Descrição de aspectos clínicos e laboratoriais de pacientes com esporotricose e leishmaniose tegumentar americana, com ênfase em mulheres grávidas
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26518 |
Resumo: | Em muitas regiões, várias doenças infecciosas podem ter suas áreas endêmicas superpostas. Se a apresentação clínica for semelhante, esta superposição pode trazer problemas ao diagnóstico e tratamento dos casos. Neste contexto, no Rio de Janeiro estão inseridas a esporotricose e a leishmaniose tegumentar americana (LTA) que são doenças infecciosas, não contagiosas e consideradas antropozoonoses. A esporotricose é uma micose causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii e a transmissão se dá habitualmente por inoculação traumática do agente etiológico na pele e tradicionalmente é considerada doença ocupacional ligada a manipulação de terra, plantas e material orgânico contaminados. A transmissão zoonótica pela arranhadura, mordedura ou contato direto com animais domésticos, notadamente gatos, era descrita como esporádica. No entanto, nos últimos anos houve um aumento importante do número de casos humanos no mundo e, principalmente na região metropolitana do Rio de Janeiro. A LTA é transmitida por meio de um inseto, o flebotomíneo que, quando infectado por protozoários do gênero Leishmania, ao picar mamíferos, dentre estes o homem, pode transmitir a doença. Assim, o contato íntimo com gatos e a constante migração para áreas onde antes se verificava a presença de mata nativa, habitat dos flebotomíneos, trouxe a fonte de infecção para dentro ou para a proximidade dos domicílios humanos, criando um maior risco às populações ditas vulneráveis, entre elas as mulheres grávidas. Nosso objetivo foi descrever os aspectos clínicos e laboratoriais em mulheres grávidas com esporotricose ou LTA e para efeito de comparação as pacientes foram pareadas pela faixa etária na proporção 3:1 com pacientes não grávidas com esporotricose ou LTA (grupo-controle) Nossos resultados demonstram que a idade das gestantes com esporotricose variou de 18 a 40 anos (média de 29,38 ± 7,44 anos), mediana de 30 e intervalo de confiança (95%) entre 23,15 e 35,6. O tempo de gestação variou de 12 a 32 semanas (média de 22 ± 9,798 semanas) e mediana de 22 e o tempo de evolução variou de 04 a 84 dias (média de 46 ± 24,658 dias) e mediana de 56. A esporotricose na gestante não difere da esporotricose clássica, predominando as formas linfocutâneas e os membros superiores foram acometidos em 75% dos casos, enquanto que nas gestantes com LTA a idade variou entre 18-40 anos (média de 28,57± 7,82 anos), mediana 25 e intervalo de confiança (95%) entre 21,33 e 35,81, o tempo de gestação, que variou entre 08-20 semanas (média de 12,8 ± 3,347 semanas), mediana 12 e intervalo de confiança (95%) entre 8,73 e 20,06, o tempo de evolução variou entre 20-180 dias (média de 80 ± 55,678 dias) e mediana de 60. O quadro clínico das gestantes com LTA foi semelhante às pacientes não grávidas, com predomínio de úlceras e 71,4% apresentaram lesões nos membros inferiores. Também não foram encontrados indicadores importantes que demonstrassem diferenças laboratoriais entre os grupos (LTA e esporotricose). E como na gravidez, o ideal é não medicar, as pacientes com esporotricose foram orientadas ao uso de termoterapia como alternativa terapêutica com boa resposta. As pacientes com LTA mantiveram as lesões limitadas durante a gravidez e não foram observadas disseminação à distância ou outras intercorrências. E até o momento, é desconhecida a possibilidade de transmissão vertical na esporotricose e LTA. |
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A esporotricose é uma micose causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii e a transmissão se dá habitualmente por inoculação traumática do agente etiológico na pele e tradicionalmente é considerada doença ocupacional ligada a manipulação de terra, plantas e material orgânico contaminados. A transmissão zoonótica pela arranhadura, mordedura ou contato direto com animais domésticos, notadamente gatos, era descrita como esporádica. No entanto, nos últimos anos houve um aumento importante do número de casos humanos no mundo e, principalmente na região metropolitana do Rio de Janeiro. A LTA é transmitida por meio de um inseto, o flebotomíneo que, quando infectado por protozoários do gênero Leishmania, ao picar mamíferos, dentre estes o homem, pode transmitir a doença. Assim, o contato íntimo com gatos e a constante migração para áreas onde antes se verificava a presença de mata nativa, habitat dos flebotomíneos, trouxe a fonte de infecção para dentro ou para a proximidade dos domicílios humanos, criando um maior risco às populações ditas vulneráveis, entre elas as mulheres grávidas. Nosso objetivo foi descrever os aspectos clínicos e laboratoriais em mulheres grávidas com esporotricose ou LTA e para efeito de comparação as pacientes foram pareadas pela faixa etária na proporção 3:1 com pacientes não grávidas com esporotricose ou LTA (grupo-controle) Nossos resultados demonstram que a idade das gestantes com esporotricose variou de 18 a 40 anos (média de 29,38 ± 7,44 anos), mediana de 30 e intervalo de confiança (95%) entre 23,15 e 35,6. O tempo de gestação variou de 12 a 32 semanas (média de 22 ± 9,798 semanas) e mediana de 22 e o tempo de evolução variou de 04 a 84 dias (média de 46 ± 24,658 dias) e mediana de 56. A esporotricose na gestante não difere da esporotricose clássica, predominando as formas linfocutâneas e os membros superiores foram acometidos em 75% dos casos, enquanto que nas gestantes com LTA a idade variou entre 18-40 anos (média de 28,57± 7,82 anos), mediana 25 e intervalo de confiança (95%) entre 21,33 e 35,81, o tempo de gestação, que variou entre 08-20 semanas (média de 12,8 ± 3,347 semanas), mediana 12 e intervalo de confiança (95%) entre 8,73 e 20,06, o tempo de evolução variou entre 20-180 dias (média de 80 ± 55,678 dias) e mediana de 60. O quadro clínico das gestantes com LTA foi semelhante às pacientes não grávidas, com predomínio de úlceras e 71,4% apresentaram lesões nos membros inferiores. Também não foram encontrados indicadores importantes que demonstrassem diferenças laboratoriais entre os grupos (LTA e esporotricose). E como na gravidez, o ideal é não medicar, as pacientes com esporotricose foram orientadas ao uso de termoterapia como alternativa terapêutica com boa resposta. As pacientes com LTA mantiveram as lesões limitadas durante a gravidez e não foram observadas disseminação à distância ou outras intercorrências. E até o momento, é desconhecida a possibilidade de transmissão vertical na esporotricose e LTA.In many regions, several infectious diseases can have overlapping endemic areas. Since they have similar clinical features, this overlay may present diagnostic and treatment challenges. In this context, sporotrichosis and american cutaneous leishmaniasis (ACL) are two of the major health problems in Rio de Janeiro. They are infectious, not contagious diseases and considered anthropozoonosis. Sporotrichosis is caused by a complex of dimorphic fungi called Sporothrix schenckii and the infection generally occurs by traumatic inoculation of soil, plants and organic matter contaminated with the fungus and is traditionally considered an occupational disease. Zoonotic transmission by scratch, bite or direct contact with domestic animals, especially cats, was usually linked to sporadic cases. However, in recent years, there has been a significant increase in the number of human cases in the world and especially in the metropolitan area of Rio de Janeiro. The ACL is transmitted to mammals, including human beings, through the bite of infected female phebotomine sandflies. Close contact with cats and constant migration to areas next to native forest habitat sandflies, brought the source of infection to the proximity of human households, creating a greater risk to vulnerable populations, including pregnant women. Our goal was to describe clinical and laboratory data in pregnant women with sporotrichosis or ACL and compare those patients by age group in the ratio 3:1 with nonpregnant patients with sporotrichosis or ACL (control group) Our results show that the age of the pregnant women with sporotrichosis ranged from 18 to 40 years (mean 29.38 ± 7.44 years), median 30 and confidence interval (95%) between 23.15 and 35.6. The gestational age ranged from 12 to 32 weeks (mean 22 ± 9.798 weeks) median of 22 and the evolution time ranged from 04-84 days (mean 46 ± 24.658 days) median of 56. Sporotrichosis in pregnant women does not differ from classical sporotrichosis, prevailing the limphocutaneous forms and the upper limbs were affected in 75% of the cases. Pregnant women with ACL ages ranged between 18-40 years (mean age 28.57 ± 7.82 years), median 25 and confidence interval (95%) between 21.33 and 35.81, gestational age, which ranged between 08-20 weeks (mean 12.8 ± 3.347 weeks), median 12 and confidence interval (95%) between 8.73 and 20.06, the evolution time ranged from 20-180 days (mean 80 ± 55.678 days) and median of 60. Besides, clinical features in pregnant women with ACL were similar to non-pregnant patients, with a predominance of ulcers and 71.4% had lesions in the lower limbs. There were not found important indicators demonstrating laboratory differences between groups (ACL and sporotrichosis). Since the most appropriate conduct during pregnancy is not to medicate patients with sporotrichosis, they were treated with thermotherapy with good response. The ACL patients maintained skin limited lesions during pregnancy with no distant dissemination or other complications. Until now, it is unknown the possibility of vertical transmission in sporotrichosis and ACL.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEsporotricoseLeishmanioseGestantesDiagnósticoTerapêuticaDescrição de aspectos clínicos e laboratoriais de pacientes com esporotricose e leishmaniose tegumentar americana, com ênfase em mulheres grávidasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2016Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26518/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALcassio_ferreira_ini_dout_2016.pdfapplication/pdf3620655https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26518/2/cassio_ferreira_ini_dout_2016.pdf0c22a26de22942a4fba4f9ba9df38ccbMD52TEXTcassio_ferreira_ini_dout_2016.pdf.txtcassio_ferreira_ini_dout_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain174572https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26518/3/cassio_ferreira_ini_dout_2016.pdf.txt13fdb6862d7288d736460c477800ef6aMD53icict/265182019-04-26 09:31:22.46oai:www.arca.fiocruz.br:icict/26518Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-04-26T12:31:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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