQVVUT1Igb3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGUgb3MgdXNvcyBjb21lcmNpYWlzIHNvYnJlIGFzIG9icmFzIGRlIHN1YSBhdXRvcmlhCmUvb3UgdGl0dWxhcmlkYWRlLCBzZW5kbyBvcyB0ZXJjZWlyb3MgdXN1w6FyaW9zIHJlc3BvbnPDoXZlaXMgcGVsYSBhdHJpYnVpw6fDo28gZGUgYXV0b3JpYSBlIG1hbnV0ZW7Dp8OjbwpkYSBpbnRlZ3JpZGFkZSBkYSBPQlJBIGVtIHF1YWxxdWVyIHV0aWxpemHDp8Ojby4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVoKcmVzcGVpdGEgb3MgY29udHJhdG9zIGUgYWNvcmRvcyBwcmVleGlzdGVudGVzIGRvcyBBdXRvcmVzIGNvbSB0ZXJjZWlyb3MsIGNhYmVuZG8gYW9zIEF1dG9yZXMKaW5mb3JtYXIgw6AgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBhcyBjb25kacOnw7VlcyBlIG91dHJhcyByZXN0cmnDp8O1ZXMgaW1wb3N0YXMgcG9yIGVzdGVzIGluc3RydW1lbnRvcy4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-04-02T11:01:35Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - 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